A governadora Raquel Lyra (PSD) fez pose de motorista na Rural de Roger de Renor durante o festival ‘Pernambuco Meu País’, sexta-feira passada, em Pesqueira. Roger já rodou o Brasil com o Som na Rural, que agora virou um mero carro de som para uma penca de DJ tocar nos intervalos dos shows do festival.
Se Raquel rodasse pelo estado pilotando a Rural, veria tudo diferente do que a propaganda de seu governo mostra. Não que o veículo de Roger seja indutor da realidade. Muito pelo contrário. O negócio do Som da Rural é a diversão. Mas sozinha no volante, sem a interferência dos áulicos, a governadora daria de cara com o Pernambuco de verdade.
Leia maisO Pernambuco que Raquel chama de “Meu País” é aquele que o contrato de publicidade de R$ 1,2 bilhão quer continuar enfiando goela abaixo dos pernambucanos. Esse Pernambuco só existe no mundo dos sonhos da reeleição. Nele, tudo é bonito e funciona bem. Mas o verdadeiro Pernambuco, aquele onde a grande maioria da população vive, não tem nada a ver com o “País” da governadora.
As pesquisas que o digam. A desaprovação do governo é maior que a aprovação e a intenção de voto para o Governo do Estado, em 2026, do seu principal adversário, o prefeito João Campos (PSB), pode se chamar de goleada.
Até quando inventa um festival caro como o ‘Pernambuco Meu País’, Raquel impõe sua visão política estreita, limitando a abrangência territorial do evento a seus interesses eleitorais. É claro que a população de todos os municípios gostaria de curtir os shows musicais. Por que então levar o festival somente para onde as prefeituras estão na sua base? Por que repetir este ano as cidades já beneficiadas o ano passado? Por que a Mata Norte e a Mata Sul, por exemplo, ficaram de fora?
O Festival Pernambuco Meu País é apenas um exemplo da versão fantasiosa e oportunista que a governadora tem de Pernambuco e quer transmitir aos pernambucanos. O nosso Estado é muito maior que isso!
A Rural de Roger tem combustível financeiro para rodar o estado com Raquel no volante. A Fundarpe que o diga. O que falta é combustível político para a governadora dar um cavalo de pau na estrada e passar a ver o Leão do Norte como a terra de todos os pernambucanos.
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