Por José Adalberto Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Nas legiões celestes, Lúcifer era um anjo garboso e vaidoso que, movido pela ambição de poder, rebelou-se contra o Criador e queria arrebatar-lhe o trono. Na expressão etimológica, Lúcifer era “aquele que transporta luz”. O arcanjo Miguel, fiel ao Criador, lançou uma espada e mobilizou suas legiões para combater o dragão da maldade. Assim aconteceu a primeiríssima guerra dos céus e da terra.
Derrotados pela espada flamejante do arcanjo Miguel, Lúcifer e seus sequazes foram lançados nas trevas para sempre. A batalha do arcanjo Miguel simboliza a eterna luta do bem contra os dragões da maldade, da luz contra as trevas, da beleza dos céus versus os precipícios da escuridão.
É errado dizer que o mundo está em guerra. A humanidade continua em guerra desde os primórdios, desde o dia — uma segunda-feira — em que Caim matou Abel com um tiro no peito. Nunca mais houve paz na humanidade.
Leia maisQuem inventou essa história de Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e Segunda Guerra Mundial (1939-1945)? Os critérios são estritamente geopolíticos: classificam-se conflitos de acordo com a participação das potências mundiais.
Israel, uma potência nuclear e tecnológica, já entrou em guerra dezenas de vezes contra seus inimigos. Que tal a guerra da Tríplice Fronteira — Brasil, Uruguai e Argentina — quando Brasil, Uruguai e Argentina massacraram sem piedade o Paraguai do ditador Solano López?!
Na Antiguidade, as guerras eram travadas “nas patas dos cavalos”. Depois da descoberta da dinamite pelo pacifista Alfred Nobel, passaram a acontecer “na boca dos canhões”. Atualmente, as guerras estouram “no coração dos átomos”.
No século XVIII, o herói Napoleão Bonaparte e seu cavalo branco — que, por sinal, era cinza — conquistaram muitos impérios numa meia dúzia de guerras no continente europeu. Em 1808, Dom João VI e sua Corte fugiram de Portugal para o Brasil com medo das patas do cavalo do imperador.
Joseph Stálin, Adolf Hitler, Gêngis Khan, Pol Pot (do Khmer Vermelho do Camboja), Mao Zedong, Fidel Castro e Putin eram as encarnações legítimas de Satanás.
Falando em guerras e atrocidades, é inevitável citar o imperador mongol Gêngis Khan, do século XII, que conquistou o maior império da história da humanidade, na Ásia e na Europa Oriental. O elemento era tão nefasto que se intitulava “uma abominação de Deus”, assim como Atila, rei dos Hunos. Seu método consistia em invadir territórios, sangrar e esfolar inimigos, violentar mulheres, saquear e incendiar cidades. É considerado precursor das guerras bacteriológicas: jogava cadáveres em decomposição no campo dos inimigos para espalhar doenças e mortandade.
Nesta minha idade avançada de 95 anos, às vezes me sinto meio esmorecido, e logo me recupero. As palavras são minhas amigas e eu as trato com carinho para não machucá-las nem machucar meu coração.
Hasta la vista, cabroeira!
*Jornalista, escritor e quase poeta
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