Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
Líder da oposição, a deputada Dani Portela (PSOL), aproveitou a reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco para criticar, publicamente, se reportando diretamente à governadora Raquel Lyra (PSDB), as consequências negativas que a falta de diálogo do Executivo com o Legislativo provoca no Estado.
Entre os principais entraves, apontou os decretos do início do mandato da tucana, mais conhecidos como “exoneraços” e “revogaços”, que até hoje, de acordo com Dani, são sentidos pela população pernambucana.
Leia mais“Esses decretos, até hoje, trazem consequências negativas para a população pernambucana, a exemplo da revogação das cessões de prédios estaduais que afetaram e afetam ainda hoje serviços públicos ofertados por prefeituras e também o funcionamento de entidades da sociedade civil que prestavam serviço à população nestes locais”, comentou a deputada, que afirmou que essa postura inicial do Executivo Estadual foi um dos primeiros indicativos de que a Casa Joaquim Nabuco teria que lidar com um poder Executivo que não está disposto ao diálogo.
“Essa falta de disposição ao diálogo, por parte do governo do estado, afetou de forma negativa os trabalhos desta Casa. Foi o que ocorreu, por exemplo, quando a governadora encaminhou o PL 1075/2022, que alterava todas as principais legislações tributárias do estado, 15 leis sendo alteradas por meio de um Projeto de Lei em regime de urgência. Essa mesma estratégia foi utilizada para que nós, deputadas e deputados, não conseguíssemos aprofundar o debate sobre o pacote de 33 projetos de lei, todos em regime de urgência, que a governadora encaminhou à Alepe no final do ano passado, tratando de diversas áreas, como saúde, segurança e educação”, enumerou a líder da oposição.
Contudo, ela afirmou que, mesmo nesse cenário, a Casa conseguiu atuar, inclusive emendando diversos projetos de lei, demonstrando que o empenho, mesmo enquanto bancada de oposição, para manter uma atuação, ao mesmo tempo, crítica e propositiva. “Reforçamos a importância do debate e da altivez da Casa de Joaquim Nabuco. Nesta Casa, quando se busca pelo bem comum, o diálogo deve sempre prevalecer sobre a imposição de vontades”, finalizou.
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