O Brasil e o Nordeste nos anos de 1950

Por Arnaldo Santos para o Blog do IBRE

Os fundamentos históricos e condicionantes político-econômicos para o desenvolvimento tardio da Região Nordeste e o Banco do Nordeste do Brasil como ação para o projeto nacional desenvolvimentista do presidente Getúlio Vargas

De conhecimento global é o fato de que a relação de dependência econômica, científica e tecnológica do Brasil perante o mundo desenvolvido ocorreu, especialmente, à extensão de toda a primeira metade do século imediatamente anterior.

Revisitando a história desde o fim do mencionado espaço temporal, encontra-se registro da realização, já em 1947, no Rio de Janeiro, de Conferência Internacional sobre a defesa dos interesses econômicos do Brasil no Continente. No evento, os representantes nacionais cobraram ao Presidente dos EUA, Harry S. Truman, anuência para que fosse criada uma comissão bilateral com o objetivo de debater modalidades de incentivar o investimento privado no País. Propositura aceita e confirmada, organizou-se um grupo de trabalho denominado Comissão Técnica Brasil-Estados Unidos, liderada por John Abbink, representante estado-unidense, e por Otávio Gouveia de Bulhões, indicado pelo Brasil. O grupamento ficou conhecido como Missão Abbink.

Na sequência de determinação do referido grupo, já em 1949, a Missão Abbink elaborou um documento onde analisou, não só, os segmentos econômicos e as precondições para o desenvolvimento, mas, também, a participação do Estado Brasileiro e do capital estrangeiro. Esse estudo foi a primeira tentativa de assentar um plano de desenvolvimento para o Brasil, apesar de não detalhar os projetos, tampouco de estimar os recursos financeiros necessários à implementação, o que já evidenciava sua ineficiência para alcançar os objetivos pretendidos.

O Governo de Eurico Gaspar Dutra, a seu turno – e que vinha trabalhando paralelamente com os mesmos dados – também divulgou, em 1949, um conjunto de medidas a serem implementadas daquele ano até 1953. Essas medidas ficaram conhecidas como Plano Salte. O acrônimo SALTE é constituído pelas letras iniciais das palavras Saúde, Alimentação, Transporte e Energia, que compunham as áreas a serem incentivadas. 

Como, até então, não havia recursos externos para alavancar a industrialização, o Governo Dutra perfilhou uma política de crédito mais liberal, concedendo, por exemplo, empréstimos do Banco do Brasil a setores industriais considerados essenciais.

Dessa ideação resultaram algumas fábricas localizadas no Sudeste, mas nada de relevante para o Nordeste – o que reafirmava o afastamento da Região desde sempre – pelo fato de que o SALTE não previa um planejamento em escala nacional. Ainda assim, nos últimos anos do Governo sob comentário, a economia brasileira denotava índices de crescimento expressivos, de 6% ao ano. O Nordeste, entretanto, mais uma vez não se beneficiou dessa dilatação, confirmando a tradição malsã de excludência, ainda vigente na realidade em curso.

Nesse período, impõe-se enfatizar o fato de que, por décadas, as tragédias ocasionadas pelo clima no Brasil eram somente as “secas do Nordeste”, estampadas nas primeiras páginas dos jornais e na maioria dos meios de propagação coletiva em todo o Estado Nacional, que exibiam imagens de crianças esquálidas pela fome, migração em massa, animais no chão esturricado, forjando o estereótipo de um grande e oneroso locus para o País, já que a ação da elite política local se limitava, tão somente, a pressionar o Governo Federal por mais e mais recursos, sem, todavia, propor uma política de desenvolvimento para a Região. Essa atitude só contribuiu para reforçar o estigma de uma terra cada vez mais miserável!

Vale o registro de que foi na primeira metade da década de 1950, isto é, correspondente ao início do segundo Governo Vargas, que ocorreu a maior saída, até então registrada, de nordestinos desesperados para outras regiões do País, especialmente para São Paulo, o que intensificou as preocupações do Governo Federal com o flagelo regional. Nesse tempo, além da seca, a economia do Nordeste vinha de um extenso período de estagnação, com agricultura atrasada e pouco diversificada, grandes proprietários de terras, débeis relações capitalistas de produção, concentração de renda e indústria com baixíssima produtividade.

Malgrado todas essas adversidades de atraso econômico e social, baixa industrialização, falta de infraestrutura rodoviária e de transporte, energia e telecomunicações, foi que ocorreram as novas eleições. Consoante registrado na História, no dia 3 de outubro de 1950, Getúlio Vargas foi eleito Presidente da República, retornando, então, pelo voto, a ocupar a mais alçada função no País.

Vargas tomou posse em 31 de janeiro de 1951. O debate iniciado no Governo Dutra sobre estratégias de desenvolvimento econômico teve continuidade, então, com muito maior ênfase, oportunidade em que o Presidente Getúlio Vargas aventou para sua regência a decisão central acerca das políticas sobre o tema, considerando que era necessária a intervenção governamental para direcionar o crescimento econômico brasileiro, de preferência com o apoio do capital estrangeiro.

O Banco do Nordeste do Brasil como ação para o projeto nacional desenvolvimentista de Getúlio Vargas

No segundo governo Vargas, tinha curso um ambiente institucional favorável à criação de um banco como o BNB. No começo, havia sido objeto de promessas de campanha, apontando para a continuidade do desenvolvimento impulsionado pela ação estatal, que caracterizou o período ditatorial de Vargas. Secundariamente, experimentava seguimento uma filosofia desenvolvimentista de cariz institucional consubstanciada na Constituição vigente do País, com base na qual a ação do Estado era largamente protegida. Assim, neste entretempo – segundo Governo Varguista – mudava somente o ambiente político, com a redemocratização, via Carta Grande de 1946, mas o espírito desenvolvimentista impulsionado pelo Estado continuava muito robusto e, objetivamente, expresso no próprio Texto Constitucional.

Nesse âmbito de efervescência desenvolvimentista, foram instituídos dois grandes bancos estatais que mudaram a própria configuração institucional do sistema financeiro nacional – o BNDES e o BNB. As motivações, todavia, para instituir ambas as instituições financeiras foram bem diferentes. A primeira distinção foi que a ideia para implantação do BNB não surgiu de um simples plano, mas de uma filosofia de governo, expressa nos vários discursos da campanha de Getúlio Vargas à Presidência da República, que era para sustentar a continuidade do desenvolvimentismo, transportado robustamente pela ação estatal, iniciado com a Revolução de 1930. Já o BNDES aflorou da ideia de impulsionar o desenvolvimento por meio da industrialização do País e, como é farto na História, inspirado pelas análises da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos – CMBEU.

O aparecimento do BNB na ambiência regional, no início dos anos de 1950, assinala um ponto de inflexão estratégica na política até então vigente com a qual o Governo Federal cuidava dos problemas do Nordeste, onde o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) ocupou, por cerca de 40 anos, o lugar de efígie central daquela sucessão desenvolvimentista.

A seca de 1951-1953 registra um significado especial no argumento histórico do Banco do Nordeste do Brasil, porquanto foi depois de uma visita que o Ministro da Fazenda, Horácio Lafer, fez à Região, todavia – uma vez atingida por estiagem prolongada e devastadora –, que despontou a ideia de originar a Instituição. Assim, para o BNB, mais do que uma catástrofe em seus efeitos naturais e políticos, aquela comprida e dolorosa estiagem constituiu, também, um marco em sua trajetória.

Em 1951, conforme há pouco expresso, ocupava o Ministério da Fazenda o político e homem de negócios paulista, que participava no Recife, naquele ano, de um evento promovido por empresários ligados ao setor algodoeiro.

Depois que retornou ao Rio de Janeiro, por meio de uma Exposição de Motivos circunstanciada, Lafer propôs ao Presidente Vargas o instituto de um banco especial, que veio a representar, também, uma mudança radical nos procedimentos de apoio do Governo Nacional ao Nordeste, sob a visão de que esse amparo não devia se restringir apenas aos momentos aflitivos do povo da Região, mas ter um caráter de permanência, atuando como um instrumento transformador da economia regional.

 A seca de 1951-1953 e a formulação da proposta para a criação do Banco do Nordeste 

Alguns analistas entendem que o BNB foi originado em razão da visita que Horácio Lafer fez ao Nordeste em 1951, quando começava mais uma seca devastadora, e teria ficado bastante impressionado com o que viu – o sofrimento do povo atingido pela seca, a desarticulação do sistema produtivo regional e a impotência das políticas governamentais em decurso, mormente as de “combate às secas”, que eram remédios ineficazes para tanger aquela situação dramática.

Sobra evidente o fato de que uma decisão complexa como a de sugerir o estabelecimento de uma grande instituição financeira de desenvolvimento não haveria de ser resultado de uma impressão conjuntural do Ministro da Fazenda.

Há de se entender, então, o que motivou a formação do Banco do Nordeste, feito algo que era amadurecido, não exatamente como uma ideia de originar uma agremiação nos seus moldes, mas como fundamento para uma política sob a qual convergiam as convicções técnicas, por assim dizer, do financista Horácio Lafer, e as premissas do projeto político do Segundo Governo Varguista. A seca de 1951 patenteou, somente, um fator de precipitação, um catalisador, alguma ideação que faltava para deflagar mudanças cujos fundamentos já vinham sendo constituídos, bem antes de Getúlio Vargas assumir a Presidência pelo voto popular.

A propósito, nem a nova política para o Nordeste, que se propunha, em que o estabelecimento do BNB foi o marco zero, era, como ideia motriz, algo tão novo assim. É azado expressar o argumento de que a falência da velha política assistencialista, exercitada havia cerca de 40 anos, tinha sido constatada há várias décadas por outro titular da Fazenda, o Ministro Ruy Barbosa.

Na vigorosa advertência para a ineficácia daquele tratamento concedido aos flagelados pelas secas do “Norte” (o conceito de “Nordeste” ainda não existia), o Titular baiano do Ministério atentava para a relação entre os gastos astronômicos e os resultados pífios obtidos com aquela política oficial e a carga tributária elevada imposta aos contribuintes. Dizia ele que

As despesas com os Estados afligidos pela seca formam, no orçamento, uma voragem, cujas exigências impõem continuadamente ao País sacrifícios indefinidos. Cumpre que a política republicana, apenas consiga desvencilhar-se dos grandes problemas que envolvem a sua inauguração, busque a esse problema solução mais inteligente e menos detrimentosa para os contribuintes”. (Apud Paulo Brito Guerra,       em A civilização da seca).

 A importância do fundo das secas para a criação do BNB

A ideia de instalar o BNB era estabelecer uma instituição para gerir os recursos do chamado “Fundo das Secas”. Os recursos que formavam tal substrato financeiro foram instituídos na Carta Maior de 16 de julho 1934, cujo artigo 177 estabelecia duas diretrizes fundamentais da política de assistência do Governo Federal ao Nordeste, no tocante à defesa contra os efeitos das estiagens, conforme vêm. 

a)     A defesa contra os efeitos das secas nos então chamados Estados do Norte deveria seguir um plano sistemático de caráter permanente, sob a responsabilidade da União.

b)    Era estipulada uma quantia destinada à construção de obras e serviços de assistência de valor nunca inferior a 4% da receita tributária da União sem aplicação especial.

Sobrava estabelecido o fato de que três quartos (75%) desse percentual eram destinados ao custeio das obras normais do plano fixado, ao passo que o restante dos recursos era depositado em caixa especial, para aplicação no socorro das populações atingidas pelas secas.

Determinava-se, pois, que o importe de 4% deveria ser revisto por lei ordinária, após decorridos dez anos de seu estabelecimento.

A Constituição de 1937, que instituiu no País o regime autoritário conhecido por Estado Novo, não tratou sobre o assunto, mas, na Carta Magna de 1946, em seu artigo 198, o tema foi retomado e os recursos do Fundo passaram a ser regidos pelas regras dispostas à continuidade.

a)    Na execução do plano de defesa contra os efeitos de determinada seca do Nordeste, a União deveria aplicar, anualmente, com as obras e os serviços de assistência econômica e social, quantia nunca inferior a 3% da sua renda tributária. 

b)    Um terço daquele percentual haveria de ser depositado em caixa especial, destinada ao socorro das populações atingidas pela calamidade, sendo essa reserva, ou parte dela, passível de ser aplicada a juro módico, consoante as determinações legais, em empréstimos a agricultores e industriais estabelecidos na área abrangida pela seca.

Veja outras postagens

Diante de tantos atos de agressões, tentativas de homicídios e até assassinatos, os diretórios do PT e do PSB lançaram uma nota conjunta repudiando a violência nas eleições deste ano.

Confira abaixo na íntegra:

Diferentemente de tudo o que se poderia imaginar e desejar, a campanha eleitoral em Pernambuco volta a ser notícia não pela festa democrática de cores, propostas e esperança que invade os municípios, mas por episódios graves de violência.

Há cerca de dez dias, vivenciamos momentos de angústia após a tentativa de homicídio sofrida pelo prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), vítima da intolerância de um opositor político. E na noite da última sexta-feira (6), novamente nos vimos aflitos, desta vez, com a notícia de um atentado a tiros praticado contra Neto de Véia, candidato a vereador de Surubim pelo PSB.

Nos dois municípios, o PSB e o PT estão juntos apresentando projetos marcados pelo forte apelo popular: em Sertânia, com Rita Rodrigues (PSB) e Dr. Orestes (PT), e em Surubim, com Véia de Aprígio (PSB) e Ivete do Sindicato (PT). Pelo visto, isso está incomodando quem está acostumado a achar que o poder do dinheiro e de uma arma na cintura vence as eleições.

Mais do que nos solidarizar, dar total apoio e desejar pronta recuperação às vítimas, nós do PSB e do PT repudiamos veementemente esses episódios de violência e voltamos a cobrar das autoridades policiais providências céleres e enérgicas para esses casos, no que concerne à prisão dos agressores e ao reforço da segurança nesses municípios. A população pernambucana precisa ter a garantia de que poderá ir às urnas no dia 6 de outubro com a certeza de que sua vontade soberana será respeitada.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou hoje (7) a demissão do ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. A demissão ocorreu após denúncias de assédio sexual suspostamente cometido por ele contra mais de uma dezena de mulheres.

“A parte política já passou com a demissão. Agora, como todas as pessoas, [ele] tem direito à ampla defesa e, depois, se fará justiça”, afirmou Barroso. A declaração foi dada na saída do desfile cívico-militar de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O presidente da suprema corte disse ainda que o colegiado da Primeira Turma do STF tem competência regimental para analisar os recursos apresentados pela rede social X (antigo Twitter) e por outras plataformas contra decisões do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relacionadas ao bloqueio de perfis na internet e da própria rede social no país.

Ontem (6), a Primeira Turma do STF negou recursos do X, manteve a suspensão da rede social e o bloqueio de perfis na internet. 

Dia da Independência

O presidente do STF avaliou como positiva a participação de representantes dos três poderes da República no desfile. “Foi uma cerimônia muito bonita, com a presença dos chefes dos três poderes, demonstrando que o país vive a mais plena normalidade institucional. É um bom momento para a nacionalidade.”

Declaração semelhante foi dada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre a data. “O Dia da Independência tem que ser uma vitória da democracia”, afirmou.

Perguntado sobre o simbolismo da presença dos presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e do Supremo, Luís Roberto Barroso, no desfile em Brasília, Múcio disse que “é o fortalecimento da democracia, a força da política.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deu declarações ao deixar o local. Apenas cumprimentou populares que estavam nas arquibancadas para assistir aos desfiles. 

Da Agência Brasil

O deputado estadual Alberto Feitosa (PL) acompanhou a mobilização encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia, na Avenida Paulista. O parlamentar estava acompanhado do candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado, do deputado federal Pastor Eurico e dos candidatos a vereador do Recife Gilson Filho e Netinho Eurico – além do vereador de Caruaru, Val Lima.

“Um evento pacífico que reuniu, mais uma vez, milhares de brasileiros. Hoje se comemora historicamente o dia da independência do Brasil, mas é preciso novamente fazer história. Os brasileiros que se mobilizaram hoje não só aqui na Paulista, como em outras cidades , diz não a um País onde querem impor a ditadura. A exemplo da Venezuela, Cuba, Guatemala. Pela liberdade do Brasil, pelo respeito à constituição, pela preservação de nossa soberania. Eu estive em mais esse ato democrático. Ficou claro nessa mobilização de hoje que esse desejo é de milhares de brasileiros. Estamos juntos e cada vez mais fortes!”, ressaltou Feitosa.

O candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), participou do ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, na Avenida Paulista. Ele não foi o único: Marina Helena (Novo) também deu as caras na manifestação, mas nenhum dos dois discursou. Diferente do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, que estava ao lado do líder da direita brasileira e fez uso do microfone.

Marçal chegou à avenida após o discurso de Bolsonaro. Aplaudido por manifestantes, ele circulou pela área próxima ao carro de som em que estava Bolsonaro, mas não chegou a subir. O prefeito Nunes não estava mais no veículo quando o adversário apareceu.

Marçal e Nunes estão empatados tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo a última pesquisa Datafolha.

O candidato do PL a prefeito de Caruaru, Fernando Rodolfo, deu um timing na sua campanha e participou em São Paulo da manifestação bolsonarista em defesa da democracia. Atendeu ao convite do próprio Bolsonaro, que já esteve em Caruaru participando de atos do aliado. “O Brasil já deu o seu grito de independência, Caruaru vai fazer isso no próximo dia 6 , se libertando de 40 anos nas mãos dessas famílias que tiraram o protagonismo da nossa cidade”, disse, numa conversa com o blog.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, neste sábado (7), de um ato contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Avenida Paulista, em São Paulo. Também estavam presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da capital e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), o pastor Silas Malafaia, fiador do evento, e parlamentares.

Os manifestantes vestiam, em sua maioria, camisas verdes e amarelas e carregavam cartazes em que pediam intervenção militar, o que é inconstitucional, e criticavam o bloqueio da rede social X e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autor da decisão – posteriormente referendada por outros ministros da Corte.

Em seu discurso, Bolsonaro voltou a defender a anistia para os condenados pelos ataques de 8/1, disse crer na reversão, pelo Congresso, da sua inelegibilidade, e chamou de ditador o ministro Moraes, relator de inquéritos nos quais o ex-presidente é investigado.

“Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o ex-presidente.

Confira o discurso do ex-presidente:

Manifestantes se reúnem na tarde deste sábado (7), dia da Independência, na Avenida Paulista, para o ato convocado por bolsonaristas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato, organizado pelo pastor Silas Malafaia, conta com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e outros políticos e parlamentares da direita.

A Avenida Paulista foi fechada para receber o público, que se concentra em frente ao Masp. O primeiro a falar, em cima de um carro de som, foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Vestindo a camiseta do X e ao lado do pai, Eduardo pediu o fim das “prisões políticas”, a anistia para todos os “presos políticos”, o encerramento do que chamou de “inquéritos ilegais derivados do inquérito do fim do mundo” e terminou pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Alguns participantes do ato também seguravam cartazes com pedido de impeachment do ministro.

Bolsonaro falou por volta das 16h. O ex-presidente se referiu ao ministro Alexandre de Moraes como “ditador” durante seu discurso e pediu que o Senado “coloque freio no ministro” do STF.

Além de Bolsonaro e Eduardo, discursaram no evento o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia, o senador Magno Malta (PL-ES), os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO).

Sem citar o nome do ministro Moraes, Tarcísio criticou o banimento do X em seu discurso, disse que a manifestação é uma “oportunidade de construir a história” em defesa da liberdade e gritou “volta, Bolsonaro”.

De acordo com a âncora da CNN Tainá Falcão, a Polícia Federal (PF) vai monitorar eventuais “ataques à democracia ou ameaças contra autoridades”.

Da CNN

O ex-deputado estadual e ex-prefeito das cidades do Cabo de Santo Agostinho e do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, celebrou, em mensagem enviada ao empresário João Carlos Paes Mendonça, os 35 anos de atividade da Fundação Pedro Paes Mendonça.

Marcada pela inauguração, em 1989, no Lar Dona Conceição, a instituição atualmente atende a 280 crianças e jovens que estudam na escola em horário integral, com quatro refeições diárias, fardamento e material didático.

“Muitas das boas experiências ali executadas certamente servirão como inspiração na adoção de parcerias análogas aqui, na nossa amada cidade do Jaboatão dos Guararapes, onde nasceu a pátria e o exército brasileiro”, registrou Elias Gomes.

Após a Justiça suspender a veiculação de informações “difamatórias, caluniosas e inverídicas” sobre a gestão das creches da cidade, como publicado por este blog, a assessoria do candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado (PL), afirmou que “as notícias abordadas em sua propaganda eleitoral e nas redes sociais são baseadas em fatos verídicos e continuam sendo discutidas”.

“A verdade é que houve liminares solicitando a suspensão de algumas peças publicitárias, alegando ofensa. Dessa forma, a Justiça, liminarmente, determinou a suspensão de algumas peças publicitárias para evitar ofensa a pessoas específicas, mas não proibiu a discussão do tema das creches. Na realidade, não há fake news nas críticas, visto que o próprio prefeito João Campos (PSB) reconheceu irregularidades nas creches (como confirmou na sabatina JC 90,3)”, complementou a campanha de Gilson.

O candidato reafirmou o seu compromisso com a verdade, transparência e justiça. Ele destacou ainda que não se deve combater uma crítica fundamentada em fatos verídicos com alegações de fake news.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi atendido, neste sábado (7), no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo. “Por conta de uma gripe estava sem voz , passou rapidamente pelo Hospital”, escreveu nas redes sociais o advogado do ex-presidente Fabio Wajngarten.

De acordo com a publicação, Bolsonaro foi atendido pelo médico Leandro Echenique, o mesmo que vem tratando o ex-presidente desde a facada sofrida por ele na campanha de 2018.

Wajngarten confirmou a presença do ex-presidente no ato da tarde deste sábado na Avenida Paulista. O ato foi convocado pelo próprio Bolsonaro, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além do pedido de impeachment de Moraes, responsável pela decisão que bloqueou o acesso à rede social X no Brasil, o ato promete movimentar a campanha pelas eleições municipais em São Paulo.

Réplicas do boné usado pelo candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, tomaram a Avenida Paulista. Bolsonaro, por sua vez, apoia oficialmente Ricardo Nunes (MDB), mas disse, em vídeo, que qualquer candidato poderia subir ao palanque, já que o ato é “suprapartidário”.

Durante a semana, Marçal fez suspense sobre sua presença na manifestação, sem cravar que não estaria presente. Ricardo Nunes, pela manhã, participou do desfile de 7 de Setembro ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Do Metrópoles

Por Larissa Rodrigues

Repórter do blog

Se havia alguma dúvida de que o PT em Pernambuco entraria de cabeça na campanha à reeleição do prefeito do Recife, João Campos (PSB), o senador Humberto Costa, um dos líderes de peso da legenda no Estado, fez questão de afastar qualquer imagem de hesitação do partido ao projeto, na noite de ontem. Após uma caminhada na comunidade de Roda de Fogo, na Zona Oeste do Recife, o senador subiu ao palco ao lado de João e do candidato a vice-prefeito na chapa socialista, Victor Marques (PCdoB), e fez um discurso exaltando a trajetória de Campos.

“É um prazer muito grande estarmos aqui, na prática dando o primeiro passo de rua na campanha do prefeito João Campos, que é não somente o candidato do PSB, mas é o candidato do PT nesta eleição”, afirmou Costa. “A eleição de João Campos é uma eleição que todo o Brasil está acompanhando. Primeiro, pela larga diferença que ele tem mostrado até agora nas pesquisas de opinião. Segundo, pelo reconhecimento da sua administração. É um reconhecimento com toda razão de ser, pois o prefeito trabalhou em todas as áreas. Você, sem dúvida, terá a maior votação que um prefeito já teve. Estamos juntos e o presidente Lula (PT) quer manter com você essa grande participação”, enfatizou Humberto Costa. O presidente do diretório municipal do PT, Cirilo Mota, também esteve na caminhada e, assim como Humberto, garantiu a participação em mais atos de João Campos.

Comitê sem PT

No dia 18 de agosto deste ano, João inaugurou o comitê central de campanha, no Poço da Panela, sem a presença de líderes petistas, o que chamou a atenção pelo fato de a chapa ser apoiada pelo presidente Lula. Na ocasião, os petistas informaram outros compromissos. Humberto Costa cumpria agenda do Parlamento do Mercosul em Foz do Iguaçu, no Paraná. Já a senadora Teresa Leitão estava de licença médica.

O deputado estadual João Paulo (PT), por sua vez, não disfarçou o racha existente no PT local em relação ao apoio a João Campos, sobretudo por causa do desgastante processo de escolha do candidato a vice da chapa, no qual o PT saiu rifado. “Observei a ausência do PT e sua militância na inauguração do comitê de João Campos. Eu havia alertado e previsto o que aconteceria quanto à importância do PT na chapa e fui muito mal entendido. Parceria política não é um ato de arrogância, mas sim solidário e o PSB não entendeu isso”, afirmou João Paulo em nota no dia da inauguração do comitê.

João Paulo, inclusive, tem feito gestos à candidata da Federação Psol/Rede, Dani Portela, com quem posou nas redes sociais no último dia 31, depois de presenteá-la com um quadro do Recife. A candidata é ciente da insatisfação de alguns petistas e tem como comitê central de campanha uma casa estrategicamente localizada exatamente na frente da sede do PT, no bairro de Santo Amaro, na Zona Norte do Recife.