Clique aqui e ouça o Frente a Frente de hoje. Programa ancorado por este blogueiro e transmitido pela Rede Nordeste de Rádio. Ao clicar no link, o leitor deve selecionar a opção “ouvir pelo navegador”.
Clique aqui e ouça o Frente a Frente de hoje. Programa ancorado por este blogueiro e transmitido pela Rede Nordeste de Rádio. Ao clicar no link, o leitor deve selecionar a opção “ouvir pelo navegador”.
Mesmo em um cenário cada vez mais marcado pelo consumo de conteúdo nas redes sociais, este blog, pioneiro no Nordeste, fecha 2025, ano da véspera do seu vigésimo aniversário de fundação, com crescimento de 4,1% nos acessos diretos.
O levantamento é do Google Analytics. O total de sessões passou de 3.320.779 em 2024 para 3.449.860 em 2025, resultado que consolida uma média aproximada de 300 mil acessos mensais. Os números reforçam a posição do site como o maior blog político do Nordeste, com crescimento contínuo e audiência fiel.
Leia maisA liderança regional segue ancorada no Recife, que concentra 28,45% das sessões, somando 981.485 acessos, mantendo trajetória de expansão. Além da capital, o desempenho no interior chama atenção, com Serra Talhada registrando um dos crescimentos mais expressivos do levantamento, ao ampliar sua participação de 4,41% para 5,35%, o que representa 38.125 de novas sessões no comparativo anual.
Além do território de Pernambuco, os números confirmam a forte inserção nacional do blog. São Paulo, por exemplo, se consolida como o terceiro principal mercado de acessos, com participação em torno de 3,7%, figurando entre os maiores polos de crescimento do site.
Outras cidades pernambucanas mantêm presença relevante na audiência, como Petrolina, Garanhuns, Salgueiro e Jaboatão dos Guararapes, o que evidencia a capilaridade do blog em diferentes regiões do Estado.
No conjunto, os dados mostram uma base sólida e distribuída, com forte engajamento tanto na capital quanto no interior. O perfil do público também evidencia pontos fortes da audiência. Os acessos do público masculino cresceram de 54,70% para 60,80%, ampliando o volume total de sessões, enquanto faixas etárias mais maduras, como 55 a 64 anos, apresentaram avanço, indicando maior fidelização de leitores com consumo regular de informação política.
Leia menos
Brasil entra em 2026 mergulhado na polarização política
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
O Brasil vai encerrar o ano de 2025 mergulhado na polarização política que rachou o país há quase uma década. De um lado, a esquerda e a centro-esquerda unidas em torno da reeleição do presidente Lula (PT) e de pautas progressistas, que defendem a diversidade humana e a inclusão social. Do outro, a extrema-direita e parte da direita, com valores conservadores que carregam certa dose de resistência aos direitos individuais e ainda sem rumo definido para as eleições de 2026.
A saída para reduzir e até eliminar a polarização é complexa e exige várias frentes de trabalho. Para o professor, escritor, cientista político e sociólogo Antônio Lavareda, esse caminho de união depende, por exemplo, de fatores econômicos e reformas institucionais. Lavareda foi o último entrevistado de 2025 do podcast Direto de Brasília, ontem (30), comandado pelo titular deste blog em parceria com a Folha de Pernambuco e com transmissão para 165 emissoras no Nordeste.
Leia mais“Para melhorar o clima político do país, torná-lo mais respirável em boa medida, você precisa ter um conjunto de circunstâncias. Você precisa ter, por exemplo, uma economia caminhando bem, o país crescendo. Só o crescimento econômico ajuda a diminuir as tensões de uma sociedade”, destacou Lavareda.
Segundo o cientista, o combate às fake news tem papel fundamental no processo de rompimento da polarização. “Para isso, é necessário encarar a questão da necessidade de regulação das redes sociais, algo muito difícil no Brasil hoje”, comentou. Lavareda defendeu o aperfeiçoamento institucional e a reforma do sistema eleitoral como essenciais também.
“O Brasil, aliás, carece de pequenas reformas em todos os poderes, haja vista essa crise na qual o Judiciário está mergulhado no momento”, disse. O professor ainda apontou como caminho o fortalecimento de partidos de direita e centro-direita, com mais condições de desafiar a ultradireita, como ocorreu em países como Portugal, Espanha e Alemanha.
“Eu costumo dizer que só quem enfrenta com sucesso a extrema-direita, do ponto de vista eleitoral, em todo o mundo, não é a esquerda. A esquerda não tem condição de enfrentar a extrema-direita, porque não vai ter votos direcionados à extrema-direita. Só quem pode enfrentá-la são esses partidos de centro e centro-direita”.
Na opinião de Lavareda, o presidente Lula entrará em 2026 com discreto favoritismo, mas a eleição ainda não está resolvida e vai depender de fatores internos da própria campanha, de escândalos que podem surgir, se a economia estará na direção projetada, entre outros. “Lembrando que das nove eleições presidenciais que nós tivemos, quem terminou o ano anterior em primeiro lugar nas pesquisas, e é como o Lula termina, ganhou a eleição, ganhou seis das nove eleições presidenciais na Nova República”, enfatizou.
Flávio e Jair – O professor Antônio Lavareda acredita que a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência da República, indicado pelo pai, Jair Bolsonaro (PL), inelegível e preso, é viável e competitiva. Embora avalie Lula (PT) como favorito, ele reforçou o potencial de Flávio. “Flávio é tão competitivo quanto seria o pai se pudesse participar da eleição. O eleitor que votaria em Jair Bolsonaro provavelmente votará em Flávio. Não vejo grandes diferenças. Essa rejeição ao Flávio diminuirá ao longo do tempo, à medida que ficar mais claro para todo o eleitorado bolsonarista que ele de fato é um candidato ungido por seu pai”, avaliou.

Rejeição de Lula – Para Lavareda, Flávio Bolsonaro deverá ter entre 90% e 95% dos votos daquele segmento eleitoral que votaria no ex-presidente. “Não acho que o Flávio seria inviável. O que vai definir a eleição é a rejeição ao Lula. O candidato que o enfrentar no segundo turno vai ser diretamente beneficiado por essa rejeição. Então, a aprovação e rejeição do Lula, hoje, são as variáveis básicas para a elaboração de qualquer prognóstico que se queira estimar com relação a 2026”, explicou Lavareda.
Pausa no recesso – Os deputados estaduais de Pernambuco que estiverem curtindo o recesso fora da capital terão que retornar ao Recife, na próxima sexta-feira (2), para reunião extraordinária convocada pela governadora Raquel Lyra (PSD). A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai aceitar o pedido de Raquel e publicará, nesta quarta-feira (31), último dia do ano, o aviso sobre a reunião que ocorrerá às 9h no Plenário da Casa. É preciso que dez deputados estejam presentes para abrir a sessão.
Missão da Casa Civil – Para analisar a pertinência do pedido da governadora Raquel Lyra por convocação extraordinária, são necessários 25 deputados presentes. Só com a aprovação deles o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), poderá instalar a reunião extraordinária. A missão da Casa Civil, agora, é convencer 25 deputados a voltarem de onde estão, depois dos festejos de réveillon, para apreciarem o pedido de Raquel Lyra.

Moraes elogia Raquel por creche – O deputado Antônio Moraes (PP) marcou presença na inauguração do Centro de Educação Infantil (CEI), em Igarassu, no Grande Recife, ontem (30), e elogiou as atividades da governadora Raquel Lyra em 2025. O Centro de Educação Infantil Tia Nicinha é a primeira creche inaugurada por Raquel, dentro de um programa que abrangerá todo o Estado ao longo do próximo ano. “Com a obra finalizada, com instalações cuidadosas e equipamentos modernos, as mães terão a tranquilidade de deixar seus filhos em um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento. Além disso, a creche trará um benefício significativo ao aprimorar a alfabetização das crianças, gerando um impacto positivo no futuro delas, quando ingressarem no ensino fundamental”, disse Moraes.
CURTAS
Freio de arrumação 1 – Foi muito ruim para Pernambuco terminar 2025 com um turista de olho roxo falando para todo o Brasil o quanto foi maltratado em Porto de Galinhas, um dos principais cartões-postais do Estado. Como disse Raquel Lyra, o espancamento ao casal do Mato Grosso foi inadmissível. Está na hora de o poder público dar um freio de arrumação na forma como a orla de Porto de Galinhas é explorada por barraqueiros.
Freio de arrumação 2 – O Estado e a Prefeitura de Ipojuca deveriam fornecer as barracas e cadeiras a serem usadas na praia pelos turistas, que pagariam apenas o consumo, afinal de contas a praia é pública. Do contrário, os frequentadores ficam à mercê da exploração de barraqueiros mal-intencionados, sem generalizar a categoria. Mas, da forma que acontece hoje, cobram-se valores abusivos às pessoas, que acabam sem poder de escolha. Na internet, há inúmeros relatos de abusos cometidos nessa cobrança.
Feliz 2026 – Na última coluna de 2025, esta colunista substituta deseja para todos os leitores e todas as leitoras um excelente Ano-Novo, com muita saúde, tranquilidade, paz, segurança e amor. Que 2026 chegue com alegria e prosperidade às famílias, renovando energias e capacidade de sonhar. Feliz 2026!
Perguntar não ofende – A Casa Civil de Raquel vai convencer quantos deputados a estarem às 9h no Plenário, na próxima sexta-feira?
Leia menos
O ministro de Lula, Silvio Costa Filho, aproveitou a inauguração do Parque Eduardo Campos, no Pina, nesta terça-feira (30), para parabenizar as ações do prefeito João Campos no Recife. Durante discurso, Costa Filho lembrou de um conjunto de investimentos que estão sendo feitos pelos quatro cantos da cidade com as digitais do gestor socialista.
“Aonde eu tenho andando o Recife a gente percebe um conjunto de obras estruturantes. O prefeito que mais fez creches na história do Recife. Prefeito que mais fez muro de arrimo e contenção dos morros. O prefeito que mais trabalhou pela saúde da cidade. Prefeito que mais fez parques e áreas de lazer do Recife. Prefeito que está fazendo o maior número de obras estruturantes na nossa cidade”, lembrou Costa Filho .
Leia maisNo evento, Costa Filho ressaltou que o novo espaço público de lazer marca um avanço na requalificação urbana da capital pernambucana e amplia as áreas verdes disponíveis para a população.
Durante a cerimônia, Silvio Costa Filho destacou a importância do parque para a qualidade de vida dos recifenses.
“Investir em espaços de lazer é investir em saúde, bem-estar e cidadania. Um parque como esse aproxima as famílias, valoriza a cidade e devolve à população o direito de ocupar os espaços públicos com dignidade. Gostaria de parabenizar o prefeito João Campos e toda sua equipe por esse olhar voltado para ações que fortalecem a cidadania e o lazer”, afirmou o ministro.
Leia menos
Por Kátia Cubel
Tradicional e pacata, a praia de Guarajuba, no Litoral Norte da Bahia, foi cenário de uma cena insólita nesta terça, dia 30, véspera dos festejos de Ano-Novo. Um homem com uma bacia de peixes de médio a grande porte entrou nas piscinas naturais e, entre crianças e turistas de várias idades, começou a limpar peixes e jogar escamas e vísceras entre os banhistas.
“A praia estava lotada. Nós estávamos na água. Crianças começaram a chorar muito e pedi para as mães salvarem as crianças. Foi um tumulto nojento. Quem se aproximou para pedir que o homem parasse, ele ameaçava com a faca que estava usando. Todos saíram da água”, conta uma turista.
Ela e sua família foram procurar ajuda. Não havia policiamento. A praia estava lotada. De acordo com uma banhista, dois seguranças privados da Barraca do Carlinhos intervieram até convencer o homem, que seguia com a faca em punho, a sair da água. “O mais chocante foi descobrir que não há qualquer nível de proteção a nós, turistas, numa situação de perigo e potencial agressão”, acrescenta.
Leia maisGuarajuba pertence ao município de Camaçari. O prefeito da cidade, Luiz Caetano, é do PT. O governador baiano, Jerónimo Rodrigues, também. Além de questões ambientais e sanitárias, com o descarte das vísceras dos peixes entre os banhistas, numa praia de enorme potencial turístico, portar arma branca é passível de prisão, assim como a ameaça tácita ou explícita aos banhistas que se aproximaram e tentaram intermediar a situação, sem sucesso.
“É muito triste ver um país bonito como o nosso ser depreciado por falta de cuidado com o turismo”.
Segundo pescadores, o peixe na mão do homem se chama barracuda e é considerado o tigre dos mares pela violência com que ataca, mesmo já ferido: morde que nem cachorro. Ou seja, mais uma ameaça para a gente, na praia, se esse peixe escapa da mão desse infeliz.
Leia menos
Após a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicar nesta terça-feira (30) o contrato de garantia entre a União e o consórcio de bancos que foi formado para emprestar R$ 12 bilhões para socorrer a situação financeira dos Correios, a empresa recebeu o repasse de R$ 10 bilhões que eram previstos para este mês.
A confirmação foi obtida com exclusividade pelo g1.
Durante a coletiva de imprensa dos Correios de segunda-feira (29), a empresa afirmou que a expectativa era de que o recebimento do crédito de R$ 10 bilhões acontecesse até o último dia do ano (31), em função da necessidade de publicação do contrato que coloca o governo federal como avalizador do contrato de empréstimo. Os R$ 2 bilhões restantes devem ser pagos em janeiro.
Leia maisCom isso, a empresa realizou o pagamento do salário de dezembro de todos os funcionários, estimado em R$ 300 milhões.
A assinatura do contrato de empréstimo foi publicada no sábado (27), no Diário Oficial da União (DOU), e envolve um consórcio com os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O acordo tem validade até 2040 e conta com garantia da União, após autorização do Tesouro Nacional, em 18 de dezembro, o que significa que o governo federal dá respaldo à operação e reduz o risco para as instituições financeiras que concederam o crédito.
De acordo com presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Bradesco vão aportar R$ 3 bilhões cada. Itaú e Santander vão emprestar outros R$ 1,5 bilhão, cada um.
O contrato prevê um prazo de carência de 3 anos e pagamentos mensais a partir de dezembro de 2029. A taxa de juros ficou em 115% do CDI – abaixo do teto de 120% do CDI, estabelecido pelo Tesouro.
Com o aval do Tesouro, o governo federal deve honrar as parcelas do pagamento caso os Correios fiquem inadimplentes, ou seja, se a estatal não pagar. Trata-se de uma garantia adicional para os bancos que concederam o crédito.
Durante a coletiva de ontem, o presidente dos Correios também não descartou o plano da empresa de tomar mais R$ 8 bilhões emprestados de instituições financeiras.
Segundo o presidente da companhia, a captação dos recursos poderá se dar por meio de aportes de verbas públicas do Tesouro Nacional ou através de um novo empréstimo. Mas que a melhor forma de obtenção desses recursos está em análise e ainda será definida.
A ideia inicial da estatal era a tomada de um empréstimo de R$ 20 bilhões, que não foi autorizado pelo Tesouro Nacional em função da alta taxa de juros que havia sido proposta.
“O plano de reestruturação foi concebido com uma necessidade declarada de captação de recursos da ordem de R$ 20 bilhões. Então, a gente fez uma primeira rodada com bancos, recebemos oferta dos R$ 20 bilhões, mas a uma taxa que a gente entendeu que estava mais elevada”, afirmou Rondon.
Plano de reestruturação
O plano de reestruturação da empresa prevê corte de R$ 2 bilhões em gastos com pessoal, venda de imóveis e o fechamento de mil agências – atualmente os Correios têm cerca de 5 mil unidades.
A companhia vai implementar um programa de demissão voluntária (PDV) e espera, em até 2 anos, reduzir em 15 mil o número total de funcionários, o que representaria um corte de 18% na folha de pagamentos.
O PDV é um pacote de incentivos oferecido por uma empresa para que seus funcionários peçam demissão por vontade própria. Diferente de uma demissão comum, o PDV funciona como um acordo. Para a empresa, é uma forma de reduzir custos ou reestruturar o quadro de funcionários sem o impacto negativo de demissões em massa.
Emmanoel Rondon, que afirmou que o modelo econômico-financeiro dos Correios deixou de ser “viável”. O plano de reestruturação elaborado tem o objetivo de reverter os 12 trimestres seguidos de prejuízos.
A proposta detalhada nesta segunda visa recuperar as contas da empresa em 2026 para que possa voltar a ter lucro a partir de 2027. Para isso, os Correios esperam:
Em setembro, a empresa anunciou o resultado do primeiro semestre de 2025 e apresentou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões. Em 2024, o prejuízo no mesmo período tinha sido de R$ 1,3 bilhão.
O presidente dos Correios afirmou que “a rota precisa ser ajustada rapidamente” para evitar um possível prejuízo de R$ 23 bilhões para o ano de 2026.
“Não tem mudança substancial em 2025 que vá afetar este ano. A expectativa é que ainda exista uma leve piora para 2026”, afirmou Rondon.
Aumento de receitas
A empresa também deve buscar novas estratégias para conseguir alavancar as receitas.
A expectativa é chegar a R$ 21 bilhões em 2027. Em 2024, os Correios fecharam o ano com uma receita total de R$ 18,9 bilhões, contra R$ 19,2 bilhões em 2023 e R$ 19,8 bilhões em 2022.
Até setembro deste ano, os Correios viram sua receita diminuir em quase R$ 2 bilhões, no comparativo com o mesmo período de 2024. As receitas foram impactadas pela implementação do programa “Remessa Conforme”, criado pelo Ministério da Fazenda em 2023.
O governo passou a cobrar imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50, que até então estavam isentas para empresas. A medida ficou conhecida como “taxa das blusinhas”.
Com a instituição do programa, a legislação brasileira passou a permitir que empresas de transportes façam o frete pelo Brasil de mercadorias internacionais, deixando de ser obrigatória a distribuição das encomendas junto aos Correios, como era feito até então.
De acordo com um levantamento da empresa apresentado durante a coletiva, os Correios perderam espaço no mercado de encomendas entre 2019 e 2025. Saindo de 51% no primeiro ano do governo Bolsonaro para 22% atualmente.
“O monopólio de cartas em centros urbanos ou em locais que geravam rentabilidade passou a não ser suficiente para financiar as comunicações físicas que estão ligadas a universalização do serviço postal em locais remotos ou locais que são originalmente deficitários”, afirmou Rondon.
A empresa ainda pretende investir R$ 4,4 bilhões entre 2027 e 2030, com um empréstimo junto ao Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, presidido por Dilma Rousseff.
A captação terá como destinação obrigatória a “automação de centros de tratamento, renovação e descarbonização da frota, modernização da infraestrutura de TI e redesenho da malha logística”.
Leia menos
A Prefeitura de Olinda ampliou e qualificou o atendimento odontológico na Policlínica João de Barros Barreto, no bairro do Carmo. Nesta terça-feira (30), a prefeita Mirella Almeida visitou a unidade para acompanhar as melhorias implantadas e conversar com profissionais e usuários do serviço, que integra a rede municipal do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre as principais mudanças, a área odontológica passou de um para quatro consultórios, ampliando a capacidade de atendimento. A unidade também conta com cirurgias em funcionamento, serviço de raio-x ativo e reorganização da estrutura física, com foco na ampliação do acesso e na redução do tempo de espera dos pacientes.
“As melhorias permitem ampliar o acesso e organizar o fluxo de atendimento, garantindo condições adequadas para profissionais e usuários”, afirmou a prefeita Mirella Almeida durante a visita.
Um dos campos políticos que mais cresceu na última década em disputas eleitorais – mesmo sem apresentar candidaturas competitivas – foi o chamado centrão. Ironicamente chamado de “lado sem lado”, o grupo que apoiou Jair Bolsonaro (PL) e hoje ainda figura na base do presidente Lula (PT) é quem garante a governabilidade, por vezes a um alto preço. Para o cientista político Antonio Lavareda, descobrir os rumos do centrão em 2026 é uma pergunta “instigante”.
“A resposta exata vale um milhão de dólares”, (risos). “Nós não temos uma resposta definitiva, como nada no centrão é definitivo. O centrão não é alguma coisa que tenha concretude, materialidade. Como eu digo, o centrão é uma entidade metafísica, é uma maçonaria sem loja. Ninguém jamais ouviu falar de quem é a diretoria do centrão, quem é a comissão dirigente. Não há presidente, não há o maior líder do centrão. As expressões são sempre ‘líderes do centrão’, ‘membros do centrão’, então ele é amorfo, não tem uma definição, e obviamente a marca principal dele é o pragmatismo, que por definição é contextual. Ou seja, a racionalidade se adapta às circunstâncias. E se as circunstâncias mudam, as posições mudam também. Mas acho que, a preços de hoje, se a decisão fosse nesse momento, boa parte do centrão liberará seus diretórios estaduais para apoiarem os candidatos à presidência que lhes convierem”, pontuou Lavareda, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Leia maisLavareda relembrou que, em setembro, o grupo do centrão, especialmente a federação União Progressistas, iniciou um rompimento com o governo Lula. Naquele momento, a ideia do grupo era uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira, como candidato a vice. O grupo, que sinalizou descartar o apoio ao clã Bolsonaro, agora refaz as contas, após o ex-presidente lançar seu filho, o também senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), como presidenciável para 2026.
“A compreensão do centrão é que o sobrenome Bolsonaro se tornou tóxico, e Bolsonaro reagiu a isso. Ele pode não ter os votos para ser vitorioso no segundo turno, mas os votos que ele mantém tornam o seu apoio essencial para uma candidatura da direita. A candidatura do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), pode percorrer uma trajetória um pouco diferente da que poderia Tarcísio, porque são duas estratégias diferentes. Tarcísio não pode lançar sua candidatura sem apoio explícito de Jair Bolsonaro, por sua lealdade, porque quem o fez governador foi Bolsonaro. Ele tem respeito a isso, e também a memória histórica recente do que ocorreu com João Dória, que se elegeu governador na esteira do bolsonarismo, depois se afastou dele e literalmente desapareceu do cenário político. Tarcísio vê isso, então a estratégia dele é que precisaria ter uma candidatura ungida desde o primeiro momento por Bolsonaro. Ratinho pode se lançar independentemente do apoio de Bolsonaro num primeiro momento e apostar em chegar ao segundo turno, quando inexoravelmente teria, contra Lula, o apoio de Bolsonaro e da família”, analisou Lavareda.
Leia menos
Circula nos bastidores da política pernambucana que um grupo de apoiadores da Raquel Lyra (PSD) contratou uma pesquisa eleitoral fake para soltar amanhã. Segundo apurei, esse time quer criar uma impressão de que a diferença dela para o prefeito do Recife João Campos (PSB) estaria em um patamar menor do que realmente é. O instituto seria um desses que topam colocar qualquer percentual que o contratante – uma possível rádio de Caruru – indicar.
Neste mês de dezembro, o instituto Opinião é um conjunto de outras empresas sérias divulgaram levantamentos com diferenças que variam entre 25 e 30 pontos percentuais a favor de João. Esse grupo pró-Raquel quer garantir um ânimo final na tropa da governadora antes da virada do ano.
O ano de 2026 começa praticamente dando a largada para a sucessão presidencial. E o atual ocupante da cadeira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inicia o último ano de seu terceiro mandato com “discreto favoritismo” para a reeleição, na visão do cientista político Antonio Lavareda. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, o estudioso ressaltou que o pleito ainda não está definido, mas o cenário atual seria vantajoso para o atual mandatário da República.
“Nós vamos para uma eleição no ano que vem na qual deve ser dito: hoje, Lula é o favorito, mas com ele tem um discreto favoritismo. Não é um jogo jogado, a eleição de 2026 ainda não está resolvida. Vai depender de fatores internos da própria campanha, vai depender de escândalos, se a economia vai na direção projetada, se anda de lado ou até descarrila. Não é um jogo jogado, mas o Lula começa o ano com um discreto favoritismo. Vale lembrar que das nove eleições presidenciais que nós tivemos desde 1989, quem termina o ano anterior em primeiro lugar nas pesquisas, que é como o Lula termina hoje, ganhou a eleição em seis ocasiões”, destaca Lavareda.
Leia maisPara o cientista político, um dos principais desafios do Brasil hoje é vencer a polarização que “não é simétrica como na França, onde a extrema direita disputará com a extrema esquerda”. “No Brasil, nós temos uma polarização que é ultradireita versus centro-esquerda. Lula sempre fez governos transversais, que no popular se chama de balaio de gatos, de cores diferentes do ponto de vista ideológico ou frequências. Acredito que para melhorar o clima político do país, precisa ter um conjunto de circunstâncias, como uma economia caminhando bem, com o país crescendo. Só o crescimento econômico ajuda a diminuir as tensões numa sociedade”, observou.
“Precisa também fazer um combate eficiente às fake news, enfrentar a necessidade de regulação das redes sociais, que é algo muito difícil no Brasil a preços de hoje. Você precisa ter um aperfeiçoamento institucional, uma reforma do sistema eleitoral. Aliás, você precisa de pequenas reformas em todos os poderes, haja vista essa crise na qual o Judiciário está mergulhado no momento”, completou Lavareda.
Leia menos
Por Anthony Santana – Blog da Folha
A promulgação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 e os atos da presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foram suspensos por decisão liminar expedida nesta terça-feira (30) pelo Plantão Judiciário de 2º Grau do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
A medida assinada pelo desembargador Agenor Ferreira de Lima Filho foi uma resposta a uma ação movida pelo governo estadual, de acordo com informações do Blog do Elielson Lima. No mandado de segurança, o Executivo questionou a recusa do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), à mensagem de veto à LOA 2026, enviada pela governadora Raquel Lyra (PSD). Além de definir o arquivamento do veto, o chefe do Legislativo promulgou a lei sem os vetos.
Leia maisO documento expedido pelo TJPE reforçou o argumento apresentado pelo governo estadual na contestação contra a Alepe. O desembargador Agenor Filho afirmou que a tramitação dos vetos é regida pela Constiuição Federal, devendo a mensagem da governadora ser avaliada pelo conjunto dos deputados da Casa de Joaquim Nabuco no plenário. A decisão enfatiza que não existe previsão jurídica para o arquivamento monocrático do veto e que inconstitucionalidades devem ser analisadas pelo colegiado.
Leia menos
“A divisão faz a força”. É com essa precisão cirúrgica que o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda define a eleição do ano que vem. Embora avalie o presidente Lula (PT) como favorito, o estudioso não vê o campo da direita desarrumado, como pregam alguns analistas políticos, e reforça o potencial do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), recentemente ungido como candidato do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Flávio é tão competitivo quanto seria o pai se pudesse participar da eleição. O eleitor que votaria em Jair Bolsonaro provavelmente votará em Flávio. Não vejo grandes diferenças. Essa rejeição ao Flávio diminuirá ao longo do tempo, à medida que ficar mais claro para todo o eleitorado bolsonarista que ele de fato é um candidato ungido por seu pai. Então acho que ele terá de 90% a 95% daquele segmento eleitoral que votaria no ex-presidente. Não acho que o Flávio seria inviável. O que vai definir a eleição é a rejeição ao Lula. O candidato que o enfrentar no segundo turno vai ser diretamente beneficiado por essa rejeição. Então a aprovação e rejeição do Lula hoje são as variáveis básicas para a elaboração de qualquer prognóstico que se queira estimar com relação a 2026”, detalhou Lavareda, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Leia maisAo analisar a situação do campo da direita, Lavareda lembrou das campanhas que fez no passado para ressaltar seu ponto de vista. “Eu tenho uma perspectiva totalmente diferente (da maioria dos analistas). Já pilotei várias campanhas no Brasil todo. Desde que foi instituído o segundo turno, um dos piores problemas para quem disputa na cadeira, que é o caso do Lula, é ter uma oposição muito fragmentada. Porque o eleitorado deles se junta no segundo turno inexoravelmente, independentemente do acordo dos líderes. Ou seja, o eleitor se reagrega por adjacência ideológica. No caso, havendo segundo turno, vou deixar uma frase para você: a divisão faz a força”, cravou.
Leia menos
A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (30) o depoimento de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e iniciou a oitiva de Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília).
Após o depoimento de Costa, o próximo a ser ouvido será o diretor do BC (Banco Central), Ailton de Aquino. A PF começou nesta terça a colher presencialmente os depoimentos de envolvidos no caso Banco Master. As informações são da CNN.
Leia maisAs oitivas foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), e acontecem na sala de audiências da Corte.
Um representante da PGR (Procuradoria-Geral da República) e um juiz auxiliar do gabinete de Toffoli acompanham a PF durante os depoimentos, que são colhidos de forma separada.
Caso as versões apresentadas sejam consideradas conflitantes ou incongruentes, a PF poderá realizar uma acareação, já autorizada previamente por Toffoli. Inicialmente, o ministro havia determinado a medida, mas recuou e deixou a decisão a cargo da corporação, em caso de necessidade.
Os depoimentos e eventual acareação ocorrem a portas fechadas, já que a investigação tramita sob sigilo imposto pelo ministro. A apuração envolve suspeitas de fraudes financeiras bilionárias no processo de liquidação do Banco Master.
Relembre o caso do Banco Master
As investigações do Banco Master tiveram início em 2024, após requisição do MPF (Ministério Público Federal) para apurar a fabricação de carteiras de crédito insubsistentes.
Segundo as apurações, esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por ativos sem avaliação técnica adequada.
Em 18 de novembro deste ano, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e de sua corretora de câmbio, inviabilizando o processo de venda da instituição que havia sido anunciado no dia anterior.
O Master já vinha chamando atenção do mercado pelo modelo de negócios considerado arriscado, baseado na emissão de papéis garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) com taxas superiores às do mercado.
Leia menos