A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.
A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.
Por Raíssa Pedrosa
Do jornal O Tempo
A megaoperação contra o Comando Vermelho, que deixou ao menos 121 mortos no Rio de Janeiro nesta semana, pode acabar fortalecendo a própria facção. A avaliação é de criminalistas que apontam que a ação, coordenada pelo governo do estado do Rio, não deve ser eficaz para o objetivo a que se propõe: acabar com o crime organizado. Muito pelo contrário, pode levar os criminosos a “diversificar” a atuação para driblar o Estado.
Na visão do advogado criminalista e professor de direito penal Guilherme Gama, o saldo de mortes após a incursão policial nos complexos do Alemão e da Penha gera um falso símbolo de sucesso e não “ataca” diretamente a roda que faz o crime organizado girar. “O que vemos é um cenário de tragédia e de desgaste institucional. A operação no Rio expôs uma lógica que prioriza o confronto em vez da estratégia, colocando policiais e civis em risco sem atingir o coração financeiro das facções. A experiência mostra que facções não desaparecem com operações de guerra. Elas se reestruturam rapidamente, substituem lideranças e mudam suas rotas de atuação”, diz.
Leia maisA operação foi muito comparada com o “Massacre do Carandiru”, por sua letalidade. O professor Guilherme Gama lembra que o resultado do massacre foi mais benéfico para o próprio crime organizado, especialmente o Primeiro Comando da Capital (PCC). “A história já mostrou que a violência desmedida e as operações de extermínio não resolvem o problema, apenas criam novas dinâmicas criminosas. O massacre do Carandiru é um exemplo claro: longe de conter a criminalidade, ele contribuiu para o fortalecimento do PCC e para sua expansão nacional”, afirma.
Para ele, o resultado da megaoperação desta semana pode ser parecido. “Quando o Estado responde com opressão, sem inteligência e sem estratégia social, ele alimenta o ressentimento e gera um ambiente fértil para o recrutamento de novos integrantes. Isso pode, sim, gerar um vácuo no Rio de Janeiro, que tende a ser ocupado por quem tiver mais estrutura logística e financeira, seja o próprio Comando Vermelho reorganizado ou grupos rivais como o PCC”, argumenta. “O efeito colateral de uma política de guerra é sempre o mesmo: enfraquece a confiança pública e fortalece, de forma indireta, a lógica de poder das facções”, frisa.
O advogado criminalista Négis Rodarte, membro da Comissão Especial de Direito Processual Penal do Conselho Federal da OAB, acrescenta que, caso o Comando Vermelho seja desarticulado no Rio, em questão de território, pode abrir espaço para outras facções. “É possível haver impactos indiretos, às vezes até direto (ao PCC). Quando se desarticula uma facção em determinado território, pode surgir um vácuo que outras tentam ocupar. Isso não significa, em absoluto, o fortalecimento automático de uma ou de outra, mas o Estado precisa monitorar de forma constante para que não haja migração de atividades ou expansão criminosa”, avalia.
Négis Rodarte acredita que, após a megaoperação no Rio, o crime organizado tende a reagir com três movimentos: atos violentos pontuais, deslocamento de líderes e rotas e reforço dos mecanismos financeiros para tentar mascarar o patrimônio. “Por isso, entendo que a atuação deve ser firme, legal, com inteligência e também respeito aos direitos humanos. Segurança pública eficiente e constitucional é aquela que protege o cidadão e enfraquece o crime, sem, entretanto, permitir abusos e sem alimentar ciclos de violência”, diz.
Guilherme Gama explica que, quando o Estado intensifica o confronto direto, o crime organizado responde com adaptação. “As organizações criminosas aprendem rapidamente a reduzir a exposição e a diversificar suas fontes de renda. Elas tendem a descentralizar o comando, investir em atividades menos visíveis e ampliar a corrupção para garantir proteção institucional”, explica.
O professor acrescenta que, para evitar ainda mais o crescimento das facções, o Estado deve agir com inteligência. “Esse tipo de operação letal alimenta o ciclo de descontrole, pois afeta principalmente populações pobres e negras, deixando intocadas as estruturas financeiras que sustentam o tráfico e outros crimes”, diz.
“Enquanto o foco continuar sendo a guerra e não o investimento em políticas sociais e inteligência, as mortes continuarão a aumentar e o crime seguirá se reinventando. A experiência internacional mostra que segurança eficaz depende de investigação, tecnologia e inteligência, não de operações que transformam territórios em campos de batalha”, sintetiza Gama.
Carbono Oculto teria estratégia mais eficaz
A guerra contra o crime organizado está em evidência nos noticiários há meses. Especialmente em razão da operação Carbono Oculto, que mira esquemas de lavagem de dinheiro nos mais variados setores da economia, incluindo combustíveis e mercado financeiro, tem gerado milhões de reais em prejuízo ao PCC. Comparada com a megaoperação contra o CV no Rio de Janeiro, a Carbono Oculto é apontada como mais eficaz para atingir o “coração” da facção. “No caso do PCC, quando o Estado atua com foco em crimes contra o sistema financeiro e a estrutura econômica da facção, o resultado tende a ser mais efetivo, pois o combate se dá por meio de inteligência e investigação”, comenta Guilherme Gama.
Para o professor de teoria do estado e direito constitucional Ricardo Souza, a operação Carbono Oculto ataca o “coração” da facção. “Na operação do Rio de Janeiro, ao final das contas, o saldo que nós temos é de corpos, de ambos os lados, policiais inclusive foram vitimados. Já essa operação de São Paulo foi no coração, no cérebro da operação da organização criminosa, que é o dinheiro. Na medida que você bloqueia esses fluxos de capital que sustentam o crime, você realmente gera um efeito muito mais efetivo, de prejuízo”, analisa.
“O ideal seria que operações como essa, de inteligência, fossem utilizadas também contra o Comando Vermelho, porque é sabido também que o CV, mesmo em menor escala, também se utiliza de expedientes de lavagem de dinheiro”, opina Ricardo Souza.
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a preservação e a documentação integral de todos os elementos materiais relacionados à operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos na última terça-feira. Moraes determinou a preservação das de perícias e a manutenção das respectivas cadeias de custódia. A medida atendeu a uma solicitação da Defensoria Pública da União (DPU).
Moraes destacou que o procedimento está em conformidade com o que foi definido pelo Plenário do STF no julgamento do mérito da ação da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, a ADPF das Favelas, que estabelece a necessidade de preservar vestígios de crimes e de garantir a independência técnica das perícias em casos de crimes contra a vida. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), deve ser intimado ainda neste domingo (2) para assegurar o cumprimento da decisão. As informações são do jornal O Globo.
Moraes estará com Castro amanhã (3), no Rio de Janeiro. A previsão é que eles se encontrem no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar. A audiência ocorre no âmbito da ADPF das Favelas, ação que monitora a letalidade policial no estado. Na avaliação de integrantes do Supremo, a reunião deve servir para cobrar o cumprimento das diretrizes já estabelecidas pelo Supremo com relação às ações policiais no estado. A expectativa é que, na sequência, o ministro já deve avaliar quais serão os desdobramentos e as medidas que serão adotadas no caso.
Em decisão na última semana, Moraes exigiu que Castro apresente informações detalhadas sobre a operação, incluindo a justificativa formal para o grau de força empregado, o número de agentes envolvidos, os armamentos utilizados, e o total de mortos, feridos e detidos. Também foi cobrada a adoção de medidas de responsabilização por eventuais abusos, a atuação da perícia, o uso de câmeras corporais e a assistência às vítimas.
Por Jorge Henrique Cartaxo e Lenora Barbo*
Especial para o Correio Braziliense
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo — o universo curvo de Einstein.”
A frase clássica de Oscar Niemeyer talvez defina, com simplicidade e poesia, seus grandes monumentos, palácios, casas, cidades, universidades, centros culturais e igrejas, que se espalharam pelo mundo ao longo do século 20 e nos primeiros anos do século 21, durante todo o seu centenário de vida.
Leia maisCom 22 anos, à época trabalhando na tipografia do pai, Oscar Niemeyer, já casado com Annita Baldo, matriculou-se no curso de Engenharia e Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes. Nesse mesmo ano, Le Corbusier faria sua primeira viagem ao Brasil, onde proferiu inúmeras palestras no Rio e em São Paulo. Não há registro, naquele momento, de um encontro entre Niemeyer e Corbusier, já famoso urbanista do modernismo em ascensão na Europa e nos EUA. Entretanto, em 1930/1931, com a nomeação de Lucio Costa, então com 28 anos, como novo diretor da Escola Nacional de Belas Artes, um novo tempo se inaugurava.
Costa refez toda a estrutura de ensino da tradicional escola carioca, introduzindo as bases estéticas do urbanismo e da arquitetura modernistas — Walter Gropius, Le Corbusier e Mies van der Rohe. Convidou ainda, para aquela turbulenta experiência na ENBA, o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, que havia projetado e construído a primeira casa modernista no Brasil, em São Paulo, no ano de 1927, por ocasião de seu casamento com Mina Klabin. Integravam também o quadro de grande mudança metodológica e de conhecimento promovida pelo jovem diretor as nomeações de Celso Antônio e do escultor alemão Leo Putz.
É nesse clima de refazimentos estéticos, institucionais e políticos que Oscar Niemeyer inicia o curso superior, concluindo-o em 1934, na antessala de outra grande mudança: o Estado Novo, em 1937. Durante o terceiro ano do curso, já no período do estágio profissional, em vez de procurar uma construtora — como era comum à época —, Niemeyer decide trabalhar de graça no escritório de Lucio Costa, Warchavchik e Carlos Leão. “Não temos recursos para lhe pagar”, teria dito Costa a Oscar, quando este lhe pediu o emprego.
Essa aproximação profissional com Lucio Costa definiria, em grande parte, o destino e o sucesso de Niemeyer no Brasil e no mundo. O revolucionário diretor da Escola Nacional de Belas Artes traria para o urbanismo e a arquitetura brasileiros um novo conceito: a união da tradicional arquitetura colonial com os princípios modernistas (pilotis, fachadas livres, terraço-jardim, funcionalidade) e com os novos materiais dominantes — concreto, vidro e ferro. Dali sairiam as linhas e curvas de Niemeyer.
Depois da transformadora passagem pela Escola Nacional de Belas Artes, Lucio Costa foi convidado pelo então ministro da Educação, Gustavo Capanema, para projetar a nova sede do Ministério da Educação e Saúde. O concurso público para a realização do projeto — uma seleção para obras públicas instituída por Vargas — havia sido vencido pelo arquiteto cearense Archimedes Memória, o mesmo que projetou o ainda hoje famoso Palácio Tiradentes, antiga sede da Câmara dos Deputados e atual Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Archimedes não era modernista nem se alinhava aos movimentos estéticos liderados por Lucio Costa, tampouco às emanações da Semana de Arte Moderna de 1922, que havia animado São Paulo na década anterior. É importante destacar que Getúlio Vargas, já admirado por Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Ary Barroso e tantos outros, percebia o significado da música, da arte, da arquitetura e do urbanismo para o “novo Brasil” e o “novo brasileiro” que tinha em mente — a transição de um país agrário para uma nação industrial. E dessa nova estética ele soube fazer bom uso.
Lucio Costa tanto fez e insistiu, e era tamanho o seu prestígio e credibilidade, que Gustavo Capanema o levou ao próprio Getúlio Vargas. Ele não queria apenas a anulação do concurso; queria mais: que Le Corbusier — então já famoso e radiante no mundo — fosse convidado como consultor do novo edifício que desejava como monumento. Lucio e sua equipe — Carlos Leão, Affonso Eduardo Reidy, Jorge Moreira e Ernani Vasconcellos (Oscar não a integrava inicialmente) — defendiam um projeto modernista para o ministério, na sua mais ousada concepção, mas ressentiam-se de uma maior intimidade com a nova estética. Getúlio adorou a defesa entusiástica do jovem Lucio Costa, deu uma boa gargalhada, duas baforadas e mandou buscar o arquiteto franco-suíço. Prudente, Capanema advertiu: “Lucio, o seu convidado terá quatro semanas para concluir o trabalho dele aqui.”
“Ele viajou pelo Graf Zeppelin, que fazia em quatro a cinco dias a rota do Atlântico Sul, pousando em Santa Cruz. E fomos todos, de madrugada, esperá-lo, em companhia de Hugo Gouthier, então do gabinete do ministro, chefiado por Carlos Drummond de Andrade. Tínhamos escritório no Edifício Castelo, na Av. Nilo Peçanha, 151, onde ele se instalou, mantendo inicialmente certa reserva conosco, pois, ignorando as circunstâncias da sua convocação, julgava-se convidado por iniciativa do próprio ministro, desejoso do seu parecer sobre a construção projetada.
[…] Considerou, de saída, o terreno impróprio, porque estaria em pouco tempo cercado por prédios inexpressivos. Parecia-lhe que o edifício deveria ficar voltado para o mar e o Pão de Açúcar, fixando-se na área correspondente, antes do segundo aterro, àquela onde agora se encontra o MAM, e para ela elaborou, com extrema espontaneidade, o belo risco de um edifício de partido baixo e alongado, que serviu depois de base ao projeto definitivo. […] Teve assim que implantar o bloco no sentido norte-sul, com fachadas para leste e oeste, o que resultou numa composição algo contrafeita, que não agradou nem a ele nem a nós.
Contudo, apesar dessa frustração final, ele ainda nos deixaria de quebra, sem querer — além dos planos para a Universidade, das aulas ao vivo e daquele risco fundamental —, uma dádiva: “foi durante esse curto, mas assíduo convívio de quatro semanas que o gênio incubado de Oscar Niemeyer aflorou”, contaria depois Lucio Costa, sublinhando que Niemeyer havia insistido para entrar na equipe e que, durante aquelas quatro semanas, seria o desenhista de Le Corbusier. E deu no que deu!
Em 1939, dois anos depois da visita de Le Corbusier, Oscar e Lucio, com projetos distintos, participaram do concurso que escolheria o pavilhão brasileiro na Feira Mundial de Nova York. Lucio venceu, mas considerou o projeto de Oscar mais identificado com o modernismo. Propôs uma parceria com o amigo para juntos produzirem um novo projeto, agora com a colaboração de Paul Lester Wiener. O sucesso foi absoluto. Niemeyer recebeu do prefeito Fiorello La Guardia as chaves da cidade de Nova York. Já em 1940, Juscelino Kubitschek convidou Niemeyer para construir o que ficou conhecido como “Conjunto Arquitetônico da Pampulha”, no qual se destaca a Igreja de São Francisco de Assis, obra-prima do complexo, com jardins de Roberto Burle Marx e painel de Portinari.
Tão logo Oscar concluiu seus projetos na Pampulha, teve início, em Nova York, com grande impacto mundial, a exposição Brazil Builds, no Museu de Arte Moderna de Nova York, oferecendo ao mundo a evolução da arquitetura brasileira desde o século 17 até a segunda metade do século 20. Com o impacto da exposição — que teve destaque especial para o modernismo —, Niemeyer reafirmou sua contemporaneidade e talento perante o mundo. Em 1947, novamente em Nova York, integrou a equipe encarregada de projetar a sede das Nações Unidas. Em 1948, inaugurou a sede do Banco Boavista, com sua impactante fachada envidraçada, no Rio de Janeiro.
Já comunista militante, Niemeyer foi impedido pelo governo americano de assumir o cargo de reitor da Escola de Design da Universidade Harvard. Mesmo assim, a partir de então, suas obras e publicações se espalharam: o Parque do Ibirapuera (1950) e o Edifício Copan (1953-1966), em São Paulo; o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública, na Praça da Liberdade (1954), em Belo Horizonte. Em 1955, fundou a revista Módulo, a mais importante publicação sobre arquitetura no Brasil até 1964. Em 1957, coordenou o concurso para a construção de Brasília. Lucio Costa saiu vitorioso com seu plano urbanístico, e caberia a Oscar Niemeyer edificar a monumentalidade da cidade.
Ele estava em Israel, em 1964, quando o presidente João Goulart foi deposto. De volta ao Brasil, percebeu que sua permanência no país seria impossível. Em 1966, mudou-se para Paris, quando recebeu do presidente De Gaulle autorização especial para exercer a arquitetura na França. Depois de abrir seu escritório na Avenue des Champs-Élysées, Niemeyer foi convidado a projetar a sede do Partido Comunista Francês; a sede da Editora Mondadori, na Itália; a Bolsa de Trabalho de Bobigny; e o Centro Cultural de Le Havre, entre outros.
Com a abertura política em 1980, já no governo Figueiredo, Oscar Niemeyer voltou ao Brasil. Uma miríade de obras caiu em suas mãos: os Cieps, no Rio de Janeiro; o Memorial JK, em Brasília; o Memorial da América Latina, em São Paulo; o Panteão da Pátria, em Brasília; o Museu Nacional, em Brasília; o MAC e o Teatro Popular, em Niterói; e a sede da Fundação Oscar Niemeyer.
Em 2007, no seu centenário, lúcido e trabalhando, recebeu o título de Comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta condecoração do governo francês; a condecoração da Ordem da Amizade, do presidente russo Vladimir Putin; e escolheu pessoalmente, junto com o Iphan, o tombamento de 35 obras suas.
Ainda centenário, fez o Centro Niemeyer, em Avilés (Astúrias, Espanha), e a Cidade Administrativa de Minas Gerais. O grande modernista brasileiro — talvez o arquiteto modernista com mais obras no mundo — faleceu no Rio de Janeiro, em 2012, aos 104 anos.
*Jorge Henrique Cartaxo é jornalista e diretor de Relações Institucionais do IHG-DF | Lenora Barbo é arquiteta e diretora do Centro de Documentação do IHG-DF
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que é necessário qualificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) como grupo terrorista perante a legislação brasileira. A fala foi feita a jornalistas durante agenda no interior de São Paulo.
O governador citou como argumento as ações de maio de 2006 do PCC no estado paulista que resultaram em incêndios à ônibus, rebelião em presídios e morte de agentes públicos em serviço. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“Vamos lembrar o que o PCC fez no estado de São Paulo em 2006. Então, um grupo que age, como o PCC agiu lá atrás, tem que ser classificado como grupo terrorista. Aquelas ações têm que ser classificadas como ações de terrorismo. Um grupo que coloca a barricada na entrada de uma comunidade, que impõe o terror, que queima ônibus, que quer impor determinadas regras ao estado, quer se sobrepor o Estado ou que domina um determinado território, afastando a política pública do cidadão, esse grupo está realmente se impondo pelo terror e precisa ser classificado como terrorista”, avaliou.
Tarcísio afirmou que mudar o entendimento jurídico das organizações criminosas também auxiliará no tratamento penal de cada um dos envolvidos, dificultando que eles deixem os presídios.
“E qual é a grande vantagem disso, no final das contas? É o endurecimento das penas, é a dificuldade de acesso a determinados benefícios de progressão. Eu acho que a gente precisa aumentar o custo do crime, é a questão da imprescindibilidade. Então quando você fala em endurecimento, classificar esses grupos como terroristas, você está falando de fato, ao fim e ao cabo, de endurecer, de aumentar o custo do crime, eu acho que a gente precisa aumentar o custo do crime. A gente precisa olhar, por exemplo, questões como o concurso de penas, porque às vezes na hora de classificar duas a prevalecer aquela mais branda e aquela pessoa consegue ter determinados benefícios de progressão de pena”.
O governador também avaliou que a “população não aguenta mais ser escravizada pelo crime organizado” e que a operação na baixada santista foi um exemplo de ação de combate.
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Do Poder360
Nenhum dos 109 mortos na megaoperação contra o CV (Comando Vermelho) identificados até ontem (1º) está na lista de 68 nomes denunciados à Justiça pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). A denúncia apresentada pelo órgão foi usada como base para o planejamento da ação que deixou 121 mortos – sendo 4 policiais – e prendeu 113 pessoas na terça-feira (28).
O documento obtido pelo Poder360 reúne nomes da cúpula do CV e de diferentes níveis da estrutura criminosa. Os denunciados, no entanto, não aparecem na lista parcial de mortos. Até a tarde de sábado (1º), ainda havia 8 corpos a serem identificados. Eis a comparação das listas de mortos já identificados e dos denunciados pelo MP (clique aqui para ler).
Leia maisEm nota, o MP disse que ainda analisa os resultados da operação e que não tem o balanço de quantos dos denunciados foram presos ou mortos. Apesar de a denúncia ter sido usada para basear a operação, o procurador-geral do Estado, Antônio Moreira, declarou na quarta-feira (29) que o órgão não participou da execução nem do planejamento da ação.
Segundo o governo do Rio, não há mais corpos a serem contabilizados. Dos 109 mortos já identificados, 43 tinham mandados de prisão em aberto e 78 tinham “extenso histórico criminal”. Do total, 54 eram de outros Estados: 15 do Pará, 11 da Bahia, 9 do Amazonas, 7 de Goiás, 4 do Ceará, 4 do Espírito Santo, 2 da Paraíba, 1 do Mato Grosso e 1 de São Paulo.
Procurado pelo Poder360, o Governo do Rio de Janeiro afirmou que “os bandidos que entraram em confronto com as forças de segurança não eram necessariamente os alvos dos mandados da operação, mas portavam armas de guerra, enfrentando as equipes, oferecendo resistência e colocando em risco a vida dos agentes [policiais]“.
A nota enviada diz ainda que “quem não teve cumprimento de mandado, foi preso em flagrante ou morreu durante o confronto“.
Leia a íntegra do posicionamento:
“A Operação Contenção contou com um ano de investigação e 60 dias de planejamento, envolvendo 2,5 mil policiais civis e militares, além da participação do Ministério Público. Dos 109 mortos durante a troca de tiros com agentes de segurança pública, 43 contavam com mandados de prisão pendentes e pelo menos 78 apresentavam relevante histórico criminal.
Os bandidos que entraram em confronto com as forças de segurança não eram necessariamente os alvos dos mandados da operação, mas portavam armas de guerra, enfrentando as equipes, oferecendo resistência e colocando em risco a vida dos agentes dedicados à missão da segurança pública em prol da população.
Quem não teve cumprimento de mandado, foi preso em flagrante ou morreu durante o confronto. Os quatro policiais que perderam suas vidas foram os verdadeiros heróis e únicas vítimas.“
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Editorial do Estadão
Já entrou para a antologia política a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que os traficantes são “vítimas dos usuários”. Em seguida, temendo os efeitos eleitorais, tentou dizer que a frase foi “mal colocada”. Seus intelectuais de estimação – sempre prontos a traduzir toda estupidez lulista em tese sociológica – contemporizaram: o presidente só queria apontar a cumplicidade do consumo na cadeia do tráfico. Mas não foi ato falho. Para Lula e a esquerda, o crime, numa sociedade capitalista, é mero subproduto do meio, um reflexo das desigualdades. A culpa, portanto, é da sociedade.
De Marx a Foucault, a cada geração os esquerdistas conjuram a fraseologia da “violência estrutural” para dissolver responsabilidades pessoais em sociologia. O criminoso é desconstruído como sujeito ético e reduzido a objeto de forças externas. No lugar da moral, entra o diagnóstico: “contextos de vulnerabilidade”, “ressocialização em meio aberto”, “reeducação psicossocial”. Sob essa semântica profilática, a delinquência vira sintoma, e o delinquente, paciente de uma patologia coletiva diagnosticada por quem jamais esperou um ônibus à noite. E enquanto o crime avança, os criminólogos lapidam eufemismos.
Leia maisEssa subcultura humanitária não disfarça uma inversão moral: a compaixão pervertida em condescendência. A responsabilização do indivíduo é tratada como opressão burguesa, e a indulgência, como virtude. O progressismo cultiva o marginal como símbolo de “autenticidade social”, enquanto humilha o cidadão comum, que paga impostos e respeita a lei, como hipócrita e alienado. O delinquente virou personagem de “resistência”; o trabalhador, engrenagem da máquina de opressão.
A teologia da inocência universal esquerdista redime vítimas perpétuas e condena culpados abstratos: o “sistema”, o “mercado”, a “herança colonial”. Mas, mais do que um instrumento de satisfação narcísica, essa vitimologia é uma ferramenta de poder: um modo de capturar o monopólio da virtude, exigir mandatos para desconstruir “estruturas” e desmoralizar toda contestação como repressão “fascista”.
Os ideólogos que povoam o governo alternam garantismo e punitivismo ao sabor da conveniência política: rigor contra adversários, indulgência com aliados. É a ética dos “companheiros” travestida de teoria crítica. Os mesmos militantes que celebram terroristas e ditadores recriminam a punição a delinquentes como “violência estatal”. Entre o sentimentalismo e o cinismo, derramam lágrimas para bandidos e fazem selfies com tiranos.
O Comando Vermelho herdou mais que seu nome das milícias marxistas dos anos 1970. Elas lhe ensinaram não só táticas de guerrilha urbana, mas o léxico da guerra cultural. “Paz, justiça e liberdade!”, rezava o lema da facção, enquanto a contracultura glamourizava a bandidagem: “Seja marginal, seja herói!”.
Hoje a esquerda festiva celebra qualquer pichador como um Rimbaud das periferias. Mas essa farsa revolucionária se repete todos os dias como tragédia. Juízes progressistas libertam criminosos com dezenas de reincidências (alegando que o “Estado de Direito” não admite “futurologia”), desativam hospitais de custódia e despejam psicopatas em “ambientes comunitários”. ONGs financiadas por facções filmam documentários sobre “direitos humanos”. Ministros e secretários de Segurança querem enfrentar o crime com assistentes sociais e campanhas de reeducação. O resultado é um país onde o medo é rotina, e a lei, ficção.
A ideologia coitadista fabricou um paradoxo cruel: quanto mais a esquerda se compadece dos criminosos, mais abandona os pobres. O progressismo penal, que se apresenta como gesto civilizatório, é na prática um luxo ostentado por elites protegidas nas torres de marfim da academia ou em condomínios amuralhados. E quem paga a conta são os pobres. São eles que veem seus filhos aliciados, seus bairros sitiados, sua vida devorada por uma guerra estetizada pela retórica progressista.
Nenhuma sociedade pode prosperar quando transforma a justiça em “opressão” e o criminoso em “oprimido”. O Brasil já experimentou o bastante dessa moral bastarda. É tempo de descartar a mitologia de que punir o criminoso é “criminalizar o pobre”. A esquerda quis humanizar o crime. Desumanizou-se a si mesma. E os pobres são punidos todos os dias pelos tribunais da bandidagem.
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Por Ivanildo Sampaio*
Do Jornal do Commercio
Li, recentemente, uma entrevista do Rebelo, feita pelo jornalista Magno Martins, e demorei a acreditar naquilo que estava lendo. Até porque antes disso eu cultivava um certo respeito por Aldo Rebelo, pela sua história, sua atividade como líder estudantil, sua “ficha limpa” nos cargos públicos que ocupou, enfim: pelo seu comportamento, ao longo de sua vida pública, mesmo testemunhando alguns pequenos atos e ações com os quais não concordava.
O ex-ministro, na entrevista, acusa sem provas a ministra Marina Silva de ser “financiada pelo cartel de ONGs”; faz críticas pelo fato de Marina ter deixado o Acre, onde nasceu, e morar em São Paulo; e disse que a COP30, a ser realizada em Belém, reunindo países de todos os continentes para discutir questões climáticas, é “uma armadilha contra o Brasil”. E outras bobagens que, para quem o conheceu antes, não deixam dúvida agora: ou Rebelo sofre com o peso da idade, ou deixou cair a máscara e revelou sua verdadeira personalidade — a de um político machista, conservador e ultrapassado, que enganou muitos por muito tempo.
Leia maisSeus desafetos preferem dizer, em sua biografia, que um fato é inquestionável: Rebelo é um tremendo “pé-frio”. Era ministro do Esporte, com discreta atuação, na gestão de Dilma Rousseff, quando o Brasil foi sede da Copa do Mundo de Futebol, e nossa seleção foi impiedosamente goleada por 7 a 1 pela Alemanha. Fato jamais ocorrido antes nem depois na história do futebol brasileiro.
O ex-ministro Aldo Rebelo, por falta de melhores argumentos, ainda critica Marina Silva por ter deixado o Acre, no extremo Norte, para morar em São Paulo. Esquece Rebelo que ele mesmo também é um migrante, nascido no município de Viçosa, no interior de Alagoas, onde o pai trabalhava como vaqueiro em uma propriedade rural de Teotônio Vilela. E que ele deixou o solo alagoano para morar na mesma São Paulo onde está Marina Silva.
Esquece ainda que foi líder estudantil e membro do Partido Comunista Brasileiro. Mas, quando ministro da Defesa, trabalhou para que a Comissão da Verdade não fosse adiante na luta pela punição dos torturadores do regime militar. Com isso, tornou-se amigo de militares de alta patente. Nunca ficou “sem emprego” desde então. Rebelo merece críticas por isso? Creio que não…
É fácil para políticos de visão curta, ou de fim de carreira, descarregar suas frustrações e limitações nas costas dos mais fracos. Como Marina, coitada, que soma desafetos em sua difícil luta em defesa do meio ambiente. Antes, ela foi humilhada, como mulher e ministra, por alguns políticos da Região Norte, numa sessão do Congresso em que defendiam seus interesses particulares, e não os do País. A ministra, com dignidade, retirou-se do recinto. O presidente Lula ficou calado diante da humilhação à sua ministra.
Fui repórter de campo por muito tempo. Certa vez, para a revista Manchete, que tinha a maior circulação do país, fiz uma longa entrevista com o então governador do Mato Grosso, José Manuel Fontanillas Fragelli, quando aquele estado ainda não havia sido dividido para a criação do Mato Grosso do Sul e do Tocantins. Eu conhecia bem o Mato Grosso, estive lá várias vezes como repórter. Encantava-me aquele mundo verde e virgem, com sua riqueza e seus mistérios.
Na época, alguns parlamentares projetavam a construção de uma rodovia ligando Cuiabá a Porto Velho, cortando parte da Floresta Amazônica. O governador Fragelli se colocou contra. Não era favorável ao projeto, porque cruzaria terras indígenas e desmataria parte da floresta. E, naquela época, pouco se falava de preservação ambiental. Uma visão de estadista, a do governador, visão esta que falta à maioria dos políticos de hoje.
A ministra Marina Silva pode ter seus defeitos — e os tem — mas Aldo Rebelo não tem o direito de acusá-la de receber dinheiro de ONGs sem possuir provas que comprovem as acusações, que são graves. E duvido que o ex-ministro as tenha. Não pode acusar Marina de trabalhar contra o País quando, quase sozinha, ela tenta salvar o que ainda resta de uma Amazônia ameaçada pelas queimadas, pelas ocupações criminosas, pelo garimpo ilegal, pelo tráfico de drogas e pela atuação de alguns políticos corruptos que participam dessas atividades. Não se ouviu, até agora, indignação do ex-ministro Aldo Rebelo contra tudo isso.
Quero deixar claro que não tenho procuração para defender a ministra. Não a conheço pessoalmente; a única vez em que falei com ela, rapidamente, foi num evento em São Paulo, cuja figura central era o então ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, num almoço que reunia a nata do empresariado brasileiro. Eduardo estava no início de sua campanha para disputar a Presidência da República, numa chapa que teria Marina como vice.
O pré-candidato fez uma palestra brilhante, recebeu aplausos de pé por mais de cinco minutos e havia largado bem em seu primeiro contato com a elite empresarial do país. Foi a última vez em que apertei sua mão.
Viajei na mesma semana para fora do país e, de lá, fui impactado pela triste notícia do acidente que o levou. E, com ele, se foi também a candidatura de Marina, que disputaria a vice-presidência em sua chapa. Desde então, ela continuou, quase só, em sua luta em defesa do meio ambiente e da Amazônia, ambos ameaçados e pisoteados no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo ministro responsável pelo setor pregava “a passagem da boiada” para esconder o desmatamento e os crimes ambientais dos quais o país foi vítima.
Esse ex-ministro, certamente, deve ter recebido apoio do também ex-ministro Aldo Rebelo, de quem não se conhece uma única declaração crítica ou ação contrária ao que estava acontecendo no país naqueles tempos tenebrosos. E isso é triste…
*Jornalista
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Por Claudemir Gomes*
“Primeira, Primeira! Eu sou de Primeira”. Com a taça na mão, o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto Arruda, regia um coro uníssono na comemoração da conquista do título pernambucano de futebol da Série A2 levantado pelo Vitória. A festa da ressurreição emoldura uma história que vai bem mais além do triunfo sobre o América, adversário cujos números da campanha lhes creditavam um favoritismo na decisão.
Mas o Tricolor das Tabocas carrega consigo um simbolismo que ressalta a luta e a vitória obtida por um povo no Monte das Tabocas. O clube tem o nome do município cujos índices de crescimento servem de referência no Estado, nas duas últimas décadas.
Leia maisO empate de 1×1, no tempo normal da decisão, foi a marca registrada da superação. Um salto de grandeza e coragem que deu ao Vitória a confiança necessária para buscar o título na decisão por pênaltis. A vitória por 4×2 em cobranças de tiros livres diretos é o prenúncio de um novo tempo. Este é o terceiro título da Segunda Divisão estadual conquistado pelo Tricolor das Tabocas.
Conheci Paulo Roberto Arruda ainda jovem, como estudante universitário do curdo de Direito. Depois, passou a figurar no cenário do futebol pernambucano como uma grata revelação entre os dirigentes dos clubes da Primeira Divisão. Desenvolveu um trabalho junto com o saudoso executivo, Paulo Mayeda, no futebol feminino do Vitória que colocou o clube da Terra da Pitú entre as maiores forças do País.
Paulo Roberto está prefeito. Destaca-se como gestor de referência em Pernambuco. Mas, antes de tudo é um desportista, amante do Vitória, e seu conhecimento da matéria futebol o leva ao entendimento de que o clube, para se consolidar no pelotão de elite, tem que cumprir algumas exigências impostas pelo novo tempo.
O número de indústrias que adotou Vitória de Santo Antão como domicílio nas últimas décadas, dotou o município de grande potencial econômico, fato que nos leva a crer que, o Vitória tem a oportunidade de contar com o respaldo de outros parceiros, além da UNIFACOL, da Pitú e da Prefeitura Municipal. Afinal, o clube precisa, urgentemente, atacar os projetos para construção de um Centro de Treinamentos de referência, como possui o Retrô, e da construção de um novo estádio, equipamento que já começou a ser edificado. Será uma arena com capacidade para 15 mil torcedores.
O Vitória, no seu retorno à Primeira Divisão Estadual, tem que ser tratado como um veículo de divulgação da cidade, haja visto que, através da disputa doméstica pode chegar à competição regional – Copa do Nordeste – e as competições nacionais: Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
O valor da conquista quem mensura são os atletas, profissionais da comissão técnica e os torcedores. O tamanho do título quem determina é o sonho, a ousadia e a visão empreendedora dos gestores.
O Vitória de Vitória de Santo Antão! Isso é suprassumo para qualquer marqueteiro.
Parabéns, Vitória! És de Primeira.
*Jornalista
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Uma aeronave de pequeno porte caiu na zona rural de Fátima, na região central do estado. O acidente aconteceu na tarde de ontem (1º) e deixou um homem de 56 anos morto e outro, de 52, gravemente ferido.
A vítima que morreu era o piloto do avião, Diomedio Aires da Silva Filho. Conforme informações preliminares da Polícia Militar (PM), o ferido foi socorrido e levado para o Hospital de Referência de Porto Nacional. O outro ocupante não resistiu aos ferimentos e o óbito foi confirmado no local. As informações são do portal g1.
Leia maisO chamado para a ocorrência aconteceu pouco antes das 19h. A aeronave caiu na área de uma fazenda. Uma equipe de saúde do município esteve no local para prestar os primeiros socorros.
Imagens feitas na região mostraram que o impacto com o solo deixou a parte frontal e as asas da aeronave destruídas. Conforme a PM, também houve derramamento de combustível.
Policiais apuraram com os moradores que o avião estaria voando em baixa altitude. Em determinado momento, eles escutaram um barulho intenso do motor pouco antes da queda.
O local onde o avião caiu foi isolado para a realização dos trabalhos de perícia. Além do Instituto Médico Legal, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), por meio do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), foi acionado para os procedimentos legais e técnicos referentes ao acidente aéreo.
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“Descaso com a saúde bucal dos pernambucanos e desrespeito à categoria profissional dos cirurgiões-dentistas são as marcas do governo Raque Lyra”. A afirmação foi feita neste domingo (2) pela presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado de Pernambuco (SOEPE), Amitis Vieira, ao conclamar a sociedade a exigir do governo uma mudança dessa realidade, “pelo bem da saúde da população”.
Amitis Vieira denunciou que desde que tomou posse, em 1 janeiro de 2023, este governo só destinou pouco mais de R$ 1.500,00 ao Programa “Pernambuco Sorrindo”, como se pode ver no portal da transparência. “Como se trata de uma política criada pela própria governadora, não é preciso ser matemático para saber que este investimento é irrisório diante das demandas da população”, afirmou a dirigente sindical.
Leia maisOutro fato que demonstra descaso com a assistência nessa política de saúde, segundo a presidente do sindicato, é a falta de insumos, pois não há anestésico para atendimento no Hospital Geral de Areias (HGA), unidade de referência para a saúde bucal. Os profissionais estão sendo obrigados a recorrer a empréstimos e doações para não interromper o atendimento. A situação ocorre porque, até o momento, não foi aberta licitação para a compra de insumos.
“O governo parece ter predileção pelas compras por dispensa de licitação, com o argumento do desabastecimento e da urgência de reposição dos estoques, como se esta situação não fosse causada pela falta de planejamento e de decisão politica do governo”, critica a dirigente.
Ela acrescentou que os pacientes com necessidades especiais atendidos no HGA vivem em um quadro de total abandono. “Três consultórios estão interditados há mais de dois anos, prejudicando o serviço, pois é impossível tratar pacientes com necessidades especiais onde não há sala de recuperação anestésica. Isso tem demandado muitas explicações e respostas a notificações do MPPE”, disse.
A presidente do sindicato destacou ainda que os profissionais trabalham expostos ao constrangimento e aos riscos de operar com equipamentos sucateados, em ambulatórios insalubres e sem os insumos básicos. “Para se ter uma ideia da importância deste serviço para a população, cerca de 1.300 pacientes/mês são atendidos entre urgência e ambulatórios dessa unidade de saúde”, afirmou, acrescentando que “a precariedade da assistência odontológica oferecida pelo estado não é um problema menor, cuja solução possa ser protelada indefinidamente”.
Outro fator que evidencia o descaso com a categoria é a inobservância da lei do piso salarial (Lei 3.999/61), que estabelece um salário de R$ 3.636,00 para o cirurgião-dentista, cumprido em outros estados, como a Paraíba, e em municípios pequenos de Pernambuco, como Jatobá, Santa Cruz da Baixa Verde e Brejo da Madre de Deus. No estado, a governadora ignora a lei, resultando na desvalorização dos profissionais, que chegam a receber R$ 1.700,00 brutos para trabalhar em unidades prisionais e hospitais como o HGA.
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Caçula da família, minha tia Maria Lídia, a tia Lila, como a tratamos carinhosamente, na foto acima com sua filha Ione, a primogênita, hoje residindo em Vitória da Conquista, se emocionou com a minha crônica domingueira sobre Garanhuns, na qual narrei a última visita de sua irmã Margarida, minha mãe, que ela chamava de irmã Dó.
Em mensagem, confirmou tudo que escrevi sobre o tempo que minha mãe morou em Garanhuns. E revelou detalhes que desconhecia: ela, que está com 88 anos, nasceu em Garanhuns, morou numa rua, que não falha a memória dela, de nome Concórdia.
“Só lembro que ficava bem pertinho do Relógio das Flores”, disse. Ponto turístico mais visitado de Garanhuns, o Relógio das Flores está localizado no bairro Heliopólis. Tia Lila contou ainda que seu irmão João, meu tio do coração, que me chamava de “Matéria”, também nasceu em Garanhuns.
Revelou, por fim, que meu avô Severo Martins, que fugiu da seca em Afogados da Ingazeira para ganhar a vida em Garanhuns, foi obrigado a voltar porque minha avó Maria Cornélia não se adaptou ao frio da cidade, pegando uma bronquite. Tia Lila contou que, como mamãe, também esteve em Garanhuns nos anos 90, tendo se hospedado no hotel Tavares Correia.
Uma pesquisa divulgada ontem (1º) pelo instituto Genial/Quaest revelou que 64% dos moradores do Rio de Janeiro aprovaram a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na semana passada. A ação conjunta das polícias Civil e Militar terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais, e foi considerada a mais letal da história do estado. Segundo o levantamento, 98% da população entrevistada tomou conhecimento da operação.
O estudo, feito entre os dias 30 e 31 de outubro, ouviu 1,5 mil pessoas com 16 anos ou mais, de diferentes regiões do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. De acordo com os dados, 27% dos entrevistados desaprovaram a operação, 6% não se posicionaram e 3% não souberam ou não quiseram responder. A ampla maioria, porém, também defende a continuidade das ações: 73% acreditam que a polícia deve realizar operações semelhantes em outras comunidades. As informações são do portal g1.
Leia maisA aprovação foi mais alta entre os homens, com 79% favoráveis à operação, enquanto entre as mulheres o apoio chegou a 51%. Já a desaprovação foi de 17% entre os homens e 36% entre as mulheres. A faixa etária que mais apoiou a ação foi a de 31 a 50 anos, com 68%, seguida pelos jovens de 16 a 30 anos (65%). Entre os entrevistados com mais de 51 anos, o índice de aprovação foi menor, de 58%, embora ainda majoritário.
A renda e o nível de escolaridade também influenciaram as opiniões. A maior aprovação foi observada entre pessoas com renda entre dois e cinco salários mínimos (69%) e entre quem estudou até o ensino fundamental (67%). Já entre os que possuem ensino superior incompleto ou mais, o apoio caiu para 59%, com 39% de desaprovação. Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, a reprovação foi a mais alta: 36%.
Regionalmente, a Baixada Fluminense apresentou o maior índice de apoio, com 73% dos moradores aprovando a operação. Na capital, o número foi de 68%, enquanto nas cidades de Niterói, São Gonçalo e Maricá, o apoio ficou em 56%. No Sul Fluminense, na Serra e nas regiões Norte e dos Lagos, a aprovação foi de 57%. A pesquisa também destacou que a percepção positiva é mais acentuada entre moradores de áreas com maior incidência de confrontos entre polícia e facções.
O posicionamento político mostrou grande variação nas respostas. Entre os bolsonaristas, 93% aprovaram a operação, e entre os direitistas não bolsonaristas, 92%. Já entre os lulistas, apenas 35% demonstraram apoio, enquanto 59% desaprovaram. No grupo de esquerda não lulista, o apoio caiu para 27%. Por outro lado, 61% dos independentes disseram aprovar a ação. Também 58% dos entrevistados consideraram a operação um sucesso.
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