A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.
A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.
Em entrevista ao podcast “Direto de Brasília”, apresentado por este blogueiro, o ex-presidente do União Brasil, Luciano Bivar, revelou um bastidor inédito: contou que, quando jovem, guardou dinheiro debaixo do colchão – experiência que, segundo ele, quase o fez “virar comunista”. “Uma vez pensei no comunismo. Tinha 43 anos, final do governo Collor, era sócio de uma companhia de seguros e estava de saída. Resgatei minhas ações em dinheiro, transformei em moeda estrangeira e guardei tudo aquilo embaixo do colchão. Se eu fosse político, iam dizer que eu tinha informações privilegiadas e seria preso (risos)”, afirmou.
“Se eu pudesse entregar aquela mala para uma empresa de previdência privada e ela garantisse saúde e educação dos meus filhos, faria na hora. Foi a primeira vez que pensei no sistema comunista, quando você abre mão da liberdade para ter a segurança básica”, completou o deputado federal. Na mesma entrevista, Bivar disse articular um novo partido para 2026 e defender a inclusão de seu projeto de reforma tributária com imposto simplificado na pauta. Confira a íntegra abaixo:
Leia maisAinda há espaço para o liberalismo?
Sempre fui um liberal, não tanto quanto no passado. Mas vou lhe contar, uma vez pensei no comunismo. Tinha 43 anos, final do governo Collor, era sócio de uma companhia de seguros e estava de saída. Resgatei minhas ações em dinheiro, transformei em moeda estrangeira e guardei tudo aquilo embaixo do colchão. Se eu fosse político, iam dizer que eu tinha informações privilegiadas e seria preso (risos). Era uma mala cheia de moeda estrangeira. Um dia cheguei em casa preocupado, pois estava desempregado. Se eu pudesse entregar aquela mala para uma empresa de previdência privada e ela garantisse saúde e educação dos meus filhos, faria na hora. Foi a primeira vez que pensei no sistema comunista, quando você abre mão da liberdade para ter a segurança básica.
Como avalia o atual momento do país?
Muito preocupante. Não sei se é a idade, mas a gente começa a se preocupar com notícias internacionais, o que antes parecia distante está muito perto. Nem é o tarifaço, mas a forma imperativa onde algumas nações querem se impor sob a força da economia. Minha preocupação básica é que haja um bafo de sensatez no político brasileiro para que as coisas se modifiquem. Nossas instituições estão boas, não tem motivo para atacar as instituições. Agora, qualquer corte é feita por humanos, suscetíveis a erros, mas não tem que culpar por isso ou aquilo. A democracia é lenta, mas é depurativa, e isso que é importante, temos que fortalecê-la através das nossas instituições.
Mas o STF não interfere demais?
Tudo o que o Supremo fala é porque foi instado a falar. Sou mais empresário do que político, imagine quantas coisas eu perdi num juiz de primeira instância e tive que recorrer. Se você tiver um Supremo mal, aí é a barbárie. Temos que entender. Mas se você questiona o STF, ele terá que se posicionar e a última palavra é dele.
Houve tentativa de golpe?
Minha história é conhecida. Quando Bolsonaro veio para o meu partido, ele tinha 13%. Demos ênfase para ele se eleger, porque vínhamos de governos do PT com escândalos como o mensalão. A gente queria mudanças. Mas quando Bolsonaro assumiu o poder, ele começou a se distanciar das instituições. E ele me dizia que não queria mais saber de partido político, que iria administrar a Câmara com segmentos, com o agro. Ele começou a sentir que comigo não tinha grande espaço dentro do pensamento dele, e fiquei preocupado.
Recentemente o senhor lançou o livro “Democracia Acima de Tudo”. Tem muitos bastidores dessa época?
Nesse livro eu falo por exemplo do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, meu amigo, que certo dia me ligou preocupado. Fui até ele, ele me disse que era a tal minuta do decreto para intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eu disse para tocar fogo naquilo. Ele dobrou o papel, botou no bolso e levou pra casa. Tempos depois, a Polícia Federal foi até lá e pegou o papel. Isso eu escrevo no livro. Essas coisas me apavoraram.
Ainda é grande a sua decepção com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda?
Ele é um cara tão deplorável, que não. Sinto náuseas. Não me sinto bem, mas passou, é um pobre coitado, vai ser eternamente miserável. Falo em termos da pessoa humana. O seu sucesso financeiro não é nada com relação à sua dignidade, à sua paz, sua lealdade com os amigos. Esse é o patrimônio mais importante que se tem. Somos todos finitos. Antes do discurso, vem o homem.
O senhor está de saída do União Brasil mesmo?
Quando você não tem estrutura, não tem ideal, um objetivo, o partido tende a se acabar. O que mais lamento não é perder o comando, pois sempre fui de delegar. O que me dói é o ideal do partido. Tínhamos o ideal de fazer um grande partido, através de uma reforma tributária, de ideais liberais, e tudo isso foi por água abaixo. Hoje é um partido sem alma. Hoje o União Brasil não tem mais esse vínculo de compromissos morais, de ideais, não tem ideologia, e isso é preocupante.
Pensa em sair da política?
Vou falar baixinho para que minha família não ouça (risos), vou continuar na política. Tenho alguns projetos na Câmara que gostaria que prosperassem. Um deles é a reforma tributária, que é sensacional. Já tive a ousadia de procurar o presidente e falar como seria feito isso, e estamos num mundo novo. Tenho absoluta convicção de que se a gente tiver um pouco mais de sensatez, a gente modifica.
Então está conversando com outros partidos?
Estou conversando com o PRD e com o presidente do PSDB, Marconi Perillo. Se encamparmos o projeto da ideia de um sistema tributário único, simplificado, chegaremos a bom termo. Fizemos uma ideia de um sistema que é menos oneroso, mais justo e com uma universalidade muito grande. Isso foi o que mais senti com a perda do União Brasil, de levar esse ideal à frente.
O PRD é um partido recém-criado, mas o PSDB vem definhando ano a ano…
O PSDB é um partido de muita tradição e muito seleto, que pode dobrar a bancada. E tem um viés de ideal muito consistente. Hoje no Brasil, a gente está muito carente, o Parlamento sequestrou 50% do orçamento público com as emendas. É uma coisa que precisa se alterar. Falta o lado da dignidade humana, o legislador tem que estar muito atento a isso.
Então está buscando uma nova legenda para chamar de sua?
Não, mas se a gente não estiver comungando com as pessoas do partido, não interessa. Preservo muitos ideais.
O grupo do ex-presidente Bolsonaro tentou tomar o PSL na sua época e hoje parece tentar o mesmo com o PL. Como enxerga isso?
Tem um vício da legislação que é o fundo partidário. Os partidos estão muito atrás de influencers, celebridades, para terem maiores ganhos financeiros. Esquecem a essência da política, que é minorar as desigualdades sociais. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, suporta o bolsonarismo porque precisa dos votos para o caixa estar gordo. É uma briga que vai ter sempre. No antigo PSL, eu não me importava se quisessem sair. Suspendi 12 deputados bolsonaristas durante um ano, eles terminaram saindo. Eu não queria quantidade, queria essência. Como sou idealista, acho que o país precisa ser mais humano. Mas não sei o que vai prevalecer na cabeça do Valdemar
Mas é difícil tirar o partido do comando dele…
Não tira, porque ele conhece bem a coisa. Tem uma máxima que Deus cuide dos meus amigos, porque dos inimigos cuido eu. Eu falo isso, mas não sabia que entre os meus amigos estava um inimigo, a rasteira foi maior (risos). Quando fizemos a fusão do PSL com o Democratas, os delegados que tinham votos foram nomeados por nós. Eu deleguei a ele (Rueda) que fizesse a relação dos delegados, mas nunca acreditei que ele botaria seus parentes, como botou. Para minha surpresa, mas aquele cara é uma fraude, é uma farsa. Mas isso é da vida. E continuo acreditando.
O PSL viabilizou Bolsonaro, mas em pouco tempo vocês romperam. Qual sua visão sobre a investigação e o julgamento dele, que começará na próxima semana?
Não tenho dúvidas de que os indícios contra ele são claros. Não sou membro da Polícia Federal, mas sentia os indícios já naquela época, do que se falava. A preservação da democracia está sendo feita, a instituição está forte e não vai abrir. Porque se abrir agora a caprichos, a correntes políticas, a famílias, a países estrangeiros, perderia nossa identidade. Nunca senti esse sentimento patriótico tão forte.
Pensa em apoiar a reeleição do presidente Lula ou vai procurar um candidato de centro em 2026?
Estou praticamente sem partido, tenho que esperar a janela partidária, ainda não tenho partido. Sei que o PT é orgânico, democrático, isso é uma coisa atraente, mas da maneira como eles tratam o sistema econômico eu divirjo. Sou muito liberal na economia, embora hoje esteja sentindo que precise de um socialismo moreno, como dizia Brizola. Com esse tarifaço, se não tiver empresas genuinamente nacionais, as coisas podem complicar a segurança da nação brasileira. Temos que preservar a integridade do país.
Algum nome da centro-direita lhe traz boas expectativas?
Fico muito frustrado. De todas as reuniões, não vejo nenhum ideal ali. Todos querem o espólio do bolsonarismo, e isso é preocupante. Eles estão atrás de voto, e o povo em segundo lugar. Espero que no PRD, onde estão pessoas que conheço e gosto, que a gente consiga um caminho para isso. Mas é importante a gente preservar nossas instituições, dignidade e a soberania nacional. Não tenho como defender alguém que vá com um objetivo espúrio, que não será bom para o país. Nesse caso, não darei minha chancela.
Leia menosO jogo de Zema: distância de Bolsonaro
Governador do segundo maior colégio eleitoral do País, Romeu Zema (Novo) deu o tom da sua estratégia para ganhar musculatura na corrida presidencial: negou que seja próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a entrevista que concedeu ao programa Roda Viva, na última segunda-feira.
Ele destacou que nunca teve apoio ou compartilhou palanque com o ex-presidente no primeiro turno das eleições presidenciais e que só declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022. “Quem conhece minha história sabe que em 2018 eu caminhei de um lado e Bolsonaro de outro. Em 2022, a mesma posição, exceto no segundo turno, quando já estava reeleito”, afirmou.
Leia maisAcrescentou que nunca foi do mesmo partido dele. “Em 22, ele apoiou outro candidato ao governo de Minas, então essa minha vinculação com ele não é tão grande quanto alguns alardeiam”, destacou. “Temos sim propostas que acreditamos e temos comum acordo. Queremos um Estado mais leve, o combate à corrupção, eu valorizo a família, sou cristão”, disse.
E enfatizou: “Mas dizer que eu sempre caminhei com ele, quem sabe da minha vida, pode analisar perfeitamente que nunca estivemos no mesmo partido disputando as eleições lado a lado”. Em outro momento do programa, o governador destacou que se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro para comunicá-lo de que pretendia disputar as eleições e negou que a direita esteja dividida.
“Há cerca de trinta dias atrás eu fui a Brasília para uma série de compromissos, entre eles, encontrar o Bolsonaro. Comuniquei a ele, em primeira mão, que iria lançar minha pré-candidatura pelo Partido Novo. O que ele disse, e o Caiado já repetiu isso, que quanto mais candidatos a direita tiver, melhor; mais forte ela fica. Em Minas Gerais, com certeza minha candidatura trará mais votos para a direita e o mesmo acontece em outros estados”, disse.
CANDIDATURA LANÇADA – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi oficialmente lançado como pré-candidato à Presidência da República em evento nacional do Partido Novo, no início de agosto. O anúncio foi feito em São Paulo num evento com a presença das principais lideranças da legenda. A entrevista ao Roda Viva faz parte da estratégia adotada pelos marqueteiros do governador mineiro para nacionalizar o nome de Zema e torná-lo mais conhecido em outras regiões do País.
Múltiplas candidaturas – A candidatura do governador mineiro busca disputar votos na direita, base eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente está inelegível e não poderá disputar a eleição presidencial do próximo ano. Como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), também pré-candidato ao Planalto, Zema é defensor da ideia de que os partidos de direita devem lançar diversas candidaturas no primeiro turno para conseguir uma base consistente e capaz de fazer frente ao presidente Lula (PT), que pode disputar a reeleição, em um eventual segundo turno.
Três países para fuga – O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a polícia fique de olho em Jair Bolsonaro. O objetivo é evitar que o ex-presidente fuja do País para escapar da provável condenação por tentativa de golpe. Segundo o jornalista Bernardo Mello Franco, o ex-presidente já havia mapeado três opções de fuga: Estados Unidos, Hungria e Argentina. “O ex-presidente diz que nunca pretendeu fugir, mas cumpre prisão domiciliar a 15 minutos de carro do setor que concentra as embaixadas em Brasília. No dia em que foi levado para calçar a tornozeleira eletrônica, ele deu a deixa: “Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem”, escreveu o colunista.
Michelle vê humilhação – Após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar que a residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conte com policiamento reforçado, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) compartilhou uma publicação nas redes sociais dizendo que o “desafio” de “suportar as humilhações” tem sido “enorme”. “Sabe…a cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações. Mas não tem nada, não. Nós vamos vencer”, escreveu.
Rodrigo Rollemberg no podcast – Socialista histórico, o deputado federal Rodrigo Rollemberg, que governou o Distrito Federal de 2015 a 2019, confirmou, ontem, sua presença no meu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, da próxima terça-feira. Na pauta, o comportamento da oposição, que ele lidera, ao Governo Ibaneis Rocha (MDB), em Brasília, o cenário nacional, as consequências do tarifaço e o novo momento que o PSB passa a viver tendo como presidente o jovem prefeito do Recife, João Campos.
CURTAS
EM TORITAMA – A partir da próxima terça-feira, dou o start, por Toritama, no Agreste, em mais uma maratona de lançamentos do meu livro Os Leões do Norte, um conjunto de 22 mini biografias de ex-governadores de Pernambuco, de 1930 a 2022, pela editora Eu Escrevo, do meu amigo Samuca. Em Toritama, capital do jeans, a noite de autógrafos, com apoio do prefeito Sérgio Colin (PP), será no Espaço da Juventude, a partir das 19 horas.
EM SÃO CAETANO – Na quarta-feira, a noite de autógrafos, antecedida por uma palestra minha, será na Câmara de Vereadores, às 19 horas, com apoio do prefeito Josafá Almeida e a coordenação do seu irmão, o secretário de Administração e Segurança Pública, Jobson Almeida, candidato a deputado estadual.
CARUARU E VERTENTES – Na quinta-feira, também às 19 horas, na Câmara de Vereadores, a noite de autógrafos será em Caruaru, com apoio do prefeito Rodrigo Pinheiro e coordenação do secretário de Articulação Política, Anderson Luiz. Na sexta-feira, enfim, acontece em Vertentes, às 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio do prefeito Israel Ferreira.
Perguntar não ofende: Bolsonaro teria chances de fugir ou é exagero do Supremo?
Leia menosDurante a plenária “Ouvir para Mudar”, realizada nesta quarta-feira (27) em Santa Cruz do Capibaribe, a governadora Raquel Lyra anunciou um pacote de ações para Toritama. Entre elas, a autorização para abrir licitação da Seção do Corpo de Bombeiros, orçada em mais de R$ 5 milhões, e a adequação e ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA), com investimento de R$ 1,7 milhão.
Segundo a Prefeitura, a obra na ETA deve beneficiar cerca de 40 mil moradores, reduzindo o regime de rodízio, melhorando a qualidade da água e enfrentando o colapso no abastecimento em bairros como Deus é Fiel, Colorado, Vila São Benedito, Oncinhas e Antão. A governadora também confirmou a contratação do projeto da Variante de Toritama, considerada estratégica para a mobilidade no Polo de Confecções, com expectativa de lançamento da licitação em setembro.
O prefeito Sérgio Colin (PP) afirmou que as medidas atendem demandas antigas do município e do Agreste. “O Corpo de Bombeiros é um sonho antigo e agora será realidade. A ampliação da Estação de Tratamento de Água vai dar mais qualidade de vida a milhares de famílias. E a confirmação da variante, com previsão de licitação em setembro, é uma notícia que muda o futuro da nossa cidade e do Polo de Confecções”, disse.
Cenas de uma confusão generalizada puderem ser vistas durante intervalo do show de Priscila Senna no Marco Zero. O tumulto foi observado pela reportagem da Folha de Pernambuco na avenida Marquês de Olinda, que dá acesso ao local do evento.
Nas imagens, é possível ver grupos correndo pela via, enquanto policiais militares se movimentam para identificar os causadores. As informações são da Folha de Pernambuco.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais, o chamado “PL (Projeto de Lei) da adultização”.
O texto, aprovado com amplo apoio e de forma simbólica, segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Casa já havia aprovado a proposta no fim do ano passado, mas, por ter sofrido mudanças na Câmara, a matéria retornou para a análise dos senadores. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisO relator, senador Flávio Arns (PSB-PR), propôs poucos ajustes no texto. Segundo ele, a Câmara “aprimorou muito”.
A proposta cria regras para a garantia de direitos e proteção de menores de idade na internet. Para isso, estabelece diretrizes e obrigações para as plataformas digitais.
Entre as mudanças, o relator retirou artigo incluído na Câmara que tratava de “caixas de recompensas” (loot boxes) em jogos eletrônicos. O mecanismo permite a compra de prêmios virtuais, que pode envolver recompensas aleatórias.
Para o senador, a prática se assemelha a jogos de azar e pode estimular o vício. “Não existem limites seguros para que crianças e adolescentes utilizem este tipo de ferramenta”, afirmou o relator no parecer.
A versão aprovada pela Câmara dos Deputados permitia o uso das loot boxes, desde que respeitadas determinadas condições. Arns optou por retirar completamente o trecho e retomar o texto inicial do Senado.
Arns também inclui no projeto a obrigação de empresas removerem e comunicarem autoridades sobre conteúdos de “aparente exploração, de abuso sexual, de sequestro e de aliciamento detectados em seus produtos ou serviços, direta ou indiretamente”.
O projeto original é do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). O texto foi aprovado no fim de 2024. Na Câmara, o texto recebeu o aval dos deputados na semana passada, mas, por ter sido alvo de mudanças, voltou para a análise dos senadores.
O tema da “adultização” ganhou destaque no debate público após denúncias feitas pelo youtuber e influenciador Felipe Bressanim Pereira, o Felca, sobre conteúdos nas redes sociais que expõe a sexualização de menores de idade.
Classificação indicativa
Arns retirou do texto a obrigação de plataformas adotarem mecanismos confiáveis para impedir o acesso por crianças a conteúdos cuja classificação indicativa considere como não recomendado para a faixa etária correspondente.
Segundo o relator, a classificação não é um instrumento para impedir a veiculação ou acesso a conteúdos, mas, sim, para “informar à família sobre a natureza do conteúdo veiculado, para que possa ser feita a devida mediação parental”.
A mudança atende pedidos de plataformas e empresas fornecedoras do setor de tecnologia, como streamings e operadoras. Nos últimos dias representantes de plataformas estiveram no Congresso pedindo ajustes.
O relator, no entanto, manteve no texto a obrigação de fornecedores de adotarem mecanismos efetivos para a verificação de idade (com a proibição de autodeclaração) quando o conteúdo conter material pornográfico.
Mudanças na Câmara
Na Câmara, o relator, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), incluiu na ementa da proposta a expressão “ECA digital”, em referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Entre outras medidas, a matéria estabelece ações em prol do controle parental, proteção de dados, publicidade digital, filtros de conteúdo, como classificação etária de conteúdos; proíbe técnicas de perfilamento para direcionar publicidade a crianças e adolescentes.
São previstas na proposta punições para empresas em caso de descumprimentos das novas regras. As possíveis penalidades incluem:
Pelo texto, os valores recebidos em função das multas aplicadas serão destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente.
Após negociações com a oposição na Câmara, o texto aprovado também prevê a criação por lei de uma “autoridade administrativa autônoma” que deverá observar as normas previstas na Lei das Agências Reguladoras.
Leia menosA Prefeitura de Paudalho realizou, nesta quarta-feira (27), um dia de atividades para estudantes da rede municipal que integram o público-alvo da Educação Especial. A ação, promovida pela Secretaria de Educação e Juventudes e pela Gerência de Desenvolvimento Educacional (GDE), integrou a programação da Semana da Pessoa com Deficiência e valorizou a inclusão por meio de vivências educativas.
O encontro ocorreu na Fazenda Sol Nascente e, segundo a gestão municipal, ofereceu experiências sensório-motoras, contato com animais e momentos de socialização. As práticas foram acompanhadas por profissionais de apoio escolar, garantindo a segurança e estímulos adequados ao desenvolvimento dos alunos.
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), entidade ligada ao irmão do presidente Lula (PT), será alvo de um Procedimento Administrativo de Responsabilização (PAR) da Controladoria-Geral da União (CGU) por causa da “farra do INSS”.
Como mostrou a coluna, a Controladoria se prepara para abrir uma série de Procedimentos Administrativos de Responsabilização (PARs) contra 38 entidades suspeitas de terem realizado descontos indevidos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). As informações são do Metrópoles.
Leia maisA coluna teve acesso ao nome de 34 dessas entidades. Dentre elas está o Sindnapi, cujo vice-presidente é José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, irmão mais velho do presidente da República.
Segundo a investigação conduzida pela operação Sem Desconto, deflagada pela Polícia Federal (PF) no final de abril, o Sindnapi arrecadou cerca de R$ 259 milhões por meio de mensalidades associativas entre janeiro de 2019 e março de 2024.
Em documentos da operação, ela aparece como uma das que mais ganhou com esses descontos, junto com a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares Rurais e Empreendedores familiares Rurais do Brasil (Conafer) -com R$ 484 milhões em descontos no mesmo período – e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) -com cerca de R$ 2 bilhões descontados.
Ambas também devem responder, ao lado do Sindnapi, a um PAR a ser instaurado pela CGU.
De acordo com as apurações, embasadas em relatórios produzidos pela Controladoria, a entidade ligada a Frei Chico teve um crescimento nas arrecadações entre 2020 e 2021 na casa dos 78%.
Segundo a investigação, enquanto ela arrecadou cerca de R$ 22 milhões em 2020 -primeiro ano da pandemia de Covid-19, em 2021 elevou esse montante para R$ 39 milhões.
“Comparando-se o período de 2020 para 2021, quando ainda sob os impactos da pandemia de Covid-19 e a redução do volume de contribuições recebidas por grande parte das entidades, verifica-se que a arrecadação do Sindnapi passou de R$ 22.243.230,03 para R$ 39.646.238,05, representando um crescimento de 78%”, afirma trecho do relatório.
Na comparação entre 2019, quando o Sindnapi arrecadou cerca de R$ 17 milhões, e 2023, quando o total foi de R$ 90 milhões, a entidade apresentou um crescimento nas contribuições arrecadadas de 415%.
CGU se prepara para abrir processos contra 38 entidades
A CGU vai abrir Processos Administrativos de Responsabilização (PARs) contra 38 entidades envolvidas na “farra do INSS”.
O PAR é um instrumento utilizado pela CGU para apurar a responsabilidade de empresas e pessoas jurídicas que praticam atos contra a administração pública. O objetivo é responsabilizá-las por atos como fraudes em licitações, corrupção de agentes públicos entre outros atos lesivos ao governo.
A coluna apurou que dentre as entidades que devem responder a processos, além do Sindnapi e das já citadas Contag e Conafer, estão Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (Ambec), a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), e a Associação dos Aposentados Pensionistas dos Regimes Geral e Próprio de Previdência Social (AAPPS Universo).
Segundo dados mais recentes, a Ambec, por exemplo, teve um impacto de cerca de R$ 500 milhões entre dezembro de 2021 e março de 2025. As investigações mostram que ela foi uma das entidades que mais cresceu durante o período de descontos.
Já a AAPPS Universo teria tido um impacto estimado em aproximadamente R$ 255 milhões entre julho de 2022 e março de 2025.
Leia menosNo programa A História da Foto, pilotado pelo meu amigo Santana, de Brasília, na TV Gazeta News, de Maceió, um recorte preciso da minha entrevista sobre a euforia do ex-deputado Fernando Lyra quando soube que Marco Maciel havia decidido apoiar a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República contra Paulo Maluf, em 1985. O relato está na biografia O Estilo Marco Maciel, de minha autoria.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (27) a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para mais um mandato de dois anos no cargo.
Gonet assumiu a Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro de 2023. Seu atual mandato, portanto, duraria até dezembro deste ano. Lula, porém, decidiu antecipar a recondução em alguns meses. As informações são da Agência Brasil.
Leia maisO ato foi assinado por Lula menos de uma semana antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi denunciado por Gonet como líder de uma trama golpista cujo objetivo seria manter-se no poder mesmo depois de perder para Lula na eleição de 2022.
A decisão foi tomada após Gonet ter se reunido nesta quarta com Lula no Palácio do Planalto. Mesmo reconduzido, o procurador precisará passar por nova sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome mais uma vez aprovado pelo plenário da Casa. São necessários 41 votos para a aprovação. Em 2023, ele recebeu 65 votos.
Ao antecipar a recondução, Lula evita, por exemplo, que a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) organize sua tradicional lista tríplice de indicados para o cargo. Na visão do Planalto, isso dá mais tranquilidade interna ao Ministério Público Federal ao evitar disputas internas pelas sucessão da PGR.
Embora tenha respeitado a lista tríplice em seus dois primeiros mandatos, Lula não é obrigado a segui-la e já a tinha desconsiderado ao nomear Gonet pela primeira vez.
Com 64 anos, Gonet é subprocurador-geral da República, com cerca de 40 anos de carreira no Ministério Público. Junto com o ministro Gilmar Mendes, do STF, é cofundador do Instituto Brasiliense de Direito Público e foi diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União.
Gonet é formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado na Universidade de Essex, no Reino Unido, e doutorado também pela UnB. Ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987, ficando em primeiro lugar no concurso para procurador da República.
Ele foi vice-procurador-geral Eleitoral na gestão de seu antecessor, Augusto Aras. Ao assumir a PGR, contudo, reverteu diversos entendimentos da instituição e retomou o foco sobre casos de corrupção, em especial relacionados a emendas parlamentares.
Em abril, Gonet denunciou, por exemplo, o então ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suspeitas em desvios de emendas. Após a denúncia, Lula demitiu o auxiliar.
Leia menosPor Maysa Sena – Blog da Folha
Em visita à Usina Cucaú, em Rio Formoso, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, nesta quarta-feira (27), a governadora Raquel Lyra ressaltou a importância da união entre o governo estadual e os municípios para o desenvolvimento da região.
Durante o discurso, ela afirmou que o trabalho conjunto tem sido prioridade em sua gestão e diferenciou sua postura da de governos anteriores. “O futuro ainda vai ter muita coisa, mas tem muita coisa que já está autorizada agora. É por isso que tem tanto prefeito aqui. Esses prefeitos estão trabalhando junto com a gente. Eu não uso eles para tirar retrato, para sair na televisão, embora eu goste muito disso. Mas o que a gente faz é trabalhar junto, porque eu fui prefeita e eu não tive apoio do governo de Pernambuco”, declarou.
Leia maisRaquel Lyra destacou que sua experiência como prefeita a fez compreender as dificuldades enfrentadas pelos gestores municipais e reforçou que pretende governar de forma colaborativa. Segundo ela, a proposta é “fazer diferente”, fortalecendo as parcerias para levar ações efetivas às cidades.
“Eu sei como é difícil trabalhar sozinha, mas a gente resolveu fazer diferente, eu fui eleita para isso. É por isso que a gente está aqui dando as mãos, é por isso que a gente está aqui acreditando sempre na força do trabalho, porque vocês sabem o quanto o trabalho é forte, e quanto a união de um povo é forte”, acrescentou a governadora.
Leia menosO ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ampliou o prazo para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre as explicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a um possível descumprimento de medidas cautelares e tentativa de fuga.
O prazo, que acabaria nesta quarta-feira (27), agora se estende até a próxima segunda-feira (1º). As informações são da CNN Brasil.
Leia maisNo documento a ser entregue, o procurador-geral, Paulo Gonet, poderá fazer pedidos a Moraes (como uma eventual prisão preventiva do ex-presidente) ou apenas dar ciência sobre os esclarecimentos de Bolsonaro.
No início desta semana, o ministro abriu a contagem de 48 horas para que a PGR se manifestasse. Na terça-feira (26), porém, Moraes determinou que a procuradoria teria mais cinco dias para dar um parecer sobre “questões pendentes”.
Questionado, o STF esclareceu que tais questões seriam o possível descumprimento de medidas cautelares e o recurso do ex-presidente contra a prisão domiciliar.
O tribunal afirmou que Gonet também teria de se manifestar, até segunda, sobre o indiciamento de Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A PGR precisa definir se apresenta ou não denúncia e pede a instauração de uma ação penal ao STF. Antes, porém, o procurador pode pedir novas investigações, o que adiaria essa definição.
Além disso, o prazo para o parecer sobre oferecimento de denúncia é “impróprio”, ou seja, não produz nenhuma penalidade caso não seja cumprido.
Isso significa que, mesmo com o prazo estabelecido para a próxima segunda, não há garantia de que a PGR tome uma decisão sobre denunciar os acusados até lá.
A PF (Polícia Federal) indiciou Bolsonaro e Eduardo por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
O relatório aponta que Bolsonaro descumpriu diversas medidas cautelares determinadas pelo Supremo. Além disso, os investigadores identificaram indícios de tentativa de fuga para a Argentina.
Na última sexta-feira (22), a defesa do ex-presidente apresentou esclarecimentos em um documento de 12 páginas. Os advogados negaram a tentativa de fuga e disseram que a PF atua de forma política contra Bolsonaro.
A defesa também pediu ao Supremo a reconsideração da decisão que determinou sua prisão domiciliar.
Leia menosLideranças do Centrão e do próprio PL minimizaram os impactos que uma eventual candidatura de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à Presidência pode ter sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
A avaliação predominante é que Tarcísio segue como o nome favorito da direita para disputar o Palácio do Planalto em 2026. Além disso, há a expectativa de que Eduardo esteja inelegível até lá. A leitura é de que o deputado será condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que investiga sua atuação nos Estados Unidos para coagir autoridades brasileiras no contexto da tentativa de golpe de Estado. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisAlém disso, lideranças do Centrão acreditam que construirão uma aliança com diversos partidos em torno da candidatura de Tarcísio, fator que esvaziaria o movimento de Eduardo junto a legendas da direita.
Hoje, os mandachuvas partidários não veem uma sigla de peso disposta a abrigar o deputado, caso ele siga com o plano de concorrer à Presidência.
Integrantes do PL e do Centrão também avaliam que o próprio Jair Bolsonaro deve apoiar Tarcísio, em detrimento do filho. Para esses interlocutores, o governador seria o único nome capaz de garantir uma vitória ao ex-presidente, ao eleger um sucessor.
Como revelou o GLOBO, Eduardo Bolsonaro cogita deixar o PL caso Tarcísio se filie ao partido para disputar a Presidência.
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