No dia que se celebra o amor, corri meus 8 km hoje em Arcoverde, onde tenho uma choupana com minha Nayla Valença. Aqui, chove e já está começando um friozinho bem gostoso, bem adequado para acender a fogueira de São João no dia 23.
No dia que se celebra o amor, corri meus 8 km hoje em Arcoverde, onde tenho uma choupana com minha Nayla Valença. Aqui, chove e já está começando um friozinho bem gostoso, bem adequado para acender a fogueira de São João no dia 23.
Da Agência Brasil
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), com sede em Genebra, divulgou ontem (31) uma nota oficial expressando “profunda preocupação” com a operação policial mais letal já registrada no Brasil, que deixou ao menos 120 mortos, entre eles quatro policiais, nas comunidades do Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, ambos na zona norte do Rio de Janeiro.
Na manifestação, os especialistas da ONU pedem que as autoridades brasileiras realizem uma investigação independente e rápida, com o objetivo de: ‘’garantir responsabilização pelos fatos, interromper violações de direitos humanos e assegurar proteção a testemunhas, familiares das vítimas e defensores de direitos humanos’’
Leia mais“Estamos particularmente preocupados com as represálias contra as famílias e testemunhas. As autoridades devem garantir sua vida, segurança e integridade pessoal, e impedir qualquer forma de intimidação, assédio ou criminalização”, afirmam os especialistas. “É responsabilidade das autoridades preservar o local para posterior exame forense.”
De acordo com o comunicado, a operação que foi denominada “Operação Contenção” e deflagrada no dia 28 de outubro de 2025, ‘’atingiu comunidades habitada majoritariamente por pessoas negras e de baixa renda’’. Os relatores da ONU afirmam ter recebido denúncias de que corpos foram encontrados com as mãos amarradas e marcas de tiros na nuca, além de relatos de invasões domiciliares sem mandado judicial, prisões arbitrárias e uso de helicópteros e drones para efetuar disparos.
“A escala da violência, a natureza dos assassinatos relatados e as consequências para as comunidades pobres afrodescendentes que vivem em áreas periféricas urbanas expõem um padrão profundamente arraigado de policiamento racializado”, diz a nota.
No comunicado, os especialistas elencam uma série de medidas urgentes que o Brasil deve adotar. Entre elas:
A ONU lembra que episódios de violência policial no Brasil já haviam sido motivo de alerta por parte de organismos internacionais de direitos humanos.
“Este trágico acontecimento ressalta a necessidade urgente de o Brasil rever suas políticas de segurança, que continuam a perpetuar um modelo de violência policial brutal e racializada. As autoridades brasileiras devem romper com o legado de impunidade que caracterizou eventos semelhantes no passado”, alertam.
Em relatório divulgado em 2024, o mesmo grupo de especialistas destacou que a política de segurança pública brasileira se baseia em repressão, violência e “hipermasculinidade”, apontando que mais de seis mil pessoas morrem por ano em ações policiais, a maioria negra e moradora de periferias.
“Essas mortes, muitas vezes em operações que visam ‘criminosos’, são generalizadas e sistemáticas, funcionando como uma forma de limpeza social contra grupos marginalizados”, afirmam os relatores.
As preocupações dos especialistas foram formalmente encaminhadas ao governo brasileiro por meio de uma carta. O documento, que tem caráter público, solicita ao Brasil informações sobre as medidas adotadas para garantir responsabilização, reparação e justiça às vítimas e seus familiares.
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O governo Lula (PT) deverá emitir um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em algumas áreas de Belém, no Pará, durante a realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, neste mês. O evento ocorre de 10 a 21 de novembro, e será precedido por um encontro de líderes mundiais, nos dias 6 e 7.
O governador do Pará, Helder Barbalho, diz à Folha que esse pedido foi enviado ao governo federal há cerca de três meses e que deverá ser oficializado pelo presidente da República nos próximos dias. As informações são da Folha de S.Paulo.
Leia mais“Já formalizamos o pedido e está tudo dentro do figurino para, durante esse período, termos aqui a condição de GLO com as forças integradas. Está muito claro, dentro do planejamento que foi concebido, qual será a atribuição de cada um. Não há qualquer tipo de interferência. É fruto do trabalho planejado”, afirmou.
Barbalho estima que o efetivo total de agentes da segurança pública que atuará na COP neste período será de cerca de 9.000 profissionais. “Agora só resta a publicação do decreto pelo presidente da República”, afirma.
Segundo relato de um integrante do governo, a previsão é que Lula assine o decreto e ele seja publicado no Diário Oficial da União ainda nesta semana. Um auxiliar do presidente afirma que ele ainda quer conversar com representantes dos ministérios da Justiça e da Defesa sobre o tema.
A expectativa é que a GLO seja válida entre os dias 2 e 23 de novembro, contemplando áreas consideradas de maior risco e de trânsito das autoridades na capital paraense.
De caráter excepcional e temporário, a GLO é uma ação militar que reúne as Forças Armadas a partir de ordem do presidente. A medida é aplicada em graves situações de perturbação da ordem, quando há esgotamento das forças tradicionais, e, na prática, autoriza militares a atuar com poder de polícia.
Esse instrumento já foi adotado em outros eventos de grande dimensão no Brasil que tiveram a participação de autoridades estrangeiras, como a Copa do Mundo, em 2014, os Jogos Olímpicos, em 2016, as cúpulas do Brics e G20.
Como a Folha mostrou, entidades da sociedade civil e movimentos sociais manifestaram, em carta, a preocupação com “uma indesejada militarização” da COP30. O documento foi protocolado, nesta semana, ao Ministério Público Federal com “objetivo de alertar para os riscos e as inconstitucionalidades decorrentes da eventual militarização das ações de segurança pública durante a realização da COP30”.
Assinam a carta: Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará, Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, Movimento dos Atingidos por Barragens e Terra de Direitos.
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Da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Belém neste sábado (1º) para cumprir uma série de compromissos relacionados à preparação da cidade para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). A agenda do chefe do Executivo inclui inaugurações de obras de infraestrutura e encontros com comunidades locais.
Pela manhã, a partir das 10h, Lula acompanha a entrega das obras de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Belém. O empreendimento, que recebeu investimentos de R$ 450 milhões da concessionária Norte da Amazônia Airports, faz parte do conjunto de melhorias estruturais voltadas ao aumento da capacidade de transporte aéreo da região. A cerimônia não será aberta à imprensa.
Leia maisEm seguida, às 11h30, o presidente participa da inauguração do novo terminal do Porto de Outeiro, em evento aberto à cobertura jornalística. A requalificação do porto é considerada estratégica para o escoamento da produção da Região Norte e para o fortalecimento da matriz de exportação do estado do Pará.
Maratona diplomática
Lula deve permanecer na capital paraense até, pelo menos, a próxima sexta-feira (7). De acordo com informações preliminares, amanhã (2) e na segunda-feira (3), o presidente deve visitar comunidades quilombolas e indígenas em áreas de difícil acesso da região.
Ainda não há confirmação sobre outras autoridades que participarão das agendas, nem sobre a presença do presidente em eventos culturais que ocorrerão na cidade.
Na terça-feira (4), Lula continuará em Belém, mas sem compromissos oficiais. Na quarta-feira (5), há previsão de reuniões bilaterais, embora as agendas ainda não estejam confirmadas. Segundo assessores, há pedidos de quatro a cinco encontros com autoridades estrangeiras e representantes de organismos internacionais.
Nos dias 6 (quinta-feira) e 7 (sexta-feira)), o presidente participa da Cúpula dos Líderes, evento que antecede a COP30 e deve reunir representantes de diversos países para discutir a agenda ambiental e os preparativos da conferência.
Celac
Após os compromissos em Belém, há possibilidade de que Lula viaje a Fernando de Noronha nos dias 8 e 9 de novembro, onde poderá participar do lançamento de um projeto de energia solar. A confirmação deve ocorrer nos próximos dias, por meio de aviso do Palácio do Planalto.
Não há previsão, por enquanto, de participação do presidente na próxima reunião de cúpula da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcada para os dias 9 e 10 de novembro, em Santa Marta, na Colômbia. O encontro reunirá líderes dos 27 países da União Europeia e das 33 nações da Celac, com foco na retomada do diálogo birregional e nas negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
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O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), anunciou ontem (31) o cumprimento de mais uma etapa de sua promessa de doar mensalmente R$ 6 mil para instituições filantrópicas da cidade: R$ 3 mil para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e R$ 3 mil para o Abrigo São Vicente de Paulo.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Sivaldo afirmou que mantém o compromisso até o fim de seu mandato, em dezembro de 2028. “Final de mês é dia do nosso pagamento e também de fazer aquele compromisso que assumi até o final da gestão”.
A APAE-Garanhuns atua na inclusão e atendimento de pessoas com deficiência intelectual e múltipla, enquanto o Abrigo São Vicente de Paulo acolhe idosos em situação de vulnerabilidade, reforçando a assistência social na cidade.
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou, ontem (31), que as lideranças do crime organizado não vivem em comunidades como os complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e sim “de frente para praia”. “Estão morando em Miami, morando em Portugal, morando em outro canto”, afirmou.
O ministro disse que vai compartilhar com o governo do Rio as informações que a Receita Federal levantou durante a deflagração da Operação Carbono Oculto, que identificou ligações do PCC (Primeiro Comando da Capital) com o setor de combustíveis e com o mercado financeiro, e teve ações de busca e apreensão na Faria Lima. Segundo Haddad, o governador Cláudio Castro (PL) está desinformado sobre como opera o crime organizado em território fluminense. As informações são da Folha de S.Paulo.
Leia mais“O que nos permitiu avançar no combate ao crime organizado [foi] a questão dos combustíveis, que é uma das principais fontes de financiamento do crime organizado no Rio.”
Críticas ao governo Castro
“Me parece que o governo do Rio não estava informado adequadamente a julgar pelas ações, pelas medidas que tomaram, que foram contrariadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça essa semana”, acrescentou.
Haddad afirma que pretende consolidar em lei a Delegacia de Combate ao Crime Organizado, que já opera sob o guarda-chuva da Receita Federal desde 2023. “Eu quero formalizar porque no mundo inteiro a Receita Federal atua com o suporte dos órgãos de segurança pública, porque ao atuar na fiscalização, ela acaba se deparando com crimes tributários e não tributários”, afirmou o ministro.
A própria Receita apura os crimes tributários e tem a obrigação de comunicar os demais aos órgãos de segurança pública, nos níveis estaduais e federal.
Como exemplo da eficiência da Receita, Haddad citou a operação Fronteira, encerrada ontem (31). “Em 15 dias, foram presas 27 pessoas. Nós apreendemos 213 mil litros de bebida no terreno, 3,5 toneladas de droga, sendo que 600 quilos de cocaína. Isso foi feito com a ajuda do governador do Paraná, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e com todo o aparato federal combinados.”
“Não teve tiro, não teve morte”, emendou o ministro. Na operação Contenção, deflagrada pelas polícias do Rio de Janeiro na terça-feira (28), houve 121 óbitos confirmados pelas autoridades.
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o agendamento de uma audiência com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na próxima segunda-feira. A reunião vai se somar à série de encontros que o magistrado terá com autoridades do estado para debater a megaoperação policial da última terça-feira.
A inclusão do encontro com Paes foi determinada ontem (31). Segundo o despacho, a reunião já havia sido previamente acordada entre os dois. Além do prefeito, Moraes irá se reunir com o governador do estado, Claudio Castro. A previsão é que a audiência ocorra no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar, no Centro do Rio. Depois, o ministro deve visitar as sedes dos demais órgãos convocados, como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisA audiência ocorre no âmbito da ADPF das Favelas, ação que monitora a letalidade policial no estado, e foi convocada por Moraes nesta quarta-feira. Na avaliação de integrantes do Supremo, a reunião deve servir para cobrar o cumprimento das diretrizes já estabelecidas pelo Supremo com relação às ações policiais no estado.
Na decisão desta quarta-feira, Moraes exigiu que Castro apresente informações detalhadas sobre a operação, incluindo a justificativa formal para o grau de força empregado, o número de agentes envolvidos, os armamentos utilizados, e o total de mortos, feridos e detidos. Também foi cobrada a adoção de medidas de responsabilização por eventuais abusos, a atuação da perícia, o uso de câmeras corporais e a assistência às vítimas.
Além disso, o ministro quer esclarecimentos sobre o uso de escolas e unidades de saúde como bases operacionais, a preservação de locais para perícia, e o respeito ao princípio da proporcionalidade, especialmente em horários escolares.
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Por Marcelo Tognozzi
Colunista do Poder360
No início dos anos 1980 comecei a trabalhar no “Globo” como repórter. A gente fazia de tudo um pouco. A redação velha tinha mesas com máquinas de escrever em filas de três. Na minha época, éramos Tim Lopes, Marcelo Beraba e eu. Repórter fazia de tudo um pouco. Fui apresentado ao mundo cão. Ou melhor: à vida como ela é, sem retoques ou maquiagem.
Ainda vivíamos na ditadura militar, governo Figueiredo, e mesmo com a “abertura lenta, gradual e segura”, a repressão era implacável. Fui perseguido pelo então secretário de Segurança general Waldir Muniz, porque entrei disfarçado no Manicômio Judiciário e entrevistei uma moça presa por tráfico de maconha e torturada pela polícia com uma cobra jiboia.
Leia maisDurante alguns anos cobri tragédias, como deslizamentos nos morros do Rio, chacinas, guerras de traficantes, assaltos, entrevistei bandidos famosos, bicheiros e fiz reportagens dentro de penitenciárias. Mais tarde, cobri a chacina de Vigário Geral e o assassinato de Daniela Peres. Nestes últimos 40 anos, tudo mudou para pior.
A pobreza como ativo político ficou cada vez mais feia, mais manipulada, vulnerável à criatividade dos que querem eternizá-la, seduzida pela demagogia e seus paliativos, bilhões injetados todos os anos no social, para que nada mude. Me lembro de uma conversa com o então vice-governador do Rio, Darcy Ribeiro, no seu gabinete. Ele discorria sobre os CIEPs, os Centros Integrados de Educação Pública por ele criados e que tomaram vida a partir da prancheta de Oscar Niemeyer. “As pessoas precisam entender que até os 12, no máximo 14 anos, conseguimos resgatar os meninos, transformá-los em cidadãos ao invés de entregá-los para o crime. Depois desta idade fica muito difícil”, argumentou Darcy. Sempre achei admirável o fato de ele enxergar a pobreza como um mal a ser superado, nunca como ativo político.
Naquele tempo, ainda era possível solução na base do amor para a tragédia carioca, agora nacional. Era exatamente o que Darcy Ribeiro tinha em mente com suas escolas de tempo integral, com esporte, comida boa e assistência médica e dentária, onde os meninos ficariam o dia todo. Uma forma inteligente de esvaziar as ruas. Infelizmente a proposta de Darcy e Brizola não foi adiante. E a situação continuou piorando ano a ano.
O Rio de Janeiro e outros estados como Ceará, Amazonas e Bahia estão divididos entre o poder dos narcos e o poder público. E há um claro desequilíbrio de forças, como aconteceu na última operação policial do Rio, quando a bandidagem bombardeou a polícia com drones, igualzinho acontece na guerra da Ucrânia e no Oriente Médio.
Chegamos a um ponto terrível, porque não há volta. Quem mora no asfalto tem uma vaga ideia da realidade dos morros e das comunidades pobres do Rio. Não convivem com a tirania dos traficantes e milicianos que ali reinam. Nem são obrigados a seguir suas leis, servir de escudo humano e entregar seus filhos para as tropas do crime.
Há um estado de guerra permanente nas favelas. Um narcoestado é um estado de terror. Sempre será. Subjuga tudo e todos para que seja feita sua vontade. Infelizmente chegamos a uma encruzilhada: ou a sociedade enfrenta o narcoestado ou será engolida por ele. Não se trata apenas de drogas, mas de tráfico de armas, de falsificação de combustível, bebidas, controle do gás de cozinha, da TV a cabo, do transporte público e até da construção de imóveis.
Thomas Sowell diz que o estado deve ser forte para reprimir a minoria que impede a maioria de estudar, trabalhar, progredir. Aqui ocorre o contrário. A fraqueza e a omissão esvaziaram a solução do amor. Não há mais como tratar a bandidagem na base do carinho, como se fossem pessoas normais. Não são. Nunca serão. Criminoso é alguém sem limites, sem escrúpulos morais ou arrependimento. A vida nada vale e quanto maior o poder deles, mais cedo a morte leva os meninos. Ou se joga duro ou se joga duro. Não há alternativa.
No fim de maio de 2002, poucos dias antes do meu amigo Tim Lopes morrer assassinado, nós jantamos no Cervantes, em Copacabana. Ele me contou sobre a matéria que faria na Vila Cruzeiro, na Penha, mostrando o poderio do tráfico, disfarçado e com uma microcâmera. Pedi que esquecesse aquilo, argumentei que ele já estava velho (51 anos) para aquele tipo de reportagem, o risco era grande demais. “Só eu faço este tipo de coisa na Globo”, respondeu encerrando o assunto. Saí daquele jantar com o coração apertado. Foi a última vez que vi o Tim, meu amigo de décadas. Quando ele sumiu, minha previsão virou realidade.
O Brasil tem 156 milhões de eleitores. Destes, 32,6% têm baixo ou baixíssimo nível de escolaridade e 44,82% passaram pelo ensino médio. Juntos são 77,4%. Apenas 10,7% têm curso superior. O grosso deste eleitorado tem entre 25 e 54 anos. Uma população com baixa renda, escolaridade sofrível e baixa capacidade cognitiva.
Poucos sabem ler e escrever corretamente e a maioria se informa pelas redes sociais. Será muito difícil mudar o país com um eleitorado como este, porque a pouca educação e os baixos salários levam as pessoas a se preocuparem muito mais com o curto prazo; querem tudo para ontem. Assim caminha o Brasil, perdendo a cidadania para os narcos e obrigando a pobreza a viver uma tragédia sem fim entre sangue e lágrimas, violência e tirania.
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Extrema direita brasileira recupera mobilização com massacre no Rio de Janeiro
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
A megaoperação policial realizada esta semana no Rio de Janeiro devolveu à extrema direita brasileira discurso e mobilização. Nos últimos meses, o grupo político opositor ao presidente Lula (PT) vinha patinando na mídia, sem articulação e com pautas que não interessavam diretamente à população, como a anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023.
Muita energia foi gasta com a tentativa de salvar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da prisão, sem sucesso, porque o ex-chefe do Poder Executivo vai, sim, enfrentar as consequências de seus atos, assim como seus aliados que tentaram invalidar as eleições de 2022.
Leia maisTambém não pegou bem a investida do filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), contra a soberania do Brasil, articulando, dos Estados Unidos, tarifas ao país e sanções para autoridades. O resultado foi a aproximação entre os presidentes Lula e Donald Trump, o que esvaziou o discurso bolsonarista.
A sequência de derrotas políticas recentes da extrema direita brasileira também inclui a rejeição da chamada PEC da Blindagem no Senado, que, embora tenha recebido alguns votos da esquerda, foi majoritariamente apoiada pela direita e pela extrema direita. Maior bancada da Casa, com 88 deputados, o PL teve 83 votos favoráveis à proposta.
A falta de consenso entre os presidenciáveis da direita sobre quem será o herdeiro dos votos bolsonaristas em 2026 também corrói a mobilização para as eleições do ano que vem. Sem Jair Bolsonaro indicar o nome que apoiará contra Lula, já que está inelegível, resta aos filhos dele a rota de colisão com a esposa, Michele Bolsonaro (PL), porque tanto Eduardo Bolsonaro quanto Michele querem se candidatar.
Aos governadores que pretendem lançar seus nomes ao cargo de presidente contra Lula, surgiu, com a chacina dos complexos da Penha e do Alemão, a oportunidade de emplacar um discurso sobre segurança pública. Foram rápidos e já deram início à mobilização, reunindo-se, na última quinta-feira (30), com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Participaram do encontro os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Eduardo Riedel (PP), do Mato Grosso do Sul; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que participou de forma virtual, além de Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal.
Eles debateram estratégias conjuntas de enfrentamento ao crime organizado e criaram o fato político que deve ajudar a reorganizar o discurso, que será de tolerância zero com o narcotráfico. Se esse novo fato vai produzir resultados concretos na segurança pública e também ajudar a extrema direita nas eleições, só o tempo será capaz de dizer.
Lula assina projeto antifacção – O presidente Lula (PT) assinou, ontem (31), o projeto de lei antifacção. A medida é a principal aposta do Ministério da Justiça para tentar sufocar o crime organizado. A proposta será enviada à Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que o projeto é uma das prioridades para votação. Um dos pontos é que, agora, a organização criminosa qualificada será chamada de facção criminosa na lei. As informações são do g1.

O que diz o projeto – O ponto central do projeto antifacção é dar ao Estado mecanismos para “asfixiar o dinheiro” das facções. Para isso, o texto prevê, entre outras medidas, a infiltração de policiais em empresas suspeitas de serem usadas para lavar o dinheiro do crime. A assinatura do projeto antifacção é uma resposta direta do Governo Federal à crise de segurança e à megaoperação no Rio de Janeiro. A proposta foca em duas frentes principais: endurecimento das penas e novas ferramentas de investigação.
Mortes no Ceará – Uma ação da Polícia Militar do Ceará resultou na morte de sete suspeitos, na madrugada de ontem, na cidade de Canindé, no interior do Estado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública cearense, o grupo estava armado e abriu fogo contra os agentes, além de lançar dois artefatos explosivos. As informações são da Folha de Pernambuco. Após a ação, Cláudio Castro (PL), governador do Rio — Estado que promoveu uma ação contra a facção Comando Vermelho esta semana e que teve mais de cem mortes —, se manifestou nas redes sociais, afirmando que essa é “uma guerra que não tem fronteiras”.
Licitação do Mestre Dominguinhos – O Governo do Estado foi forçado a revogar a licitação para a construção do Hospital Mestre Dominguinhos, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. A CEHAB, que estava conduzindo a licitação, recebeu a ordem da Secretaria de Projetos Estratégicos para revogar o certame, enviada por meio do Ofício GAB nº 217/2025. A revogação, assinada discretamente em 30 de outubro, já foi enviada para o Diário Oficial. A retomada da licitação, segundo o governo, segue sem previsão.

Homenagem a Armando Filho – Em tributo à memória de um dos nomes mais marcantes da política e da dedicação ao desenvolvimento econômico de Pernambuco, a Assembleia Legislativa (Alepe) realiza, nesta segunda-feira (3), às 18h, uma sessão solene em homenagem ao centenário de nascimento de Armando Monteiro Filho (in memoriam), o eterno “Dr. Armandinho”. A cerimônia será realizada no Auditório Senador Sérgio Guerra, no edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, no Recife.
CURTAS
CEU da Cultura – A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), esteve, na última quinta-feira, no Recife, para a assinatura da ordem de serviço do CEU da Cultura, que será construído no bairro Mutirão. Com investimento de R$ 2 milhões, o equipamento integra o Novo PAC – Cultura, do Governo Federal, e promete se tornar um espaço de convivência, aprendizado e lazer para a população serra-talhadense.
Eleição no TJPE – O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realizará, nesta segunda-feira (3), às 16h, na Sala de Sessões do Palácio da Justiça, a eleição que definirá os próximos integrantes da Mesa Diretora do Poder Judiciário Estadual para o biênio 2026/2028.
Lula em Noronha – O presidente Lula (PT) vai participar da cerimônia de lançamento do projeto Noronha Verde, no dia 8 de novembro. O evento será às 11h30, no Forte Nossa Senhora dos Remédios, localizado em Fernando de Noronha.
Perguntar não ofende: Quando sai a nova licitação para a construção do Hospital Mestre Dominguinhos?
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Dei uma esticadinha no Agreste Meridional até hoje para acompanhar, há pouco, a belíssima e emocionante abertura oficial do Nata Luz de Garanhuns. A solenidade, assistida por milhares de pessoas, contou com a presença do prefeito Sivaldo Albino, do deputado Caio Albino, ambos do PSB, e do bispo da Diocese de Garanhuns, Aguinaldo Timóteo.
Já na Praça do Relógio das Flores, cartão postal da cidade, a decoração natalina traz a temática do circo, O Circo Encantado do Noel.


O tenente-coronel, Mauro Cid, afastado do Exército devido ao envolvimento na trama golpista, deveria se apresentar ao serviço na próxima terça-feira, mas vai tirar 60 dias de férias para evitar constrangimento. A expectativa é que ele não retorne mais às fileiras da Força por falta de ambiente entre os pares.
Cid pediu transferência para a reserva remunerada com provento proporcional ao tempo de serviço, o que deverá ser autorizado pelo Exército, a partir de janeiro.
Durante o tempo em que serviu como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid não tirou férias e, pela norma, será indenizado por dois períodos de descanso no momento da transferência para a reserva. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisO militar tem 29 anos de serviço e precisaria completar 31 anos para ser transferido para a reserva com proventos integrais.
Contudo, com o envolvimento no governo Bolsonaro, ele foi afastado da carreira para responder perante a Justiça.
O processo foi concluído e Cid, condenado a dois anos em regime aberto, não irá para a prisão após delatar a tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro.
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Por Rinaldo Remígio*
Trabalho desde os 14 anos de idade. Comecei vendendo picolé, ajudando feirantes nas ruas e aprendendo, na prática, que o esforço é o único caminho digno para chegar a algum lugar. Fui office boy, menor aprendiz, escriturário, almoxarife e encerrei minha trajetória como professor universitário, tendo a honra de ocupar o cargo mais alto de uma instituição por oito anos. Nada veio fácil, mas tudo foi conquistado com trabalho, perseverança e fé.
Nunca precisei de bolsas ou favores do governo. Não por orgulho, mas por convicção. Sempre acreditei que o ser humano cresce quando enfrenta os desafios e não quando se acomoda à sombra da dependência. É lamentável ver tanta gente capaz, jovem e saudável, preferindo viver à custa de programas assistenciais, esperando o benefício cair na conta enquanto o tempo — e as oportunidades — passam.
Leia maisO assistencialismo, quando necessário e temporário, é justo e humano. Mas quando vira estilo de vida, transforma-se em prisão invisível. Cria uma geração que se contenta com pouco, que troca a liberdade pela dependência e que esquece o valor da conquista.
Infelizmente, ainda vemos algumas lideranças políticas brincando com palavras, tentando justificar discursos populistas e, depois, dizendo que foram mal interpretadas — como se um pedido de desculpas apagasse o incentivo à acomodação. É importante que os programas sociais existam, sim, pois têm papel essencial em momentos de dificuldade. Mas é preciso lembrar: a dependência é uma doença que enfraquece o caráter e destrói a vontade de crescer.
Trabalhar não é castigo, é privilégio. É por meio do trabalho que se constrói o caráter, se conquista respeito e se alcança independência. O que dignifica o homem não é o valor do auxílio que recebe, mas o fruto do suor que ele produz.
Por isso, reafirmo: continuo acreditando na força do trabalho, no mérito e na responsabilidade individual. Quem se acomoda na dependência perde o brilho da vida ativa e o orgulho de ser dono do próprio destino. O trabalho liberta; a dependência escraviza.
*Administrador de empresas, contador, professor universitário aposentado e mestre em Economia
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Por Blog da Folha
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realizará, nesta segunda-feira (3), às 16h, na Sala de Sessões do Palácio da Justiça, a eleição que definirá os próximos integrantes da Mesa Diretora do Poder Judiciário Estadual para o biênio 2026/2028.
Durante a solenidade, serão escolhidos os novos ocupantes dos cargos de presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente e corregedor-geral de Justiça. Cada um dos 57 integrantes do TJPE votará em três nomes, e os três mais votados serão indicados na lista que será encaminhada à governadora Raquel Lyra, responsável pela nomeação.
Leia maisA sessão também incluirá a formação da lista tríplice de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), que concorrerão ao preenchimento de uma vaga de desembargador ou desembargadora pelo critério do Quinto Constitucional.
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