Após todas as formalidades de posse como novo presidente da Argentina, Javier Milei começou a colocar em práticas promessas feitas durante a campanha. E assinou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU). Entre as medidas, revogou regra do aliado Mauricio Macri proibindo a nomeação de parentes diretos a cargos públicos.
A modificação se dá para que a irmã do novo presidente, Karina Milei, assuma o cargo de Secretária Geral da Presidência da Nação. A posse dela veio junto à de nove ministros e o Chefe da Casa Civil no Salão Branco da Casa Rosada. As informações são do Metrópoles.
O decreto revogado por Milei vinha de 2018 e havia sido feito pelo ex-presidente Macri, que se tornou seu principal aliado durante as eleições.
“Não poderão ser feitas nomeações de pessoas, sob qualquer modalidade, em todo o Setor Público Nacional que tenham qualquer ligação de parentesco tanto em linha direta como em linha colateral até ao segundo grau com o Presidente e vice-presidente da Nação, chefe de Gabinete de ministros, ministros e outros funcionários com categoria e hierarquia de ministro”, dizia a norma.
À época, ela não veio sem polêmica. Isso porque algumas pessoas afetadas pela regra deveriam se separar, mesmo que tivessem feito concurso público.
Milei é isento de cumprir decreto
O decreto editado agora por Milei mantém a maior parte da norma anterior. Porém, isenta o presidente da República de obedecê-la.
Não houve só essa mudança entre os primeiros atos do novo presidente. Na sua primeira ação administrativa, Javier Milei reduziu pela metade o número de ministérios. Ele assinou um decreto acabando com pastas como Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho, reduzindo o total de 18 para nove.
O Congresso acaba de derrubar vetos de Lula em dois projetos. O primeiro, o PL da devastação que se converteu na Lei 15.190/25, continha retrocessos ambientais. Os vetos tentaram amenizá-los, Sua derruba restabeleceu dispositivos que contornam a fiscalização ambiental, como a possibilidade de autolicença em projetos de menor impacto ambiental. Os parlamentares também derrubaram os vetos ao PLP que se converteu na Lei Complementar 212/25, que dispõe sobre o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
Todos vão poder rolar suas dívidas a uma taxa camarada (IPCA + juros de 0 a 2%). Quando a Selic está em 15%. O projeto do mineiro Rodrigo Pacheco sofreu vetos de Lula que agora foram restabelecidos pela derrubada dos vetos. Com isso, os estados que mais devem à União (SP, MG, RJ e RS) terão sua irresponsabilidade fiscal bancada pelos demais estados. Em ambos os vetos, o Centrão e o PL votaram juntos.
Além desses vetos absurdos, os últimos dias revelaram o entrelaçamento entre o crime organizado, corruptos espartalhões e alguns partidos e políticos de destaque. Tudo ainda pendente do prosseguimento das investigações e das ações judiciais que devem assegurar o amplo de direito de defesa. Na operação Carbono Oculto foram mencionadas conexões entre o Primeiro Comando da Capital, financeiras da Faria Lima e distribuidoras de combustíveis. Várias reportagens e o mundo político têm especulado que aliados do governador Tarcísio de Freitas estariam temerosos de delações premiadas.
Cita-se uma doação de R$ 3 milhões que sua campanha teria recebido do cunhado do dono do Banco Master. Na que investiga as fraudes financeiras no Banco Master, a Operação Compliance Zero, o fraudador Daniel Vorcaro recebeu investimentos de fundos suspeitos de elo com o PCC. E fraudou recursos investidos pelos fundos previdenciários dos servidores do Rio de Janeiro, DF e Amapá, o que coloca na linha de fogo os governadores do Rio do DF e do Amapá, este último aliado do presidente do Senado Davi Alcolumbre. Segundo as reportagens sobre o caso, Daniel Vorcaro teria a proteção de políticos como Ciro Nogueira, senador do PP-PI que foi chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro.
Além de Arthur Lira, deputado do PP-Al, que foi presidente da Câmara e continua sendo um dos principais líderes do Centrão. Na operação Poço de Lobato, sobre as fraudes da Refit, as reportagens salientam o papel de Jonathas Assunção, executivo de relações institucionais da Refit e ex-número 2 de Ciro Nogueira na Casa Civil. Assim como teria sido citado o deputado federal Dal Barreto (União-BA). Esses políticos não podem ser considerados culpados antes do avanço das investigações e de suas eventuais defesas. Mas o que até agora aflorou nessas três operações aponta para as entranhas do apoio político às operações investigadas.
O desgaste de Bolsonaro está levando os políticos de direita a tentarem se descolar dele. Em vão. Porque os seus líderes conquistaram seus atuais cargos endossando tudo que fez o ex-presidente. Ganha uma passagem para a Flórida quem apontar um pronunciamento firme de Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Cláudio Castro, Ronaldo Caiado ou Ratinho Jr contra alguns dos seguintes atos do seu Jair e sua família: negacionismo na epidemia, populismo penal do “bandido bom é bandido morto”, trama golpista e atentados contra instituições democráticas, venda de joias pertencentes ao patrimônio público, articulação e apoio ao tarifaço de Trump contra as exportações brasileiras, aplicação da Lei Magnisky a ministros do STF e ameaça à nossa soberania nacional. Esses pré-candidatos precisam de Bolsonaro, mas não o querem. Tentam se equilibrar numa missão impossível, que o eleitor nem sempre é bobo.
Fingem integrar uma direita “moderada”, como se o apoio que sempre deram às pautas extremistas do bolsonarismo pudesse ser cancelado com o “rebranding” eleitoral. E como se nada tivessem com os personagens das Operações Carbono Oculto, Compliance Zero e Poço de Lobato. O país já sabe que Daniel Corvaro e Ricardo Magro tinham conexões com políticos que lideram partidos como o Progressistas, o União Brasil, o PL e outros. Não por coincidência, partidos que sempre apoiaram Jair e suas posições. E lembrar que esse movimento da direita brasileira, populista e autoritária, ganhou impulso brandindo a bandeira contra a corrupção…
Afinal, o próprio epíteto “centrão” já é uma manobra ilusionista para amenizar a realidade de que pertencem à velha direita patrimonialista que tem sido uma das causas do nosso subdesenvolvimento. O país, como diria Raymundo Faoro, ainda está à espera de uma direita que seja ao mesmo tempo democrática e não patrimonialista.
*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford
Neste fim de semana, Michelle Bolsonaro fez um discurso no Ceará contra Ciro Gomes (PSDB-CE) – que negocia palanque com Centrão e direita – que, na visão de líderes do bloco, atrapalha arranjos e acordos para palanques em 2026.
Há um entendimento na direita de que Michelle, como o blog da Andréia Sadi mostrou semana passada, busca ocupar protagonismo em negociações para 2026, sem Jair Bolsonaro na corrida eleitoral. Mas líderes do centro e da direita não querem expoentes da família Bolsonaro interferindo em costuras que possam garantir palanques estaduais para 2026.
Retomo, hoje, pela cidade de Carpina, na Mata Norte, a agenda de lançamentos de “Os Leões do Norte”. O evento está marcado para começar às 19h, na Câmara de Vereadores, com apoio da prefeita Maria Eduarda e do seu marido, o deputado estadual Gustavo Gouveia, ambos do Podemos.
Amanhã, a jornada com “Os Leões do Norte” será dupla. Pela manhã, às 10h, em Paudalho, no cine-teatro Marco Camarotti, com apoio da prefeita Paulinha da Educação (Podemos) e do ex-prefeito Marcelo Gouveia, presidente da Amupe. À noite, às 19h, será a vez de Goiana, na Mata Norte, no auditório da Famabi, a unidade de ensino superior do município, com apoio do prefeito Marcílio Régio (PP).
A maratona prossegue na quarta-feira em Caruaru, às 9h. Na última assembleia do ano do consórcio ComagSul, formado por 23 prefeitos da Mata e Agreste, faço palestra sobre o legado dos 22 governadores biografados na obra, a convite do presidente Josué Mendes (PSB), prefeito de Agrestina.
Na quinta, às 10h, será a vez de Bonito, no colégio Paulo Viana de Queiroz, com apoio do prefeito Rui Barbosa (PSB). Na sexta-feira, enfim, encerro o agendão em Catende, às 10h, na quadra da escola Álvaro do Rêgo Barros, com apoio da prefeita Dona Graça.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Dedico este artigo ao meu colega o lindo escritor Gabriel Garcia Marquez, Prêmio Nobel de Literatura, autor de ‘O Amor nos Tempos do Cólera’
MONTANHAS DA JAQUEIRA – O psicanalista Carl Jung ensinou: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. O suíço Jung foi uma grande alma, em ciências e humanidades.
Os juízes do 8 de janeiro dominavam todas as doutrinas e teorias sobre a matéria. As almas tocadas por eles não eram apenas algoritmos de 11 dígitos. Não foram julgados CPFs. Algoritmos não possuem alma.
Detentor das maiores honrarias do Exército Brasileiro, por missões desempenhadas no Brasil e no Exterior, o general Augusto Heleno, de 78 anos, foi condenado à prisão perpétua ou a pena de morte, com 21 anos de cadeia. Entre os principais réus, três generais e um almirante também foram condenados à prisão perpétua ou à morte.
Bolsonaro foi condenado à pena de morte e cada dia leva uma nova facada. Não foram julgados traficantes, nem homicidas cruéis nem estupradores. Comemorar a morte ou prisão perpétua de adversários, é crueldade.
1968 foi um ano que não terminou, diziam as manchetes de antigamente por conta do famigerado AI-5 e de transgressões culturais. O ano de 1968 só terminou em 1979 com a anistia. O 8 de janeiro foi um dia que ainda não terminou.
“Me mataram, querida tia Wene”, disse Santiago Nasar, personagem da “Crônica de uma morte anunciada” do genial Gabriel Garcia Marquez, ao cambalear com as tripas na mão antes de desabar e morrer. Santiago havia sido acusado falsamente de desonrar uma sobrinha e foi morto a facadas pelos irmãos dela para vingar a desonra.
Esta terra de Vera Cruz, a terra da Verdadeira Cruz, cambaleia com o coração sangrando em meio a facadas e maldições.
Depois das sentenças já transitadas em julgado, generais ainda serão julgados pelo STM, sem data marcada, passíveis de condenação como indignos do oficialato e das funções militares. A morte moral é mais dolorosa que a morte física.
Quando irá terminar o 8 de janeiro? Vejamos.
Anistia é uma bandeira das oposições hoje fragmentadas. É processo complexo, depende de mobilização da opinião pública e de consenso entre lideranças partidárias. Além de complexo, seria um processo demorado e sujeito a contestações.
EUREKA! Natal é tempo de indulto. Assim feito o estalo do Padre Vieira, poderá acontecer o “estalo de Lula” na cabeça do presidente para acionar o modus operandi “Lulinha paz e amor”, conceder o indulto e zerar o 8 de janeiro. Ele não precisa pedir licença a ninguém. O “estalo de Lula” teria o condão de ser acatado pelos três Poderes e até as oposições lhe beijariam as mãos. Eles espetariam no peito as insígnias do Pacificador Nacional e seria aclamado por todas as tribos. Se Zeus quiser haverá o indulto para serenar o coração do Brazil. Oh glória!
Em 2009, faltando um ano para tentar a reeleição, o então governador Eduardo Campos (PSB) detinha percentuais baixos, tanto de aprovação da gestão quanto de intenção de voto para a reeleição. A inauguração do primeiro grande hospital de emergência prometido ao longo da campanha na Região Metropolitana, o Miguel Arraes, em Paulista, concluído e entregue com uma grande festa e mídia agressiva nos meios de comunicação, impulsionou a popularidade do seu Governo, carimbando a sua reeleição.
Deu uma surra histórica em Jarbas Vasconcelos (MDB), mais de dois milhões de votos de diferença. Mais tarde, Eduardo entregou o Pelópidas Silveira, no Recife, e o Hospital Metropolitano Sul, no Cabo. Além destes, construiu hospitais no interior, totalizando seis novas unidades hospitalares em dois mandatos. Na sua gestão, Paulo Câmara deu continuidade ao trabalho na saúde e inaugurou em Serra Talhada um hospital regional com o nome do saudoso governador.
Diferentemente de Eduardo, a governadora Raquel Lyra (PSD) fecha o terceiro ano de sua gestão sem uma grande obra estruturadora e de visibilidade para entregar à população. Nem as creches, que deu a ela a alcunha de “Racreche”, conseguiu viabilizar. As obras de restauração do Hospital da Restauração, que se arrastam há três anos, também não estão concluídas.
A saúde, que Eduardo melhorou, criando três unidades de emergências para desafogar o HR, piorou — e muito — na gestão dela. O Governo de Raquel não tem marca, tampouco identidade. Aliás, tem um slogan, mas é falso: o “Estado de mudanças”.
Que mudanças? Boa parte das poucas estradas que fez já estavam em andamento, iniciadas pelo governo anterior. O programa Cozinha Comunitária, que propagueia na mídia paga com os nossos impostos, também tem o DNA do governo passado.
A decepção com os governantes é diretamente proporcional à expectativa que se tinha neles e em Raquel havia muito disso, ou seja, expectativa frustrante. Delfim Netto dizia que a ineficiência ou incapacidade de um gestor é, muitas vezes, pior do que a corrupção.
DERROTA ACACHAPANTE – Em 2010, o governador Eduardo Campos foi reeleito no primeiro turno. Derrotou o senador Jarbas Vasconcelos, naquele que foi um momento de gozo para os socialistas. Eduardo devolvera a surra eleitoral de 1998, que Jarbas deu em Arraes por mais de um milhão de votos. O troco do neto foi acachapante, por uma diferença muito maior: exatos 2.865.150 votos — ou 82,8%, superando o recorde de 72% obtido por Etelvino Lins no distante ano de 1952. Após a euforia da vitória, o governador passou a ter a pretensão de ser uma unanimidade em Pernambuco. Acreditava ser essa uma das condições para a consolidação da futura candidatura à Presidência da República. O avô, naquela altura já falecido, costumava pensar o contrário. Dizia que “precisava de adversários para o povo saber quem nós somos”.
Desta vez, Raquel vai – Na última passagem do presidente Lula por Pernambuco, em agosto passado, a governadora cometeu a descortesia de não recebê-lo. Justificou uma agenda conflitante, mas a oposição e aliados do petista entenderam como um sinal de distanciamento. O gesto também foi interpretado como um possível sinal de que o PSD, partido de Raquel, se distanciou do governo federal, especialmente diante da proximidade de Lula com o prefeito do Recife, João Campos, provável adversário dela em 2026. Lula estará de volta amanhã para agenda em Suape e no interior. Como a eleição se aproxima, a governadora foi a primeira a confirmar presença.
Agenda de Lula 1 – Na volta ao Estado, Lula participa amanhã, às 16h, da cerimônia de entrega da Barragem Panelas II, em Cupira, parte do projeto Caminho das Águas. Na ocasião, será anunciada a retomada das obras da Barragem Igarapeba, em São Benedito do Sul. As ações reforçam a segurança hídrica na Zona da Mata Sul de Pernambuco e fazem parte do sistema integrado de controle e regularização de cheias dos rios Una e Sirinhaém, estruturado após as grandes inundações de 2010 e 2017. O complexo de barragens tem como objetivo amortecer picos de vazão, proteger áreas urbanas vulneráveis e assegurar a regularização hídrica para consumo humano e uso produtivo regional.
Agenda de Lula 2 – Já em Suape, pela manhã, Lula participa da cerimônia de ampliação da capacidade operacional na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca. A RNEST é a mais moderna refinaria da Petrobras e contribui para atender a demanda nacional por derivados de petróleo. Sua concepção foi projetada para atender a diretrizes de categoria internacional e contempla tecnologias que respeitam o meio ambiente, com destaque para o alto nível de confiabilidade e desempenho, atendimento à qualidade dos produtos, baixo custo de manutenção, baixo consumo energético, uso otimizado de água e a máxima segurança operacional.
O dilema de Raquel – Um minúsculo segmento do PT em Pernambuco, liderado pelo deputado estadual João Paulo, aposta na tese de um palanque duplo para Lula no Estado, com João Campos e Raquel apoiando a reeleição dele. Se a governadora for contaminada pela estratégia poderá dar um tiro no próprio pé, perdendo os votos dos bolsonaristas. Quando derrotou Marília no segundo turno em 2022, Raquel ficou em cima do muro, não assumindo a candidatura de Lula, tampouco a de Bolsonaro. Tem marqueteiro dela pregando o mesmo caminho, mas em política a história nunca se repete. Foi Marx que disse: “Em política, a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.
CURTAS
MARATONA 1 – Retomo, hoje, pela cidade de Carpina, na Mata Norte, a agenda de lançamentos de “Os Leões do Norte”. O evento está marcado para começar às 19h, na Câmara de Vereadores, com apoio da prefeita Maria Eduarda e do seu marido, o deputado estadual Gustavo Gouveia, ambos do Podemos.
MARATONA 2 – Amanhã, a jornada com “Os Leões do Norte” será dupla. Pela manhã, às 10h, em Paudalho, no cine-teatro Marco Camarotti, com apoio da prefeita Paulinha da Educação (Podemos) e do ex-prefeito Marcelo Gouveia, presidente da Amupe. A noite, às 19h, será a vez de Goiana, na Mata Norte, no auditório da Famabi, a unidade de ensino superior do município, com apoio do prefeito Marcílio Régio (PP).
NO CONSÓRCIO – A maratona prossegue na quarta-feira em Caruaru, às 9h. Na última assembleia do ano do consórcio ComagSul, formado por 23 prefeitos da Mata e Agreste, faço palestra sobre o legado dos 22 governadores biografados na obra, a convite do presidente Josué Mendes (PSB), prefeito de Agrestina. Na quinta, às 10h, será a vez de Bonito, no colégio Paulo Viana de Queiroz, com apoio do prefeito Rui Barbosa (PSB). Na sexta-feira, enfim, encerro o agendão em Catende, às 10h, na quadra da escola Álvaro do Rêgo Barros, com apoio da prefeita Dona Graça.
Perguntar não ofende: Ao lado de Raquel e João, Lula vai acenar para palanque duplo em Pernambuco?
Foragido da Justiça brasileira, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) desafiou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes a enviar um pedido de extradição aos Estados Unidos.
Ramagem foi condenado a 16 anos de prisão pela trama golpista e fugiu para os EUA. “Se o Alexandre de Moraes quiser trazer algum pedido para a minha extradição, ele vai ter que remeter para análise de um juiz federal americano toda a ação do golpe que me envolve”, disse em um vídeo publicado hoje nas redes sociais. As informações são do portal UOL.
“Então eu peço: traga para análise dos americanos essa ação do golpe, que nós vamos ver uma resposta enfática dos norte-americanos do que é uma juristocracia, uma ditadura, uma arbitrariedade que assola o Brasil agora”, disse Ramagem.
Deputado saiu do país clandestinamente em setembro. A PF apura se ele teria deixado o país por Boa Vista, capital de Roraima, e seguido para os Estados Unidos provavelmente pela Venezuela ou Guiana.
Moraes decretou a prisão do parlamentar após um pedido da Polícia Federal. Ele não podia ter deixado o país sem autorização da Justiça. A Câmara dos Deputados também informou que não autorizou missão de Ramagem no exterior. Segundo a Casa, ele apresentou atestados médicos de 9 de setembro a 8 de outubro e depois de 13 de outubro a 12 de dezembro.
Ramagem disse ter sido “abraçado” pelo governo Trump. Em entrevista a um canal do YouTube, ele afirmou estar “seguro” no país, com a anuência e o conhecimento do governo norte-americano.
STF pode pedir a extradição de Ramagem. Se decidir fazer isso, a corte precisaria primeiro fazer a solicitação ao governo brasileiro, que seria o responsável por apresentar um pedido formal aos Estados Unidos. A palavra final é do governo de Donald Trump.
EUA negaram extraditar o blogueiro Allan dos Santos, também foragido. Ele foi alvo de pedido de prisão preventiva em outubro de 2021, quando era investigado no inquérito das fake news. O governo norte-americano comunicou a decisão ao Brasil em março, sem uma negativa clara ao pedido, que era baseado principalmente nos crimes de calúnia, injúria e difamação. Esses delitos não constam como passíveis de extradição, conforme um tratado entre os dois países.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou neste domingo a aproximação de integrantes do PL no estado com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB). O comentário foi feito durante o evento de lançamento da pré-candidatura ao governo do Ceará do senador Eduardo Girão (Novo). Na ocasião, Michelle classificou como precipitada a aliança firmada entre seus correligionários e Ciro. Em resposta, o presidente estadual da sigla, o deputado federal André Fernandes, disse que a costura teve o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de ele ir preso.
“Adoro o André, passei em todos os estados falando dele, do [deputado estadual] Carmelo Neto e da esposa dele, que foi eleita. Tenho orgulho de vocês, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita, isso não dá. Nós vamos nos levantar e trabalhar para eleger o Girão. Essa aliança vocês se precipitaram em fazer”, disse após um aliado ler uma notícia que dizia que Ciro estaria “orgulhoso” por ter redigido a denúncia que levou à inelegibilidade de Bolsonaro, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023. As informações são do jornal O Globo.
Por trás da aliança firmada, há o interesse do deputado federal André Fernandes (PL), presidente estadual da sigla, em viabilizar a candidatura de seu pai, o pastor Alcides Fernandes, para uma vaga na disputa para o Senado. O movimento, no entanto, é mal visto por Michelle, que também havia sinalizado sua desaprovação à escolha do parlamentar de forma velada em um vídeo publicado em suas redes sociais na semana passada, o qual mostrava Ciro criticando Bolsonaro.
Após ser alvo da “bronca” da ex-primeira-dama, Fernandes rebateu as críticas em conversa com jornalistas na saída do evento e disse que a escolha de apoiar Ciro teria o aval do ex-presidente.
“A esposa do ex-presidente Bolsonaro vem aqui e diz que fizemos a movimentação errada, sendo que o próprio presidente, no dia 29 de maio, pediu para ligarmos para Ciro Gomes no viva-voz e ficou acertado que o apoiaríamos. Logo em seguida, pelo presidente Valdemar Costa Neto também”, disse.
Ciro, por sua vez, migrou recentemente do PDT para o PSDB e tem sido cotado por aliados tucanos como um nome disponível para disputar o governo do estado e se contrapor ao governador Elmano de Freitas (PT), que deverá buscar a reeleição no ano que vem. Na época de sua entrada no ninho tucano, Fernandes afirmou que tinha expectativas para que a “oposição esteja unida em 2026”.
Como mostrou o Globo, mesmo contrariando os arranjos locais, as sinalizações dadas por Michelle sobre os rumos do partido no ano que vem também têm se estendido por outros estados como Santa Catarina e o Distrito Federal. A movimentação, no entanto, tem provocado reações dos filhos do ex-presidente, que têm se manifestado contra a possibilidade da ex-primeira-dama suceder Bolsonaro nas urnas no ano que vem.
No evento deste domingo em Fortaleza, no entanto, Michelle foi tratada como “presidenciável” durante um discurso do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR), que também usou a expressão para se referir ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pré-candidato na disputa pelo Planalto. “Eu, presidenciável?”, ela perguntou, fora do microfone. “Pra gente é”, Deltan respondeu.
O pré-candidato a deputado estadual Dr. Breno Araújo, de Serra Talhada, esteve neste domingo (30) em São José do Egito para uma reunião política que fortaleceu seu projeto de candidatura. O encontro reuniu lideranças locais e regionais, incluindo Dr. George Borja, a vereadora Nanda Jucá, os vereadores Beto de Marreco e Adeilton de Brás, além de representantes de comunidades vizinhas, como Sandro e Liu de Riacho do Meio, e o suplente de vereador Neném Palito com sua esposa. O evento teve ainda a participação do presidente municipal do PT, Dr. Ricardo Moura, e de ex-vereadores, como Neném de Zé Dudu, Roberto Sampaio, Rogaciano Jorge e Ed Ek de Zé Dudu.
Mesmo com algumas lideranças ausentes, como o vereador Romerinho Dantas, a professora Roseane Borja e o ex-vereador Rona Leite, todos reforçaram apoio à pré-candidatura de Dr. Breno. Também estiveram presentes na reunião o engenheiro Thiago Freitas e as professoras Selma e Delânia. A expectativa é de novos encontros, diálogos e mais adesões ao longo da caminhada.
Ato pela liberdade de Jair Bolsonaro e em favor da aprovação do projeto de anistia a golpistas, marcado hoje para o Museu Nacional, em Brasília, teve baixo comparecimento, com algumas dezenas de pessoas.
O ex-presidente está preso na carceragem da Polícia Federal no Distrito Federal, desde sábado passado. Nesse período, passou a cumprir pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado. Durante anos, seus aliados e seguidores prometeram que, caso fosse condenado e preso, uma comoção popular paralisaria o país. Isso não aconteceu, e o assunto do dia é o tetra do Flamengo na Libertadores.
Isso causou frustração em aliados do ex-presidente, que esperavam multidões nas ruas protestando contra o encarceramento. Apontam que uma das razões para a flopada é que a prisão de Jair foi feita aos poucos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF — bloqueio de redes, prisão domiciliar, tornozeleira, prisão preventiva e, finalmente, cumprimento de pena.
Dessa forma, Jair não teve uma “despedida” tal como Lula, que juntou uma multidão de seguidores no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, quando recebeu a ordem de prisão após condenado no âmbito da operação Lava Jato em abril de 2018.
Não há dúvida de que a ação do STF reduziu a margem de operação do bolsonarismo em usar a prisão para reforçar a influência de Jair Bolsonaro, mas dar todo o crédito a Moraes acaba por isentar a extrema direita de seu erro de cálculo e de sua falha na análise de conjuntura.
Não é por medo de punições que os brasileiros não vão às ruas protestar, como alega parte dos aliados do ex-presidente. Até porque se o ato não descambar para violência contra instituições, como um 8 de janeiro de 2023, não há motivo para se preocupar. Movimentos sociais que pedem reforma agrária há décadas vão às ruas reivindicar por terra para plantar, são recebidos com bala da polícia e de jagunços e, nem por isso, deixaram de protestar. Não deixa de ser irônico, portanto, que aqueles que dizem que fariam de tudo por sua “liberdade” recuam.
Sim, a realidade, essa danada, se impôs.
A imensa maioria das pessoas, mesmo as que simpatizam de leve com Jair, está tocando sua vida, ou seja, tem mais o que fazer. Como, por exemplo, contornar perdas de empregos e empresas trazidas pelas sanções que Eduardo Bolsonaro conseguiu incitar contra o Brasil junto ao governo dos Estados Unidos com o objetivo de livrar seu pai da cadeia.
E os seus apoiadores mais radicais (que perfazem 13%, segundo a Quaest) ou estão cansados ou perceberam que não há muito o que fazer diante de uma Justiça que não se vergou nem com a vara da lei Magnitsky.
O vídeo em que o próprio Bolsonaro confessa que derreteu a tornozeleira eletrônica (uma coisa que espera-se de um bandido comum) também acabou por desanimar muita gente. Afinal, “mito” não foge.
Não à toa, a vigília que o senador Flávio Bolsonaro convocou em frente ao condomínio de luxo em que seu pai morava, em Brasília, reuniu apenas algumas dezenas de pessoas em 22 de dezembro, mesmo dia em que Jair foi preso. E a concentração em frente à PF após a prisão lotava apenas um busão.
Ao final, a falta de corpo nas mobilizações, nas ruas e nas redes, torna impossível a aprovação de um projeto de lei que anistie o ex-presidente e mais difícil a proposta que reduz as penas dos golpistas.
Mais do que a sua prisão domiciliar ou seu encarceramento, a proibição de usar redes sociais causou o maior dano à influência política de Bolsonaro. Sem alimentar seus seguidores, eles vão procurando outras pessoas para se guiar, como o deputado federal Nikolas Ferreira. A força de Jair não morre com a sua prisão, claro, mas vai reduzir significativamente, abrindo espaço para ser substituído — processo que vai se consolidar nas eleições do ano que vem.
O sebastianismo é o mito no qual se acreditava que o rei português Dom Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, retornaria para salvar o seu país. Há fãs do ex-presidente que, neste momento, acreditam que o mesmo acontecerá com ele, apesar de a condenação pelo STF ter sido o seu epitáfio eleitoral.
Ao fim, a cena brasileira será menos épica que aquela ocorrida no Marrocos do século 16, e mais prosaica do que o bolsonarismo sonhava. Não há levante nacional, apenas manchetes alternando entre política e futebol, como em qualquer outro domingo brasileiro. E enquanto alguns ainda alimentam um sebastianismo tardio, esperando o retorno milagroso do líder condenado, o país segue seu curso, com eleições à vista, novos protagonistas ocupando espaço e uma sociedade que, apesar do barulho nas redes, demonstrou que não está disposta a sacrificar sua rotina por um projeto derretido com ferro de solda.
O mito não desaparece de uma vez, mas vai ficando cada vez mais difícil enxergá-lo em meio à poeira que assenta.
O Cidadania Petrolina realizou, na noite da última quinta-feira (27), seu Congresso Municipal no plenarinho da Câmara de Vereadores, Casa Plínio Amorim, marcando um passo importante na reorganização e fortalecimento do partido no município. Conduzido pelo presidente da Comissão Executiva Provisória, Nildo Gomes, e pelo secretário Hélio Martins, o encontro definiu a nova diretoria para o quadriênio 2026–2029 e alinhou as discussões municipais às diretrizes do XXI Congresso Nacional do Cidadania. Durante o evento, Nildo Gomes destacou o caráter histórico do momento e reforçou o compromisso do partido com a participação popular, transparência e defesa dos direitos fundamentais.
A votação ocorreu de forma direta e aberta, com a chapa única sendo eleita e empossada ainda na noite do congresso. A nova executiva municipal terá José Nildo Gomes de Carvalho como presidente, acompanhada de vice-presidentes Egon Rafael Barbosa da Silva, José Nilton dos Santos e Thaysy Sayomara França e Silva, além do secretário-geral José Hélio Martins de Sousa e da tesoureira Maria Perpétua de Amorim. Também foram constituídos o Conselho Fiscal e a Comissão de Ética, garantindo supervisão e compromisso com os ideais estatutários do partido. Nildo Gomes anunciou ainda a indicação de 14 delegados de direito para o Congresso Estadual e a busca por participação de Petrolina no Congresso Nacional do partido.
Vizinhos da mulher que morreu com os quatro filhos ontem (29) em um incêndio relataram que a vítima já havia sofrido ameaças do marido e pai das crianças. O homem, que foi preso em flagrante, é o principal suspeito de ter ateado fogo na casa. O crime aconteceu na comunidade Icauã, uma ocupação social localizada no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife.
De acordo com uma vizinha que não quis se identificar, o homem costumava violentar a esposa com frequência. “Ele sempre batia e ameaçava ela, falava por aí que um dia iria matar [a esposa]. Eles já estavam separados, porque ninguém aguenta ficar com um homem que bate em você o tempo inteiro”, explicou.
Segundo relatam os moradores, ele teria voltado para casa, após a separação do casal, com a intenção de se vingar da esposa.
Edjan Manuel da Silva, também vizinho da família, disse que o suspeito costumava trancar a esposa e os filhos para passar madrugadas fora de casa, bebendo nos bares da região.
“Ele sempre estava bêbado. Ontem também não foi diferente, estava muito bêbado. Primeiro, ele bateu muito nela e depois amarrou todo mundo para conseguir colocar fogo na casa sem que ninguém pudesse fugir”, contou.
Até o momento, o nome e idade das vítimas e do agressor ainda não foram divulgados. Em nota, a Polícia Militar informou que no momento da prisão o homem estava sendo linchado pelos moradores. Ele foi apreendido e encaminhado para uma unidade hospitalar.
A ocorrência foi registrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde seguem as investigações. A perícia no local será realizada pela Polícia Científica de Pernambuco nos próximos dias.
A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o militar foi diagnosticado com a doença de Alzheimer no início deste ano — e não em 2018.
A resposta foi apresentada após o ministro Alexandre de Moraes cobrar laudos médicos que atestem a doença antes de decidir se vai acatar a solicitação de transferência do general do Comando Militar do Planalto para prisão domiciliar. As informações são da CNN Brasil.
Augusto Heleno foi condenado, em setembro, a 21 anos de prisão em regime inicialmente fechado por participação no plano de golpe de Estado de 2022. O general começou a cumprir a pena na terça-feira (25), assim que o processo foi concluído no STF.
O advogado Matheus Milanez sustenta que Heleno tem idade avançada – o general tem 78 anos – e doença de Alzheimer, um transtorno neurodegenerativo progressivo, e, por isso, deve cumprir a pena em casa. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou a favor da concessão de domiciliar para o general na sexta-feira (28).
A defesa de Heleno explicou a Moraes neste sábado (29) que o general foi diagnosticado com Alzheimer no início deste ano, e não em 2018. O advogado acredita ter havido equívoco da perícia no Exército durante a realização do exame de corpo de delito.
“Em nenhum momento esta defesa técnica afirmou que o Requerente [Augusto Heleno] possuía a doença de Alzheimer desde o ano de 2018. O único local que esta informação aparece é no laudo de corpo delito realizado quando do cumprimento do mandado de prisão do Requerente”, sustenta.
O Exército informou ao STF, após o exame, que o general convive com a doença de Alzheimer desde 2018. A defesa diz que o ex-ministro, na verdade, possui acompanhamento médico e psiquiátrico desde 2018, mas que a doença foi diagnosticada somente no início deste ano.
“O que, provavelmente, deve ter sido um equívoco por parte do perito ao indagar ao Requerente sobre seu estado de saúde, considerando que apresenta diagnóstico de Alzheimer e não tem condições de explanar sobre marcos temporais”, afirma.
Moraes cobrou ontem que a defesa apresente em até cinco dias o exame inicial que teria identificado ou registrado sintomas do diagnóstico de demência mista em 2018.
O ministro determinou ainda o envio de todos os relatórios, exames, avaliações médicas, neuropsicológicas e psiquiátricas produzidos desde 2018, inclusive prontuários, laudos evolutivos, prescrições e documentos correlatos que comprovem o alegado.
Por fim, ordenou a apresentação de documentos comprobatórios da realização de consultas e os médicos que acompanharam a evolução da demência mista durante todo esse período.
A defesa reiterou na resposta ao ministro que em nenhum momento alegou que o general teria sido diagnosticado com a doença de Alzheimer em 2018. “Assim sendo, não há exames a colacionar referentes a tal doença entre os anos de 2018 e 2023, eis que os exames específicos foram realizados em 2024 e o diagnóstico foi fechado somente em janeiro de 2025”, afirma.
Ao exigir o envio dos documentos, Moraes afirmou que o período de convívio com a doença relatado pela perícia coincide com o período em que Heleno comandou o GSI. O ministro indagou se, à época, o general comunicou o diagnóstico ao serviço de saúde da Presidência da República ou a algum outro órgão do governo federal.
“Conforme esclarecido, o réu não estava diagnosticado com a doença de Alzheimer nos anos de 2019 a 2022, sendo diagnosticado somente em janeiro de 2025, nos termos da vasta documentação anexada. De modo que não tinha o que informar à Presidência da República, ao Ministério ou mesmo a qualquer outro órgão”, rebateu a defesa.
O advogado afirma que não informou sobre a doença durante a tramitação da ação penal, como destacou Moraes em seu despacho, porque “havia expectativa de uma justa absolvição em razão dos elementos nos autos” e porque considerava que “a doença não era relevante para o exame dos fatos anteriores à sua manifestação clínica”
“O quadro médico foi, inclusive, o motivo de o Requerente [Heleno] ter optado por responder apenas às perguntas de seu advogado durante o interrogatório, pois ele já não tinha segurança quanto a fatos e cronologias”, diz a defesa.
Por fim, o advogado de Heleno menciona o parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República) e reitera a Alexandre de Moraes o pedido para que seja determinada a concessão de prisão domiciliar em caráter humanitário com urgência ao general.