Mais de 1 milhão de imóveis da Região Metropolitana de São Paulo seguem sem energia neste domingo (5), dois dias após o temporal que atingiu diversas cidades do estado. A maior parte das residências sem luz (84%) está na área de concessão da empresa Enel, que atende a região metropolitana, onde 2,1 milhões de pessoas chegaram a ficar sem energia, segundo informações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
De acordo com a Enel, 1 milhão de imóveis tiveram a energia restabelecida até as 6h deste domingo (5). A previsão é a de que o serviço seja totalmente normalizado somente na terça-feira (7). A empresa italiana é responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista e na Região Metropolitana, onde moradores reclamam que estão há quase 24h sem luz. As informações são do G1.
Leia maisA segunda área com mais pessoas no escuro é a da concessionária CPFL, onde ao menos 400 mil pessoas foram prejudicadas. A empresa atende 27 municípios do interior e litoral paulista, como Campinas, Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, por exemplo.
A única área onde a energia foi totalmente estabelecida no Estado de São Paulo foi a da Distribuidora EDP, que atua em 28 municípios nas regiões do Alto do Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte. O governo paulista diz que está pressionando as concessionárias a agilizarem o trabalho de retomada dos serviços nessas áreas, especialmente em locais onde estão hospitais e serviços públicos de urgência e emergência.
O Palácio dos Bandeirantes acredita que em algumas áreas do estado o fornecimento de energia só será 100% retomado em alguns dias, em virtude dos estragos gerados pelo temporal que deixou ao menos seis pessoas mortas.
Enem
O governador Tarcísio de Freitas garantiu que abriu um gabinete de crise, em contato com os Ministérios das Relações Institucionais e o da Educação, para monitorar a situação das 308 escolas que receberão os estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (5).
O Palácio dos Bandeirantes quer que os estudantes sejam comunicados com antecedência sobre eventuais mudanças na realização do exame, já que parte deles pode ter o dia do exame mudado para a data da 2ª Chamada do INEP, caso a energia não seja restabelecida nessas áreas.
Segundo a Enel, das 308 escolas, ao menos 84 estavam sem energia neste sábado (4). A empresa se comprometeu a levar geradores para essas unidades, para garantir a aplicação dos exames. A preocupação do governo também está com a falta de água em várias cidades, resultado direto da falta de energia que ocorre desde a tarde de sexta (3).
O que diz a Enel
Por meio de nota, a concessionária Enel disse que reforçou as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle e “está trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia para todos”.
Segundo a empresa, as regiões que mais sofrem com a falta de luz são as zonas Sul e Oeste da capital, e que a companhia está avaliando a extensão dos danos causados. “Devido a complexidade do reparo e a necessidade de reconstrução de trechos da rede, em alguns casos, o restabelecimento da energia será de forma gradual e, em alguns casos, pode levar mais tempo”, disse a Enel.
A empresa orienta que os clientes que estejam sem luz priorizem os canais digitais da companhia por meio do app Enel São Paulo e agência virtual do site: www.enel.com.br.
Vítimas
As fortes chuvas que caíram em boa parte do Estado de São Paulo na tarde da sexta-feira (3) deixaram ao menos seis pessoas mortas, segundo levantamento da Defesa Civil. Vários bairros da capital paulista e de cidades da Região Metropolitana continuam sem energia elétrica, mais de 12 horas depois do temporal, em virtude das quedas de árvores sobre a fiação elétrica e postes.
Desde a tarde de sexta (3), as Defesas Civis do Estado e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2.000 chamados para ocorrências relacionadas às chuvas em 40 municípios paulistas. Os seis óbitos, segundo a Defesa Civil, estão relacionados justamente às causas da chuva, como queda de árvores, muros e paredes.
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