Lula e o “Menino do MEP”, uma história pra quem tem estômago

*Por Thiago Rachid

O mau e velho Lula quer voltar a ser presidente do Brasil. Sim, aquele cidadão abjeto que é blindado pela grande imprensa nacional e internacional, pelos muitos “formadores de opinião” e por quase todos que têm voz no Brasil. Apesar de ser figura das mais conhecidas, muita coisa sobre Lula foi esquecida e jogada para debaixo do tapete ao longo da caminho.

Se Lula fosse julgado pelas barbaridades que já fez e disse pela mesma régua que a imprensa usa para julgar Bolsonaro, ele já estaria fora do jogo há muito tempo. Mas, Lula pode tudo.

Lula pode falar que lésbicas são “mulheres de grelo duro” que a patrulha jornalística da moral não se incomoda. Acham até graça. Lula mandou expulsar um jornalista do New York Times quando era presidente. O repórter que havia revelado em reportagem sua fraqueza para a bebida alcoólica não recebeu a solidariedade dos defensores da liberdade de imprensa.

Lula pode dizer que admira Hitler, que a cidade de Pelotas é “polo exportador de viados” ou que determinado lugar “era tão limpinho que nem parecia a África”. Nada disso será manchete ou causará espanto.

Mas, Lula é muito pior do que isso. E para que ninguém tenha dúvidas a respeito da monstruosidade dessa figura, relembro a pior de todas as histórias que já se soube de um político de projeção nacional. Contada pelo ex-aliado de Lula, o professor César Benjamim, militante histórico de esquerda. A história foi publicada em um artigo seu na Folha de S. Paulo. Mais insuspeitos, impossível.

Leiam vocês mesmos a história bestial confessada por Lula ao professor César Benjamim e relatada abaixo:

“(…)

São Paulo, 1994. Eu estava na casa que servia para a produção dos programas de televisão da campanha de Lula. Com o Plano Real, Fernando Henrique passara à frente, dificultando e confundindo a nossa campanha.

Nesse contexto, deixei trabalho e família no Rio e me instalei na produtora de TV, dormindo em um sofá, para tentar ajudar. Lá pelas tantas, recebi um presente de grego: um grupo de apoiadores trouxe dos Estados Unidos um renomado marqueteiro, cujo nome esqueci. Lula gravava os programas, mais ou menos, duas vezes por semana, de modo que convivi com o americano durante alguns dias sem que ele houvesse ainda visto o candidato.
Dizia-me da importância do primeiro encontro, em que tentaria formatar a psicologia de Lula, saber o que lhe passava na alma, quem era ele, conhecer suas opiniões sobre o Brasil e o momento da campanha, para então propor uma estratégia. Para mim, nada disso fazia sentido, mas eu não queria tratá-lo mal. O primeiro encontro foi no refeitório, durante um almoço.

Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: “Você esteve preso, não é Cesinha?” “Estive.” “Quanto tempo?” “Alguns anos…”, desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: “Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta”.

Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de “menino do MEP”, em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do “menino”, que frustrara a investida com cotoveladas e socos.
Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o “menino do MEP” nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram.

O marqueteiro americano me cutucava, impaciente, para que eu traduzisse o que Lula falava, dada a importância do primeiro encontro. Eu não sabia o que fazer. Não podia lhe dizer o que estava ouvindo. Depois do almoço, desconversei: Lula só havia dito generalidades sem importância. O americano achou que eu estava boicotando o seu trabalho. Ficou bravo e, felizmente, desapareceu.

(…)”

O artigo integral de Cesar Benjamim pode ser conferido no site da Folha clicando aqui.

É preciso registrar que Lula nunca contestou, nunca desmentiu, nunca processou César Benjamim por essa revelação.

Clique aqui para ler a íntegra do artigo de opinião.

*Empresário e advogado

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O município do Cabo de Santo Agostinho viveu um momento histórico na última sexta-feira (26) com a visita de Dom Josivaldo Bezerra, Bispo Auxiliar de Olinda e Recife. Antigo pároco da Matriz de Santo Antônio, Dom Josivaldo retornou à cidade pela primeira vez como bispo para presidir a tradicional celebração em homenagem a São Sebastião.

Durante a solenidade, o bispo recebeu, das mãos do vice-prefeito, as chaves simbólicas da cidade, um gesto que reforça a ligação entre a administração municipal e a comunidade religiosa. A celebração também coincidiu com o dia em que se relembra Vicente Yáñez Pinzón, navegador espanhol que desembarcou na região em 1500, marcando a história local.

Fiéis lotaram a Matriz de Santo Antônio para participar da missa festiva e prestigiar Dom Josivaldo, que destacou, em sua homilia, a importância da fé e da união em tempos desafiadores. “É uma alegria imensa voltar a esta terra abençoada, agora com a missão de servir como bispo”, afirmou emocionado.

Conheça Petrolina

Por Ananias Solon*

Essa fantástica história tive o prazer de escutar por várias vezes do nosso saudoso amigo Zé Alves que também, em caráter de testemunho vivo, escutou por várias vezes do próprio Zé Guedes antes de falecer.

Foi no começo das desavenças entre Zé Saturnino, da Fazenda Pedreira em Serra Talhada, em Pernambuco, e os irmãos Ferrreira, do Sítio Passagem das Pedras, também em Serra Talhada, que se deu essa tremenda cilada.

Zé Guedes era um fiel protetor e homem de confiança de Zé Saturnino. Ele era um caboclo mulato, esperto, bom no gatilho. No ano de 1919, mês de novembro, as trovoadas estavam boas, a caatinga estava verde. Zé Guedes foi fazer uma visita ao Major João Nogueira, da Fazenda Serra Vermelha, que era sogro de Zé Saturnino.

Nessa época a encrenca de Zé Saturnino e os Ferreira estava acirrada. Os Ferreira tinha sede de pegar Zé Guedes de todo jeito. O Major João Nogueira, já de idade, inadivertidamente, mandou Zé Guedes apanhar uma carga de milho no paió do chalé da roça de dentro, que ficava a 4 km da Fazenda Serra Vermelha.

Zé Guedes era um homem desassombrado e corajoso. De posse de um rifle tipo Bala U, de 18 tiros a tiracolo e um borná com bastante balas, seguiu puxando o jumento com a cangalha e caçuás para o referido roçado. Chegando na porteira, deu uma olhada na várzea descampada e viu o chalé do milho encostado ao cercado.

Virgulino e Antônio Ferreira, juntos com seus cabras, sempre de tocaia nas terras do Major João Nogueira, que era sogro de Zé Saturnino, estavam prontos pra dar o bote nas presas inimigas: Zé Saturnino e Zé Guedes.

Avistaram Zé Guedes a caminho do chalé. Prontamente se camuflaram na caatinga verde e, silenciosamente, encostaram no chalé a uns 20 metros de distância e ficaram escondidos. Zé Guedes chegou ao chalé, amarrou o jumento em um pé de pereiro, tirou os caçuás da cangalha e colocou na porta.

Curiosamente levantou a cabeça, deu uma olhada até onde a vista alcançava, certificou-se de que não havia nada de estranho ao redor da casa, encostou o rifle na porta da casa e lá dentro, começou a encher os caçuás de milho.

De repente, Zé Guedes viu aquela sombra passar sobre suas costas. Ele levantou a vista, olhou por cima do lombo e lá estava Virgulino Ferrreira com seu rifle na mão e Antonio Ferreira olhando para ele e foram logo dizendo: “Que caçada a gente acertou hoje não foi Zé Guedes?”

Antonio Ferreira acrescentou na hora: “Você hoje vai provar da ponta do meu punhal”. E a guerra de nervos começou: “Vai morrer devagarzinho, sentindo a dor da morte para aprender a lição”. Zé Guedes respondeu: “Vamos ver Deus por quem é!”

Mas Virgulino, Antonio Ferreira e os cangaceiros estavam tão confiantes na caçada já segura que encostaram as armas na parede da casa e puxaram para o meio do terreiro, colocaram Zé Guedes no centro de um círculo de 16 homens e começaram fazer pressão psicológica.

Cada um dos cangaceiros soltava uma lorota: “Vamos pegar esse negro nas mãos!” Ele dentro do círculo, sem ação. Enquanto os cangaceiros faziam ele de boneco, todos desarmados, Zé Guedes estudava uma forma de sair daquela enrascada.

Virgulino e Antonio Ferreira, achando que aquela situação era fato consumado, gritaram “fecha o círculo”. No susto, Zé Guedes numa manobra versátil e espetacular, deu uma cambalhota, baixou-se e saiu por baixo das pernas dos cangaceiros. Todos caíram um por cima dos outros para abafa-lo.

Lampião perguntou: “Cadê o homem?” Zé Guedes em extrema ligeireza, saiu em disparada na caatinga feito louco. E saiu gritando: “Perdeu a caçada, negro do olho cego”.

Todos esparramados pelo chão. Quando pegaram as armas para atirar, Zé Guedes já ia há mais de 200 metros de distância dentro da caatinga fechada e saiu ileso.

Faleceu por morte natural aos 70 anos, em Nazaré do Pico, onde está sepultado no mausoléu da família.

*Zootecnista, historiador e escritor

Camaragibe Avança 2024

Do jornal O Globo

A divulgação do primeiro depoimento da delação do tenente-coronel Mauro Cid gerou um embate partidário entre petistas e bolsonaristas nas redes sociais.

Conforme revelado pelo colunista Elio Gaspari, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro detalhou os grupos que estariam envolvidos na tentativa de ruptura da ordem democrática. Também relatou que Michelle e Eduardo Bolsonaro integravam a ala mais radical do grupo mais próximo a Jair Bolsonaro.

Citado como um dos integrantes do grupo mais radical que incentivava o golpe, o senador Jorge Seif Junior (PL-SC) afirmou que as menções a ele na delação são “falaciosas, absurdas e mentirosas” e que vai ingressar com “medidas jurídicas cabíveis” em relação ao vazamento do depoimento.

“Jamais ouvi, abordei ou insinuei nada sobre o suposto golpe com o presidente da República nem com quaisquer dos citados na delação vazada”, escreveu o parlamentar em suas redes sociais.

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann classificou o conteúdo da delação como “muito grave”. A parlamentar ressaltou a ligação próxima entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares citados no depoimento, o filho Eduardo, e a esposa Michelle Bolsonaro.

“Eram e ainda são as pessoas mais próximas do inelegível e seus maiores porta-vozes na política. Fica cada vez mais insustentável a conversa mole de que ele não tinha nada a ver com a trama contra a democracia, que previa até o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes”, publicou a deputada.

O deputado federal e ex-secretário da Cultura de Bolsonaro, Mário Frias (PL-SP) disse que a divulgação da delação faz parte de um movimento orquestrado para “fazer alguma covardia”.

“Estão trazendo uma matéria antiga em tom de novidade para justificar alguma ação arbitrária e ilegal contra eles. Esse é o papel da assessoria de propaganda do Regime de Exceção, criar a narrativa de metalinguagem para justificar as ações ilegais da metajurídica”, escreveu.

Deputado federal da base governista, André Janones (Avante-MG) também divulgou a notícia em suas redes .

“Mauro Cid disse em sua delação que Michelle Bolsonaro e o Eduardo Bolsonaro foram a parte mais radical dos que tentaram dar um golpe no nosso país. Tá chegando a hora de vermos muitos vagabundos serem presos. Tic tac”

Caruaru - IPTU 2025

O município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, já registrou cerca de 300 mm de chuva na zona rural em janeiro, período conhecido pelo aumento nas precipitações. Com os transtornos causados pelo excesso de água, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Rural começaram a percorrer as comunidades para identificar os pontos mais afetados e definir ações emergenciais.

Nesta semana, foram realizadas intervenções em áreas críticas, como o trecho entre os sítios Roseno e Santo Antônio, no distrito de Rajada, onde houve troca de material em pontos de atoleiros para melhorar a mobilidade. Outras localidades, como Vila 12 e Izacolândia, também receberam atenção. Trechos como Baixa Alegre a Cristália, Uruás, Caroá a Caititu e Sítio Garcinha a Volta do Riacho estão no planejamento para receber serviços de patrolamento e tapa-buracos, que deverão ser executados após o fim do período chuvoso.

Ao longo do ano, a prefeitura realiza ações de patrolamento em estradas dos Perímetros Irrigados e regiões de sequeiro, buscando melhorar o acesso dos moradores e facilitar o escoamento da produção agrícola local.

Moradores da zona rural podem colaborar informando pontos críticos à Secretaria de Desenvolvimento Rural pelo telefone (87) 3983-6424.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Do Poder360

O Aeroporto de Confins (MG) recebeu 3.660 pessoas deportadas dos EUA em 32 voos fretados pelo governo norte-americano de 27 de janeiro de 2023 a 10 de janeiro de 2025. A informação é da BH Airport, empresa que administra o aeroporto na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Essas deportações foram realizadas a partir do início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto Joe Biden (Democrata) era presidente dos EUA. Desde segunda-feira (20), o presidente dos EUA é Donald Trump (Republicano).

O primeiro voo de deportação dos EUA para o Brasil em 2025 chegou a Confins em 10 de janeiro, 10 dias antes da posse de Trump. Em 2024, o primeiro voo de deportação dos EUA a chegar a Confins foi em 26 de janeiro. Em 2023, em 27 de janeiro.

Houve 17 voos de deportação de brasileiros durante o governo de Biden a partir da posse de Ricardo Lewandoski como ministro da Justiça em fevereiro de 2024.

Na sexta-feira (24), chegou ao Brasil outro voo, o 1º do governo de Trump. O avião deveria ir para Confins. Mas teve problemas técnicos e precisou pousar em Manaus (AM).

Os passageiros deportados desembarcaram algemados e com os pés acorrentados. Lewandowski criticou o uso de algemas. Disse que foi “desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”. Determinou que seguissem para Confins em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

O procedimento padrão para passageiros deportados é viajarem algemados e com os pés acorrentados. Essa situação é conhecida desde o início dos voos para deportação de brasileiros durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Autoridades norte-americanas dizem que isso é necessário para impedir que algum passageiro deportado ataque a tripulação e coloque o voo em risco.

Biden deportou mais

Os EUA deportaram 7.168 brasileiros no governo de Biden. O balanço do Department of Homeland Security (departamento de segurança interna em português) considera os anos fiscais, que se iniciam em outubro do ano anterior ao ano de referência e vão até setembro do ano de referência.

No caso do governo de Biden, são deportações dos anos fiscais de 2021 a 2024, que vão de outubro de 2020, ainda no primeiro mandato de Trump, até setembro de 2024. Houve outros voos de deportação durante o governo Biden de outubro de 2024 a janeiro de 2025 que não entram nesse balanço.

Os EUA deportaram mais brasileiros no governo de Biden do que nos governos anteriores, o primeiro mandato de Trump, nos anos fiscais de 2017 a 2020, e o segundo mandato de Barack Obama (Democrata), nos anos fiscais de 2013 a 2016.

O total de deportações de todas as nacionalidades foi menor no governo de Biden. Portanto os brasileiros representaram uma proporção muito maior. Os brasileiros foram 1,3% dos deportados no governo de Biden, 0,7% no de Trump e 0,4% no de Obama.

Houve 17 voos de deportação de brasileiros durante o governo de Biden a partir da posse de Ricardo Lewandoski como ministro da Justiça em fevereiro de 2024…. Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/poder-internacional/governo-lula-recebeu-32-voos-de-deportados-dos-eua-com-biden/) © 2025 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.

Do blog Dantas Barreto

O ex-vereador Ebinho Florêncio e Luciana Nunes assumiram o comando compartilhado do diretório do partido Rede Sustentabilidade no Recife. A eleição aconteceu, neste domingo (26), no Clube Internacional. Os dois porta-vozes, como é estabelecido na legenda, foram eleitos com 88% dos votos dos filiados. Com essa vitória, o grupo ligado ao deputado federal Túlio Gadelha se fortalece na Rede.

Ao tomar posse, Ebinho Florêncio falou como pretende comandar o partido junto com Luciana. “Assumimos a missão de consolidar a atuação da Rede na cidade, com base nos princípios da sustentabilidade, inclusão e diálogo com a sociedade”, garantiu.

Túlio Gadêlha destacou o caráter participativo do evento. “Foi a maior conferência da história do nosso partido no Recife. Um processo democrático, onde os filiados tiveram a oportunidade de votar e discutir juntos o futuro do nosso partido na cidade”, destacou o deputado.

A Rede Sustentabilidade integra a mesma federação com o Psol nacionalmente, mas em Pernambuco há uma divisão. No ano passado, Túlio Gadêlha tentou ser candidato a prefeito, porém tinha minoria e a escolhida foi a deputada estadual Dani Portela (Psol). Contudo, o grupo da parlamentar migrou recentemente para o PT, caminho que a própria Dani deverá seguir em 2026 para tentar a reeleição.

Em março deste ano, acontecerá a Conferência Estadual da Rede para eleger a futura direção em Pernambuco.

Do jornal O Globo

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as críticas feitas à proposta de redução de impostos para alimentos importados seriam uma “gritaria” feita por representantes da bancada agropecuarista. Em um post no X neste sábado, ela afirmou que são espalhadas “mentiras sobre a decisão do presidente Lula de trabalhar para reduzir o preço dos alimentos”. De acordo com ela, a ofensiva estaria ligada à organização da oposição para 2026.

“A bancada agropecuarista já começou a espalhar mentiras sobre a decisão do presidente Lula de trabalhar para reduzir o preço dos alimentos. Ao contrário do que dizem seus representantes, Lula não está culpando nem agindo contra o agronegócio na questão do custo dos alimentos. O presidente mandou avaliar medidas, que nem foram anunciadas ainda, para garantir comida na mesa do povo”, escreveu Gleisi.

Ela também questionou porque uma medida que seria “voltada para o bem da população” tem sido alvo de críticas e afirmou que o presidente atendeu aos interesses do agronegócio com o Plano Safra, lançado em 2024. “Só mesmo a motivação política e eleitoreira pode explicar a gritaria contra um governo que financiou o setor com o maior Plano Safra da história do país. De fato, a oposição já está em campanha para 2026”, ela completou.

As críticas, por sua vez, vieram quando o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou sobre a possibilidade de o governo reduzir a taxação de alimentos importados para conter a alta de preços. A hipótese foi pensada após o presidente Lula cobrar por uma solução rápida para a inflação na compra desses produtos.

Após um novo encontro com o presidente nesta sexta-feira, Rui Costa falou à imprensa que o governo avaliaria reduzir o imposto de importação para enfrentar o problema.

— Se os preços desses produtos no mercado internacional estiverem mais baixos do que no mercado nacional, isso será rapidamente analisado e a alíquota de importação desses produtos será reduzida. Ou seja, os produtos que estejam com o preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir pelo menos para o patamar internacional — disse Costa.

O anúncio não foi bem recebido por lideranças do agronegócio. No comando da bancada ruralista no Congresso Nacional, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) classificou em nota a proposta como “mais uma medida desesperada e mal pensada do governo”. Em entrevista ao GLOBO, ele também acrescentou que as tentativas de Lula de elevar a arrecadação trazem desconfiança para o grupo político.

— São várias trapalhadas, e isso acaba gerando uma frustração enorme no setor que depende de um bom ambiente econômico para investir na produção. Temos muita preocupação com a questão do direito de propriedade, da segurança jurídica, de acesso ao crédito e de seguro agrícola. O setor está meio que caminhando sozinho — diz Lupion.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro de Carvalho, encaminhou áudios a torcedores do Santa Cruz afirmando que eles deveriam “ter coragem para trocar tapas ou tiros” com os integrantes do corpo de árbitros do Estado.

Evandro está sendo cobrado após os erros do trio que apitou o clássico entre o Náutico e o tricolor, realizado ontem e vencido pelo Timbu por 2 a 1. A partida contou com um erro grotesco da arbitragem a favor do alvirrubro.

“Vai tomar no … Vocês são uns babacas. Tudo frouxo! Não tem coragem pra trocar tapa, trocar tiro e preferem ficar falando besteira em celular. Deveriam ter coragem para ir trocar tapa, trocar tiro, fica conversando besteira em celular”.

O jogo em questão foi apitado por Deborah Cecília, que foi afastada pela Federação. O campeonato pernambucano de futebol não tem VAR.

Um dos mais influentes jornais do País, O Globo abriu três páginas inteiras na sua edição de hoje para enaltecer o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Não foi uma matéria convencional. O repórter Caio Sartori foi fundo no histórico do herdeiro político de Eduardo Campos. Aos que entendem da natureza política, O Globo quis dizer, traduzindo ao pé da letra, que vê João como a mais nova e expressiva liderança de esquerda no plano nacional pós Lula.

Da escola do pai e do bisavô Miguel Arraes, João foi ninja. Deu a Lula, que está em baixa, enfrentando o revés da pior crise do seu terceiro governo, a da desastrosa intervenção no PIX, tratamento de estadista. E disse que vai trabalhar pela reeleição do petista, a maior e mais incontestável liderança de esquerda do País, segundo ele.

Claro que Lula adorou. Sabe que, a partir de maio, João deixa um pouco a província de lado e assume um protagonismo nacional como presidente do PSB, sucedendo a Carlos Siqueira. Protagonismo voltado todo para fortalecer um governo que não vai bem e colocar Lula como prioridade em seu projeto de reeleição.

Nunca um prefeito do Recife teve tanto espaço no plano nacional. João aproveitou também para dar umas estocadas na governadora Raquel Lyra, com quem vai duelar o Palácio do Campo das Princesas em 2026. Quando forçado a tratar de 26 e da provável adversária, disse o seguinte abaixo:

“As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação”.

Para um bom entendedor, João quis dizer: “Eu faço, Raquel não faz”.

O deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) participou, na manhã deste domingo (26), de uma reunião com as cerca de 300 famílias da comunidade da barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho. Os moradores enfrentam a ameaça de remoção por decisão judicial, já que a área, atualmente de propriedade da Compesa por concessão do Governo do Estado, é considerada de preservação permanente (APP).

Luciano Duque destacou o compromisso de buscar uma solução que concilie o direito à moradia e o desenvolvimento sustentável da região, onde as famílias vivem há mais de 20 anos. “O presidente da Compesa já está ciente do caso, assim como o prefeito do Cabo, Lula Cabral. Estamos unindo esforços para garantir uma saída justa para essas famílias”, afirmou o deputado.

O parlamentar também informou que já se reuniu com uma comissão de representantes da comunidade e a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Benevides, que se comprometeu a levar a questão à governadora Raquel Lyra. “Estamos trabalhando para que essas famílias tenham sua situação regularizada, sem comprometer a preservação ambiental da área”, reforçou.

A mobilização liderada por Luciano Duque demonstra o compromisso com os direitos das famílias e o equilíbrio entre moradia e proteção ambiental. A expectativa é que, com o envolvimento dos órgãos responsáveis, seja encontrada uma solução definitiva para o impasse.

Do jornal O Globo

O chapéu branco modelo Panamá que passou a usar para esconder os curativos vai ficar de lado a partir de agora, disse Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com os ministros, na segunda-feira, ao se declarar “totalmente recuperado”. No mesmo encontro, no entanto, o presidente afirmou que não definiu ainda se vai concorrer à reeleição em 2026, que chegar bem até lá dependia de Deus e que gostaria de ter saúde para fazer o sucessor.

A ponderação acentuou a impressão que auxiliares já vinham colhendo em conversas reservadas com Lula: a disposição para o cotidiano árduo da política está distante da exibida nos mandatos anteriores. Nas últimas semanas, O GLOBO ouviu ministros e demais assessores presidenciais sobre como o petista tem se comportado a portas fechadas, especialmente depois do acidente doméstico que o levou a fazer uma cirurgia às pressas em dezembro para conter uma hemorragia na cabeça.

Todos são unânimes em dizer que a saúde do presidente, que tem 79 anos, está em dia e que ele tem adotado uma rotina rigorosa de cuidados pessoais, auxiliado pela primeira-dama Janja. Mas quem convive com Lula no dia a dia do governo reconhece que ele tem se tornado um político menos disponível e, por vezes, mais impaciente em reuniões. O mandatário não faz, por exemplo, encontros aos finais de semana como costumava realizar nas gestões passadas, não dedica tanto tempo para conversas com parlamentares nem gosta de ser incomodado tarde da noite. Segundo um ministro, o petista já deixou claro que quer o sábado e o domingo “para ele” sempre que possível — o que não o impede de telefonar a ministros quando julga necessário.

No início do governo, Lula passou a fazer reuniões no começo da noite no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Após o acidente, esses encontros ficaram mais escassos. De um lado, o presidente demonstra vontade de ter mais tempo livre. Do outro, tem a necessidade de descansar mais para aguentar compromissos muitas vezes exaustivos durante a semana ou em viagens, que, por ora, estão suspensas.

Essa dinâmica acaba se refletindo na agenda do presidente que, não raramente, sofre alterações em cima da hora para não tornar a rotina extenuante. Assuntos mais áridos são tratados no início do expediente, quando Lula se sente mais disposto. Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não comentou.

Susto com a queda

Em conversas com ministros, o presidente ainda rememora como ficou impressionado com o fato de ter sido operado às pressas em São Paulo, em 10 de dezembro. Naquele dia, Lula passou mal enquanto despachava no Palácio do Planalto e, após fazer um exame de imagem na cabeça, constatou uma hemorragia intracraniana. Diante da gravidade da situação, foi transferido na madrugada para a unidade de São Paulo do Hospital Sírio-Libanês, onde realizou uma cirurgia sem intercorrência. Em entrevista, o médico Roberto Kalil, um dos responsáveis pelo tratamento do petista, disse que “corria o risco de acontecer o pior”.

Após receber alta, Lula foi liberado pelos médicos para exercer todas as atividades que cabem à Presidência. Mas o petista tem dado sinais de que, para tentar a reeleição, terá que avaliar o seu estado de saúde em 2026.

— Tenho certeza que o presidente Lula chegará com saúde e apetite em 2026 para defender o nosso governo. A melhor forma de fazê-lo é ser candidato à reeleição — minimiza o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Outro episódio que marcou Lula e tem sido repetido por ele em diferentes momentos foi a pane na aeronave que o trazia do México para o Brasil, em outubro do ano passado. Devido ao problema técnico, o avião oficial precisou ficar por horas dando voltas no ar e gastando combustível para poder aterrissar. O incidente deixou Lula incomodado. O ocorrido foi relembrado na reunião ministerial na semana passada como um momento de adversidade vivido pelo petista.

Incômodo com Biden

O caso da candidatura de Joe Biden nos Estados Unidos também deixou o presidente incomodado. Lula chegou a comentar na reunião ministerial como o ex-presidente norte-americano havia errado ao demorar a se afastar e indicar Kamala Harris como sucessora. A ideia de alguém que gozava de prestígio internacional e acabou prejudicando sua biografia ao insistir numa campanha causou impacto no petista, afirmam pessoas próximas.

— Não vejo saída fora da candidatura do presidente Lula. Tenho absoluta convicção de que, com a vitalidade e disposição que ele exibe hoje, será nosso candidato — reforça o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

No governo, pondera-se que não interessaria a Lula confirmar a reeleição neste momento para não dar munição aos rivais e antecipar a disputa. Ainda assim, interlocutores do petista reconhecem o peso que Lula carrega ao ser o único político que está em campanha permanente ao longo das últimas três décadas e de ser recordista de mandatos presidenciais desde a redemocratização — ao todo, com três.

Mas pessoas próximas ao petista têm buscado convencer o presidente de que não há alternativa além dele no PT para encarar um opositor da direita em 2026.

Entre os integrantes do partido, a confiança de que Lula não desistirá da candidatura deriva de duas constatações. A primeira é a que o “lulismo” segue como um campo muito maior do que o petismo. A preço de hoje, qualquer outro nome implicaria num risco muito maior de derrota ao partido. A ausência de sucessores e nomes populares no campo de esquerda também fazem com que opções da legenda enxerguem na campanha de Lula condição fundamental para impulsionar a candidatura de quadros do PT.

A segunda constatação é que Lula segue mostrando enorme interesse pela política e teria muita dificuldade em simplesmente se afastar do jogo do poder. Um integrante da direção petista diz que tem certeza de que Lula “está louco para ser candidato” e que sonha ampliar a margem de presidente com mais mandatos na História no regime democrático — já são dez anos na Presidência e podem virar 16 caso seja reeleito e fique até 2030.

Do Blog Marcelo Damasceno

Em 1982, o sertanejo Ranilson Ramos era eleito com expressiva votação para a câmara municipal de Petrolina. Cumpriu esse mandato, de 1983 a 1986, exercendo a presidência da casa Plínio Amorim no biênio 1985/1986.

Como vereador e liderança política de Petrolina, Ranilson Ramos tocou importantes projetos de lei que fortaleceram atividades sociais e do desporto petrolinense. Com suas ligações profundamente afetivas com o Palmeiras Esporte Clube no tradicional bairro Atrás da Banca, além do seu empenho pessoal em dar visibilidade e destaque histórico com muita robustez à festa de centenário do jurista, deputado federal e jornalista, Manoel Francisco de Souza Filho, nome do fórum da cidade e importante avenida urbana.

Eleito deputado estadual em 1986 por Pernambuco, Ranilson Ramos interrompeu seu mandato de vereador que se estenderia até 1988.

Em 1989, Ranilson Ramos foi relator do capítulo sobre tributação na Assembleia Legislativa de Pernambuco para a Constituição deste Estado. Sua relatoria até hoje tem sido reconhecida, entre seus pares daquele ciclo político, como fundamental na condução econômica de Pernambuco quanto a condução tributária em contextos aos encargos sociais e racionalidade econômica nas atividades de pequenas e grandes empresas nos 184 municípios pernambucanos.

Hoje, Conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco onde foi presidente no biênio 2022/2023, Ranilson Ramos é formado em Economia e estudioso da política que rege o desenvolvimento dos municípios a partir de suas vocações econômicas e sociais aliadas a um esboço tributário. Em tempos de escassez no universo político de perfis públicos, Ranilson Ramos é uma referência para o debate social pernambucano. Da vocação e tenacidade política que tanto se fazem necessárias nesses dias de incredulidade eleitoral em currículos da cidadania.