Jovem sertaniense faz viagem de bicicleta pelo sertão de Pernambuco

Natural de Sertânia-PE, Vitor Vinícius Patriota dos Santos, de 22 anos, está realizando um sonho que alimentou por anos: viajar por todas as cidades de Pernambuco, utilizando apenas sua bicicleta. Formado em Agropecuária pela Escola Técnica Estadual em Pernambuco, Vitor iniciou a primeira etapa de sua jornada no sertão do Pajeú.

“Essa viagem é a primeira etapa de um projeto que eu tenho há muito tempo. Quero explorar cada canto do nosso estado”, explica Vitor. Ele começou no dia 13 de janeiro a aventura por Sertânia e já passou por Iguaracy, Ingazeira, atualmente se encontra em Tuparetama. O jovem ciclista planeja completar essa fase da viagem em 10 dias, visitando pontos turísticos e conhecendo a cultura local.

A rota inicial inclui quase todas as cidades do sertão do Pajeú, com exceção de quatro que ficarão para uma próxima etapa: Calumbi, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde e Serra Talhada. “Meu estilo de viagem é lento; eu acampo, preparo minha própria comida, mas estou aberto a aceitar hospitalidade de pessoas dispostas a ajudar”, diz ele.

As próximas paradas na jornada de Vitor incluem São José do Egito, Itapetim, Brejinho, Santa Terezinha, Tabira, Solidão, Afogados da Ingazeira, Carnaíba e Quixaba. Ele também planeja passar por Custódia, uma cidade fora da região do Pajeú.

Vitor ressalta que, embora uma boa bicicleta seja fundamental para o cicloturismo, é o cicloturista quem realmente vive a experiência da viagem. “O importante é aproveitar cada momento e cada cidade que visito”, destacou. Segue ele! Aqui está o Instagram: @vitor_patriota_

Do blog TV Web Sertão.

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Em 2019, um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) chocou o mundo após ser preso com 39 kg de cocaína na bagagem, em um voo da comitiva da Presidência da República. O avião tinha como destino Tóquio, no Japão, mas fez escala em Sevilla, quando a alfândega espanhola identificou os entorpecentes. O caso chegou à última página em setembro de 2024, depois de a maior instância da Justiça Militar manter a condenação de Manoel Silva Rodrigues.

O agora ex-sargento é apenas um dos 641 militares condenados nos últimos sete anos por envolvimento com drogas. De 2018 a 2024, o Superior Tribunal Militar (STM) condenou integrantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

Os dados das condenações foram obtidos pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), com o detalhamento do tipo penal e das patentes dos envolvidos.

Soldados do Exército foram os mais condenados, somando 563 do total. Apenas em 2019, 158 militares foram condenados pelo crime, a FAB teve 6, sendo 1 cabo e 5 soldados, e a Marinha, 1 cabo, 8 marinheiros e 2 soldados navais. No ano anterior, o Exército teve 77 soldados condenados e 1 cabo; a Aeronáutica, 4 soldados e 1 cabo; e a Marinha, 1 cabo, 3 marinheiros e 2 soldados navais.

Veja os dados por ano:

Em 2018

  • Aeronáutica

3 soldados

  • Exército

1 cabo

77 soldados

  • Marinha

1 cabo

3 marinheiros

2 soldados fuzileiros navais

Em 2019

  • Aeronáutica

1 cabo

5 soldados

  • Exército

1 sargento

1 cabo

158 soldados

  • Marinha

1 cabo

8 marinheiros

2 soldados navais

Em 2020

  • Aeronáutica

5 soldados

  • Exército

57 soldados

  • Marinha

3 cabos

4 marinheiros

2 soldados fuzileiros navais

Em 2021

  • Aeronáutica

8 soldados

  • Exército

1 cabo

57 soldados

  • Marinha

3 marinheiro

1 soldado fuzileiro naval

Em 2022

  • Aeronáutica

2 soldados

1 cabo

  • Exército

75 soldados

2 cabos

  • Marinha

5 marinheiros

Em 2023

  • Aeronáutica

2 soldados

  • Exército

66 soldados

  • Marinha

2 marinheiros

  • 2024

1 sargento

2 soldados

  • Exército

55 soldados

  • Marinha

2 marinheiros

Relembre o caso do Sargento FAB:

  • Manoel Silva Rodrigues fazia parte de uma comitiva com 21  militares que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Tóquio, no Japão, para reunião do G20;
  • Antes de partir da Base Aérea de Brasília, Manoel recebeu a droga em um motel, no Núcleo Bandeirante;
  • Ele foi preso no aeroporto de Sevilla, na Espanha, com 39 kg de cocaína na mala;
  • A droga foi avaliada em 1.306.695 euros, o equivalente a R$ 6.399.083,62 na época;
  • Em 2022, o ex-sargento foi condenado a 14 anos de prisão pela Justiça Militar. O sargento recorreu;
  • Em 2024, o STM não só manteve a condenação como a aumentou para 17 anos.

214 tabletes de cocaína

Também em 2024, o STM manteve a condenação de dois militares do Exército que foram flagrados transportando 230 kg de cocaína em viatura militar. A droga saiu de Corumbá (MS), região oeste do estado, fronteira com a Bolívia, com destino a Campo Grande (MS), capital do estado de Mato Grosso do Sul.

Informações de inteligência indicaram que os dois militares estavam utilizando uma viatura Toyota Hilux 4×4, do quartel, para o transporte de entorpecentes, conforme foi divulgado pelo próprio tribunal.

Feita na rodovia BR-262, próximo à região do Indubrasil, em Campo Grande, por uma equipe do 9º Batalhão de Polícia do Exército (9º BPE), a abordagem possibilitou a descoberta de que a Toyota Hilux tinha como motorista um soldado do efetivo profissional do Exército e como chefe de viatura o sargento indiciado nos autos.

Os militares conduziam 214 tabletes de cocaína acondicionados dentro de três caixas e três sacolas guardadas na carroceria.

Estelionato

O levantamento ainda apontou casos de estelionato, em que de aspirantes a coronel foram penalizados por esse tipo de crime. No recorte pesquisado, dois coronéis do exército foram condenados como estelionatários. Os julgamentos ocorreram em 2018 e 2024.

Do Metrópoles.

Conheça Petrolina

Morreu neste domingo, aos 92 anos, Léo Batista, um dos maiores jornalistas da história do Brasil. O âncora e repórter, que esbanjou simpatia ao longo de quase um século de vida, se identificou mais com a imprensa esportiva ao longo da carreira, mas soube marcar espaço em muitas outras coberturas. Além de fazer parte da bancada do Jornal Nacional, passou 40 anos cobrindo o Carnaval do Rio de Janeiro no rádio e na televisão. Ele faleceu no hospital Hospital Rios D’Or, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em função de um tumor no pâncreas.

O jornalista deu entrada no hospital no dia 6 de janeiro, em decorrência de um quadro de desidratação e dor abdominal. Exames detectaram o tumor, que exigira internação na UTI da unidade ao longo dos últimos dias, mas ele não resistiu.

Seu Léo, como sempre foi carinhosamente chamado, dedicou cerca de 77 anos ao jornalismo, tendo sido 54 deles só na TV Globo, tornando-se inspiração para várias gerações de profissionais que aprenderam com ele, tendo contato direto, ou apenas sendo espectador de sua “voz marcante”.

Coringa do interior

O começo da carreira foi na adolescência, aos 15 anos, trabalhando no serviço de alto falantes de Cordeirópolis, cidade do interior de São Paulo na qual João Baptista Bellinaso Neto nasceu, em 22 de julho de 1932. Nela, o filho de italianos foi descoberto e não parou mais de conquistar espaços.

Em 1952, após rodar em veículos de várias cidades do estado, chegou ao Rio de Janeiro para ser locutor no programa “O Globo no Ar”, da Rádio Globo, local onde começou a ser chamado de Léo Batista. O pseudônimo vem do nome da irmã, Leonilda, que gostava de ser chamada só de Nilda. Em 1955, migrou para a televisão, apresentando durante 13 anos o Telejornal Pirelli, da extinta TV Rio.

Apesar de ser um especialista em esporte, sempre foi considerado um “coringa” desde que chegou à Globo, que o convidou em 1970. Inicialmente, apenas para trabalhar na Copa do Mundo do México, mas, depois que substituiu Cid Moreira em uma edição do JN, nunca mais saiu. Na base do “chama o Léo”, tornou-se o primeiro apresentador tanto do Jornal Hoje, em 1971, quanto do Esporte Espetacular, em 1973, e também do Globo Esporte, em 1978. Até então, era o apresentador mais antigo da maior emissora do país. Tudo sempre com seu bom humor.

— Guardadas as devidas proporções, acho que tentei ser pioneiro numa época em que isso não era comum. Cheguei a levar algumas broncas. Não só aprovo, como gosto muito desse estilo. Mas sem exageros, claro — disse Léo em entrevista ao GLOBO, em 2021.

Seu grande leque de atuação o colocou no centro de grandes episódios da História, como, por exemplo, ao ser o primeiro locutor que noticiou a morte do presidente Getúlio Vargas, em 1954, ou ser um dos jornalistas que transmitiram o primeiro jogo da carreira de Mané Garrincha, maior ídolo do Botafogo, em 1953.

Torcedor do Botafogo, o lendário jornalista recebeu uma justa homenagem do clube do coração ainda em vida, quando o alvinegro deu seu nome a uma das cabines de imprensa do estádio Nilton Santos.

Praticamente em voo solo, foi o primeiro narrador de uma transmissão de surfe e de Fórmula 1 na televisão do país, além de marcar época com os gols do Fantástico, que mudaram a forma com que se consumia o futebol nas décadas de 1970 e 1980, acompanhado da famosa “Zebrinha”.

Aliás, a estreia como locutor esportivo havia sido na década de 1950, em um jogo entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã. Desde a edição da Copa do Mundo no Brasil, ele trabalhou em todos os Mundiais, in loco ou à distância.

Humildade

Ainda assim, no final da vida, o homem se mostrava ao reconhecer sua importância, por conta de tamanha humildade e simplicidade. Pioneiro em várias empreitadas, porém, Seu Léo se diferenciou pela versatilidade e a capacidade de ser uma “fênix” na mídia, passando por rádio, televisão e internet, transição que sempre foi muito natural para ele. Sobretudo, por ter reconhecido os novos caminhos quando eles precisavam ser trilhados.

— A vida é dinâmica. É preciso evoluir, se adaptar, acompanhar as mudanças na sociedade. Isso vale para tudo — disse ao GLOBO.

Atravessando diferentes épocas, praticamente ostentando um prazo interminável, ainda estava a todo vapor e sem hora exata de parar na comunicação, fazendo, por exemplo, quadros ao seu modo no Globo Esporte. A aposentadoria era algo que lhe atemorizava, assim como o período da pandemia do Covid-19, que o obrigou a ficar em casa.

— Alguma contribuição eu deixei pelo caminho. Uma vez, ouvi de uma menina de rua uma frase marcante: ‘Só morre de verdade quem nunca mais é lembrado’. Fico orgulhoso e contente pela sementinha plantada — falou Léo ao UOL, em 2020.

Em janeiro de 2022, ele havia perdido a esposa, Leyla Chavantes Belinaso, falecida aos 84 anos após um infarto. O casal teve duas filhas, Cláudia e Mônica.

Do jornal O Globo.

Camaragibe Avança 2024

“Sufocante” foi a palavra escolhida por Álvaro Caldas, repórter torturado no mesmo quartel onde Rubens Paiva morreu, para descrever o seu retorno ao local.

Aos 85 anos, ele comemora o sucesso do filme Ainda Estou Aqui e sente que o país está esquecendo, pouco a pouco, o que foi a ditadura militar. Sua principal contribuição para registrar as suas memórias como vítima do regime é o livro “Tirando o Capuz”, publicado em 1981. Na obra, Caldas relata os horrores que viveu enquanto preso político.

Álvaro já foi duas vezes ao cinema assistir ao filme estrelado por Fernanda Torres. “Levei uma porrada. O filme é muito bom”, diz. Ele vê com bons olhos o sucesso nas bilheterias e destaca que a obra reforça a lembrança da ditadura militar brasileira. “Feito que nós nunca conseguimos. Nós, que fomos presos, que fizemos parte dessa história, nunca conseguimos alcançar esse público.”

“É um filme que traz um episódio marcante na época da ditadura, que sequestrou Rubens Paiva em casa, mostrando também parte da tortura e o desaparecimento dele. E fez isso focado na mulher, na Eunice, a grande personagem do filme. Isso fez com que tivesse uma dimensão dramática imensa e alcançasse um público extraordinário”

‘Iam me matar’

Caldas se viu no personagem em vários momentos do filme: quando a família, transportada com uma sacola na cabeça para impedir que soubessem para onde iam, foi presa em celas, mas sobretudo quando Rubens Paiva sumiu, deixando uma esposa desesperada. O futuro foi diferente para os dois: após mais de dois meses no quartel do Exército, Álvaro Caldas foi solto.

“O que aconteceu comigo foi semelhante ao Rubens Paiva. Vieram aqui na minha casa, me levaram e desapareceram comigo. Eu não estava preso. Minha mulher, Sueli, meus pais, amigos, jornalistas, todos procuraram e nenhum lugar reconhecia que eu estava preso. Era um sinal evidente que iam me matar”

Nunca esquecer

Mesmo que o jornalista tentasse esquecer o que viveu naquela cela, não conseguiria. O seu corpo ainda tem marcas da ditadura: após agressões, a visão do olho esquerdo ficou danificada. O terror psicológico fez com que ele tenha crises toda vez que o elevador chega ao seu andar. “Sinto que alguém está vindo me buscar”, afirma.

“Todo mundo ficou com sequela, porque é uma coisa inimaginável. A minha segunda prisão foi em casa. Aqui, de onde estou falando com você. Se é que podemos chamar de prisão —na verdade foi um sequestro, muito similar ao que aconteceu com o Rubens Paiva. Eu me lembro do barulho que o elevador fez quando eles estavam chegando. [Desde então] toda vez que o elevador chega no meu andar, eu costumo lembrar; são coisas que ficam guardadas no fundo.”

“Outras pessoas tiveram traumas muito mais violentos, sequelas físicas. Não conseguem andar direito. Muitos se tornaram alcoolistas após esses traumas.”

“É um momento de muita dor, de muita humilhação. O primeiro passo da tortura você sabe qual é? A nudez, você entra na sala, eles mandam você se despir. Nu, você fica muito mais fragilizado diante deles, que são cinco ou seis.”

“A cineasta Lucia Murat relembrou como ela foi torturada: nua, deram choques em sua vagina. Colocaram bichos, baratas, em cima do seu corpo nu. Foi assim com várias moças; com as mulheres a tortura era ainda pior.”

Ele quer que quartel vire um museu

Caldas pede que o quartel se torne um local de memória tão valorizado quanto outros museus do Rio de Janeiro. “Nós fizemos um ato, sábado agora, lá na porta do quartel do Exército. Eu estava lá e contei o que vivi”, diz o repórter. Uma das suas queixas é que o local continue funcionando normalmente. “O quartel está lá, visível. Todo mundo passa na pracinha em frente sem ter a menor noção do que aconteceu lá dentro. Isso é uma coisa que me repugna.”

“Já estive nesse quartel quatro vezes. Sou um recordista nisso. Foram duas vezes como prisioneiro. Entrei encapuzado, por uma porta lateral que dava direto no prédio onde eram realizadas as sessões de tortura.”

“O quartel é imenso, ocupa quase um quarteirão. Dentro do quartel há prédios onde aconteciam as torturas, várias salas, e as celas onde ficávamos confinados… As outras duas vezes em que entrei no quartel foi como membro da Comissão Estadual da Verdade [do Rio de Janeiro], da qual eu fiz parte.”

“Da primeira vez [que ele foi como sobrevivente], não conseguimos entrar. Ficamos ali, na antessala. Fomos impedidos pelo comandante e por Bolsonaro, que estava lá. Ele ainda era deputado. Ele ficou na porta tentando tumultuar a entrada. Ele [Bolsonaro] defende a tortura, dizendo que devia ter matado todo mundo. Ele foi para lá para tumultuar mesmo. Nesse dia nós não conseguimos entrar.”

“Na segunda [quarta] vez, eu fui com parlamentares, tinha pessoal da Comissão da Verdade. Eu era o único preso que lá tinha estado. Então, guiei a visita das outras pessoas pelos locais de tortura. Imagine como foi forte para mim: mostrar para as pessoas a cela em que eu estava, mostrar o local onde eu levei choque elétrico. A sala onde fui colocado no pau de arara. E nessa sala também, que era a mesma das torturas, muitos tinham morrido. Nessa mesma sala foi assassinado o Mário Alves, em janeiro de 1970, e, em 71, lá esteve o Rubens Paiva, que foi assassinado lá e desapareceu.”

“O local da tortura era um prédio de dois andares, o nome desse prédio é PIC (Pelotão de Investigações Criminais). Ele foi completamente moldado para ser esse local da tortura. Tinha um corredor na entrada e umas três salas. Uma dessas salas era preparada para essas torturas. Tinha lá cavaletes para fazer o pau de arara, e também haviam máquinas de dar choque.”

Esperança de que investigações avancem

Pela primeira vez, Caldas viu um general ser preso por atentar contra a democracia. O repórter afirma que a postura que os brasileiros têm assumido contra a impunidade de quem age contra o Estado o enche de esperança. “Não podemos repetir o passado”, afirma.

“Bolsonaro esteve quase a ponto de se eleger num cenário que é como uma continuidade da ditadura. Ele é um amigo, um participante daquela ditadura, um defensor dela. Um admirador do Ustra, um dos maiores torturadores. Nós precisamos ter muito cuidado, temos que zelar pela nossa democracia.”

“Que essas pessoas sejam punidas, porque antes eles foram anistiados. Por causa da lei que os anistiou, até hoje nenhum deles foi punido. O ministro Dino agora está abrindo uma perspectiva nova: de considerar desaparecimento um crime imprescritível. Ou seja, os familiares de mais de 100 desaparecidos políticos podem pedir a reabertura das investigações.”

Do UOL.

Caruaru - IPTU 2025

A Prefeitura de Rio Formoso, sob a gestão do prefeito Berg de Hacker, garantiu o pagamento de um bônus para todos os profissionais da rede municipal de educação. O benefício, referente ao exercício de 2024, é uma forma de reconhecer o esforço, o tempo de trabalho e a dedicação de quem contribui para transformar a educação no município.

O prefeito destacou que a iniciativa reforça o compromisso da administração com os educadores e valoriza os resultados obtidos nos últimos anos. “Estamos honrando o trabalho de cada profissional que, com dedicação e empenho, alcançou resultados significativos para a nossa educação. Essa conquista é fruto de uma parceria sólida entre a gestão municipal e a categoria educacional”, afirmou Berg de Hacker.

Belo Jardim - Construção do CAEE

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou a Polícia Federal (PF) neste domingo após receber ameaças de morte em suas redes sociais. As mensagens foram recebidas como reação a um vídeo divulgado pela parlamentar ontem, no qual ela defende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a medida, já revogada, que buscava ampliar a fiscalização de transações bancárias e do Pix. No vídeo, ela rebate informações veiculadas por representantes da direita, em especial o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Segundo a assessoria da deputada, ela começou a receber mensagens e comentários dizendo que ela deveria “ser fuzilada” ou que pistoleiros deveriam ser “contratados para ficar em sua cola”, e que o “Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação”. Os advogados dela juntaram prints das mensagens e comentários recebidos, e protocolaram um pedido de abertura de inquérito na PF para identificar os autores das publicações. A PF ainda não se manifestou.

Em nota, a parlamentar afirmou que parte da extrema-direita “não se conforma com a propagação da verdade” e apela para intimidações. “Não recuarei. Estou, junto de meus advogados e equipe de segurança, tomando as medidas cabíveis pra responsabilizar quem comete crimes, mas acima de tudo, não podemos perder o foco, que é espalhar a verdade sobre os fatos, combater a desinformação daqueles que querem sequestrar, fazer refém e destruir a democracia, o livre debate público, a divergência de ideias, que é completamente diferente da mentira, do ódio, das ameaças”, destacou.

O vídeo publicado neste sábado tem cerca de quatro minutos de duração e uma estética semelhante a da publicação feita por Nikolas na última terça-feira (14), na qual ele criticou a medida do governo Lula e semeou uma dúvida: ele reconhece que a medida não infere em taxação, mas dá a entender que as pessoas podem vir a ser tributadas eventualmente. O post viralizou, com mais de 800 mil visualizações, e fez com que o deputado ultrapassasse o presidente em número de seguidores. No dia seguinte, o governo federal recuou e revogou a norma da Receita Federal sobre movimentações financeiras.

Hilton fez um vídeo parecido com o do colega da Câmara dos Deputados, também em um fundo neutro, mas dizendo que Lula “nunca defendeu a taxação do Pix” e que a população “está sendo enganada” pela extrema-direita, sem citar nominalmente o deputado.

— Muito pelo contrário, quem sempre defendeu a taxação do Pix foi o ex-ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes. Lula propôs algo que já existe. Hoje já se passa a receita federal a informação de movimentações a partir de R$ 2 mil, o governo queria era aumentar para R$ 5 mil na tentativa de constranger e coibir criminosos — diz Erika Hilton na publicação.

Do jornal O Globo.

Os impactos das fortes chuvas no litoral catarinense foram amenizados pela situação climática deste sábado (18), que é de sol em boa parte do território, segundo a Secretaria de Estado de Comunicação.

Apesar disso, há indicação de mais chuva no estado, no fim de semana. “A instabilidade volta a ganhar força, com pancadas de chuva, temporais isolados, raios, rajadas de vento e eventual granizo, especialmente nas regiões do litoral e áreas adjacentes.”

A chegada de uma frente fria é esperada para amanhã (19) e segunda-feira (20), acompanhada de temporais intensos. “O risco de danos estruturais por alagamentos, enxurradas, entre outros, é elevado”, informa nota publicada pelo governo.

Desabrigados

De acordo com a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil há cerca de 320 desabrigados, 995 desalojados. A pasta permanece com o monitoramento do clima e com assistência à população atingida.

“Até o momento, 13 municípios decretaram situação de emergência, devido aos alagamentos, deslizamentos e danos à infraestrutura. De acordo com a previsão da Defesa Civil, novos temporais devem atingir o Litoral no fim de semana”, diz a nota.

Municípios atingidos

As cidades que decretaram emergência são Camboriú, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José, Palhoça, Governador Celso Ramos, Itapema, São Pedro de Alcântara e Gaspar. Segundo a secretaria, Biguaçu registrou um dos maiores volumes de precipitação, com 434,8 mm de chuva em 48 horas, seguido por Florianópolis (375,6 mm) e São José (357,1 mm)”, completou.

Moradores e comerciantes dos municípios atendidos estão recebendo ajuda humanitária por equipes da Defesa Civil. “Até o momento, Biguaçu, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Tijucas e Balneário Camboriú já receberam apoio emergencial. Entre os itens distribuídos estão água potável, cestas básicas, kits de limpeza e higiene pessoal e colchões. Além disso, abrigos foram disponibilizados para a população desalojada.

Bombeiros

Ainda que a situação deste sábado tenha amenizado os impactos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) reforçou o alerta da Defesa Civil sobre os riscos de deslizamentos na Grande Florianópolis e no litoral norte. O motivo é a saturação do solo, combinada com a previsão de novas chuvas nos próximos dias, o que eleva significativamente o risco de deslizamentos. Como o solo permanece encharcado e sem tempo suficiente para absorver e escoar a água, a corporação orienta a população de áreas de risco a permanecer em alerta.

A recomendação aos que vivem em encostas ou áreas já afetadas pelas chuvas é ficar atenta aos sinais de perigo, como trincas no solo ou movimentação de terra. Se houver qualquer indício de risco, é fundamental buscar imediatamente um local seguro.

Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) chamou atenção para os perigos de contato com a água contaminada em áreas que sofreram alagamentos, para evitar doenças.

Conforme o superintendente de vigilância em saúde da SES, Fábio Gaudenzi, períodos de chuvas intensas com alagamentos são associados ao aumento nos casos de leptospirose e doenças diarreicas, sendo necessário tomar medidas preventivas.

Os sintomas iniciais da leptospirose, doença grave causada pela bactéria presente na urina de animais contaminados – como ratos, por exemplo – são febre alta, dor de cabeça, mal-estar e dores intensas no corpo, especialmente nas panturrilhas. “Em casos mais graves, podem ocorrer icterícia, dificuldade respiratória e sangramentos, que podem levar a óbito”, Os sintomas podem aparecer até 40 dias após o contato com a água, lama ou esgoto.

“Neste período, as pessoas devem se automonitorar, desencadeando qualquer sintoma como febre, dor no corpo, cansaço, procure um serviço de saúde e avise que teve contato com essa água porque você pode desenvolver a leptospirose”, completou Fábio.

A pasta recomendou ainda que em caso de mordedura, a pessoa deve entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox), pelo telefone 0800 643 5252. O serviço funciona 24h.

Do jornal O Dia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou neste sábado (18) que mantenha contato com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A declaração foi uma resposta às afirmações do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que disse em entrevista que os dois — Bolsonaro e Valdemar — “conversam muito”. Ambos são investigados e estão proibidos de se comunicar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar a obstrução das investigações sobre a tentativa de golpe, inquérito que tramita na Corte.

“[Jorginho Mello] deu uma escorregada. No momento da entrevista, ele disse que lamentou não poder falar com o Valdemar e disse que eu tenho conversado muito com o Valdemar. Então, não é verdade, foi um ato falho dele. Pelo que sei, ele fez uma nota no mesmo dia”, disse.

As declarações foram feitas na manhã deste sábado enquanto Bolsonaro acompanhava sua mulher, Michelle Bolsonaro (PL), no Aeroporto de Brasília. A ex-primeira-dama integra a comitiva que acompanhará a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para segunda-feira, em Washington.

Na última segunda-feira, 13, o governador de Santa Catarina afirmou em entrevista à Jovem Pan que Bolsonaro e Valdemar “conversam muito”.

“Nosso presidente Valdemar conversa muito com o presidente Bolsonaro, que é o presidente de honra, né? Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala, né? Para se ajudar ainda mais”, disse Jorginho Mello.

Após a entrevista, Moraes, relator do inquérito, determinou que a Polícia Federal tome o depoimento do governador em até 15 dias para apurar se Bolsonaro e Valdemar mantiveram contato recentemente.

Caso seja comprovada, a comunicação entre os dois configurará o descumprimento da medida cautelar imposta pelo ministro em fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama de golpe de Estado em 2022, após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais para Luiz Inácio Lula da Silva.

Do Estadão.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode se encontrar com a futura primeira-dama Melania Trump em Washington.

A CNN Brasil apurou que o entorno de ambas têm dialogado na tentativa de uma reunião durante as festividades da posse de Donald Trump.

Michelle embarcou ontem para a capital dos Estados Unidos. A expectativa é de que, ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ela participe da cerimônia no Capitólio.

Eduardo também é esperado em evento no domingo (19), chamado de o comício da vitória, e de um dos bailes na noite de segunda-feira (20).

Segundo deputados bolsonaristas, que também viajaram para Washington, a expectativa é de que na terça-feira (21), Eduardo faça a mediação de uma ligação entre Trump e Bolsonaro.

O ex-presidente brasileiro foi impedido de viajar aos Estados Unidos por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro criticou a decisão e disse ter ficado chateado por não poder participar da posse de Trump.

Da CNN.

Do Estadão

O presidente Lula da Silva está atordoado após o vexame que foi sua reação amadora ao já famoso vídeo no qual o deputado oposicionista Nikolas Ferreira (PL-MG) levanta suspeitas de que uma instrução normativa da Receita que previa o monitoramento de operações via Pix seria o primeiro passo para cobrar mais impostos. Incapaz de fazer vingar sua versão dos fatos, Lula mandou criminalizar o discurso da oposição, numa clara demonstração de que seu compromisso de defender a democracia – com o qual se elegeu presidente na disputa contra Jair Bolsonaro – nunca foi realmente sério.

Já era previsível a mobilização de partidos e entidades esquerdistas para acionar a Justiça contra os opositores que estão fazendo o governo de gato e sapato nas redes sociais, mas, na prática, o efeito disso é limitado e provavelmente ficará apenas no terreno do ridículo. Por outro lado, a contraofensiva oficial determinada por um presidente da República humilhado mostra que Lula está disposto a usar a força colossal do Estado contra cidadãos que ousam criticá-lo ou levantar dúvidas sobre suas reais intenções, algo que é intrínseco à política. É evidente que isso contraria os fundamentos da democracia e do Estado de Direito.

O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o grupo de advogados Prerrogativas anunciaram representações ao Conselho de Ética da Câmara e à Procuradoria-Geral da República contra o deputado Nikolas Ferreira, acusando-o, entre outras coisas, de “estelionato” e “crime contra a economia popular”. Qualquer um de boa-fé que tenha assistido ao vídeo do parlamentar sabe que ali não houve nada disso. E ainda que houvesse, mentir na política não é crime, assim como é lícito em uma democracia desqualificar medidas governamentais, ao contrário do que alguns querem fazer parecer. Mas aqui ao menos estamos apenas no terreno do pitoresco.

Tudo fica mais sério quando, por ordem direta do Palácio do Planalto, a Advocacia-Geral da União (AGU) aciona a Polícia Federal (PF) para que seja aberto um inquérito policial a fim de investigar a disseminação de “fake news” sobre o Pix, notadamente sobre a suposta taxação do serviço. A tática é manjada: o governo Lula estigmatiza como “fake news” tudo o que lhe desagrada como forma de cerceamento do livre exercício da crítica. Não custa reiterar: espalhar mentiras ou, vá lá, “desinformação” não é crime, salvo em raras exceções tipificadas no Código Penal – apologia ou incitação ao crime, manifestações racistas, crimes contra a honra, contra a saúde pública e fraudes processuais, entre outras. Nada disso se aplica a este caso.

Portanto, não há qualquer justificativa republicana, quiçá jurídica, para a intervenção de um órgão de Estado como a AGU em socorro de um governo zonzo em meio a uma batalha eminentemente política. Donde se pode concluir que a ordem de Lula para que a AGU envolva a PF no caso do Pix não se presta a outra coisa senão a intimidar opositores, que, a depender do desdobramento do caso, pensarão dez vezes antes de criticar publicamente uma medida do governo.

A ameaça de Lula não poderia ser mais clara: se até um parlamentar como Nikolas Ferreira, o deputado mais votado nas eleições de 2022, pode ser acionado na Justiça pelo que fala contra o governo, malgrado estar amparado pela imunidade parlamentar assegurada pela Constituição, o que pode acontecer com um cidadão que não tem as mesmas prerrogativas?

Na petição à PF, a AGU argumenta que “os resultados negativos da ampla disseminação de desinformações sobre o Pix já estão sendo sentidos com a maior queda de número de transações desde a implementação do sistema, após desinformação sobre sua taxação, conforme dados do Banco Central”. E daí? Se o número de movimentações financeiras via Pix caiu, isso se deve não à eventual prática de crimes, mas à inépcia de um governo em descrédito.

Se Lula é incapaz de defender no campo da comunicação uma medida correta de seu governo, não será acossando adversários na Justiça que vai resgatar a confiança dos brasileiros.

Ao menos 70 pessoas morreram na manhã de ontem no centro da Nigéria com a explosão de um caminhão-tanque que capotou. Uma multidão se reuniu ao redor do veículo para coletar combustível, informou a Agência Nacional de Segurança Rodoviária.

“O número de mortos agora subiu para 70”, disse à AFP por telefone Kumar Tsukwam, diretor do Corpo Federal de Segurança Rodoviária (FRSC) no estado de Níger.

No sábado, por volta das 6h (horário de Brasília), o caminhão-tanque que transportava 60 mil litros de gasolina se envolveu em um acidente no “cruzamento de Dikko” na rodovia que liga a capital federal, Abuja, à cidade de Kaduna, de acordo com a mesma fonte.

A crise econômica que assola a Nigéria há um ano e meio colocou muitos nigerianos em condições precárias, principalmente devido ao aumento dos preços da gasolina. A disparada — de mais de 400% — aconteceu após a decisão do presidente Bola Tinubu de retirar um subsídio de décadas, quando chegou ao poder em maio de 2023.

O comandante de setor dos Corpos para o Estado de Niger, Kumar Tsukwam, disse, à Reuters, que a maioria das vítimas era de moradores locais pobres que correram para o caminhão para recolher a gasolina derramada após o capotamento. A explosão do veículo, segundo ele, além de deixar mortos e feridos, ainda atingiu outro caminhão-tanque.

Algumas pessoas não hesitam em arriscar suas vidas para recuperar o combustível, cujo preço aumentou cinco vezes em 18 meses.

Em outubro, mais de 170 pessoas morreram da mesma forma no estado de Jigawa, no norte do país mais populoso da África.

O porta-voz do governador do estado do Níger, Bologi Ibrahim, destacou a importância da população priorizar a segurança quando houver acidentes com caminhões-tanque carregados de gasolina.

Do jornal O Globo.

De volta ao meu torrão natal Afogados da Ingazeira, para participar logo mais, a partir das 18h30, de uma noite de premiação de personalidades da região, prefeitos e vereadores eleitos no pleito do ano passado, promoção do site Mais Pajeú, encontrei a região completamente transformada pelo poder milagroso das chuvas.

De ontem para hoje, choveu bastante, amenizando o calor. O cenário cinzento da seca deu lugar a um verde estampado de canto a canto. Sinal de que o ciclo do inverno chegou para valer, garantindo uma boa safra de milho e feijão.

A noite de premiações, uma tradição do site Mais Pajeú, será na casa de eventos Kabbana Recepções, que conta com uma bela estrutura. Vim prestigiar meu amigo Romero Moraes, editor do site, que me pediu para fazer uma rápida fala sobre o cenário político nacional e estadual.

Na primeira parte do evento, segundo ele, haverá a entrega de troféus aos Destaques do Ano de 2024, incluindo empresas e profissionais, escolhidos em votação pelo Instagram. Na sequência, os prefeitos e vereadores eleitos serão homenageados na chamada Festa dos Eleitos.

A apresentação será dos comunicadores Nill Júnior e Michelle Martins. A festa terá ainda as apresentações especiais de Matheus Max e Rubem Pereira. Haverá live, stories, ambientes instagramáveis, serviço de fotografia, entrega de troféus e um jantar.

Por J. R. Guzzo

Colunista do Estadão

O governo Lula pede ao público pagante que acredite na seguinte história que está contando – ou que tentou contar. A Receita Federal soltou uma ordem exigindo informações sobre o uso do seu Pix, mas nunca, em tempo algum, teve nenhuma intenção de cobrar um real a mais no imposto de renda que você paga. Foi tudo uma fake news da extrema direita para sabotar a ordem econômica.

Alguém já viu a Receita soltar uma portaria, uma única que fosse, para cobrar mais imposto? Alguém já viu o presidente Lula contar uma mentira, também uma única que fosse, ou dizer uma coisa e fazer outra? Ou seja: por que o medo?

Diante da vida pregressa que o governo tem em matéria de mentira e de verdade, já seria um milagre que a população acreditasse nas negativas coléricas sobre a cobrança de mais imposto. “Toca a Polícia Federal em cima deles”, exigiam as autoridades. “Chama a PGR. Chama a AGU. Chama o Xandão”. Vai daí o próprio governo, em pânico diante da reação indignada do público, anulou a portaria que tinha acabado de soltar. Mas se a revolta que explodiu nas redes sociais era fruto de fake news, e a decisão não tinha nada de errado, por que raios a portaria foi revogada?

É, mais uma vez, o governo sendo pego em flagrante delito – e voltando atrás quando é descoberto. Ficaram todos revoltados com as redes, mas o problema não tem absolutamente nada a ver com redes, “discurso do ódio” e outras criações do seu estoque de mulas-sem-cabeça. Tem a ver unicamente com a morte e o enterro de qualquer credibilidade que o poder público possa ter no Brasil de hoje. Ninguém acredita mais em Lula, Janja, Haddad etc., nem leva a sério nada que venha do governo – é esse o drama.

Lula já disse que a picanha estava, sim, caindo de preço, que não haveria impostos nas “blusinhas” e que “ninguém” tem mais “responsabilidade fiscal” do que ele. Já prometeu arroz do governo a preço de liquidação. Já anunciou que “agora” chegou o momento da “colheita” – como assim, se não plantou nada? A questão, à essa altura, se reduz a uma pergunta só: qual a razão objetiva para uma pessoa normal acreditar em qualquer coisa que o presidente diga, ou que o governo anuncie?

A única fake news legítima nessa história do Pix, na verdade, foi produzida pelo próprio governo, com a gritaria histérica contra as redes. É como se fossem elas, e não a máquina estatal, que tivessem escrito a ordem idiota – tão idiota que eles mesmos tiveram de revogar. Pior que o soneto parece ser a emenda. O nível desesperadamente baixo da linguagem do novo Ministério da Comunicação em sua tentativa de reagir ao desastre só mostra que eles continuam sem entender nada.