O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou neste sábado (26), durante entrevista à imprensa, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) antes da participação no evento do PT, que o anúncio do secretariado está confirmado para 15 de dezembro. Na ocasião, Jerônimo também falou sobre a proposta da reforma administrativa, que promete oxigenar governo
“Dia 15 está mantido. É natural que neste momento, as expectativas acabem tensionando o lado da imprensa, os partidos políticos, faz parte da política. Estou muito tranquilo sobre isso, estou construindo isso com muita tranquilidade, ouvindo e sentindo, e ainda me dedicando muito ao que há de fazer, a reforma administrativa”, apontou.
Segundo o petista, já existem alguns nomes definidos para o secretariado. No entanto, ele ressaltou que vai aguardar para fazer o anúncio, para que não haja antecipações e que não atrapalhe a construção. As informações são do Portal M!.
Leia mais“Tem sim, mas vou aguardar para que não haja antecipação e não atrapalhe a construção. Tenho ouvido Rui, Wagner, Otto Alencar, Geraldinho, ouvindo os partidos, na concepção para tirarmos os nomes já já”.
O governador eleito também afirmou que, para assumir a condição de secretário, os cotados devem se empenhar. “Tenho dito que, para ser colega meu, nas condições de secretários, colega de gestão, tem que dormir tarde, acordar cedo, ter humildade e sentir, naturalmente, aquilo que o povo sente, o sol no juízo, quando for preciso, a chuva, lama, poeira, para a gente continuar fazendo da Bahia, um estado inclusivo, e nós temos uma missão, que é o combate à fome, a geração de empregos, expectativa da juventude, para garantir que ela possa ficar na escola. O perfil é esse”, disse.
Renovação
Perguntado sobre uma eventual pressão pelo anúncio de determinados nomes, como o do coordenador de transição, Adolpho Loyola, Jerônimo minimizou e assegurou que quer promover uma renovação.
“A pressão não existe, estamos tranquilos do que estamos fazendo, e a pressão muito mais minha, por querer cobrar uma renovação. Eu tenho certeza que os partidos políticos vão compreender a necessidade, mesmo se fosse Rui, Wagner ou Otto, eles teriam que fazer uma reforma para dar um novo gás, um novo salto ao que precisa ser feito. Pressão não há, se houver é uma demanda aqui ou ali, mas a classe política baiana já compreendeu o que nós compactuamos”, observou.
Reforma administrativa
O petista também falou sobre a intenção de promover uma reforma administrativa e apontou não a mesma não será “revolucionária”, no sentido do seu tamanho, mas disse que será suficiente “para fazermos as mudanças no grupo, em um time que vem governando pelo quinto mandato precisa ter”.
Entre as mudanças que devem ser feitas, está o desmembramento da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS).
“Vamos precisar dividir porque existe a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social que é grande, então, estamos fazendo um exercício para ver se conseguimos juntar algumas funções com outras ou dividi-las, fazer duas ou três secretarias. Ontem, conversamos sobre isso durante todo o dia, hoje, a equipe ainda está trabalhando até o final do dia. Espero que segunda ou terça já tenhamos um cenário. A nossa expectativa é continuar fazendo aquilo que há de bom, que Wagner e Rui fizeram”, assegurou.
Brasília
Outro tema comentado por Jerônimo foram suas idas à Brasília. O petista disse que gostou do ambiente no Congresso Nacional, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.
“Primeiro, a receptividade da Bahia, o respeito, o acolhimento que o Brasil tem, e reconhece a forma que esse grupo tem. A receptividade do presidente do Senado, da Câmara, da bancada de deputados, o acolhimento foi muito”.
Outro cenário observado por Jerônimo foi a “tranquilidade”, que seria fruto da ausência do presidente Jair Bolsonaro (PL). “É claro que é um momento de PEC, de nomeações, mas havia tranquilidade sobre uma certa ausência do presidente, em não animar ou estimular as práticas nervosas e agitadas. Senti que a ausência dele, embora eu discorde em função das políticas públicas importante, mas nesse aspecto do trato ácido”.
Ele também afirmou que gostou dos contatos que teve com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive no período em que Lula descansou em Salvador, após o resultado do segundo turno das eleições.
“Gostei dos contatos com Lula, quando ele esteve na Bahia descansando pudemos conversar com ele. A sensatez dele, a força que ele demonstra ter. Essa semana, por conta da saúde dele, a equipe médica pediu que ele se resguardasse, é importante isso, tê-lo forte. Espero que Lula possa retomar, cuidar do ambiente de transição e entrar no dia 1º com o papel de cuidar do Brasil”.
Covid
O governador eleito também afirmou estar preocupado diante dos aumentos dos casos de Covid, e criticou o governo Bolsonaro pelo atraso na disponibilização das vacinas bivalentes, que possuem maior efeito sobre as variantes, como a Ômicron.
“Tem causado preocupação. Agora o presidente sumiu de vez, impressionante como a democracia não tem valor para esse povo, não tem sentido. Na responsabilidade da democracia, o mandato do atual presidente vai até dia 31 de dezembro, se ele não gosta de perder, se não gosta da democracia, deveria delegar alguém para cuidar disso. Novamente, podíamos já estar com a vacina da nova variante, e a gente poder ir vacinando com comorbidades, não aguardar. Mesmo que a pandemia não retorne àquele patamar, já temos gente morrendo, adoecendo, internada e o papel do estado é se antecipar a isso”.
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