Na última terça-feira (17), durante realização da reunião plenária da Câmara de Engenharia Mecânica do Crea-PE, um dos conselheiros questionou o contrato de locação do espaço onde funciona a sede da Inspetoria Regional do Crea-PE, no Vitória Shopping, em Vitória de Santo Antão.
O contrato, assinado na véspera do presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, se licenciar do cargo para concorrer à reeleição do Conselho de Engenharia e Agronomia, levanta suspeita devido à antecipação com dispensa de licitação do pagamento de R$448 mil, do valor global de R$705 mil que deveria ser pago de forma dividida pelos próximos cinco anos.
Leia mais“Solicitei uma Comunicação Interna (CI) cobrando da presidência do Crea-PE informações sobre essa antecipação de 60% do valor global do aluguel, que segundo consta no próprio contrato, seria de R$11,7 mil mensal. Queremos entender qual a justificativa legal para essa antecipação de quase 60% do valor total do contrato, uma vez que no próprio afirma que o pagamento seria mensal”, explica o engenheiro Cássio Victor.
Segundo ele, tal contrato sequer chegou ao conhecimento dos conselheiros que compõem a Câmara, formada por profissionais de diversas modalidades da engenharia pernambucana, nem tão pouco foi aprovado na plenária do Crea-PE.
“Vamos aguardar a resposta aos questionamentos feitos que nos faça entender como um contrato que teria um valor global de R$705 mil, já foi pago R$448 mil de forma antecipada. Caso a resposta não seja satisfatória, vamos abrir uma denúncia junto ao Ministério Público de Pernambuco para que a gestão licenciada e a atual seja investigada pela prática de improbidade administrativa”, adianta o conselheiro.
Vale lembrar que apesar de ser um Conselho privado, o Crea-PE é regido por leis federais, logo, qualquer indício de improbidade administrativa, assim como de infração às normas que regem a Lei de Responsabilidade Fiscal, podem ser investigados pelos órgãos de controle de contas. Clique aqui e confira o documento na íntegra.
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