O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou, hoje, a plataforma do Desenrola Brasil para renegociar dívidas de pessoas que recebem até 2 salários mínimos. O programa está na 2ª etapa de renegociação de dívidas bancárias e não bancárias. Serão analisados os contratos de pessoas com renda de até 2 salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) do governo.
A prestação mínima das dívidas é de R$ 50, segundo Haddad. O ministro disse que todos os credores e as empresas de proteção de crédito vão entrar em contato com os brasileiros endividados. “O programa pode atingir 32 milhões de CPFs, sendo que 21 milhões se enquadram na faixa 1, ou seja, até 2 salários mínimos e até R$ 5.000 de dívida”, declarou.
Leia maisOs brasileiros poderão pagar as pendências financeiras com descontos, seja para os bancos ou outras dívidas, como contas de água, luz, gás, lojas do varejo e outros. As dívidas de até R$ 5.000 poderão ser renegociadas à vista ou parceladas em até 60 vezes. Os juros são de até 1,99% ao mês. Para garantia de pagamento, o governo federal terá o FGO (Fundo de Garantia de Operações) no valor de R$ 8 bilhões. O Desenrola Brasil deverá ficar vigente até o fim de 2023.
O ministro declarou que espera um final de ano “um pouquinho mais folgado” para os brasileiros com as dívidas resolvidas. Ele afirmou que uma “quantidade de pessoas” tiveram as contas negativadas em função da pandemia de covid-19 e a falta de apoio governamental no governo anterior. Haddad disse que a pessoa tem que reconhecer a dívida e escolher quais irá pagar. “Ela não é obrigada a aceitar o pacote de dívidas que estão atribuídas àquele CPF”, disse.
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