Por Pedro Henrique Reynaldo*
Por razões diplomáticas o Brasil, assim como o Conselho de Segurança da ONU, não designa o Hamas como grupo terrorista.
Mas seus estatutos e práticas, desde a fundação, preconizam o aniquilamento do Estado de Israel e expulsão de todos os infiéis, ainda que árabes ou palestinos (não islâmicos), daquela terra sagrada. Atacando civis inocentes, assassinando mulheres, crianças e até bebês, tendo no terror seu principal meio de atuação política/religiosa.
Leia maisDentre as condutas mais covardes do Hamas está o uso de civis como “escudos humanos”, à medida que suas células principais estão escondidas na Faixa de Gaza. Tal prática é condenada pela Convenção de Genebra e configura crime de guerra.
Tenho afetuosa admiração pelo povo judeu e genuína empatia pelo povo árabe, assim como, do ponto de vista humanitário, não consigo distinguir palestinos de israelitas. Todos estão igualados no mesmo “vale de lágrimas” deste atual confronto.
Creio que não há outra forma de enfrentar definitivamente o Hamas, que não a via bélica, embora isso implique na ocupação da Faixa de Gaza. Nesse enfrentamento militar infelizmente ocorre perdas de vidas civis, assim como em toda guerra, o que é lamentável.
Contudo, não consigo assimilar como alguns ainda insistem em equiparar as ações do Hamas à dura resposta de Israel. Gostaria que essas pessoas refletissem e compreendessem que há sim uma real diferença entre o terrorismo e a guerra. Entre o assassinato frio de jovens, mulheres, crianças e bebês e uma ação militar em território de guerra.
Rezo por todas as vítimas desse infeliz confronto, seus amigos e parentes e creio que só haverá paz no mundo quando houver o fim do terrorismo, mas infelizmente esta atuação ainda encontra muitos apoiadores camuflados de vanguardistas ou mesmo humanistas. Inocentes úteis que servem de fantoches na complexa relação da política externa das potências mundiais.
*Advogado, sócio-fundador do PHR-Soluções Jurídicas e ex-presidente da OAB-PE.
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