Governo Lula despreza a educação de base, afirma o ex-ministro Cristovam Buarque

Ministro da Educação no primeiro mandato de Lula, o ex-senador Cristovam Buarque, do DF, que deixou a pasta em 2024, poucos meses depois de ser escolhido, ainda tem uma postura crítica em relação ao modelo de educação de Lula em seu terceiro mandato. “Eu vejo o governo Lula muito preocupado com o ensino superior, mas pouco preocupado com a educação de base”, diz ele, nesta entrevista exclusiva à Folha. Ele veio ao Recife para lançar, hoje, a partir das 18 horas, no Furdunço Café e Cultura, na Tamarineira, o seu novo livro “Jogados ao mar”, que provoca um novo debate sobre a educação no País.

Que mensagem traz seu novo livro na temática da educação?

Com o tempo que tenho, agora como professor aposentado da UNB (Universidade de Brasília), voltei a escrever ficção. Escrevi esse romance que é meio policial, mas não deixo de explorar o lado educacional. É a história de meninos jogados ao mar. “Jogados ao Mar” é deixar a escola antes da educação de base, antes de concluir um ensino médio de qualidade. Então, o livro é a história de um jornalista do Correio Braziliense querendo descobrir por que tem crianças desaparecendo. Algumas indo embora da cidade. Outras que ficam na cidade, mas não estudam mais. São os jogados ao mar, essa é a história do livro.

Então é uma ficção e realidade ao mesmo tempo?

Tanto ficção como realidade, que, na capa, tem escrito ficção. O editor insistiu em colocar essa palavra porque eu sou mais visto como autor de ensaios, de textos de economia, de política. E eu disse “tudo bem, você coloca ficção, mas no lugar do ‘i’, de ficção, você coloca um ponto de interrogação, para ficar a dúvida. É ficção ou não é ficção?”. É ficção, os personagens são criados, mas é óbvio que estou escrevendo ali um retrato da realidade brasileira em que 50% apenas das crianças, jovens e adolescentes terminam o ensino médio. E desses, metade, no máximo, termina o ensino médio com a competência que se exige hoje para uma vida no mundo moderno. Também é uma ficção, mas totalmente baseada na realidade.

Melhorou a educação no Brasil desde que o senhor foi ministro para cá?

Melhorou desde muito antes e vem melhorando. Mas vem melhorando numa velocidade que nos abandona. Quando você está num mundo que muda, se você muda pouco, fica para trás. No final dos anos 80, por exemplo, quando vem a redemocratização, o Brasil tinha entre 20 e 30% das crianças fora da escola, sem matrícula nenhuma. Hoje, quase todas estão matriculadas. A gente pode dizer que tem 2% das crianças que nunca se matricularam. Então, 98% é um avanço. Só que matrícula não significa frequência. A criança se matricula, mas não vai. Frequência não significa assistência. A criança vai e, depois da merenda, vai para casa. Assistência não significa permanência. A criança assiste um ano, dois, três, mas abandona. Permanência não significa aprendizado. E ainda mais: aprendizado não significa que é o que se necessita hoje para ter um mapa que lhe permita caminhar na vida. O que exige um ofício, por exemplo.

O que exige mais?

Exige saber muito bem o português e até um idioma estrangeiro, saber e entender as coisas do mundo. Isso, hoje, são poucos os que estão conseguindo. E os que estão conseguindo, em geral, são os que pertencem a uma classe que pode pagar uma escola boa ou aqueles que têm a sorte de entrar numa escola federal, pública, que são boas. Ou aqui e ali tem uma escola pública municipal ou estadual boa também. Mas a grande maioria tem escolas ruins. E, além disso, mesmo que esteja em uma escola municipal ou estadual boa, de vez em quando, no meio do ano, vem uma greve de um mês, até de dois meses.

As greves atrapalham muito?

Não tem escola boa com greve. A escola que tem greve não é boa, por melhor que ela seja, porque o aluno perde a motivação e deixa de aprender o que ele precisa na hora certa. Melhorou? Melhorou. Mas estamos melhores? Estamos comparando com antes. Mas não estamos melhores comparando com os outros países. Não estamos melhores comparando com o que hoje é preciso. Só para dar um exemplo e terminar: quando eu era menino, jovem, aqui em Recife, tinha muitos restaurantes bons com cozinheiros que não sabiam ler, analfabetos. Não havia a menor exigência. Hoje, os restaurantes bons estão exigindo que fale francês, que saiba ler uma receita em inglês. Melhoramos ficando para trás e isso vai impedir o Brasil de progredir como nós precisamos.

Em relação ao Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), como o senhor viu o avanço do Ceará?

A gente deve se orgulhar. Aqui em Pernambuco e em Alagoas também tem boas escolas. Mas é se orgulhar comparando com o resto do Brasil. Nós demonstramos que aqui nós podemos fazer melhor que o resto do Brasil, mas não dá para se orgulhar se a gente compara este êxito nordestino com os países que têm realmente boa educação. Eu costumo dizer que não quero comparar o que nós somos hoje com o que nós éramos, mas com o que os outros bons países são.

Como assim?

Traçando um paralelo, eu estava assistindo essas olimpíadas de vez em quando, e lembro que, quando terminou o jogo do futebol feminino, nossas jogadoras tiraram o segundo lugar, ganharam medalhas de prata e choraram. Elas choraram porque não foram campeãs. Nós não choramos porque estamos entre os últimos em educação. Até que estamos “menos últimos” do que antes. Então, dá para dizer, ótimo, a gente tem que se orgulhar – mas não dá para comemorar. A gente só pode comemorar quando está saudável. Quando a temperatura de um doente diminui um pouquinho, baixa de 40ºC para 39ºC, você tem que ficar contente, mas tem que comemorar mesmo quando chega a 37ºC, 36ºC. Nossa educação está muito ruim, apesar de aqui e ali estar mostrando que alguns estão melhorando.

Mas o Ceará dá uma demonstração de avanço…

Tudo bem, melhorou ali no Ceará, em Pernambuco, em uma ou outra escola. A pergunta é a seguinte: como é que a gente leva isso para o Brasil inteiro? Vai esperar que surjam prefeitos nas outras quase seis mil cidades e que eles sejam substituídos por outros prefeitos que também queiram investir em educação? Não dá para esperar. Por isso, a sugestão que eu defendo, a proposta que eu tenho é que o Brasil precisa ter uma estratégia para federalizar a educação de base.

Como seria isso?

O governo federal assumindo as cidades que não têm condições de dar uma boa educação para suas crianças. As escolas federais, como aqui mesmo, em Pernambuco, o Colégio de Aplicação, o Colégio Pedro II, as escolas técnicas são escolas boas. Por que não fazer todas assim? Não dá para fazer de um dia para o outro, nem de um ano para o outro, mas o Brasil poderia ter uma estratégia pela qual o governo federal fosse adotando por cidade, não por escola, individualmente, a educação das nossas crianças. Em um prazo de dez, quinze, vinte anos, até mais um pouco, talvez, teríamos um sistema federal com a mesma qualidade para todos os alunos, independente da renda da família e do interesse da criança.

O senhor aponta isso nesse livro?

No livro, quis ficar com a qualidade da ficção. Eu me policiei para não parecer um panfleto com minhas ideias. Mesmo assim, eu vi uma resenha um dia desses de alguém dizendo que tinha algo de panfletário. Mas eu tenho escrito muito isso. Especialmente, um artigo que eu fiz na Veja, onde publico a cada quinze dias, cujo título é “As Cefes do Lula”. Cefes seriam Cidades com Educação Federal. É o que eu defendo para substituir os Cieps (Centros Integrados de Educação Pública) do Brizola e os Ciacs (Centros Integrados de Atendimento à Criança) do Collor. Collor fez diversas escolas federais, espalhou pelo Brasil. Mas eu acho que o erro dos Cieps e dos Ciacs foi fazer por escola.

Tinha que fazer como?

Tinha que fazer por cidade. Todas as escolas de uma cidade seriam federais. Obviamente, isso tem que começar pelas pequenas. E que a cidade queira, não pode ser uma intervenção imposta pelo governo federal. Agora mesmo aqui, nós estamos todos falando do tal “Enem dos concursos públicos”. Por que a gente não faz um “Enem de professores?” Eu me orgulho de que a lei do piso salarial dos professores é minha, como senador. Então nós definimos um piso nacional do salário do professor, mas não definimos ainda um piso de conhecimento nacional.

Cada município faria o seu concurso?

Isso mesmo, cada município faz o seu concurso. O que eu defendo, antes de haver uma carreira federal, como tem nas universidades, é que o governo federal faça um concurso nacional para escolher quem tem as mínimas condições para ser professor. Quando o município abrir um concurso para professor, o candidato para se inscrever tem que levar esse certificado. Quando fui ministro, criei um programa chamado “Certificado Federal”. Não era como eu estou dizendo, um concurso preliminar. A ideia era uma avaliação de todos os professores municipais e estaduais. Com esse certificado, ele receberia uma gratificação adicional paga pelo governo federal. Esse daí foi difícil conseguir aprovar. Os sindicatos foram contra. Mesmo assim, a gente aprovou, porque os professores ganhariam uma gratificação, quem é que não quer? Mesmo que condicionada a um concurso, uma seleção, uma avaliação.

Foi aprovado, mas o senhor ficou pouco tempo no MEC…

Meses. Então, logo que eu saí, o ministro que assumiu, pressionado pelos sindicatos, suspendeu isso. Aí parou, faz vinte anos. Foi uma pena que o Brasil não tenha adotado, já naquela época, isso. Talvez o Lula se anime, como ele se animou para trazer de volta um programa que foi do meu governo no Distrito Federal e que eu propus à Casa Civil do governo dele quando eu era ministro, esse que agora estão chamando de “Pé-de-Meia”.

O senhor criou quando governador do DF?

Esse programa eu que criei no DF, eu quis implantar no Brasil inteiro com o nome de “Poupança Escola”, esse era o nome que nós tínhamos. Agora voltou como “Pé-de-Meia”, que eu acho um nome ruim porque tira o foco da educação e coloca o foco na poupança. Mesmo assim, foi bom que ele trouxesse de volta. O Lula poderia criar um certificado como já tinha em 2003, no primeiro governo dele, e poderia fazer o tal do concurso nacional para definição do piso mínimo de conhecimento de cada professor. Ainda teria tempo de ele fazer isso, mas eu não vejo interesse. Eu vejo o governo Lula muito preocupado com o ensino superior, mas pouco preocupado com a educação de base.

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PL dá prazo até hoje para Hugo Motta pautar anistia e ameaça travar Câmara

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

O líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, o deputado federal Sóstenes Cavalcante, afirmou que a legenda bolsonarista estabeleceu um prazo que se esgota no dia de hoje (24) para que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), coloque em pauta o projeto de lei da anistia. O parlamentar foi o convidado de ontem do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog.

Durante a entrevista, Sóstenes Cavalcante afirmou que o PL foi o primeiro partido a colaborar com Hugo Motta para que ele fosse eleito presidente da Câmara, porque havia o acordo para que as demandas da sigla fossem atendidas. No entanto, caso a proposta de anistia não seja pautada, a legenda pode entender que está sendo desprestigiada e acabar travando os trabalhos da Casa.

O deputado ressaltou que o PL é o maior partido da Câmara e enfatizou: “política se faz com palavra”, reforçando o compromisso que teria sido assumido por Hugo Motta. “Este ano, até que as comissões fossem instaladas, não exigimos pauta nenhuma do presidente. Uma vez as comissões instaladas, as pautas passaram a não ser mais consensuais e, sim, de interesses partidários ou do governo”, afirmou Cavalcante.

O líder do PL fez questão de destacar algumas vezes a boa relação com Motta e frisou que confia no presidente, mas, em outras palavras, alertou que a paciência está se esgotando. “Tudo na vida tem limite, e na política também. O limite do PL é amanhã (hoje). Ou ele pauta e respeita a maioria da Casa, ou nós, do PL, estamos entendendo que ele está nos desprestigiando e rompendo acordos prévios feitos para ele sentar na cadeira de presidente”, disparou o deputado.

Questionado sobre o que acontecerá caso Motta não coloque a anistia na pauta, Sóstenes Cavalcante ameaçou obstruir a Câmara e usar os orçamentos das comissões em favor apenas daqueles que votaram a favor da urgência do requerimento. O Partido Liberal preside cinco comissões na Câmara (Agricultura, Relações Exteriores, Saúde, Segurança Pública e Turismo), sendo que três delas têm orçamento.

De acordo com Cavalcante, o acordo com Hugo Motta é de que 70% das emendas dessas comissões fiquem sob o comando do presidente para atender outros partidos e 30% sob o comando do PL para dividir entre a bancada. “Se ele descumpre o acordo conosco (ignorando as demandas do PL), automaticamente nós podemos pegar esse orçamento e atender só quem assinou o regime de urgência, por exemplo. Eu não quero fazer isso. Mas é este o tipo de jogo, de relacionamento que nós vamos estabelecer?”, questionou o líder do PL.

Sobrou até para Alexandre de Moraes Na opinião de Sóstenes Cavalcante, Hugo Motta ainda não colocou o projeto da anistia na pauta da Câmara porque teme ser retaliado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar utilizou palavras duras contra o ministro Alexandre de Moraes. “Quando você não é um aliado do STF, ele retalia. No fundo, ele (Motta) tem medo de uma grande chantagem, porque alguns ministros do STF são chantagistas. Alexandre de Moraes é um ministro que não julga com justiça, julga com ódio e, às vezes, exagera nas suas decisões, tem perseguido politicamente, sim, por questões pessoais”, enfatizou.

CPI do INSS Durante o podcast Direto de Brasília, Sóstenes Cavalcante anunciou em primeira mão ao titular deste blog que o Partido Liberal pretende instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para investigar as irregularidades no INSS. O presidente Lula (PT) demitiu, ontem (23), o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, após uma operação da Polícia Federal revelar um esquema bilionário de fraude contra aposentados e pensionistas. “Doa a quem doer, seja quem for que roubou esses bilhões dos aposentados e pensionistas do Brasil, nós vamos pra cima com a CPI”, afirmou Sóstenes Cavalcante.

Carlos Lupi assume indicação O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que é presidente nacional do PDT, declarou que a indicação de Alessandro Stefanutto para o INSS foi de sua “inteira responsabilidade”. “A indicação do Stefanutto é da minha inteira responsabilidade. Doutor Stefanutto é um servidor que — até o presente momento — me tem dado todas as demonstrações de ser exemplar. Fez parte do grupo de transição, vamos agora aguardar o processo que corre sob segredo de Justiça”, disse Lupi.

Jarbinhas avisa que vem O deputado estadual Jarbas Filho confirmou, ontem, que aceitou a indicação para disputar a presidência do MDB em Pernambuco. Em nota, ele afirmou estar motivado pela responsabilidade de reconstruir e fortalecer o partido no Estado. Filho do ex-senador Jarbas Vasconcelos, uma das principais lideranças históricas da sigla, o parlamentar disse contar com o apoio da maioria dos prefeitos emedebistas e de lideranças de várias regiões. “Tenho plena convicção da legitimidade que carrego ao assumir esse desafio”, destacou.

Silvinho em missão Em Amsterdã, na Holanda, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), ao lado do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontrou, na manhã de ontem, com representantes das empresas Tec Tunnel e Immontec, ambas do setor portuário, para apresentar um grande plano de investimentos para o setor portuário, a exemplo do projeto do Túnel Santos-Guarujá. A reunião faz parte de uma missão internacional para apresentar a carteira de investimentos em infraestrutura portuária e hidroviária a investidores internacionais.

CURTAS

João Campos e Romerinho – O prefeito João Campos e o vereador Romerinho Jatobá entregaram, ontem, mais uma obra de contenção de encostas no Recife, desta vez no Córrego do Joaquim, em Nova Descoberta. A intervenção, realizada por meio do Programa Parceria, contou com investimento de cerca de R$ 15 mil e protege duas famílias em uma área de 45 m².

Alepe em defesa das pescadoras A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente da Alepe, realiza, nesta quinta-feira (24), audiência pública sobre as condições de vida e trabalho das pescadoras artesanais. O momento é uma solicitação da Articulação de Pescadoras de Pernambuco e conta com a proposição das deputadas Dani Portela (PSOL) e Rosa Amorim (PT) e do deputado João Paulo (PT).

Polêmica em São Lourenço Os vereadores da Câmara Municipal de São Lourenço da Mata uniram-se em luto e protestaram contra a retirada do 20º Batalhão da Polícia Militar do município. A decisão da governadora Raquel Lyra (PSD) em transferir a sede do batalhão para Camaragibe, segundo eles, representa uma grave perda para a segurança pública local, motivando a união dos parlamentares em defesa da população.

Perguntar não ofende: o Governo Lula vai resistir a mais uma crise, desta vez no INSS?

Dulino Sistema de ensino

Por Heron Cid
Do MaisPB

O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, cobrou de Hugo Motta (Republicanos), nesta quarta-feira (23), o cumprimento de acordos firmados antes da sua eleição e deu “ultimato” para o presidente da Câmara pautar o projeto de anistia dos atos 8 de janeiro. “Tudo tem limite”, criticou Sóstenes, ao ser perguntado sobre o tema pelo jornalista Heron Cid, no Podcast Direto de Brasília, retransmitido ao vivo pelo Programa Hora H, da Rádio POP FM 89,3 e Rede Mais Rádios.

“O limite do PL é amanhã (quinta-feira), ou ele pauta porque tem a maioria da Casa, ou nós do PL estamos entendendo que ele está nos desprestigiando e rompendo acordos prévios feitos para ele sentar na cadeira de presidente”, alertou Sóstenes.

O PL lembrou que foi um dos primeiros partidos a declarar apoio à candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara, firmando um compromisso de governabilidade baseado na valorização das pautas da legenda.

“Nós fomos os primeiros aliados do presidente Hugo Motta na eleição. Nós somos o maior partido da Câmara dos Deputados. Política se faz com palavra. Agora, as pautas passaram a não ser mais consensuadas, e sim pautas de interesses partidários ou de governo. Ele já atendeu o governo em algumas, já atendeu num regime de urgência do Poder Judiciário”, reclamou.

O líder do PL também revelou os bastidores das negociações. Em um primeiro momento, o partido evitou fazer pressão direta, atendendo a um pedido do próprio Motta. Sóstenes afirmou que o partido partiu para uma articulação direta e obteve 264 assinaturas em apoio à anistia. Agora, a pressão é para que Hugo Motta leve o projeto ao plenário.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reuniram nesta quarta-feira (23), em Amsterdã, com representantes das empresas Tec Tunnel e Immontec para apresentar o plano de investimentos do setor portuário paulista, com destaque para o projeto do Túnel Santos-Guarujá. A missão internacional busca atrair aportes estrangeiros para obras estruturantes no país, como a que liga Santos a Guarujá, orçada em R$ 6 bilhões e considerada uma das principais intervenções do Novo PAC.

Durante o encontro, o ministro destacou a parceria entre os governos federal e estadual e defendeu a segurança jurídica e institucional do Brasil como atrativo para investidores. “Estamos muito confiantes de que vamos tirar essa obra do papel. Ela é sonhada há mais de 100 anos e vai impactar diretamente a mobilidade urbana e a infraestrutura do Porto de Santos”, afirmou. A obra, prevista para ser leiloada em 1º de agosto, contará com três faixas por sentido, além de acesso para pedestres, ciclistas e uma faixa exclusiva para o VLT.

Além do túnel, Costa Filho também apresentou a carteira hidroviária nacional e falou sobre a criação da Secretaria Nacional de Hidrovias e a previsão de R$ 10 bilhões em concessões no setor. O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, ressaltou o impacto regional do projeto e informou que o porto possui outros R$ 12,5 bilhões em investimentos previstos, incluindo o aprofundamento do canal de navegação. “Estamos impressionados com a tecnologia apresentada aqui. É dessa segurança operacional que precisamos”, declarou.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem José Ferreira da Silva, o Frei Chico, um dos irmãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como diretor vice-presidente, foi um dos alvos da operação deflagrada nesta quarta-feira (23) contra um esquema nacional de descontos associativos não autorizados.

O sindicato foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta quarta e foi descredenciado.

Em nota, o Sindnapi disse que a proteção dos direitos dos aposentados é uma prioridade fundamental para garantir uma sociedade mais justa e solidária. As informações são da CNN Brasil.

Segundo eles, quando surgem denúncias de descontos irregulares nos benefícios, é essencial que essas alegações sejam levadas a sério e investigadas de forma rigorosa.

Afirmaram ainda que uma investigação séria e transparente ajuda a identificar possíveis irregularidades e que o sindicato apoia a investigação das denúncias de irregularidades nos descontos em benefícios dos aposentados.

A operação deflagrada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) mirou, nesta quarta-feira (23), um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

No total, as entidades teriam cobrado de aposentados e pensionistas um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.

Até o momento seis servidores públicos foram afastados de suas funções. Além disso, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em outros 13 estados.

Dentre estes, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado também. Mais tarde, ele pediu demissão do cargo.

Caruaru - São João na Roça

Por Manoel Guimarães
Especial para o blog

O deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), ironizou a recusa de seu colega Pedro Lucas (União Brasil-AM) em assumir o Ministério das Comunicações do Governo Lula (PT). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, o parlamentar afirmou que a recusa escancarou a fraqueza do governo federal.

“Não é normal, eu nunca vi alguém ser anunciado como ministro, de um partido que se diz da base do governo, e dizer que não vai. Isso é um alerta. A decisão do líder do União Brasil, Pedro Lucas, merece o meu reconhecimento. Isso só tem um sinal: a barca desse desgoverno está afundando, ninguém quer subir. O governo acabou”, provocou.

Sóstenes criticou ainda a dificuldade do governo em aprovar uma matéria simples como o regime de urgência para a reformulação da Lei Aldir Blanc, aprovada na Câmara por 267 votos (eram necessários 257). “De 2026 esse governo não consegue passar. Só não tem impeachment porque o vice (Geraldo Alckmin, do PSB) é tão ruim quanto o presidente. Só por isso. A verdade é essa. Isso mostra a gravidade. O governo quase não conseguiu 257 votos para aprovar uma urgência, está perdido, tristemente. É grave o que aconteceu, não vejo muita solução, a não ser se arrastando e sangrando”, completou.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Durante entrevista ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), classificou como “absurdas” as decisões que tornaram Jair Bolsonaro inelegível. Para ele, a condenação do ex-presidente por se reunir com embaixadores e participar de ato no 7 de Setembro não configura abuso de poder. “É perseguição política”, afirmou. Sóstenes também disse acreditar que, com a nova composição do TSE em junho de 2025, a inelegibilidade poderá ser revertida. “Inclusive o presidente será o ministro Nunes Marques, do STF”, destacou.

O parlamentar defendeu que apenas Bolsonaro poderá decidir sobre uma eventual candidatura substituta, caso não tenha os direitos políticos restabelecidos. Entre os nomes citados por Sóstenes como alternativas no campo bolsonarista estão a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “Para mim, candidato em 2026, plano A, B e C é Bolsonaro”, afirmou. Assista:

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Por Manoel Guimarães
Especial para o blog

Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, o deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que seu partido sairá ainda maior das urnas em 2026. Ele previu uma bancada de 120 deputados federais e 25 das 54 cadeiras para o Senado – número que poderia aumentar a depender do arco de alianças dos bolsonaristas ou mesmo por outra conjuntura.

“Não se faz política sozinho, tem que ter um arco de alianças. O presidente Bolsonaro tem se dedicado a organizar a direita. O PL deverá fazer em torno de 25 parlamentares, e temos que ter mais partidos para fazer essa composição. No meu mapa, podemos chegar a 32 com os aliados. E, dos 27 que não renovam o mandato agora, 16 já são nossos. Vamos ter em torno de 50 senadores, para elegermos o presidente do Senado e fazermos o enfrentamento democrático que precisamos entre os poderes”, avaliou Sóstenes.

“Na Câmara, vamos ter em torno de 120 deputados eleitos. Na janela partidária de abril, já vamos chegar na casa dos 110. Vamos disputar a eleição e voltaremos com 120 ou mais. E, com toda a sinceridade, se essa perseguição ao presidente Bolsonaro resultar em prisão, a bancada iria para 150 deputados e 32 senadores, no mínimo. A esquerda está perdida: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come”, ironizou o líder do PL.

Toritama - FJT 2025

Por Manoel Guimarães
Especial para o blog


O líder do PL na Câmara Federal, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), revelou que deu um prazo até esta quinta-feira (24) para que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) defina sobre pautar o projeto de lei da anistia. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, com Magno Martins, o parlamentar liberal afirmou que o paraibano não estaria cumprindo um acordo com seu partido.

“Somos o maior partido da Câmara, fomos os primeiros aliados de Hugo na eleição. Política se faz com palavra, e tivemos o compromisso dele de que nossas pautas andassem. O que pergunto é: quando o PL terá sua única demanda atendida? Só o presidente da Câmara pode pautar a urgência. Acho que ele e muitos não acreditaram que conseguiríamos as assinaturas, e só resta a ele agora pautar. Confio no presidente, e o prazo que estabelecemos — porque política tem limite — foi amanhã”, revelou Sóstenes.

Caso a matéria não seja pautada, o líder do PL sugeriu retaliações. “Ou ele pauta amanhã, porque temos maioria na Casa, ou estamos entendendo que ele está nos desprestigiando e rompendo acordos prévios. Se ele não o fizer, temos todos os instrumentos regimentais, como a obstrução. Mas hoje o PL comanda cinco comissões que possuem um orçamento de quase R$ 6 bilhões em emendas. Há um acordo para que 70% fiquem sob o comando dele para atender outros partidos. Mas, se ele descumpriu conosco, posso fazer isso também — mas não quero. Tem que saber lidar com a pressão”, disparou.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

Em entrevista ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a direita deve conquistar entre 48 e 50 cadeiras no Senado nas próximas eleições. Segundo ele, a “organização” liderada por Jair Bolsonaro busca “restabelecer o equilíbrio entre os Poderes”, criticando o que chamou de “superpoder” do Judiciário. “Nós só vamos reorganizar a democracia no Brasil quando cada poder estiver no seu quadrado”, declarou.

Por Manoel Guimarães
Especial para o blog

O deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que irá coletar assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS. Após as denúncias de desvios de mais de R$ 7 bilhões, o parlamentar se mostrou indignado com a situação e prometeu agir junto aos pares para aprovar logo esse pedido de investigação.

“Estou em contato com o líder da Oposição, Zucco, e a líder da Minoria, Carol de Toni, para coletarmos as assinaturas para a abertura da CPI. Vamos passar o INSS a limpo. E quem roubou de aposentado e de pensionista vai para a cadeia”, disparou Sóstenes, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.

O líder do PL não poupou críticas ao governo, defendendo inclusive a queda do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que é presidente nacional do PDT e indicou os correligionários para os respectivos cargos na cúpula do INSS. “O PT e a esquerda antes roubavam milhões. Não se contentaram e agora roubam bilhões, como disse a Polícia Federal. Esse é o atual desgoverno da esquerda que aí está. Tem que afastar o ministro, é a primeira coisa. Não dá para manter no cargo com essas suspeitas”, afirmou.

“Nesse desgoverno, já caiu ministro tarado, por assédio sexual, por corrupção. E agora vem o ministro do bilhão. São essas coisas que não adianta, o Brasil está vendo. Esse governo acabou”, concluiu Sóstenes.

Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’, com o líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), clique no link abaixo e confira. Está imperdível!

No meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o governo Lula já não tem mais sustentação política. “O governo acabou. É só a gente esperar chegar em 2026, que já está nas claras. Seja Bolsonaro ou quem ele escolher, esse governo já era”, disse. Sóstenes descartou a possibilidade de impeachment, mas foi enfático: “Só não tem o impeachment dele porque o vice é tão ruim quanto. A gente não tem interesse em fazer impeachment de dois ruins”.