Meu voo 1793, da Gol, atrasou seu pouso em Brasília por 45 minutos, devido a um forte temporal que desabou sobre o Distrito Federal, que estava sem chuva há mais de 150 dias. A aeronave ficou sobrevoando a cidade aguardando a melhora do tempo.
Meu voo 1793, da Gol, atrasou seu pouso em Brasília por 45 minutos, devido a um forte temporal que desabou sobre o Distrito Federal, que estava sem chuva há mais de 150 dias. A aeronave ficou sobrevoando a cidade aguardando a melhora do tempo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado no Hospital DF Star, em Brasília (DF), após passar por cirurgia de reparação da hérnia inguinal bilateral. Na manhã deste sábado (27), o médico cardiologista Brasil Ramos Caiado deu atualizações sobre o estado de saúde do político. Segundo ele, Bolsonaro passou a noite com soluço e teve dificuldade de dormir devido à crise.
Ontem, a equipe médica fez ajustes nas medicações para soluço e refluxo gastroesofágico, de acordo com boletim divulgado no fim do dia. Ainda segundo o documento, o ex-presidente iniciou a reabilitação com fisioterapia, teve a analgesia otimizada e segue com medidas farmacológicas para prevenção de trombose.
Ainda não há previsão de novos procedimentos. A equipe deve avaliar, nos próximos dias, a necessidade de procedimento anestésico para controle dos soluços.
Bolsonaro deixou a cela onde cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília (DF), na quarta-feira (24), depois da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na quinta-feira (25), feriado de Natal, o ex-presidente passou pelo procedimento cirúrgico. As informações são do portal Metrópoles.
Da Folha de S.Paulo
Pesquisa Datafolha mostra que 34% dos petistas se dizem de direita ou centro-direita, enquanto 14% dos bolsonaristas afirmam ser de esquerda ou de centro-esquerda. Para cientistas políticos ouvidos pela Folha, o fenômeno pode ser explicado pela falta de clareza sobre os conceitos, pela influência do carisma pessoal de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e pela polarização política, entre outros fatores.
Segundo a pesquisa, 47% dos brasileiros se definem como de direita ou centro-direita, e outros 28% como de esquerda ou centro-esquerda. Ao mesmo tempo, 40% declaram ser petistas, e 34% bolsonaristas. O instituto ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Leia maisO Datafolha perguntou como o entrevistado se encaixa, considerando uma escala de 1 (bolsonarista) a 5 (petista). Foram classificados como petistas aqueles que se colocaram nas posições 4 e 5 e como bolsonaristas aqueles que se enquadraram nas posições 1 e 2. Quem se identificou na posição 3 foi considerado neutro.

Na divisão por espectro ideológico, a pergunta foi “em qual posição política você se colocaria, sendo 1 o máximo à esquerda e 7 o máximo à direita?”. Quem se enquadrou nas posições 1 e 2 foi considerado de esquerda, na 3, de centro-esquerda, na 4, de centro, na 5, de centro-direita, e nas 6 e na 7, de direita.
O cruzamento dos dados apontou que cerca de um terço dos petistas (34%) se diz de direita ou centro-direita, 9% afirmam ser de centro, 47%, de esquerda ou centro-esquerda, e 9% disseram não saber como se classificar. Os bolsonaristas se identificaram com mais consistência no espectro ideológico ao qual são associados (76% de direita ou centro-direita), mas 14% se disseram de esquerda ou centro-esquerda. Apenas 2% não souberam responder à pergunta, e 8% afirmaram ser de centro.

Para Bruno Bolognesi, cientista político e professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), a explicação para a aparente incongruência está na sobreposição dos conceitos no eleitorado, influenciado pelo carismo de Lula e Bolsonaro. Ele também afirma que a classificação no espectro político é atualmente mais ligada a valores pessoais.
“A pessoa que tem 60 anos e era petista desde a fundação do partido hoje em dia se identifica com o PT, mas é superconservadora. O petismo católico, por exemplo, que é superforte no Sul do Brasil, é um petismo absolutamente conservador”, exemplifica. “A mesma coisa acontece com o bolsonarismo. Há um pessoal evangélico que é altamente estatista, que apoia o Bolsa Família e o direito do trabalhador”.
Para o cientista político Elias Tavares, os dados revelam como o eleitor brasileiro organiza suas identidades políticas. “Existe uma separação clara entre identidade ideológica formal, direita e esquerda, e identidade política concreta, como petismo e bolsonarismo”.
Ele concorda que petistas que se dizem de direita, por exemplo, podem combinar o apoio ao PT com posições associadas à direita em temas como costumes e segurança pública. Também vê possível influência da falta de clareza sobre os conceitos e dos efeitos da polarização, que empurraria o eleitor para fazer escolhas binárias em alguns casos, mas usar outras categorias de maneira menos estrita.
“O rótulo ‘petista’ ou ‘bolsonarista’ funciona muito mais como um marcador de lado na disputa do que como expressão ideológica. Muitas vezes, o eleitor se identifica com um desses campos principalmente para se diferenciar do outro, não porque compartilha integralmente suas ideias”.
Para Luis Gustavo Teixeira, doutor em ciência política e professor da Unipampa (Universidade Federal do Pampa), o eleitorado brasileiro tende a se encaixar menos na classificação ideológica e ter uma relação mais direta com seus líderes. “As influências políticas no Brasil e na América Latina tendem a se vincular muito mais a elementos que são próprios do pensamento político de líderes populistas do que propriamente de corpos de pensamentos mais à esquerda ou à direita”.
Segundo Marcus Ianoni, professor de ciência política da UFF (Universidade Federal Fluminense), também pode influenciar o resultado da pesquisa a maneira como a pergunta foi feita ao entrevistado. “O Datafolha precisaria explicitar o que ele entende por esquerda e direita, pois esse entendimento impacta a metodologia e os resultados. Além disso, a sondagem deveria coletar o que os entrevistados entendem por esquerda e direita e o que, segundo eles, há de esquerda e de direita tanto no bolsonarismo como no petismo”.
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Um ultraleve caiu no mar na tarde deste sábado (27) em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na altura do Posto 4. O acidente ocorreu por volta das 12h30, e o Quartel do Corpo de Bombeiros de Copacabana foi acionado quatro minutos depois, às 12h34. Segundo as primeiras informações, a aeronave realizava um serviço de publicidade quando caiu na altura da Rua Santa Clara.
Até a última atualização desta reportagem não havia informação sobre o número de ocupantes que estava à bordo. A aeronave afundou e buscas eram feitas pelos bombeiros com jet skis por volta das 13h. As informações são do portal g1.
Testemunhas relataram que a aeronave afundou rapidamente após a queda. “Os jets skis estão procurando, ele caiu e afundou”, afirmou uma pessoa que presenciou o acidente. Outra pessoa que estava na praia contou que a chegada do resgate foi imediata. “Os bombeiros chegaram para tentar achar o piloto e o avião que caiu muito rápido no mar”.
Equipes do Corpo de Bombeiros atuam no local com motos aquáticas, embarcações infláveis, equipe de mergulho e apoio aéreo. As causas do acidente ainda são desconhecidas e o caso segue em apuração.
Por Pedro Tinoco – do blog Observatório de Olinda
Prefeita mais jovem da história de Olinda, eleita aos 30 anos em uma das eleições mais disputadas de todos os tempos, Mirella Almeida (PSD) enfrentou um ano de dificuldades extremas em diversas áreas da administração.
O estrangulamento financeiro da prefeitura, herdado do seu antecessor e mentor, o Professor Lupércio (PSD), impôs o principal desafio da gestão. Dívidas gigantescas com fornecedores e prestadores de serviços engessaram a administração da prefeita, que logo no primeiro mês de trabalho decretou um contingenciamento de 35% para praticamente todos os gastos da gestão.
Leia maisOperando sem qualquer folga financeira, o primeiro ano da administração Mirella foi de sufoco, com limitações que atingiram serviços básicos como a coleta do lixo, a manutenção das vias (buracos) e a iluminação pública.
Salários – Os primeiros 365 dias de Mirella ainda foram marcados pelo atraso no pagamento de artistas do Carnaval, estagiários, porteiros de escolas, entre outros prestadores de serviços.
A impossibilidade de atender pedidos dos vereadores também “azedou” a relação com a Casa Bernardo Vieira de Melo. Em resposta à falta de atenção, os parlamentares criaram um “bloco independente” com 15 integrantes dispostos a não trabalhar em “alinhamento automático” com a gestão.
Nesse mesmo embalo, a prefeita perdeu aliados históricos e pessoas que tiveram importância fundamental para sua eleição. Gente que deu o sangue na guerra eleitoral, não recebeu a atenção devida e pulou fora do barco da prefeita. Ou está dentro, mas engolindo a insatisfação.
Hecatombe – Nas eleições do ano que vem, Mirella vai ter que fazer (muita) força para ajudar na eleição do ex-prefeito Professor Lupércio para a Assembleia Legislativa. Uma derrota de Lupa em 2026 teria impactos catastróficos para o projeto de reeleição da própria prefeita em 28.
Enfim, o cenário que se apresenta para a prefeita é muito desafiador. Mas não impossível de ser vencido. Desde que ela arranje dinheiro e dê um jeitinho na sua equipe.
Tem muito incompetente em funções essenciais enquanto gente com condições de ajudar está fora da gestão ou subutilizada. Domar a montanha de problemas da administração e reconquistar o apoio do povo é o desafio de Mirella em 2026.
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Da Rádio Jornal
“Rapsódia de Natal”, como está na coluna Política em Brasília, é um álbum instrumental pontuado por sacadas tecno, que remetem ao som de Vangelis Papathanassiou (1943–2022) na trilha sonora de “Carruagens de Fogo”, mesclado a momentos de prece e agradecimento, como no riff de guitarra de “Glória in Excelsis Deo”.
Mas por que um disco de Natal, mesmo sendo feito para ser ouvido em qualquer época do ano? “Eu tenho muito o que agradecer. Primeiro, pela parceria com meu filho, Roberto Endraus, mas há outros motivos. Três meses atrás, infartei de novo — foi a terceira vez. Veja se não tenho motivo para, neste Natal, fazer um agradecimento especial e tocar com esse espírito”, diz o guitarrista.
As 12 músicas do álbum, lançado no início deste mês de dezembro, são:
Silent Night (Instrumental)
Santa Claus Is Coming to Town (Instrumental)
Jingle Bells (Instrumental)
White Christmas (Instrumental)
Rockin’ Around the Christmas Tree (Instrumental)
Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow! (Instrumental)
What Child Is This? (Greensleeves) (Instrumental)
Glória in Excelsis Deo (Instrumental)
Vaterland, In Deinen Gauen (Instrumental)
Joy to the World (Instrumental)
Adeste Fideles (O Come, All Ye Faithful) (Instrumental)
Glory March Medley (Battle Hymn of the Republic, Ode to Joy, Glory Fugue) (Instrumental / Medley)
Um incêndio atingiu o Colégio Marista Santa Maria, ontem, na rua Floriano Peixoto, região Central de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Em imagens divulgadas pelo ex-ministro e deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), é possível ver muita fumaça e labaredas de fogo bastante altas.
O Marista informou em nota que a ação do Corpo de Bombeiros foi imediata. O local estava vazio e não houve registro de feridos. As informações são da CNN Brasil.
“As causas do incêndio e a extensão dos danos estão sendo apuradas pelas autoridades competentes. A instituição reforça que a segurança de estudantes, famílias e colaboradores é nossa prioridade absoluta. Todas as medidas necessárias foram tomadas prontamente, e seguiremos colaborando com as autoridades”, diz a instituição.
O edifício que abriga a instituição, fundada há 120 anos, tem valor histórico e arquitetônico para a cidade.
Um incêndio atingiu a unidade do Hospital Albert Einstein no bairro Perdizes, zona oeste de São Paulo, na manhã deste sábado (27). Pacientes tiveram que ser retirados do local às pressas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a princípio, o fogo teve início em um ar-condicionado portátil no quarto andar da unidade, que fica na esquina da Rua Apiacás com a Avenida Sumaré.
Cinco equipes de bombeiros e brigadistas da unidade combateram o incêndio, que foi controlado em poucos minutos. Não há vítimas no local, segundo a corporação.
A assessoria do Hospital Albert Einstein informou ao Metrópoles que ainda está apurando o ocorrido.
Caro Magno,
Acabei de ler “Os Leões do Norte”, neste espaço de tempo que consegui no feriadão do Natal. Gostei muito. Meus parabéns! Acho uma leitura imprescindível para todos nós, homens públicos, sedentos por história, uma história de um século da vida política e administrativa de Pernambuco.
Estou recomendando a leitura aos amigos, principalmente os da nova geração política, que pouco ou quase nada sabem dos legados desses 22 governadores biografados em sua obra.
Leia maisPernambuco pontua de forma diferenciada na geografia política do Brasil. Um Estado que emprestou ao País homens públicos do quilate de Agamenon Magalhães, que cometemos o pecado ou mesmo a omissão de não reverenciá-lo devidamente. Gente de expressão, que mesmo chegados ao poder de forma biônica, fizeram uma grande obra por Pernambuco.
É o caso, por exemplo, de Nilo Coelho, o visionário que transformou Petrolina num oásis, a Califórnia brasileira, hoje maior produtor nacional de uva e manga. De um Moura Cavalcante, que criou uma escola de gestão no Estado, além de tantas obras, como o Centro de Convenções e o TIP.
Figuras ainda emblemáticas, como Paulo Guerra, que fez o HR, a maior emergência do Nordeste, e implantou os pilares de Suape. Parabéns, Magno, por levar esse livro também a todas as escolas pernambucanas, num vai e vem sem cessar de sua parte.
Por fim, recomendo “Os Leões do Norte” como leitura de fim de ano e férias de janeiro a todos que desejam compreender um pouco mais a história de Pernambuco e de seus bem-feitores.
Atenciosamente,
Silvio Costa Filho
Ministro de Portos e Aeroportos
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A Polícia Federal cumpre neste sábado (27) 10 mandados de prisão domiciliar contra condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
As prisões domiciliares foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, no Paraguai, enquanto ele tentava fugir, com documentos falsos, para El Salvador. As informações são do portal g1.
Leia maisEntre os alvos das ordens de prisão domiciliar cumpridas neste sábado, conforme apurou a TV Globo, estão Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está no Paraná; Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército, no Espírito Santo; Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, no Distrito Federal; Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, no Tocantins; Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército, na Bahia; Guilherme Marques Almeida e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, ambos tenentes-coronéis do Exército, este último no Rio de Janeiro; além de Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, no Distrito Federal, e Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército, no Rio de Janeiro.
Os alvos terão de usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir outras medidas restritivas, como proibição do uso de redes sociais e contato com outros investigados, entrega de passaportes, e proibição do recebimento de visitas. O ministro do STF também determinou a suspensão dos documentos de porte de arma de fogo.
De acordo com a PF, as ordens judiciais estão sendo cumpridas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro em parte das ações.
Condenados dos núcleos 2, 3 e 4
Os alvos da operação deste sábado integram os núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista, que foram condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República os condenados do núcleo 2 fizeram uso de forças policiais para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder; coordenaram ações de monitoramento de autoridades públicas; tiveram interlocução com as lideranças ligadas aos atos de 8 de Janeiro; e atuaram na elaboração da chamada minuta do golpe.
Fazem parte do núcleo 2 e foram alvos de medidas hoje: Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 21 anos de prisão, e Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres, condenada a oito anos e seis meses de prisão.
Já os condenados do núcleo 3 foram denunciados pela PGR por planejar as “ações mais severas e violentas” da organização criminosa golpista, como o plano para assassinar autoridades.
Fazem parte do núcleo 3 e foram alvos de medidas hoje: Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército, condenado a 17 anos de prisão; Fabrício Moreira de Bastos, também coronel do Exército, condenado a 16 anos de prisão; e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército, condenado a 17 anos de prisão.
O núcleo 4, por sua vez, foi acusado e condenado por disseminar notícias falsas para criar uma instabilidade institucional e favorecer uma tentativa de golpe de Estado.
Fazem parte do núcleo 4 e foram alvos de medidas hoje: Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército, condenado a 17 anos de prisão; Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército, condenado a 14 anos de prisão; Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército, condenado a 13 anos e seis meses de prisão; e Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército, condenado a 13 anos e seis meses de prisão.
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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso após fugir do Brasil para o Paraguai ontem, foi transferido a Brasília neste sábado (27). O policial aposentado vai cumprir prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ontem, Silvinei Vasques foi preso no Aeroporto de Assunção com documentos paraguaios enquanto tentava embarcar em um voo para El Salvador logo após ter fugido do Brasil. Durante a noite, ele foi entregue pela Polícia Nacional do Paraguai às autoridades brasileiras, na fonteira entre os dois países, entre as cidades de Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este. Vasques ocupou a chefia da PRF durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal há dez dias a 24 anos e seis meses de prisão por sua participação na trama golpista. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisO ex-diretor-geral da PRF foi preso a 1.300 quilômetros do município de São José, na Região Metropolitana de Florianópolis, onde morava. Ele foi secretário do Desenvolvimento Econômico e Inovação da cidade até o dia 16 de dezembro.
Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o plano de fuga de Silvinei envolveu a utilização de uma célula de identidade e um passaporte paraguaios. Ele rompeu a tornozeleira eletrônica e saiu de sua casa na noite de Natal, tendo alugado um veículo para fazer o trajeto, que dura pelo menos 18 horas.
Após a detenção de Silvinei no Paraguai, o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal da trama golpista no STF, determinou a prisão preventiva do ex-diretor da PRF de Bolsonaro.
Imagens de segurança do prédio de Silvinei obtidas pela PF mostram que ele foi visto pela última vez em seu endereço em São José às 19h do dia 24, véspera de Natal. Naquela hora, ele carregou um carro Polo prata pertencente a uma locadora de veículos com bolsas (“não eram malas”, anotaram os investigadores) no porta-mala. No banco dos passageiros, o policial colocou sacos de ração, tapete higiênico, pote e um cachorro que parece ser da raça pitbull.
As autoridades só se deram conta da fuga por volta das 3h do dia 25 de dezembro, quando a tornozeleira eletrônica do PRF parou de emitir sinal de GPS (de localização) e, depois, de GPRS (da rede 2G).
Às 20h do dia de Natal, agentes da Polícia Penal de Santa Catarina — responsável pelo monitoramento eletrônico dos apenados do Estado — foram ao endereço de Vasques. Bateram à porta, mas ninguém respondeu. Diz o relatório da PF: “A equipe de policiais federais repetiu o procedimento e chegou aos mesmos resultados”.
A essa altura, o ex-diretor da PRF já estava a caminho do aeroporto internacional de Assunção, onde foi preso com documentos de um cidadão paraguaio. Para tentar capturá-lo a tempo, a PF acionou a adidância no Paraguai, que, por sua vez, avisou à polícia local, responsável pela detenção. Os investigadores destacaram, nos autos, que a tornozeleira eletrônica violada não foi encontrada.
Na hora da prisão, Silvinei Vasques carregava consigo uma cédula de identidade e um passaporte paraguaio, ambos válidos, que traziam a foto, o nome e as informações de outra pessoa, Julio Eduardo Baez Fernandez, nascido em 1981 em Ciudad del Este (anteriormente denominada Puerto Presidente Stroessner).
No aeroporto, Silvinei carregou consigo uma carta em espanhol na qual afirmava ser Baez Fernandez. O documento dizia que ele tinha um câncer no cérebro e que não poderia falar nem compreender perguntas. A viagem a El Salvador, dizia o texto, era para continuar o tratamento da suposta doença.
Silvinei tinha uma passagem aérea da companhia aérea Copa para embarcar em um voo para El Salvador, com escala no Panamá. Na ocasião, ele trajava camiseta verde, calça jeans e um óculos de aro preto. Agentes da polícia paraguaia enviaram fotos de Silvinei à PF, que confirmou que se tratava do ex-diretor-geral da PRF.
Natural de Ivaiporã (PR), Silvinei Vasques ingressou na PRF em 1995 e construiu uma carreira de 27 anos na corporação. Durante o governo Bolsonaro, foi nomeado diretor-geral da instituição, o cargo máximo da carreira. Ele se aposentou voluntariamente com salário integral em dezembro de 2022, logo após o fim das eleições presidenciais.
Em 2022, nas semanas que antecederam o segundo turno das eleições presidenciais e no dia do pleito, Silvinei Vasques teria promovido o uso político da estrutura da PRF. As investigações da Polícia Federal apontam que fiscalizações e blitze do órgão foram intensificadas em rodovias do Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem eleitoral, com o objetivo de dificultar o voto de eleitores simpatizantes da candidatura petista.
Depoimentos de funcionários públicos e agentes, além de mensagens de autoridades em grupos de Whatsapp, estão entre as provas da ação ilegal da PRF, que teria sido planejada pelo Ministério da Justiça com aval do então ministro, Anderson Torres, e executada por Silvinei Vasques.
De acordo com a denúncia da PGR, a delegada da Polícia Federal Marília Ferreira Alencar, que foi diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública durante a gestão de Torres, solicitou a elaboração de um projeto de Business Intelligence (ferramenta de análise de dados) voltado aos resultados eleitorais. “O objetivo era coletar informações sobre os locais onde Lula da Silva havia obtido uma votação expressiva e onde Bolsonaro havia sido derrotado, com foco especial nos municípios da Região Nordeste”, diz o texto.
A PGR também afirma que as “diretrizes manifestamente ilícitas” do grupo foram acolhidas pelo então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, “que direcionou os recursos da Polícia Rodoviária Federal para o objetivo de inviabilizar ilicitamente que Jair Bolsonaro perdesse o poder”.
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A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou uma nota na última quinta-feira (25) repudiando os ataques online contra Malu Gaspar, colunista do jornal O Globo e comentarista da Globonews.
Os ataques vêm na esteira de reportagem publicada pela jornalista nesta semana afirmando que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em defesa de interesses do Banco Master. As informações são da Folha de S.Paulo.
Leia mais“Infelizmente, nos últimos anos, se tornaram comuns os ataques misóginos a mulheres jornalistas que fazem reportagens sobre pessoas que ocupam importantes espaços de poder”, diz nota da associação.
“A Abraji é uma instituição criada para defender o trabalho dos jornalistas profissionais e essa missão deveria ser coletiva. Quando qualquer jornalista sofre intimidação por exercer o seu ofício, perde a sociedade como um todo.”
Na reportagem, Malu Gaspar afirmou que Moraes procurou Galípolo ao menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Master — o que o ministro negou em nota. Moraes disse ter recebido o presidente do Banco Central para reuniões “em virtude da aplicação da Lei Magnitsky”, versão divulgada também pelo BC.
Anteriormente, o jornal O Globo também noticiou que o escritório da mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, firmou um contrato de R$ 129 milhões com o Master.
No final de novembro, o ministro do STF Dias Toffoli viajou a Lima, no Peru, durante a final da Taça Libertadores, em um jato particular ao lado de um dos advogados envolvidos no caso Master, cujas investigações estão sob a supervisão do magistrado.
O caso reforçou a discussão sobre um código de conduta para ministros do STF, medida que vem sendo defendida pelo presidente da corte, Edson Fachin, sob a resistência de parte dos integrantes da corte. Em 16 de dezembro, foi lançado um manifesto com apoio de nomes de peso do empresariado a favor da criação de regras de conduta no Supremo.
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A Polícia Federal cumpriu neste sábado (27) um mandado de prisão domiciliar contra o ex-assessor internacional da Presidência Filipe Martins, condenado no processo da trama golpista. A medida foi ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um dia depois da descoberta de tentativa de fuga do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, detido ontem no Paraguai.
A ação visa evitar novas fugas de condenados no processo. Ao todo, Moraes expediu 10 mandados de prisão domiciliar contra condenados pela tentativa de um golpe de Estado ocorrida no fim de 2022. As ordens judiciais estão sendo executadas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal. Algumas ações contam com o apoio do Exército Brasileiro. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisAlém da prisão domiciliar, o Supremo determinou outras medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais, de comunicação com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão de do porte de arma de fogo e a proibição de visitas.
Em vídeo, o advogado de Martins, Jeffrey Chiquini, classificou a decisão como “absurda” e “vingativa” e declarou que não há “nenhuma alteração no quadro fático” contra o seu cliente.
“O que o Filipe Martins tem a ver com a fuga com outro réu?”, disse o defensor, e completou: “Filipe Martins estava até hoje com tornozeleira eletrônica e não podia sair da sua cidade. Hoje, no meio do recesso, semana de festas, Filipe Martins tem uma prisão domiciliar decretada, sem qualquer motivo.”
O ex-assessor agora não pode mais receber visitas sem autorização judicial e não pode sair da casa. Ele segue utilizando tornozeleira eletrônica. O mandado foi informado por agentes da PF que foram à residência de Martins, em Ponta Grossa (PR), segundo a defesa.
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