











O prefeito de Toritama, Sérgio Colin (PP), apresentou um balanço do primeiro ano de mandato, iniciado em 1º de janeiro de 2025, destacando ações nas áreas de educação e infraestrutura. Entre as iniciativas, a gestão entregou fardamentos e kits escolares aos estudantes e iniciou a construção da maior escola da região. No setor urbano, foram realizadas obras de calçamento, pavimentação asfáltica, sinalização viária, intervenções no entorno do Parque Biblioteca Maria dos Anjos e a construção da feira de gado.
Na área social e cultural, o município promoveu a edição de 2025 do Festival do Jeans e criou a Secretaria da Mulher, com a implantação das Salas Lilás, do programa Run Rosa e de cursos profissionalizantes. Na saúde, a prefeitura informou a realização de cerca de 2 mil cirurgias ao longo do ano, além da incorporação de quatro novas ambulâncias e da implantação de quatro médicos plantonistas no hospital municipal.
“Encerramos este primeiro ciclo com a certeza de que Toritama está no caminho certo e seguimos trabalhando para ampliar investimentos e projetos estruturantes para o município”, afirmou Sérgio Colin. Ainda segundo a gestão, em 2025 foram inaugurados o novo Centro Administrativo da Prefeitura e acompanhados os testes do abastecimento da Adutora do Agreste em Santa Cruz do Capibaribe, além de articulações com os governos estadual e federal para novas obras e captação de recursos.
Nos bastidores da política pernambucana, começa a cair a máscara de um jogo que muitos conservadores já denunciavam há tempos. A possível desistência de Anderson Ferreira da disputa pelo Senado em 2026, apenas para atrapalhar o crescimento de Gilson Machado Neto e tentar uma vaga mais confortável na Câmara dos Deputados, não é uma simples mudança de estratégia eleitoral.
É preciso lembrar um ponto que eles evitam dizer em voz alta: com Anderson e André Ferreira, o PL só consegue eleger dois deputados federais. Esse dado explica muita coisa.
O que está acontecendo é o desfecho de uma trajetória marcada por contradições, boicotes internos e falta de compromisso com a verdadeira direita. Desde o início, Anderson Ferreira, na condição de presidente estadual do PL em Pernambuco, se colocou contra a vontade do presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro foi claro ao declarar apoio e confiança em Gilson Machado Neto como candidato ao Senado da República.
Leia maisMesmo assim, Anderson fez de tudo para impedir que Gilson fosse candidato pelo partido. Criou obstáculos, armou situações internas e trabalhou nos bastidores, inclusive junto à direção nacional do partido, para esvaziar o projeto bolsonarista no Estado.
Agora, de forma silenciosa e sorrateira, Anderson Ferreira começa a recuar da disputa ao Senado, buscando um caminho mais fácil: uma vaga de deputado federal. A pergunta que fica é simples e direta:
O povo pernambucano não tem o direito de disputar o Senado com um candidato de direita escolhido por Bolsonaro?
Que tipo de presidente de partido anula um nome do próprio PL, alinhado ao maior líder da direita do país, para deixar o caminho livre apenas para nomes de centro e centro-esquerda disputarem o Senado? Que projeto está por trás disso e a quem ele realmente serve?
Os conservadores de verdade perceberam há muito tempo que algo não fechava. O silêncio do presidente estadual do PL quando um vereador aliado atacou verbalmente a primeira-dama Michelle Bolsonaro foi um sinal claro de omissão e covardia. Ali, muitos entenderam quem ele realmente é.
O histórico confirma. Nos grandes movimentos de rua em defesa de Bolsonaro, como o 3 de agosto e o 7 de setembro no Recife, o grupo Ferreira simplesmente não se posicionou. Não convocou, não apoiou, não esteve presente. Só apareceu de última hora, distribuindo adesivos, diga-se de passagem, sem o nome do presidente Bolsonaro, fingindo engajamento e tentando posar de direita para foto.
Basta olhar as redes sociais da família Ferreira. Não há notas de apoio a Bolsonaro. Não há defesa pública nos momentos difíceis. Não há posicionamento firme. Nem mesmo quando Bolsonaro passou por uma cirurgia delicada, houve uma manifestação clara e pública de solidariedade. Isso diz muito.
Em Pernambuco, a realidade precisa ser dita sem rodeios: ou você é de direita, ou você é do PL comandado pelo grupo Ferreira. Hoje, as duas coisas não andam juntas.
Não é por acaso que o grupo de Gilson Machado Neto e os conservadores de verdade buscam outros caminhos. Os bolsonaristas raiz, aqueles que estiveram nas ruas, que apanharam, que foram perseguidos, sabem reconhecer quem é fiel e quem apenas se aproveitou do nome de Bolsonaro.
Depois da prisão injusta de Bolsonaro, muitos tentam se proclamar líderes da direita. Mas liderança não se declara. Liderança se prova. E o tempo tem mostrado quem permanece fiel e quem traiu.
Em Pernambuco, a máscara está caindo. Assim como caiu a de tantos que se aproximaram de Bolsonaro por conveniência e depois o abandonaram. O próprio Bolsonaro conhece o posicionamento da família Ferreira, e isso pesa.
O recado é claro: Pernambuco terá, sim, candidato ao Senado. Terá candidatos a deputado federal e estadual. E terá um grupo político que represente de verdade os valores de Deus, Pátria, Família e Liberdade. Um grupo que represente o verdadeiro time de Bolsonaro, coordenado por Gilson Machado Neto.
A direita pernambucana não será silenciada por acordos de bastidor nem enganada por discursos vazios. A verdade está vindo à tona. E quem é do povo, quem é conservador de verdade, saberá reconhecer quem tem coragem de enfrentar o sistema.
Essa é a opinião de Márcio Guimarães, articulador político experiente, conhecedor profundo dos bastidores do poder e presidente estadual do Movimento e Partido em formação Artigo Um, hoje presente em 43 cidades de Pernambuco. Uma voz que fala com autoridade, vivência e compromisso real com a direita conservadora, construída na rua, na organização política e na defesa intransigente dos valores que muitos apenas usam em época de eleição.
Guimarães ainda destaca: Gilson Machado Neto é, hoje, a voz da família Bolsonaro no Nordeste. E isso não se apaga com covardia política.
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O Rio Grande do Norte pode enfrentar um cenário político excepcional em 2026, com a possibilidade de uma eleição indireta para governador, caso se confirme a dupla vacância no comando do Executivo estadual. A situação envolve a renúncia anunciada da governadora Fátima Bezerra (PT) e a possibilidade de o vice-governador Walter Alves (MDB) não assumir o cargo.
Fátima Bezerra já declarou que deixará o governo em abril de 2026 para disputar uma vaga no Senado Federal. Pela regra constitucional, o vice-governador deveria assumir automaticamente o cargo. No entanto, Walter Alves tem sinalizado que pode abrir mão da sucessão, o que abriria um cenário inédito na política potiguar.
Leia maisCom a vacância simultânea dos cargos de governador e vice, a Constituição do Rio Grande do Norte estabelece que o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, atualmente o desembargador Ibanez Monteiro, assumiria interinamente o governo. Essa assunção, porém, não significaria a permanência automática no cargo até o fim do mandato.
Decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinam que, em casos de dupla vacância no último ano de mandato, é obrigatória a realização de uma eleição para escolha do novo chefe do Executivo, não sendo permitido que o ocupante interino governe sem consulta eleitoral.
Dessa forma, ao assumir o cargo, o presidente do Tribunal de Justiça teria a obrigação de *convocar uma nova eleição no prazo de até 30 dias. Como a vacância ocorreria em 2026, último ano do mandato, a tendência é que essa eleição seja indireta, realizada pela Assembleia Legislativa do RN, com a participação dos deputados estaduais.
O eleito exerceria um mandato-tampão, permanecendo no cargo apenas até 31 de dezembro de 2026, quando termina o atual ciclo administrativo. Nos bastidores, lideranças políticas já discutem possíveis nomes para esse cenário, embora nenhuma definição oficial tenha sido tomada.
O quadro ainda depende da confirmação das renúncias e de decisões formais da Assembleia Legislativa, mas o tema já domina as articulações políticas e deve se consolidar como um dos principais debates institucionais do Rio Grande do Norte nos próximos meses.
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A tradicional confraternização de fim de ano dos servidores aposentados ligados à Câmara dos Deputados reuniu amigos, ex-colegas de trabalho e convidados em um encontro marcado pela memória institucional, pelo reconhecimento e pela celebração da amizade construída ao longo de décadas de serviço público.
O evento, que já se consolidou como uma tradição em Brasília, foi organizado pelo “embaixador de Pernambuco”, Aristeu Plácido, responsável por manter viva, ano após ano, essa iniciativa que fortalece vínculos e preserva a história do Parlamento.
Mais do que um momento de confraternização, o encontro simbolizou o respeito à trajetória de homens e mulheres que ajudaram a construir a Câmara dos Deputados e contribuíram de forma decisiva para o funcionamento da democracia brasileira. Entre reencontros, conversas e homenagens, a celebração reafirmou o espírito de união, gratidão e pertencimento, valorizando aqueles que seguem sendo parte ativa da vida social e institucional da capital federal, mesmo após a aposentadoria.
O presidente da Associação de Empresários do Brasil (AEBR), Fernando Mendonça, esteve em uma loja localizada em uma tradicional galeria do Recife, hoje, que está prestes a encerrar as atividades, em razão das dificuldades enfrentadas pelo proprietário. No local, Mendonça relatou que o empresário, mesmo tendo aberto o negócio com muito sacrifício, não conseguiu suportar a elevada carga tributária, os custos da folha de pagamento e os juros bancários, situação que, segundo ele, reflete a crise vivida por diversos setores da economia e ameaça a sobrevivência de empresas no país. Confira!
O senador Fernando Dueire (MDB) foi indicado para integrar a Comissão Representativa do Congresso Nacional (CRCN), instância responsável por zelar pelas prerrogativas do Parlamento durante o período de recesso parlamentar.
A CRCN atua como guardiã institucional do Congresso Nacional, assegurando o funcionamento das atribuições legislativas e a defesa das competências do Poder Legislativo nos intervalos das atividades regulares. A comissão é composta por 8 senadores e 17 deputados federais, garantindo o equilíbrio e a representatividade entre as duas Casas do Legislativo.
A indicação de Fernando Dueire para a comissão reforça o reconhecimento de sua atuação no Senado Federal e sua contribuição para o fortalecimento do papel institucional do Congresso, assegurando a presença ativa do Parlamento mesmo durante o período de recesso.
Por Zé Américo Silva*
Sempre que se aproxima a data do anúncio do valor do salário-mínimo, ressurge também o velho coro dos setores conservadores da economia contra qualquer tentativa de valorização real dessa renda, como se garantir dignidade mínima ao trabalhador fosse um atentado ao Estado. O discurso é sempre o mesmo: “o Brasil vai quebrar”, “não há como pagar”, “isso gera desemprego”. Narrativas repetidas não para defender o país, mas para proteger interesses próprios.
O contraste é cristalino. Os mesmos grupos que se insurgem contra reajustes reais são os que, por décadas, garantiram – e continuam garantindo – enormes subsídios fiscais, isenções e incentivos às empresas, muitas delas centenárias, de origem familiar, com lucros bilionários que investem fora do país e pouco devolvem à sociedade que as sustenta. Quando o debate chega perto da revisão desses benefícios, a reação vem em forma de chantagem política: ameaças de demissões, redução de investimentos e a ladainha de que “sem subsídio não há emprego”.
Leia maisNão se trata de alinhamento automático à esquerda ou à direita, mas de assumir um posicionamento ético e civilizatório: ao lado de quem mais precisa. O trabalhador e a trabalhadora são os verdadeiros geradores de riqueza do Brasil. São eles que garantem, todos os dias, a produtividade do país, mesmo sobrevivendo com um salário-mínimo que, historicamente, não cobre sequer os custos básicos definidos pela Constituição para uma vida digna.
Atacar o aumento do salário-mínimo enquanto se defende a perpetuação de incentivos às elites produtivas é expor um projeto econômico que externaliza custos sociais e concentra lucros. Um país onde milhões vivem de renda informal, de programas como o Bolsa Família, ou de um salário-mínimo insuficiente, não pode aceitar como natural que quem lucra mais se recuse a contribuir com a valorização da base que sustenta o consumo e movimenta o mercado interno.
Quem realmente acredita no desenvolvimento econômico deveria entender que um salário-mínimo valorizado é motor de crescimento: amplia poder de compra, fortalece pequenos negócios, reduz desigualdade e melhora indicadores sociais – saúde, educação, segurança e cidadania. Ao contrário, manter o salário achatado é perpetuar um país subdesenvolvido, intelectualmente fragilizado e socialmente adoecido.
A pergunta, portanto, não é se o aumento real do salário-mínimo “quebra o Estado”. A questão é: até quando continuaremos aceitando um modelo que coloca o privilégio empresarial acima da dignidade humana? Um país que teme pagar melhor a quem produz, mas não hesita em financiar o topo da pirâmide, precisa rever com urgência quem realmente está gerando riqueza – e quem apenas extrai, sem devolver.
Um projeto de futuro exige coragem para escolher o lado certo. E o lado certo, no Brasil, tem nome: trabalhador e trabalhadora.
*Jornalista e consultor de marketing político
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O prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, anunciou, por meio de suas redes sociais, que todos os aposentados e pensionistas do município receberam, hoje, o salário referente ao mês, além do décimo terceiro de forma antecipada.
De acordo com o prefeito, a medida reforça o compromisso da gestão com o respeito aos servidores que contribuíram durante toda a vida com o serviço público municipal, garantindo tranquilidade financeira especialmente neste período de fim de ano.
“É uma forma de reconhecer quem ajudou a construir São José do Egito e assegurar que nossos aposentados e pensionistas passem as festas com mais dignidade e segurança”, destacou Fredson. Com o pagamento antecipado, a Prefeitura também contribui para o aquecimento da economia local, fortalecendo o comércio e os serviços do município neste período natalino.
Por Inácio Feitosa*
Os prefeitos do Nordeste encerram 2025 sem fogos, sem brindes e sem ilusões. O calendário muda, mas a estrutura permanece. Por isso, para grande parte dos municípios nordestinos, o que se anuncia para 2026 não é um ano novo – é a continuidade agravada de um ano velho, marcado por escassez de recursos, aumento de obrigações e redução real da autonomia financeira.
Os dados são públicos e reiterados. Mais da metade dos municípios brasileiros fechou o último exercício fiscal no vermelho, conforme levantamentos técnicos da CNM (Confederação Nacional de Municípios). No Nordeste, onde a dependência do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é estruturalmente maior e a arrecadação própria é limitada, o impacto é ainda mais severo. A equação é conhecida, repetida e injusta: muitas responsabilidades, poucos instrumentos fiscais e repasses insuficientes.
Leia maisNão há qualquer indicativo sério de que 2026 será mais fácil do que 2025. Ao contrário. Há razões objetivas para afirmar que será mais difícil.
O primeiro fator é a rigidez orçamentária. Grande parte das receitas municipais é constitucional ou legalmente vinculada, especialmente à saúde, à educação e à folha de pessoal. A margem de decisão política do gestor local é mínima. Quando o custeio cresce e a receita não acompanha, o prefeito não escolhe onde cortar – ele apenas administra a escassez, tentando não violar a lei e não paralisar o serviço público.
O segundo fator é a pressão contínua sobre a despesa com pessoal, com destaque para a educação. O piso nacional do magistério, previsto em lei federal, segue produzindo impactos significativos sobre folhas já comprometidas, sobretudo nos municípios menores. Valorizar o professor é imperativo civilizatório. O problema é outro: o modelo atual impõe crescimento obrigatório de despesa sem garantir fonte estrutural de financiamento, transferindo o desequilíbrio para a ponta mais frágil da Federação.
A esse cenário soma-se um desafio incontornável da educação inclusiva. Municípios estão sendo obrigados – corretamente – a substituir cuidadores informais ou sem formação adequada que atuam com alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). As normas educacionais, administrativas e as orientações dos órgãos de controle caminham para exigir profissionais concursados, com escolaridade mínima de nível médio e formação específica. Isso significa concurso público, curso de formação, estrutura administrativa e despesa continuada. É uma agenda justa, necessária e inadiável — mas que chega no pior momento fiscal possível.
Outro ponto sensível de 2026 será a criação, ampliação ou reestruturação das Guardas Civis Municipais (GCMs) e o debate nacional sobre o fortalecimento das chamadas polícias municipais. Não se trata apenas de segurança pública, mas de institucionalidade. Estruturar uma GCM envolve concurso, formação, equipamentos, corregedoria, ouvidoria, previdência e custeio permanente. Para muitos municípios nordestinos, é mais uma responsabilidade legítima que chega sem o devido suporte financeiro.
Tudo isso ocorrerá em um ano de eleições municipais. A experiência mostra que anos eleitorais reduzem a capacidade de planejamento de médio e longo prazo, ampliam a fiscalização dos órgãos de controle e aumentam a tensão entre legalidade, necessidade social e expectativa política. O prefeito governa com o freio de mão puxado.
Como pano de fundo, 2026 também marcará o início operacional da transição da Reforma Tributária, com testes, ajustes institucionais e convivência entre sistemas. É importante ser honesto: não haverá ganho imediato de arrecadação municipal nesse período. Ao contrário, a transição exigirá adaptação técnica, administrativa e tecnológica, além de conviver com incertezas sobre compensações e repartições, especialmente no curto prazo. A promessa de simplificação existe; o alívio fiscal, não.
No meio disso tudo, o país ainda viverá o clima da Copa do Mundo de Futebol. No futebol, como sempre, somos autorizados a sonhar. Basta mencionar o nome de Carlo Ancelotti para reacender esperanças, táticas geniais e dias melhores nos gramados. Já na economia, infelizmente, não haverá treinador capaz de mudar o jogo em poucos meses. O orçamento não aceita prancheta, e a realidade fiscal não se resolve no segundo tempo.
Ainda assim, é preciso dizer: os prefeitos do Nordeste merecem respeito. É preciso reconhecer a coragem institucional de quem aceita governar municípios com baixa arrecadação própria, alta dependência de transferências, demandas sociais crescentes e um arcabouço legal cada vez mais exigente. Governar nessas condições não é populismo nem aventura — é resistência administrativa.
Os municípios do Nordeste não estão quebrados por irresponsabilidade generalizada. Estão estrangulados por um pacto federativo desequilibrado, que concentra receitas na União, descentraliza políticas públicas complexas e transfere a execução — e o desgaste político — para quem está mais perto do cidadão. Executam saúde, educação, inclusão, assistência e segurança com instrumentos fiscais insuficientes e autonomia limitada.
Por isso, o ano que se aproxima não pede discursos festivos. Pede lucidez, técnica, solidariedade federativa e coragem política. Pede, sobretudo, que se olhe para o município não como problema, mas como solução.
Para muitos prefeitos nordestinos, 2026 será mais um exercício de sobrevivência institucional, compromisso público e defesa silenciosa do interesse coletivo.
Feliz Ano Velho.
*Advogado, fundador do Instituto IGEDUC e escritor
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O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, deve ser expulso do Paraguai hoje. Segundo informações apuradas pelo blog da Julia Duailibi, ele deve passar por Foz do Iguaçu, no Paraná, com destino a Brasília.
A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, após autoridades locais identificarem o uso de um documento falso. Inicialmente, os paraguaios não sabiam se tratar do ex-chefe da PRF. A identidade de Silvinei foi descoberta em seguida, durante a checagem das informações.
Leia maisEle tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador. As autoridades ainda não sabem como Silvinei conseguiu atravessar a fronteira do Brasil com o Paraguai.
O procedimento adotado pelas autoridades paraguaias não é o de extradição. Trata-se de uma expulsão. De acordo com as fontes, Silvinei foi flagrado cometendo crime em território paraguaio, o que permite a retirada imediata do estrangeiro do país.
Nesse tipo de caso, o Paraguai classifica o envolvido como pessoa indesejada e determina sua expulsão, sem necessidade de abertura de um processo formal de extradição.
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O ministro Gilmar Mendes, do STF, negou seguimento à reclamação apresentada por Comte Bittencourt contra decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que reconduziu Roberto Freire à presidência nacional do partido Cidadania. As informações são do portal Congresso em Foco.
Comte buscava reverter decisão do desembargador José Firmino Reis Soub, da 8ª Turma Cível do TJDFT, que, em 7 de dezembro, concedeu tutela de urgência para suspender os efeitos da reunião do Diretório Nacional realizada em 2023 e determinou o retorno imediato de Freire ao comando da legenda. O magistrado apontou nulidades no procedimento que levou à destituição do então presidente, como a ausência de contraditório e ampla defesa e o descumprimento de regras estatutárias.
Leia maisNa origem, Freire ajuizou ação anulatória alegando irregularidades formais na reunião que o afastou do cargo, incluindo a inexistência de pedido válido de licença, a inobservância do prazo mínimo de convocação e a falta de instauração de processo no Conselho de Ética, exigido pelo estatuto partidário para destituição de dirigentes eleitos. Embora o pedido liminar tenha sido inicialmente negado em primeiro grau, o TJDFT entendeu que havia probabilidade do direito e risco de dano, sobretudo diante da proximidade das eleições de 2026 e da administração de recursos do Fundo Partidário por uma direção não registrada em cartório.
Ao STF, Comte sustentou que a decisão do TJDFT violaria a autonomia partidária assegurada pela Constituição e por precedentes da Corte. Alegou ainda que a interferência judicial impactaria diretamente o processo eleitoral de 2026 e pediu liminar para suspender os efeitos da decisão que restituiu Freire ao cargo.
Na decisão, o decano do STF concluiu pela “inadmissibilidade do pedido” e negou seguimento à reclamação, julgando prejudicado o pedido liminar. Para o ministro, os precedentes citados por Comte tratam de ingerências externas na autonomia partidária, o que não se verifica no caso concreto.
Segundo o relator, a controvérsia envolve disputa interna de natureza estatutária, restrita à verificação da regularidade formal do procedimento adotado pelo Diretório Nacional do Cidadania para alterar a composição de sua Comissão Executiva. “Trata-se, portanto, de litígio que não decorre de intervenção externa indevida na esfera de autonomia partidária, mas da aplicação e interpretação das normas internas da própria agremiação”, afirmou Gilmar Mendes.
O ministro também destacou que não houve aderência estrita entre o ato questionado e os precedentes invocados, requisito indispensável para o cabimento da reclamação constitucional, mantendo, assim, a decisão do TJDFT que reconduziu Roberto Freire à presidência do partido.
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Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã
Os lindos versos do Fado Tropical, declamados por Ruy Guerra no disco Calabar, promovem um interessante diálogo entre Chico Buarque e seu pai, Sérgio Buarque de Hollanda. O personagem dos versos é o “homem cordial” descrito por Sérgio Buarque. E o “cordial” usado pelo historiador nada tem a ver com gentilezas. O sentido é de passionalidade.
Um homem movido pelo coração. Que age, então, como Chico escreve no Fato Tropical: “Mais que depressa a mão cega executa, pois que se não o coração perdoa”. Assim vai o “homem cordial” brasileiro. Sua sina parece sempre alternar momentos de exceção e violência a outros de perdão. E, assim, o “homem cordial” acaba um homem frustrado.
Leia maisEntão, outros versos geniais, esses de Caetano Veloso, resumem a sensação que fica dessas idas e vindas do “homem cordial” brasileiro: “Aqui, tudo parece construção é já é ruína. Ou, nesses também genais de Cazuza: o Brasil se torna, assim, “um museu de grandes novidades”. Há alguns anos, a “mão cega” do então juiz Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil do Paraná, executou o que seria a maior ação de combate à corrupção brasileira.
Na Lava Jato, o Brasil viu serem presos grandes empresários e altas autoridades do país. A construção, porém, virou ruína quando se descobriu que Moro combinava as ações com os procuradores do Paraná, de modo a que eles levantassem as acusações que depois ele transformaria em sentença. Após essa descoberta, praticamente tudo o que a Lava Jato fez se desfez pela anulação dos processos. Agora, o Brasil executa sua maior ação contra outra triste mania política: o golpe que interrompe por vezes o nosso avanço democrático.
Será que, mais uma vez, antes de ser construção, tudo irá virar ruína? Será que outra vez a “mão cega” da punição será seguida pelo “coração” que perdoa? Será que outra vez as ações e os seus executores verão o que fizeram questionados, outra vez levando a que tudo seja desmontado? No cerne, os questionamentos contra o ministro Alexandre de Moraes.
A essa altura, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes já produziu duas notas para tentar explicar suas relações e as do escritório de sua mulher, Viviane Barci, com o Banco Master. Não há provas de irregularidades, mas o caso desgastou imensamente o relator do golpe.
Dizíamos por aqui que a grande preocupação do presidente do STF, Edson Fachin, é com os “esqueletos no armário”, que podem ser usados para justificar eventuais processos de impeachment contra ministros caso de forme um Senado ainda mais hostil após as eleições de outubro do ano que vem.
O caso do impeachment de Dilma Rousseff demonstra que tais processos de afastamento não precisam necessariamente de provas cabais. Bastam indícios. Apesar da cara de julgamento, processos de impeachment são políticos, até porque, no caso, os juízes são parlamentares. São senadores.
Na terça-feira (23), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) protocolou um pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. Talvez esse primeiro pedido venha a ser fadado ao fracasso pelas suas circunstâncias. O Congresso está em recesso, só retorna às suas atividades em fevereiro. Até lá, tudo irá depender de como as coisas evoluirão.
Pelo que se sabe até agora, o contrato do Master com o escritório de Viviane não se concretizou, até porque o banco faliu. Mas ele previa um pagamento mensal de R$ 3,6 milhões durante três anos para a defesa do banco. Infelizmente, muitas vezes os julgamentos políticos invertem o ônus da prova.
Moraes nega que tenha falado com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre o Master quando esteve com ele. Nada disso tem a ver com a tentativa de golpe de Estado. Mas desgasta o dono da “mão cega”, abrindo espaço para que o coração perdoe. E para que outra vez a construção termine em ruína.
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