A notícia da governadora Raquel Lyra que está enviando para a Assembleia Legislativa, na próxima semana, um Projeto de Lei para extinção das Faixas Salariais de PMs e Bombeiros foi duramente criticada pelo deputado Coronel Alberto Feitosa.
“Vir com sorriso no rosto dizer que vai fazer o parcelamento complementar de nível hierárquico desses profissionais até 2026, ano de nova campanha eleitoral? Esse tema foi promessa de campanha de Raquel Lyra em 2022 com o compromisso de executar assim que assumisse o Governo em 2023. Mais de um ano e 2 meses depois vem com essa de cumprir até 2026. Que falta de respeito com a família Bombeiro e Militar!”, criticou o parlamentar.
Ele lembrou que a inflação de 2023 passou de 4,60% e a categoria não teve qualquer reajuste salarial e que a estimativa do IPCA para este ano é de 3,80% de inflação e de 3,51% em 2025. Enquanto isso, o Projeto de Lei que a governadora apresenta é de reajuste escalonado de: 3,50% em junho de 2024, 3,50% em junho de 2025 e 3% em junho de 2026.
O Coronel Alberto Feitosa vem cobrando e lutando pelo cumprimento dessa promessa desde o inicio do ano passado. Ele é autor do Projeto de Emenda Constitucional (PEC17/2023) que pede o fim das faixas salariais para policiais e bombeiros e que já está em votação na Assembleia.
“O Governo tem dinheiro para fazer isso de imediato. Em novembro, a Assembleia Legislativa incluiu, na Lei Orçamentária (LOA), R$ 115 milhões para extinção das faixas. Além disso, entrou com uma ação no STF pedindo para não devolver aos órgãos públicos o excedente da arrecadação de impostos do estado. Já pedi a minha assessoria que fizesse uma Emenda tornando os efeitos desse Projeto de Lei de Raquel Lyra para cumprimento em 30, 60 e 90 dias, não mais que isso. Ela como delegada e qualquer outro parlamentar da segurança pública deveriam se envergonhar desse Projeto de Lei”, disparou o Coronel Alberto Feitosa.
O Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) iniciou, ontem, uma intervenção no quilômetro 34 da BR-232, entre o distrito de Bonança, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, e Moreno, na Região Metropolitana do Recife. O serviço é feito no sentido capital-interior da rodovia.
Por causa da interdição, os motoristas que trafegam pela BR estão sofrendo com congestionamentos de mais de 1h, causando atrasos em seus compromissos. A obra tem como finalidade recuperar 83 placas de concreto do pavimento rodoviário. Os serviços têm previsão de duração total de 30 dias consecutivos.
Durante a intervenção, um desvio temporário estará em funcionamento entre os quilômetros 34 e 34,5. A alteração no tráfego deve permanecer ao longo de todo o dia e da noite. A intervenção também deve impactar diretamente as viagens de Natal e Réveillon, períodos de fluxo intenso na rodovia. Motoristas que seguem para o interior poderão enfrentar atrasos ainda maiores e aumento no tempo de deslocamento.
A capa do meu mais novo livro traz uma cadeira vazia. Uma cadeira simples, gasta e solitária – como as que tantas vezes encontrei nas salas das escolas municipais do Brasil. Essa cadeira vazia simboliza décadas de atraso: crianças sem diagnóstico, professoras sem apoio, famílias exaustas, políticas improvisadas e um Estado que sempre chega tarde.
É o retrato cru do “antes”, daquilo que a inclusão nunca conseguiu ser. A cadeira vazia revela omissão, distância e invisibilidade. Ela denuncia, em silêncio, um país que fingiu não ver o óbvio: milhões de crianças esperando por aquilo que sempre lhes foi direito.
Mas o meu livro, Crianças Invisíveis: Quando a inclusão bate à porta da prefeitura, que será publicado pela Editora IGEDUC, não se limita a denunciar. Ele apresenta o caminho possível. Pela primeira vez, organizamos quarenta protocolos oficiais de inclusão educacional e quarenta ferramentas operacionais que substituem improviso por método, dúvida por clareza e medo por segurança.
Entre esses instrumentos estão o Plano Pedagógico Individualizado, que documenta o primeiro olhar técnico da escola; o Protocolo de Avaliação Inicial, que identifica as necessidades reais da criança; e o Plano Educacional Individualizado da Criança, que reúne metas, estratégias e adaptações para garantir aprendizagem real.
A eles se somam o Registro de Ocorrência Protetiva, que dá segurança jurídica e pedagógica; o Mapa de Regulação Emocional, que prevê crises antes que aconteçam; a Matriz Técnica de Apoios Pedagógicos, que define adaptações concretas; e a Matriz Técnica de Apoios Humanos, que determina, com responsabilidade, a necessidade e a carga horária de cuidador, monitor ou mediador.
Essas ferramentas existem porque não podemos mais pedir a professoras que façam sozinhas o impossível. Não existe inclusão verdadeira em escola que trabalha sem diagnóstico, sem formação, sem apoio emocional e sem proteção institucional. O país precisa admitir que não fracassou por falta de leis, mas por falta de estrutura. A inclusão não se sustenta em frases de efeito. Sustenta-se em método, rotina, registro, responsabilidade e coragem.
Essa arquitetura também foi criada porque os municípios carregam o Brasil nas costas. A União legisla, promete, publica documentos técnicos e discursos generosos, mas não entrega equipes multiprofissionais, não garante financiamento contínuo, não fornece sistemas de diagnóstico precoce, não sustenta o Atendimento Educacional Especializado e não acompanha a realidade concreta das escolas. Quem acolhe a criança é o município. Quem escuta a família é o município. Quem enfrenta a crise é o município. Quem responde ao Ministério Público é o município. Quem ampara professores é o município. Quem sustenta a inclusão é o prefeito, a prefeita, a diretora, a professora e o cuidador.
Por isso, defendo prefeitos e prefeitas. Eles não são culpados pelo que falta; são heróis silenciosos pelo que fazem. Eles não erram por negligência; erram tentando acertar sem apoio. Eles não falham por incapacidade; falham porque a estrutura federativa brasileira empurra tudo para o nível municipal sem entregar condições mínimas. É por conhecer essa verdade que escrevi este livro. E é por isso que o Instituto IGEDUC – que não lança apenas um livro, mas um movimento – decidiu entregar ao país uma nova imagem: a cadeira colorida e honrada do Prêmio Município Amigo da Inclusão Educacional (TEA e TDAHs).
Essa cadeira – a do prêmio – simboliza o “depois”. Ela é o oposto da cadeira vazia da capa. Não está gasta: está viva. Não está esquecida: está celebrada. Não está abandonada: está elevada. Ela não denuncia ausência; ela anuncia compromisso. A cadeira da capa mostra o problema; a cadeira do prêmio mostra a resposta. A primeira pergunta “por que ninguém está aqui?”. A segunda pergunta “quem terá coragem de ocupar este lugar?”. A transição de uma cadeira para a outra representa mais do que metáfora visual: representa a travessia do Brasil entre o abandono e a ação.
E o país precisa dessa travessia. Para isso, precisamos sensibilizar a classe política, que deve compreender que inclusão não é marketing, é método. Sensibilizar os Tribunais de Contas dos Estados, que precisam abandonar a leitura meramente formal e compreender o impacto humano das decisões. Sensibilizar os Ministérios Públicos, que não podem atuar apenas na emergência judicial, mas também na construção de políticas duradouras. Sensibilizar as famílias de crianças com TEA e TDAH, que tantas vezes choraram sozinhas, sem saber se estavam errando ou acertando.
Sensibilizar os governos estaduais e o governo federal, que historicamente deixaram os municípios sozinhos. Sensibilizar o Legislativo, que pode transformar boas práticas em políticas de Estado. Sensibilizar o Judiciário, para que decisões bem-intencionadas não sobrecarreguem as escolas. Sensibilizar a OAB/PE, que tem papel decisivo na defesa dos direitos das crianças. Sensibilizar a imprensa, que pode romper o ciclo de silêncio. Sensibilizar a sociedade, porque inclusão não é caridade – é justiça.
É também urgente sensibilizar os professores. Não existe inclusão verdadeira sem professor protegido, formado e emocionalmente seguro. Todo professor precisa ter clareza de que não está só. Inclusão não pode ser uma exigência, mas uma parceria real entre gestão, equipe técnica, família e território. O professor não deve carregar sozinho a responsabilidade do Estado.
E, ao final, sensibilizar o país para uma verdade simples e inegável: quando o município ocupa seu lugar, a inclusão ocupa o país.
E quem disse que seria fácil? Incluir nunca foi fácil. Reconstruir nunca foi fácil. Transformar nunca foi fácil. Mas está acontecendo. E ninguém poderá alegar desconhecimento: o Brasil não aceitará mais cadeiras vazias. As cadeiras que prefeitos e prefeitas precisam ocupar já estão diante deles. As cadeiras que o Estado brasileiro precisa assumir já estão prontas. As cadeiras que nossas crianças merecem já estão preparadas. Agora é unir forças, ampliar vozes e convocar consciências.
Se existe um legado que desejo deixar com este livro e com esta cadeira é este: nunca mais permitir que uma criança fique de pé, invisível, aguardando que alguém assuma a responsabilidade que sempre foi de todos nós. O Brasil não precisa ser perfeito; precisa ser valente. E valentes são aqueles que ocupam as cadeiras certas, no momento certo, pelo motivo certo: nossas crianças.
Nenhuma cadeira vazia. Nenhuma criança invisível.
*Advogado, mestre em Educação pela UFPE, fundador do Instituto IGEDUC e presidente do ICE – Instituto Confraria da Educação
O discurso de vitimização adotado, mais uma vez, pela governadora Raquel Lyra (PSD) na inauguração da barragem de Panelas, em Cupira, ontem, não encontra respaldo nem mesmo na dinâmica recente da política local. Basta lembrar que o ex-governador Paulo Câmara enfrentou vaias em diversos eventos nos quais esteve ao lado do presidente Lula – episódios públicos e amplamente noticiados.
Ou seja, pressão, desgaste e cobrança não são fenômenos exclusivos, muito menos dirigidos a ela por alguma condição pessoal. Fazem parte do jogo político e tratá-los como prova de perseguição acaba soando mais como um recurso retórico do que como uma análise honesta do cenário.
Nesse sentido, transformar essa narrativa em uma muleta para se apoiar no discurso da diversidade pode soar desproporcional. A pauta é séria, necessária e legítima, mas perde força quando usada como escudo para críticas que, na verdade, dizem respeito a gestão, decisões e rumos políticos – dimensões que qualquer governante, homem ou mulher, precisa enfrentar.
Além disso, causa certo estranhamento a forma como a própria governadora se coloca, no mesmo discurso, como uma “referência” para as mulheres. Autoelogios raramente produzem boa impressão; soam calculados, artificiais e até desconectados da percepção pública.
Referência é algo que se conquista pelo conjunto das ações, e não pela autodeclaração. Quando um líder precisa afirmar isso sobre si mesmo, cria-se quase sempre o efeito inverso: o público tende a receber a mensagem com desconfiança.
Por exemplo, ela não foi referência para as mulheres quando, nas duas oportunidades que teve de indicar uma desembargadora mulher para o Tribunal de Justiça de Pernambuco, seguiu o caminho oposto.
Em vez de buscar abrigo em narrativas vitimistas ou em autopromoções, seria mais eficaz enfrentar diretamente as críticas e apresentar resultados concretos. É isso, no fim, que consolida liderança – especialmente para quem deseja, de fato, ser visto como exemplo.
Daqui a pouco, a partir das 9 horas, participo da última assembleia do ano do ComagSul, o consórcio de prefeitos da Mata e do Agreste de Pernambuco. A convite do presidente da instituição, Josué Mendes (PSB), prefeito de Agrestina, farei uma apresentação do meu livro ‘Os Leões do Norte’, que está sendo difundido em todas as escolas do Estado como manual de pesquisa.
Amanhã, às 10h, será a vez de Bonito receber ‘Os Leões do Norte’, o evento acontece no colégio Paulo Viana de Queiroz, com apoio do prefeito Rui Barbosa (PSB). Na sexta-feira, enfim, encerro o agendão em Catende, às 10h, na quadra da escola Álvaro do Rêgo Barros, com apoio da prefeita Dona Graça.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
“Até 2030, o trecho pernambucano da Transnordestina deve estar pronto”, diz Alex Azevedo
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
Entusiasta dos investimentos em ferrovias, o advogado e engenheiro Alex Azevedo, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), desde setembro deste ano, garantiu que o trecho da Transnordestina que beneficia Pernambuco deverá ficar pronto nos próximos cinco anos. A obra é uma das principais sob fiscalização da Agência e foi paralisada no Governo Bolsonaro (PL). Mas o edital de licitação da retomada no trecho a partir de Salgueiro, no Sertão, já foi publicado.
Alex Azevedo foi o entrevistado de ontem (2) do podcast ‘Direto de Brasília’, comandado pelo titular deste blog, em parceria com a Folha de Pernambuco. Para ele, investir em ferrovias é caro, mas necessário. Quando assumiu o comando da ANTT, Alex se comprometeu com a Transnordestina.
“É uma obra de décadas que começa a se concretizar. São 680 quilômetros e a ANTT tem papel central em garantir que ela cumpra sua função de integrar a região e abrir novas oportunidades de desenvolvimento. Esse será um dos nossos grandes focos”, enfatizou, no discurso de posse.
Ontem, destacou a necessidade de ampliar a malha ferroviária brasileira. “Um país como o nosso, com o potencial que temos, a riqueza que produzimos, do agro, as exportações que temos, tudo que somos e queremos ser ainda. Então, temos que ter uma malha ferroviária que transporte essa riqueza”, asseverou Alex.
De acordo com o diretor, o trecho de Salgueiro até Suape está na Infra s/a, uma empresa que juntou a Valec Engenharia com a EPL, de planejamento e logística. “Ela está também sob o guarda-chuva do Ministério dos Transportes e é a maior empresa de logística e de projetos do país. Ela vai licitar a obra”, relatou, destacando que os recursos serão do Orçamento Geral da União.
Ainda segundo o diretor, já há R$ 3 bilhões para o início das obras em Pernambuco. O total da ferrovia na região está orçado em R$ 15 bilhões, dinheiro, de acordo com Alex, que vem do Fundo Nacional do Desenvolvimento do Nordeste e da Sudene, além do Orçamento Geral da União. “Posteriormente, esse trecho também será concedido”, destacou.
Decisão equivocada – Paralisar as obras da Transnordestina em Pernambuco foi uma “decisão equivocada” de Bolsonaro, segundo Azevedo. “A Transnordestina são 1.700 quilômetros. O projeto original começa em Eliseu Martins, no Piauí, vai até Salgueiro, sobe até Pecém, no Ceará, e vai de Salgueiro até Suape, no Porto de Pernambuco. O governo passado, penso que numa decisão equivocada, determinou que o trecho entre Salgueiro e Suape inviabilizaria economicamente o trecho do Piauí até o Ceará. O governo atual, sensível às reivindicações, não só de Pernambuco, assumiu o compromisso (de retomar)”, explicou Alex.
Sabatina adiada – Em guerra com o Planalto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou, ontem (2), o cancelamento da sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, escolhido pelo presidente Lula (PT) para substituir Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a votação da indicação no plenário do Senado estavam previstas para o dia 10 de dezembro.
Estratégia – Para ganhar tempo e viabilizar reuniões de Messias com senadores, o Governo Lula não enviou ao Senado a mensagem que formaliza a indicação de Messias. Sem isso, a Casa Alta não consegue analisar a indicação no cronograma anunciado por Alcolumbre e pelo presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA). As informações são do portal G1. Em comunicado a senadores, o presidente do Senado classificou a demora do Governo Lula em formalizar a indicação com o envio da mensagem como “grave e sem precedentes”.
Centro Debate – Quarenta anos depois da histórica eleição municipal do Recife, o Centro Debate, escritório político do ex-governador e ex-senador Jarbas Vasconcelos, promoverá um grande encontro para celebrar a disputa de 1985 – ano que marcou o retorno do voto direto e a eleição de Jarbas como prefeito da capital. O evento será realizado hoje, às 17h. Com o tema “Esse cara é a cara da democracia”, o encontro reunirá antigos colaboradores, lideranças políticas e personalidades que participaram ativamente da reconstrução democrática em Pernambuco.
Lula com as mulheres – Em visita a Pernambuco, ontem, o presidente Lula emocionou o público do evento em Ipojuca, no Grande Recife, ao fazer um discurso poderoso em favor das mulheres e contra a violência doméstica. Lula usou o poder da sua voz como presidente para chamar os homens à responsabilidade, diante das atrocidades que acontecem todos os dias com mulheres e meninas no Brasil. O presidente convocou os homens para um movimento nacional de combate à violência contra as mulheres. “Cada um de nós homens precisamos ser um professor do outro homem. Cada um de nós temos que educar os nossos filhos. É preciso que haja o movimento nacional dos homens. Estamos precisando de caráter, de dignidade, educação, respeito às nossas companheiras, às mulheres, que se não fossem elas a gente nem existia”, enfatizou Lula.
CURTAS
SILVINHO ALINHADO COM LULA – O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP), também estava em Ipojuca e fez questão de ressaltar que o presidente Lula não tem faltado com Pernambuco. Ele lembrou ações estruturantes nas BRs 104, 232 e 423, a construção de barragens, adutoras e institutos federais, além da ampliação de programas sociais já consolidados, como o Bolsa Família, o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida. “O presidente Lula está promovendo, em Pernambuco, o maior volume de investimentos da história”, declarou Costa Filho.
JANJA TAMBÉM ESTAVA EM PE – O Ministério da Saúde e o Ministério da Pesca e Aquicultura lançaram a estratégia Mais Saúde para as Mulheres das Águas, para fortalecer o cuidado e o acesso à saúde de pescadoras artesanais, ribeirinhas e populações costeiras e marítimas. O lançamento aconteceu ontem, em Itapissuma, no litoral norte de Pernambuco, com a presença da primeira-dama, Janja Lula da Silva, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do ministro da Pesca, André de Paula (PSD).
LULA NO CEARÁ – Depois dos compromissos em Pernambuco, o presidente Lula seguiu para Fortaleza (CE), onde, hoje (3), participará da cerimônia de entrega das CNDBs (Carteiras Nacionais Docentes do Brasil) e de equipamentos do Programa Mais Professores. As passagens pelo Nordeste são sempre importantes para manter aquecido o capital político de Lula na região.
Perguntar não ofende: “O Código Penal Brasileiro tem pena para fazer justiça a um animal irracional como esse?”, questionou Lula, sobre homens que matam e violentam mulheres.
O município de Goiana, na Zona da Mata Norte, sediou, há pouco, a palestra seguida da sessão de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado no auditório da Fadimab e contou com o apoio do prefeito Marcílio Régio (PP) e a presença de diversas autoridades.
Os secretários de Comunicação, Fernando Veloso, e de Educação, Carlos Viegas.
Estiveram presentes no evento o secretário de Comunicação, Fernando Veloso, o secretário de Educação e Inovação, Carlos Viegas Junior, a assessora Técnica Especial da Secretaria de Educação, Joana Botelho, o assessor Especial da Presidência da Autarquia Municipal do Ensino Superior de Goiana, Carlos Botelho, o professor e pesquisador, Marcos Paulo, e Fred Mocok, representante do Conselho Estadual de Administração. Também marcou presença o marqueteiro René Bensoussan.
O representante do Conselho Estadual de Administração, Fred Mocok.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O cerimonialista, professor e pesquisador Marcos Paulo.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
O marqueteiro René Bensoussan.Gilson Neves, da Rádio Nova FM de Goiana.Kito Nogueira, âncora da Goiana FM
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Recentemente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se reuniu com diretores de diversas agências reguladoras. Uma das reivindicações em comum das referidas cúpulas é a autonomia financeira. Ainda no primeiro semestre, as reguladoras foram profundamente afetadas com um decreto do governo federal que impôs o contingenciamento das despesas, com cortes que chegaram a mais de 30% em algumas estatais.
Para o diretor da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Alex Azevedo, é importante que o grupo tenha articulação com o Parlamento para cumprir seu papel e atuar em benefício do consumidor. “É importante que as agências reguladoras tenham sempre essa interlocução com o Parlamento, principalmente o Senado, onde todos fomos sabatinados. Nós estamos com a reivindicação, assim como todas as áreas reguladoras, de ter uma autonomia financeira. Nós da ANTT colocamos R$ 1,2 bilhões por ano no Orçamento da União, e esse ano tivemos grandes problemas no corte do orçamento”, afirmou Alex, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Os cortes, segundo ele, vieram em um momento em que a ANTT vem “alargando seu portfólio” de concessões. “O Brasil tem 75 mil quilômetros de estradas federais, e nós podemos chegar, com as concessões que serão finalizadas até 2026, a 25 mil quilômetros de estradas concessionadas, sob fiscalização da ANTT. É um terço. O resto fica sob os investimentos do DNIT. Fora as ferrovias, então isso nos dá uma responsabilidade muito grande, e precisamos de mão de obra, de mais tecnologia, de investimentos nessa área, porque é assim que a gente vai entregar um serviço. Por isso estamos pleiteando essa autonomia financeira e orçamentária”, justificou o diretor.
O atraso nas obras do trecho da Ferrovia Transnordestina para Pernambuco foi causado por uma “decisão equivocada” do Governo Bolsonaro. Essa é a avaliação do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Alex Azevedo. Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, ele avaliou que a obra foi retomada pelo Governo Lula, e deverá evoluir nos próximos anos, enquanto outros trechos, como o que vai até o Porto de Pecém, no Ceará, estão quase concluídos.
“A Transnordestina são 1.700 quilômetros. O projeto original começa em Eliseu Martins, no Piauí, vai até Salgueiro, sobe até Pecém, no Ceará, e vai de Salgueiro até Suape, no Porto de Pernambuco. O governo passado, penso que numa decisão equivocada, determinou que o trecho entre Salgueiro e Suape inviabilizaria economicamente o trecho do Piauí até o Ceará. O governo atual, sensível às reivindicações, não só de Pernambuco, assumiu o compromisso (de retomar)”, ressaltou Alex.
Segundo o diretor da ANTT, o trecho de Salgueiro compõe nove lotes, e apenas os três primeiros estão prontos. “No início do mês, foi lançado um edital para o lote 4, que tem 35% das obras prontas. O lote 5 tem 27%. E aí tem o restante dos lotes, e no caso o 8 e o 9, que já são chegando no perímetro do porto, não existe nada. A Infra s/a fez o projeto, que já está pronto, já foi lançado o primeiro edital e a obra vai ser reiniciada. Nós temos R$ 3 bilhões para o início das obras. A obra no planejamento total, dos 1.700 quilômetros, são R$ 15 bilhões”, completou.
Esse dinheiro, segundo Alex, vem do Fundo Nacional do Desenvolvimento do Nordeste e da Sudene, além do Orçamento Geral da União. “Posteriormente, esse trecho também será concedido”, concluiu.
Em maio de 2022, em São Paulo, a então deputada federal Marília Arraes (SD) aproveitou um ato público com a presença de Lula (PT), aproximou-se do petista e o surpreendeu, colocando-lhe um chapéu de palha na cabeça. O gesto simbólico foi uma referência ao programa “Chapéu de Palha”, criado pelo avô, Miguel Arraes, quando governador de Pernambuco.
Pelas fotos, pelos vídeos, deu para perceber que Lula não ficou inteiramente à vontade com o gesto de Marília. Hoje, em Pernambuco, uma situação parecida ocorreu, quando da passagem do presidente da República pelo Estado.
Lula e Raquel Lyra (PSD) participavam de um ato em Ipojuca, na Região Metropolitana, quando a governadora chegou perto do ex-presidente e forçou um pouco a situação para uma foto juntos. Só que Raquel não usou um chapéu, logicamente. Estava com a bandeira de Pernambuco nas mãos e a foto foi tirada com ela segurando o símbolo estadual.
Alguns jornalistas e veículos de comunicação registraram que Lula não gostou muito da “forçada de barra”, da mesma maneira que não aprovou a atitude de Marília, três anos e sete meses atrás. Além desse gesto que chamou a atenção, a governadora fez um discurso de 20 minutos, com indiretas para os adversários. Vaiada em alguns momentos, reagiu da seguinte maneira: “Se eu fosse um homem não estaria sendo vaiada”, falou.
Empossado como diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) desde setembro, o paraibano Alex Azevedo é um grande defensor das ferrovias. Uma das principais obras sob fiscalização da estatal é a Transnordestina, sonho antigo do Nordeste e que deverá ter o trecho que beneficia Pernambuco concluído nos próximos cinco anos, como avalia o diretor.
“Esse trecho de Salgueiro até Suape está na Infra s/a, que é uma empresa que juntou a Valec Engenharia com a EPL, de planejamento e logística. Ela está também sob o guarda-chuva do Ministério dos Transportes, e é a maior empresa de logística e de projetos do país. Ela vai licitar a obra. O dinheiro virá do Orçamento Geral da União num primeiro momento, depois dependo das concessões, do futuro e do andamento da obra, possa ser até que se faça algum tipo de licitação e a própria empresa vencedora termine a obra. Mas eu acredito que até 2029 ou 2030 nós teremos esse trecho de Suape pronto”, previu, em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’.
Ele ressaltou que os investimentos em ferrovias são caros, mas necessários, e que as obras tendem a sofrer atrasos por essa questão. Ele citou como exemplo a Ferrovia Norte-Sul, que começou a ser discutida em 1985, ainda no Governo José Sarney, e só foi concluída este ano. “Os investimentos em ferrovias são muito caros, mas têm que ser feitos. Um país como o nosso, com o potencial que temos, a riqueza que produzimos, do agro, as exportações que temos, tudo que somos e queremos ser ainda. Então, temos que ter uma malha ferroviária que transporte essa riqueza”, destacou Alex.
Após oficializar a ampliação da capacidade operacional da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, no Grande Recife, o presidente Lula (PT) encerrou a agenda de compromissos em Pernambuco, na tarde de hoje, em Cupira, no Agreste do Estado.
Na agenda, o presidente inaugurou a Barragem Panelas II e anunciou a retomada das obras da Barragem de Garapeba, localizada em São Benedito do Sul, na Zona da Mata Sul do estado, com a presença da governadora Raquel Lyra (PSD), do prefeito do Recife, João Campos (PSB), do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT) e outros ministros de Estado, parlamentares aliados, entre outras autoridades.
“Estou orgulhoso. Hoje é um dia feliz para mim. Porque quando vejo uma adutora dessa, quando apertamos aquele botão e vimos aquela água jorrando, para quem saiu na seca do Nordeste ver uma coisa daquela, fica realizado como ser humano. Mas temos que fazer muito mais!”, comentou o presidente Lula. Em seu discurso, ele compartilhou sua própria história de vida como retirante nordestino e as dificuldades que enfrentou ao longo da vida até virar presidente.
Em seu discurso, Lula buscou listar as realizações do seu governo, com destaque para a importância da transposição do Rio São Francisco para a segurança hídrica do Nordeste e diversos programas como o Luz Para Todos, o Pé de Meia, a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil, além das universidades e institutos federais inaugurados pelas gestões petistas.
Retomada das obras
As ações reforçam a segurança hídrica na Zona da Mata Sul de Pernambuco e fazem parte do sistema integrado de controle e regularização de cheias dos rios Una e Sirinhaém, estruturado após as grandes inundações de 2010 e 2017. O complexo de barragens tem como objetivo amortecer picos de vazão, proteger áreas urbanas vulneráveis e assegurar a regularização hídrica para consumo humano e uso produtivo regional.
“Em 2010, a fúria das águas deixou cicatrizes na Mata Sul. Vidas foram perdidas e mais de 80 mil pessoas ficaram desabrigadas. O presidente Lula tomou uma atitude e propôs que o governo federal fizesse um projeto que garantisse que através de um sistema de barragem, pudesse proteger o povo”, lembrou Waldez Góes, que destacou as ações do Novo PAC para obras de infraestrutura hídrica.
“Onde havia ruínas, o presidente Lula está erguendo segurança, onde havia descaso, o presidente Lula está trazendo compromisso, para que a chuva não seja mais motivo de desespero”, completou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.
“Chego aqui no dia do meu aniversário, mas o presente é para o senhor. Obrigado por me permitir entregar uma obra que é a redenção de Pernambuco. (…) Sou filha desse chão, me criei aqui no Agreste de Pernambuco. Fui forjada na democracia e sei lutar o bom combate. E quando me elegeram para ser a governadora de Pernambuco eu me coloquei para concluir obras que não foram realizadas”, agradeceu a governadora Raquel Lyra.
As barragens de Panelas II e Igarapeba beneficiarão cerca de 350 mil pessoas, protegendo-as das cheias nos anos muito chuvosos na Bacia do Rio Una, que costumam atingir vários municípios da Mata Sul de Pernambuco, com capacidade de 17 milhões de m3 de armazenamento. Panelas II vai operar na contenção de enchentes de cidades da Mata Sul, como Belém de Maria, Lagoa dos Gatos e Catende. Já Igarapeba controlará as enchentes em São Benedito do Sul, Maraial, Jaqueira, Catende e Barreiros, todas na Mata Sul. As duas barragens foram iniciadas em 2012 e paralisadas entre 2014 e 2015. Na época, a barragem de Igarapeba tinha um índice de execução de 27% e Panelas II, de 40%.
Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Alex Azevedo, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!