Um grupo de ex-chefes de Estado, que fazem parte da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), classificaram a decisão da justiça da Venezuela de ratificar a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição presidencial ocorrida em julho como um “golpe de Estado”.
O grupo diz que a não divulgação das atas eleitorais e a falta de uma análise isenta dos documentos eleitorais configuram a acusação de golpe de Estado e alegam que o vencedor do pleito foi o opositor Edmundo González Urrutia.
Leia maisA oposição venezuelana realizou esforço paralelo para divulgar mais de 80% das atas eleitorais de maneira independente. A análise dos documentos divulgados mostram que González foi o vencedor da eleição.
“Esta decisão constitui um típico golpe de Estado contra a soberania popular, expressa na clara decisão dos venezuelanos de eleger Edmundo González Urrutia como Presidente da República. Isto é confirmado por relatórios técnicos da ONU, da OEA e do Carter Center”, afirmou o Idea em comunicado.
A entidade diz ainda que caso se confirme um novo mandato de Maduro, isso irá significar um “golpe final em todos os elementos essenciais da democracia na Venezuela, tais como o acesso ao poder de acordo com o Estado de direito, o respeito pelos direitos humanos, eleições livres e justas baseadas no sufrágio universal e secreto como expressão da soberania do povo”.
A declaração é assinada por ex-presidentes de países como Costa Rica, Espanha, México, Colômbia, Argentina, Paraguai, Panamá, El Salvador, Chile, Equador, República Dominicana, Uruguai e Bolívia.
Do Valor Econômico
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