O Instituto Ar, organização da sociedade preocupada em ações que melhorem a qualidade do ar do planeta, está apoiando a mobilização de entidades ambientais diversas de todo o Brasil por uma reação da sociedade contra o aquecimento global e pela melhoria da saúde das populações.
Essa mobilização, que é constante, na prática foi intensificada nas últimas semanas com a aprovação, pelo Congresso, do Projeto de Lei (PL) Nº 2.159/21 – que muda as regras de licenciamento ambiental do país. O projeto foi sancionado com 63 vetos pelo presidente Lula que, agora, terão de ser chancelados pelo Congresso.
Leia maisA mobilização tem como um dos objetivos, convencer os parlamentares para que não rejeitem esses vetos. Os integrantes do Instituto lembraram que o debate tem como pano de fundo o mesmo propósito deles: lutar por uma integração forte que conscientize as pessoas no sentido de evitar a proliferação de doenças e a má qualidade do ar.
Risco para a saúde
As preocupações com as regras que flexibilizam o licenciamento ambiental passam, principalmente, pela saúde da população. Uma das instituições que divulgou nota a respeito, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destacou que “sem a devida análise dos impactos ambientais, o projeto enfraquece uma etapa essencial de prevenção de doenças relacionadas à poluição, ao uso inadequado da água e à degradação de territórios”.
Na mesma linha, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) alertou para riscos aos compromissos climáticos do país e para as consequências a serem observadas na saúde das pessoas.
Abordagem coordenada
Para representantes do Instituto Ar, “a interligação entre poluição do ar e mudanças climáticas exige uma abordagem coordenada”. Uma vez que estudos apresentados reforçam que os poluentes atmosféricos não atuam isoladamente, mas interagem em complexos mecanismos de feedback que podem amplificar ou mitigar seus efeitos.
A entidade destacou que a qualidade do ar está diretamente ligada a doenças respiratórias, cardiovasculares e ao agravamento de condições crônicas, especialmente em crianças, idosos e populações vulneráveis. Dados apresentados reforçam que a redução de poluentes climáticos de curta duração, como metano e carbono negro, pode trazer impactos positivos imediatos, reduzindo hospitalizações e óbitos prematuros.
Por isso, o instituto propõe a ampliação de parcerias entre cientistas, formuladores de políticas e sociedade civil. “A ciência já comprovou que políticas integradas podem reduzir drasticamente doenças e salvar milhões de vidas. Agora, o desafio é garantir que essa evidência se traduza em ação concreta”, enfatizam seus integrantes.
Necessidade urgente
Em março passado, durante encontro sobre política climática e qualidade do ar na Climate and Clean Air Conference 2025, realizada em Brasília, representantes do Instituto Ar reforçaram a necessidade urgente dessas questões serem tratadas conjuntamente para proteger a saúde humana e o meio ambiente.
“A interconexão entre mudança climática e poluição do ar não pode ser ignorada. Ao combater simultaneamente as emissões de gases de efeito estufa e os poluentes atmosféricos, maximizamos os benefícios para a saúde e salvamos vidas”, acentuou uma nota da entidade.
Apoio da Ecoquest
Também as empresas estão preocupadas com a qualidade do meio ambiente. Além da necessidade de articulação conjunta entre os órgãos públicos, ambientais e governos, a iniciativa privada tem chamado a atenção para os cuidados, neste período de incertezas com a falta de higienização adequada dos ambientes para minimizar a exposição a fungos, protegendo assim a saúde individual e coletiva.
Conforme dirigentes e técnicos da Ecoquest, empresa que possui um trabalho especializado nesse tipo de serviço, o mercado hoje dispõe de sistemas e tecnologias de ponta para descontaminação de ambientes, tratando problemas de contaminação cruzada, mofo gerado por fungos ou odores. Os especialistas da empresa destacam que, seja em casa, no escritório, no hospital ou em uma grande indústria, evita-se a proliferação microbiológica, mantendo a boa qualidade do ar interno e o controle da umidade.
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