O estilo Marco Maciel
Será em 24 de agosto, na sede da Academia Brasileira de Letras, no Rio, o lançamento do livro “O estilo Marco Maciel”. O autor, jornalista Magno Martins, recebeu da editora, na sexta, a bela capa do livro, já finalizada.
O estilo Marco Maciel
Será em 24 de agosto, na sede da Academia Brasileira de Letras, no Rio, o lançamento do livro “O estilo Marco Maciel”. O autor, jornalista Magno Martins, recebeu da editora, na sexta, a bela capa do livro, já finalizada.
O deputado estadual Edson Vieira (União Brasil) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (15), para cobrar do Governo do Estado a recuperação urgente da PE-86, rodovia de aproximadamente 15 quilômetros que liga os municípios de Orobó e Machados, no Agreste Setentrional. O parlamentar afirmou que o trecho, essencial para o escoamento da produção de banana — principal atividade econômica da região —, segue em situação precária, apesar de já ter sido alvo de promessas e licitações anteriores.
Durante o pronunciamento, Vieira destacou que a estrada é uma reivindicação antiga da população e lembrou o trabalho do atual prefeito de Surubim, Cléber Chaparral, que, enquanto deputado estadual, defendeu a obra junto ao Governo. “A PE-86 tem sido uma luta antiga do prefeito Chaparral, que já cobrou diversas vezes a recuperação da estrada durante seu mandato nesta Casa e, mesmo agora, continua acompanhando de perto essa demanda. O Governo precisa agir agora”, afirmou o parlamentar, ressaltando que o abandono do trecho compromete a mobilidade, o transporte escolar e o acesso aos serviços de saúde.
O deputado ainda reforçou a importância da obra para o desenvolvimento econômico do Agreste Setentrional. “A conclusão da PE-86 é fundamental para reduzir perdas, diminuir custos e ampliar oportunidades, fortalecendo o Agreste como polo produtor de banana. Essa reivindicação não é apenas de Orobó e Machados, mas de toda a região. O Governo precisa agir imediatamente”, concluiu Edson Vieira.
Leia menosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quinta-feira (16) com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e lideranças evangélicas no Palácio do Planalto.
Evangélico, Messias é um dos favoritos para ocupar a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.
O bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, e o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) participaram do encontro no gabinete do presidente. A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) também compareceu.
O nome de Messias para uma vaga na Suprema Corte conta com o apoio de alguns membros da bancada evangélica no Congresso, inclusive de parlamentares que não são governistas. As informações são do g1.
Leia maisInclusive, o ministro já foi acionado pelo governo Lula em outros momentos para construir pontes com a bancada e com a população evangélica.
Em uma postagem nas redes sociais, Lula disse que o encontro foi “especial, de emoção e fé”.
O presidente afirmou que, durante a reunião, o pastor relatou o crescimento da igreja evangélica no país e o acolhimento aos fiéis.
“Pude reiterar a relação de respeito que tenho pela Assembleia de Deus e o relevante trabalho espiritual e social promovido pela igreja. Um trabalho pautado em valores cristãos que também mobilizam as ações do nosso governo: respeito, fraternidade, comunhão e apoio às famílias”, disse Lula.
Lula relatou ter recebido presentes durante o encontro: a Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja. Uma oração também foi feita durante a reunião.
Após o encontro, o deputado Cezinha afirmou que a agenda foi uma visita de cortesia. Ele disse que não trataram sobre indicação para vaga no STF.
“Nós estamos num período um pouco conturbado em tudo que está acontecendo e nós oramos pelo presidente, só isso. Nós não viemos aqui pedir nada. Por ninguém. Nós nunca pedimos nada. Nós fomos convidados pelo presidente da República e aqui estamos para acreditá-los”, disse o deputado.
Aceno aos evangélicos
Na última pesquisa Quaest, divulgada neste mês, Lula seguia mais desaprovado (63%) do que aprovado (34%) entre os evangélicos.
No mês passado, Lula criticou quem faz uso político de crenças religiosas e afirmou que a religião não pode ser explorada eleitoralmente. O petista deu as declarações durante entrevista ao podcast Papo de Crente – programa da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.
Embora tenha dito que não concorda com o uso eleitoral da religião, na campanha de 2022, Lula lançou um documento intitulado “Carta Compromisso com os Evangélicos”, que foi apresentado durante um evento com pastores em um hotel de São Paulo.
Na carta, Lula defendia a liberdade religiosa e reforçava ser contra o aborto, entre outras questões caras ao eleitorado evangélico.
Depois de eleito para o terceiro mandato como presidente, Lula fez vários acenos ao público evangélico – que nas eleições de 2022 deu maioria de votos a Jair Bolsonaro – recheando discursos com citações a Deus e recebendo lideranças religiosas no Palácio do Planalto.
Leia menosBlog da Folha
O deputado federal Felipe Carreras (PSB) apresentou, hoje, o Projeto de Lei 4791/2025, que propõe regras nacionais para inspeção, manutenção e certificação desses equipamentos em espaços públicos e privados de uso coletivo. A inspiração do projeto nasceu de uma constatação preocupante: todos os anos, milhares de crianças sofrem acidentes em parquinhos e brinquedos por falta de manutenção ou fiscalização adequada.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 33 mil crianças com menos de 10 anos foram internadas em hospitais do SUS em 2023 em decorrência de quedas – e os brinquedos e parques infantis estão entre os locais mais frequentemente citados. Entre 2014 e 2023, o número de internações por quedas nessa faixa etária ultrapassou 335 mil casos, revelando um cenário de risco real e recorrente.
Leia maisO projeto propõe a criação de um marco nacional de segurança, aplicável a todos os brinquedos e parques infantis instalados em áreas públicas de uso coletivo, como praças, parques e escolas; áreas privadas de uso coletivo, como condomínios, clubes, escolas particulares, hotéis e centros comerciais.
A proposta transforma em obrigação legal as normas técnicas já consolidadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), garantindo que todos os brinquedos sejam projetados, instalados e mantidos dentro dos padrões de segurança reconhecidos.
Cada parque ou área recreativa deverá ter um responsável legal – pessoa física ou jurídica, pública ou privada – manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, com registros simplificados das inspeções e reparos realizados.
Além disso, o texto estabelece a realização de uma Vistoria Anual de Segurança, com emissão de um Selo de Conformidade, que deverá ser afixado em local visível ao público. Essa vistoria atestará a regularidade e segurança do espaço, reforçando a transparência e a confiança das famílias.
O descumprimento da lei sujeitará o infrator a sanções graduadas conforme a gravidade da infração, nos termos do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990): advertência; multa; interdição temporária do equipamento; e cassação da autorização de funcionamento.
Para garantir uma transição responsável e possível, o projeto prevê prazos escalonados de adequação: 18 meses para capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes; 24 meses para municípios entre 50 mil e 500 mil habitantes; 36 meses para municípios com menos de 50 mil habitantes.
A proposta do deputado Felipe Carreras não pretende substituir as ações locais, mas estabelecer um piso nacional de segurança, permitindo que estados e municípios criem normas ainda mais protetivas, sem deixar nenhuma criança desassistida.
Leia menosO presidente nacional do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou, hoje, que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é a “cereja do bolo” da renovação política brasileira. A declaração foi feita durante almoço promovido pelo Grupo Voto, em São Paulo, que reuniu lideranças de diferentes partidos do centro político. As informações são do portal Estadão.
Kassab destacou que o PSD deve lançar candidaturas próprias ao governo em cerca de 12 Estados nas eleições de 2026 e que o partido seguirá aberto à formação de alianças regionais. “Acredito que teremos candidatura própria em aproximadamente 12 Estados e caminharemos nos demais com alianças importantes. Em praticamente todos os Estados nós temos bons pré-candidatos a governador. Vamos lançar em todos? Evidente que não”, afirmou.
Leia maisKassab citou nomes que, em sua avaliação, simbolizam a nova geração de lideranças políticas com projeção nacional. Entre eles, mencionou o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT); a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD); o prefeito do Recife, João Campos (PSB); o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD); e o prefeito de Curitiba (PR), Eduardo Pimentel (PSD).
“E, a cereja do bolo, talvez aquele que expressa com mais intensidade essa renovação com qualidade: o Tarcísio de Freitas, de São Paulo”, disse Kassab. “O PSD tem o seu rumo. Nós temos dois pré-candidatos à Presidência da República: o Ratinho Júnior e o Eduardo Leite. No caso de o Tarcísio ser candidato, nós caminharemos com ele nessa candidatura”, reforçou.
Durante o discurso, Kassab defendeu que o Brasil precisa iniciar um novo ciclo de reformas estruturais e apontou a reforma administrativa como prioridade. Segundo ele, o projeto relatado por Pedro Paulo e conduzido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), representa um primeiro passo importante nesse processo, mas ainda será necessário avançar em outras mudanças que promovam “maior eficiência da máquina pública e redução de gastos”.
Ele acrescentou que a otimização dos recursos públicos deve ser o foco da política fiscal brasileira nos próximos anos. “Não dá mais para contarmos apenas com investimentos extraordinários ou com aumento de carga tributária. Precisamos otimizar recursos. E esses recursos não podem vir de arrecadação extra baseada em aumento de impostos”, concluiu.
Leia menosPoder360
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, hoje, que a Defensoria Pública da União (DPU) apresente a defesa prévia do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito em que ele é acusado de coação no curso do processo. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) em 22 de setembro.
A medida foi tomada depois de o congressista, que está nos Estados Unidos, não responder à notificação por edital expedida pelo Supremo. O prazo para manifestação se encerrou em 15 de outubro, conforme certificado pela Secretaria Judiciária da Corte.
A denúncia também envolve o jornalista Paulo Figueiredo. Segundo a PGR, ambos atuaram para incentivar sanções comerciais do governo Donald Trump (Partido Republicano) contra o Brasil, a aplicação da Lei Magnitsky e a suspensão de vistos de ministros do STF e de integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como Eduardo Bolsonaro não apresentou defesa no prazo legal, Moraes determinou que o defensor público-geral federal apresente a manifestação em até 15 dias.
O presidente da CPI mista do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e o deputado Alencar Santana (PT-SP) protagonizaram um bate-boca durante reunião de hoje. A discussão foi em torno da criação da comissão, aprovada em junho deste ano.
Na ocasião, a comissão estava prestes a votar um requerimento para convocação de José Ferreira da Silva, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). As informações são do portal G1.
Leia maisO deputado Alencar Santana pediu a palavra, alegando uma questão de ordem, mecanismo que permite ao parlamentar, a qualquer momento da sessão, contestar algum procedimento adotado ou pedir esclarecimentos.
Contudo, ao iniciar sua fala, Santana mencionou que o próprio presidente da CPMI não tinha assinado o requerimento para a sua criação. Ao passo que Viana afirmou que tinha assinado favoravelmente à criação.
“Nós montamos a comissão parlamentar de inquérito, que é previsto tanto na Constituição quanto no regimento interno […]. Eu não assinei [requerimento para criação da CPI] e nem assinaria de novo, mas faço parte como deputado. Só dizer que o presidente também não assinou”, afirmou.
“Não, eu não assinei”, respondeu Viana. “Não está no requerimento”, rebateu Santana. Na versão final do requerimento protocolado na Congresso, no então, não consta assinatura de Carlos Viana. O pedido para criação da CPI foi feito pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), em maio e a listagem final do relatório foi finalizada em junho.
Alencar Santana parou de falar em alguns momentos alegando que estava sendo interrompido. O presidente da CPI mista insistiu em questioná-lo sobre “qual seria a questão de ordem” e Santana afirmou que concluiria seu pensamento.
“Só quero que meu tempo seja revisto”, afirmou Santana. “Não há tempo para questão de ordem”, defendeu Viana.
“Tudo bem, não vai repor meu tempo, mas vou fazer a questão de ordem. A censura prevalece em alguns momentos nessa comissão”, completou o deputado do PT.
Diante dessa alegação, o presidente da CPI afirmou que retomaria a votação, sem que o deputado do PT concluísse a sua fala. A votação terminou com vitória do governo e a rejeição do requerimento para a convocação do irmão do presidente.
Leia menosO ex-deputado estadual e conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, Carlos Porto, enviou, há pouco, ao Blog, uma mensagem falando do privilégio que foi ter convivido de perto com o ex-governador José Ramos. Ramos é um dos 22 ex-governadores retratados no meu livro ‘Os Leões do Norte’, que será lançado na noite de hoje em Araripina, sua terra natal. Confira abaixo a mensagem de Porto:
Caro Magno!
Com mais de 50 anos de vida pública, cheguei a Alepe com 27 anos, tive muita sorte, fui vice-líder de Marco Maciel, em uma bancada liderada por José Ramos. Falta adjetivos na língua pátria para defini-lo. Fui durante os 11 meses líder do seu governo. Nutro por José um misto de idolatria e admiração. Justíssima homenagem. Fraterno Abraço.
Carlos Porto
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso recebeu alta, no início da tarde de hoje, após passar a noite internado em um hospital de Brasília. Barroso sentiu uma indisposição, foi ao hospital para realização de exames e permaneceu em observação. A TV Globo apurou que a suspeita é de se tratar de uma virose.
Não foi publicado um boletim médico a respeito da condição de saúde do ministro. O ministro formalizou seu pedido de aposentadoria antecipada na segunda-feira (13). A concessão da aposentadoria foi publicada nesta quarta no Diário Oficial da União, mas passa a valer apenas no próximo dia 18.
O Ceasa Pernambuco completa, hoje, 63 anos de fundação. Mais antiga central de abastecimento do Brasil, a autarquia chega à data com um histórico de relevância para o desenvolvimento econômico e o abastecimento alimentar do estado – e, nos últimos anos, tem consolidado uma nova fase voltada à modernização de processos, ganho de eficiência, segurança, responsabilidade ambiental e fortalecimento da sua atuação social.
Ao longo de 2023 e 2024, a gestão do presidente Bruno Rodrigues promoveu uma série de reestruturações internas e projetos inovadores. A data comemorativa marca também a oportunidade de apresentar um balanço preliminar dessas iniciativas.
Leia maisEntre os principais avanços estruturais está a requalificação da rede elétrica do entreposto, com a instalação de 10 novos geradores de 500 kVA e manutenção preventiva permanente. A medida reduziu drasticamente as quedas de energia, garantindo maior estabilidade à operação diária.
No controle logístico, a antiga balança de pesagem de caminhões foi substituída por um modelo eletrônico homologado pelo INMETRO e IPEM, com capacidade para até 100 toneladas. O sistema deve ser integrado ao Romaneio Express, solução em fase final de desenvolvimento que permitirá a antecipação de pagamentos e acesso automatizado dos veículos de carga, por meio da ferramenta Ceasa Pay.
Além disso, foi entregue um novo estacionamento coberto com 140 vagas, e mais de 5 mil vagas em todo o entreposto foram reorganizadas e demarcadas. A central conta hoje com uma Central de Segurança Integrada, com vigilância 24 horas e monitoramento por câmeras de última geração. Um drone de patrulhamento aéreo foi incorporado à rotina da equipe – recurso inédito entre as Ceasas do país.
A autarquia também passou a abrigar uma base do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, além de alojamentos para efetivo da Polícia Militar, reforçando a segurança interna e do entorno.
Sustentabilidade e redução de impacto ambiental
Reconhecido nacionalmente por sua atuação na área ambiental, o Ceasa-PE mantém o Programa de Compostagem, responsável por evitar, nos últimos cinco anos, a emissão de 8.108 toneladas de CO₂, segundo dados da UFPE.
A autarquia também migrou sua matriz energética para fontes renováveis, medida que rendeu certificação da Kroma Energia, com redução anual estimada em 397,9 toneladas de CO₂ – o equivalente ao plantio de 272 mil árvores.
Inovação e digitalização de serviços
Com a criação do LABITEC – Laboratório de Inovação Tecnológica do Ceasa, em parceria com o Porto Digital e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, a instituição passou a desenvolver soluções próprias para otimização interna e prestação de serviços.
Entre os resultados está a implementação do CeasaMais, primeiro marketplace digital do país criado por uma central de abastecimento, aproximando produtores e comerciantes do ambiente online.
Já o uso do sistema AgriTrace Vegetal, desenvolvido com ADAGRO, APEVISA e Ministério Público de Pernambuco, permite rastrear a origem dos alimentos, fortalecendo a segurança alimentar e combatendo o uso irregular de agrotóxicos.
Avanços em governança e conformidade
O Ceasa-PE concluiu seu processo de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), revisando fluxos de tratamento de dados e implementando boas práticas de governança.
Internamente, a gestão avançou em frentes como drenagem, pavimentação, reforma de giradouros e modernização dos portões de acesso, com destaque para o Portão 5, já digitalizado, e o Portão 6, em construção.
Responsabilidade social e valorização dos trabalhadores
O programa Sopa Amiga, um dos principais da autarquia, triplicou sua capacidade de produção, saltando de 350 mil para mais de 1,1 milhão de porções anuais, distribuídas a 119 instituições, entre creches, escolas, abrigos e comunidades vulneráveis na RMR e no interior.
No cuidado com as equipes internas, a gestão entregou novos vestiários, copa equipada e áreas de convivência para trabalhadores da manutenção. Também foram realizadas melhorias no setor administrativo, com sanitários requalificados e espaços de pausa reformados.
Interiorização e descentralização do modelo
Em fase de estruturação, o projeto de mini Ceasas busca replicar, em municípios estratégicos de Pernambuco, o modelo organizacional da capital. A proposta visa fortalecer a agricultura local, oferecer suporte técnico e reduzir perdas na comercialização de hortigranjeiros.
Segundo o presidente Bruno Rodrigues, o momento é de reconhecimento dos avanços e de planejamento para novos desafios. “Estamos celebrando uma história que honra o passado e projeta o futuro. Como bem resume nossa campanha de 63 anos: o Ceasa não parou no tempo, ele está à frente dele”, afirmou.
Leia menosPor 19 votos a 11, a base do governo na CPI mista do INSS conseguiu impedir, hoje, a convocação de José Ferreira da Silva, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). As informações são do portal G1.
O Sindnapi é uma das entidades investigadas pelo esquema de descontos fraudulentos em benefícios previdenciários. A instituição foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na última semana e teve R$ 390 milhões em bens bloqueados por ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia maisConhecido como “Frei Chico”, o irmão de Lula não é formalmente investigado pela Polícia Federal. Mesmo com a rejeição desta quinta, os membros da CPI ainda poderão apresentar e votar novos pedidos de convocação.
O dirigente sindical é um dos alvos preferenciais de parlamentares de oposição no colegiado, que tenta atrelar a gestão Lula ao escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No início dos trabalhos da CPI, congressistas aliados ao governo chegaram a anunciar que haviam construído um acordo para centralizar a investigação em presidentes de entidades investigadas e nos ministros e técnicos ligados à Previdência Social. Pela costura, que foi negada pela oposição e pelo Centrão, “Frei Chico” não se tornaria alvo.
Em depoimento à CPI mista, o presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, afirmou que, dentro da entidade, “Frei Chico” não tinha funções administrativas. Segundo ele, o irmão de Lula exercia um papel “político de representação sindical”.
“Contrariando o meu advogado, eu quero dizer que ele nunca teve esse papel de administrativo no sindicato, só político, político de representação sindical. Nada mais do que isso. E não precisei, em nenhum momento, solicitar a ele que abrisse qualquer porta do governo”, disse o sindicalista conhecido como Milton Cavalo.
Ao defender a convocação de “Frei Chico”, o deputado Luiz Lima (Novo-RJ) declarou que o depoimento era “justo e honesto”. O parlamentar afirmou que o irmão do presidente Lula precisa esclarecer à CPI qual era o seu papel dentro do Sindnapi e o motivo pelo qual integra a entidade.
Em nome do governo, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou que não há qualquer indício de que “Frei Chico” participou de atividades investigadas pela CPI.
“Não tem materialidade, não tem fato concreto, então, eles içam alguém para tentar colar a imagem do presidente Lula. [‘Frei Chico’] está há um ano no sindicato. Ele está desde 2024, com uma função simbólica. Não tem uma atividade administrativa, não faz movimentação financeira, não participa de nenhuma atividade que o ligue ao que estamos investigando aqui”, afirmou.
A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) informou à comissão que, entre 2020 e 2025, o Sindnapi foi o terceiro maior destinatário dos descontos associativos debitados nas folhas de aposentados e pensionistas. Os dados apontam que, no período, a entidade recebeu cerca de R$ 507,5 milhões. A CPI mista do INSS já quebrou os sigilos bancário e fiscal da entidade e do presidente do Sindnapi e de sua esposa.
Leia menosAcompanhe, ao vivo, minha entrevista ao jornalista Zé Silva, no programa Alerta Pernambuco, da TV Ativa do Araripe, sobre o lançamento do meu livro ‘Os Leões do Norte’, logo mais, às 19h, na Câmara dos Vereadores de Araripina.
Por Áureo Cisneiros*
Houve um tempo em que ser de esquerda significava estar do lado do povo. Era estar nas greves, nas ocupações, nas portas das fábricas e nos sindicatos. Era ouvir o trabalhador, a dona de casa, o estudante da escola pública. Era suar junto, comer o mesmo pão e acreditar que dava pra mudar o mundo.
Nos anos 90, quando eu participava do movimento estudantil, a gente era desconfiado do sistema – criticava o Congresso, o STF e até o voto eletrônico. Éramos rebeldes por convicção. Mas parece que, quando a esquerda chegou ao poder, algo se perdeu pelo caminho. A utopia virou planilha, a rebeldia virou burocracia, e a crítica virou defesa cega do mesmo sistema que antes combatíamos.
Leia maisE é curioso lembrar: a própria esquerda defendia o povo armado. Não no sentido da violência gratuita, mas da autodefesa popular, do direito do cidadão se proteger de um Estado autoritário. Falava-se em autonomia das comunidades, em poder popular real, em resistência.
Hoje, esse discurso foi sequestrado pela extrema direita, enquanto a esquerda passou a pregar o desarmamento total e a confiança irrestrita no mesmo Estado que antes criticava. É uma inversão simbólica profunda – o sinal de que a rebeldia deu lugar à submissão institucional.
Hoje, vejo uma esquerda que fala bonito, mas fala sozinha. Que escreve muito, mas ouve pouco. Enquanto isso, o povo das periferias — aquele povo que sempre foi o alicerce da transformação — foi se afastando.
A esquerda se fortaleceu nos bairros nobres, nos debates acadêmicos, nos palcos culturais. Mas o povão, o trabalhador, o fiel da igreja, o cara da moto, a mulher que pega dois ônibus por dia — esses foram ficando de fora.
Talvez a esquerda tenha se apaixonado mais por suas teses do que pelo seu povo. Passamos a disputar quem tem o discurso mais correto, e esquecemos que a política é, antes de tudo, encontro e escuta. É preciso coragem para reconhecer isso — porque sem humildade, não há recomeço.
Parte da esquerda se perdeu no caminho do individualismo, falando mais de identidades do que de gente. Cada grupo passou a defender apenas a sua dor, e a política virou um espelho. Mas o povo quer mais do que reconhecimento: ele quer viver melhor, quer ver o filho comendo, quer segurança e respeito. Quando a esquerda esquece de falar disso, o povo escuta quem fala — mesmo que seja a extrema direita.
Enquanto os progressistas têm medo do sistema e se esforçam para preservá-lo, os conservadores de hoje se colocam como desafiantes do sistema — falam a língua do povo, desafiam instituições e conquistam corações que a esquerda abandonou.
E é isso que está acontecendo.Enquanto a esquerda debate termos e purezas ideológicas, a direita fala simples: “Deus, pátria e família”. Pode ser um discurso raso, mas é direto, é emocional, e, acima de tudo, fala a língua do povo. E o povo não segue quem tem mais razão — segue quem o entende.
O povo não quer ser estudado, quer ser compreendido. Quer ser ouvido, respeitado e valorizado. Quando alguém chega de coração aberto, o povo sente. É por isso que tantos seguem quem os acolhe, mesmo que não concordem com tudo. A esquerda precisa voltar a abraçar o povo — e não apenas discursar sobre ele.
A esquerda também perdeu a esperança. Antes, a gente sonhava com um país justo, com igualdade, com transformação. Hoje, o discurso virou técnico: fala-se em “gestão”, “responsabilidade fiscal”, “governabilidade”. Mas o povo quer sonho.
Quando a política para de sonhar, o povo vai buscar esperança onde encontra: na fé. E foi aí que as igrejas e o populismo conservador ocuparam o espaço que a esquerda abandonou.
E há outro problema: a esquerda ainda fala como se o mundo do trabalho fosse o das fábricas e dos metalúrgicos. Mas o Brasil mudou. Hoje o trabalhador é o entregador de aplicativo, o motorista, a diarista, o autônomo.
Gente sem sindicato, sem direitos, sem tempo — mas com a mesma vontade de viver com dignidade. Essa nova classe trabalhadora não se vê representada, e por isso se cala, se desilude ou muda de lado.
A esquerda precisa reencontrar o chão da vida real. Precisa voltar a ouvir, a sentir, a caminhar com o povo. Não é negando as causas identitárias, mas recolocando-as dentro de um projeto maior, que fale de coletividade e solidariedade. O povo quer dignidade, fé e oportunidade. E quer que alguém fale com ele — não sobre ele.
A esquerda precisa reaprender a sonhar junto, não sozinha. E sonhar junto significa olhar pro lado, segurar a mão do trabalhador, da mãe solo, do jovem negro, do pequeno comerciante e dizer: “vamos mudar isso juntos”. Porque ninguém muda o Brasil sozinho — é o povo que faz a história andar.
Ainda há tempo.
O Brasil continua sendo um país generoso, cheio de gente boa e trabalhadora. O que falta é uma esquerda que volte a sonhar grande e a caminhar de cabeça erguida ao lado do povo. Uma esquerda menos narcisista e mais humana, menos acadêmica e mais popular. O Brasil não precisa de novos messias — precisa de uma nova esperança. E essa esperança só vai nascer quando a esquerda voltar a olhar o povo nos olhos e a falar com o coração.
*Presidente do SINPOL-PE e defensor da segurança pública como direito fundamental
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