Perdi a noção do tempo da minha relação com Brasília. Morei por 15 anos na cidade. Imaginando que assim que botasse os pés por lá iria direto cobrir política no Congresso, quebrei a cara. No Correio Braziliense, primeiro jornal que atuei, fiz antes até ronda policial para Mário Eugênio, editor da área, assassinado com 11 tiros em frente à rádio Planalto pela polícia do Governo repressor instalado no Palácio Burity.
Mais tarde, passei uma época também como setorista do Palácio Burity no Governo José Aparecido. Mineiro, Aparecido era manso no trato, mas tinha uma terrível mania: entrevista exclusiva, só concedia às cinco da manhã. Fiz várias.
Leia maisNaquela época sem celular e Internet, ele mesmo atendia no primeiro toque. Grande figura e bom frasista. Sempre rendia boas manchetes.
Em Brasília, num intervalo de uma década e meia, passei também pelo Jornal de Brasília, O Globo, Agência O Globo, Agência Meridional e Última Hora. Fui presidente do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados e abri a primeira sucursal de um jornal nordestino por lá, a do Diário de Pernambuco.
Depois, em sociedade com meu amigo Eduardo Monteiro, instalei a primeira agência de notícias em tempo real, a Agência Nordeste. Com Eduardo ainda fui editor do Jornal de Brasília e chefe da sucursal da Folha de Pernambuco.
Jornal, aliás, que ajudei a fundar e que estou de volta, a partir de hoje, puxado, mais uma vez, por Eduardo. Minha estreia será a partir de amanhã, com textos exclusivos sobre a posse do novo Congresso.
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