O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, durante uma live neste sábado (22), que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será responsável caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), morra enquanto cumpre a prisão preventiva. O parlamentar abriu a transmissão direcionando críticas ao magistrado e dizendo temer pelo estado de saúde do ex-mandatário
“Se acontecer alguma coisa com o meu pai, a culpa é sua [de Alexandre de Moraes]. Se o meu pai morrer, a culpa é sua. Como já aconteceu com o Clezão: pediu várias vezes para fazer tratamento médico, você devia achar que era desculpa para sair do presídio, e ele morreu dentro da cadeia. Você quer deixar meu pai morrer? Você quer matar o Bolsonaro, Alexandre de Moraes?”, disparou Flávio. As informações são do portal Metrópoles.
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Flávio deve chamar o irmão, Eduardo, que está autoexilado nos Estados Unidos, para os dois falarem juntos na tarde deste sábado (22) e comentarem a prisão do ex-chefe do Palácio do Planalto.
Bolsonaro foi preso preventivamente por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na manhã deste sábado (22), após a Polícia Federal (PF) pedir a prisão do ex-presidente ao STF. A Procuradoria-Geral da República concordou com a prisão.
O ex-presidente foi detido em casa e, de acordo com Moraes, a prisão ocorreu devido ao risco de fuga decorrente de uma violação da tornozeleira eletrônica. A decisão também cita a vigília convocada por Flávio em frente ao condomínio do pai, marcada para este sábado.
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Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
Diferente de outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Pernambuco, a reação de Anderson Ferreira, presidente do PL no Estado, à prisão de Bolsonaro, foi tímida.
Nas redes sociais, ele limitou-se a publicar apenas a nota oficial divulgada pelo próprio partido em nível nacional.
Leia maisO texto considera que a prisão do ex-presidente, na manhã deste sábado (22), “causou espanto” e foi “desnecessária”. “Todos sabem do estado de saúde debilitado em que ele se encontra, resultado da facada e das sucessivas cirurgias”, diz a nota.

A fraca reação de Anderson Ferreira à prisão do ainda considerado maior líder da direita do Brasil reflete o racha interno do PL em Pernambuco e também o distanciamento de Ferreira do clã de Bolsonaro.
Ferreira e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado travam uma batalha pública pelo protagonismo da direita no Estado, sendo Machado o preferido de Bolsonaro para disputar uma vaga ao Senado.
Anderson Ferreira conta com o apoio do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que também não esboçou forte reação à prisão. Na manhã deste sábado, Costa Neto disse a veículos de imprensa que Bolsonaro “já estava preso”.
Informações de bastidores dão conta de que a ida de Gilson Machado para o PP, do deputado federal Eduardo Da Fonte, é uma possibilidade, caso Machado não encontre condições favoráveis para 2026 no PL.
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O jornalista José Nêumanne Pinto, editorialista e articulista de O Estado de S. Paulo, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais que a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, determinada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, funciona como uma “cortina de fumaça” diante de outras denúncias e escândalos em curso no STF e no governo.
Assista:
Um vídeo anexado ao processo do ex-presidente Jair Bolsonaro mostra a tornozeleira eletrônica danificada e com marcas de exposição ao fogo.
No áudio, é possível ouvir quando uma agente da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal questiona Bolsonaro sobre o estado do dispositivo. Bolsonaro, em resposta, diz: “Meti um ferro quente aqui”. As informações são do portal g1.
Ouça abaixo o vídeo e o diálogo:
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A porta da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal se tornou, neste sábado (22), palco de comemorações e protestos após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Opositores do ex-chefe do Executivo cantaram “Vou Festejar”, sucesso de Beth Carvalho, enquanto dançavam e entoavam trechos como “Vou festejar, vou festejar! O teu sofrer, o teu penar”.
O grupo também abriu garrafas de champanhe para celebrar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro. As informações são do portal Metrópoles.
Assista:
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O ex-presidente foi detido por volta das 6h, no Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. A medida não corresponde ao cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses à qual ele foi condenado em primeira instância por liderar uma tentativa de golpe após a derrota eleitoral de 2022, mas é uma ação cautelar autorizada por Moraes.
Imagens registradas no local mostram quatro mulheres estourando a bebida logo após a confirmação oficial da prisão. Enquanto opositores comemoravam, apoiadores de Bolsonaro também marcaram presença e protagonizaram embates verbais. Em um dos momentos, um bolsonarista discutiu com o grupo e citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em abril de 2018.
O clima no local seguiu dividido ao longo da manhã. Uma apoiadora, enrolada em uma bandeira do Brasil, colou fita isolante na própria boca, em protesto. O trompetista Fabiano e Silva Leitão Duarte tocou a música “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora” e, em seguida, uma marcha fúnebre, em tom de provocação à detenção.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou a policiais penais da Seap ter mexido na tornozeleira que usava durante a madrugada, de acordo com informações preliminares passadas à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes em um resumo dos acontecimentos que levaram à prisão preventiva do ex-presidente na manhã deste sábado (22).
De acordo com o relatório preliminar enviado pelos policiais penais do Distrito Federal que faziam a escolta de Bolsonaro em sua casa, em Brasília, o alerta emitido para a tornozeleira foi o do tipo mais grave, o chamado alerta de integridade. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisSegundo os investigadores, há alertas diferentes a depender do tipo de risco à tornozeleira. Quando acaba a bateria ou quando há falha elétrica, o alerta é diferente desse mais grave, que chegou às 00h08 desta manhã.
Foi aí que os policiais da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal abordaram Bolsonaro em sua casa. Ele confirmou que tinha tentado mexer no equipamento.
Embora as primeiras informações são de que tenha sido usada uma solda elétrica, a própria defesa de Bolsonaro chegou a cogitar, num primeiro momento, que o rompimento tenha sido feito com uma faca quente.
O equipamento foi trocado à 01h08 da manhã.
A tornozeleira violada já foi encaminhada ao Instituto Nacional de Criminalística (INC), ligado à Polícia Federal, para que seja feita uma perícia que confirme se o ex-presidente tentou ou não romper o equipamento.
Antes de o ministro Alexandre de Moraes determinar a prisão preventiva de Bolsonaro neste sábado, autoridades do governo do Distrito Federal avaliavam a possibilidade de o ex-ocupante do Palácio do Planalto cumprir o início da pena no 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”, por estar localizado dentro do complexo penitenciário.
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Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (22), está repercutindo também entre os aliados dele em Pernambuco. O ex-ministro do Turismo do Governo Bolsonaro, Gilson Machado (PL), e o deputado estadual Alberto Feitosa (PL), afirmaram nas redes sociais que o dia 22 foi escolhido de forma proposital para prender Bolsonaro, por ser o número do PL nas urnas.
“Você sabe que dia é hoje? 22”, disse Machado. “Não precisa ser iluminado intelectualmente para acordar para o que está acontecendo com o meu país, com o seu país”, completou, no vídeo enviado para uma lista de transmissão do whatsapp.
Em seguida, Machado enviou outro vídeo no qual troca de roupa. Ele retira uma camisa preta e a substitui por uma da seleção brasileira, em apoio ao ex-presidente, porque nas manifestações pró-Bolsonaro os apoiadores usam as cores da bandeira do Brasil.
Já o deputado Alberto Feitosa publicou no Instagram na rede X, antigo Twitter, as seguintes frases: “a prisão de Bolsonaro é no dia 22, a multa foi de 22 milhões e o número do partido é 22. Esse ‘juiz’ se utiliza de ‘pitadas de sadismo e psicopatia’, tudo ardilosamente planejado. Fica claro quem é o responsável pela destruição da justiça e da democracia brasileira”.
A prisão de Bolsonaro é no dia 22, a multa foi de 22 milhões e o número do partido é 22. Esse “juíz” se utiliza de “pitadas de sadismo e psicopatia”, tudo ardilosamente planejado. Fica claro quem é o responsável pela destruição da justiça e da democracia brasileira.
— Coronel Feitosa 🇧🇷 (@coronelfeitosa) November 22, 2025
Do Diário de Pernambuco
Um incêndio atingiu, por volta das 2h da madrugada deste sábado (22), um prédio comercial localizado na Praça do Derby, área central do Recife. O fogo ocorreu no estabelecimento e se concentrou principalmente na estrutura do telhado. As chamas teriam atingido também o tradicional Gildo Lanches e, por volta das 11h da manhã deste sábado, a movimentação de funcionários em frente ao local era intensa.
De acordo com as informações preliminares, as chamas foram causadas por uma fritadeira superaquecida e se espalharam rapidamente, mas não atingiram outras áreas internas do imóvel. A proximidade com outros comércios da região gerou preocupação entre funcionários e moradores, porém a situação foi controlada.
Leia maisO Corpo de Bombeiros de Pernambuco informou que foi acionado durante a madrugada e enviou cinco viaturas ao local. As equipes realizaram o combate às chamas e a extinção completa do incêndio. A ocorrência foi encerrada por volta das 4h da manhã.
“Incêndio em um prédio comercial ao lado de Gildo Lanches, na Praça do Derby. Foram enviadas cinco viaturas ao local. O incêndio foi extinto e a ocorrência finalizada por volta das 4h da manhã, sem vítimas”, diz a nota oficial enviada pela corporação.
Não houve registro de feridos. Os proprietários e colaboradores do estabelecimento afetado devem iniciar, nos próximos dias, a avaliação dos danos materiais e os procedimentos para reparos.
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Por Inácio Feitosa*
Gestores municipais de todo o Brasil foram surpreendidos recentemente por manchetes alarmistas espalhadas em portais e redes sociais: “STJ proíbe prefeitos de usar redes sociais para divulgar obras”.
A frase, repetida como mantra por influenciadores e opositores, criou um clima de pânico coletivo, como se, a partir de agora, qualquer foto de obra publicada no Instagram pudesse se transformar numa sentença. Mas, como sempre ocorre quando o debate jurídico vira meme, a história real é muito mais complexa — e, ao mesmo tempo, muito mais perigosa — do que a manchete sugere.
Leia maisO Superior Tribunal de Justiça não proibiu prefeitos de usar redes sociais. O que o tribunal fez, no julgamento do Recurso Especial 2.175.480, foi algo mais profundo: acendeu uma luz vermelha sobre a forma como gestores vêm utilizando suas redes pessoais para divulgar políticas públicas, sobretudo quando há risco de confusão entre comunicação oficial e autopromoção sustentada por verbas públicas. O caso analisado envolve o então prefeito de São Paulo, João Dória, e o programa “Asfalto Novo”. De acordo com o Ministério Público, o gestor teria usado material produzido com recursos públicos — vídeos, imagens, peças gráficas — para alimentar suas redes pessoais com conteúdo de alto alcance, ao mesmo tempo em que cerca de 20% do orçamento do programa teria sido destinado à publicidade.
Diante desses indícios, o TJSP havia trancado a ação de improbidade. O STJ, no entanto, restabeleceu o processo e determinou seu prosseguimento, entendendo que existiam elementos mínimos que justificavam a investigação.
O tribunal não condenou ninguém, nem criou uma espécie de “lei seca digital” para prefeitos. Mas o recado foi claro: se há indícios de que a publicidade oficial pode ter sido usada para promover a imagem pessoal do gestor — e não para informar a sociedade sobre uma política pública — o Poder Judiciário autoriza o avanço da ação de improbidade. E isso, em tempos de comunicação instantânea e de fronteira cada vez mais tênue entre público e privado, ameaça diretamente prefeitos que tratam suas redes como extensão do gabinete.
A confusão se agravou porque inúmeros portais de notícias publicaram manchetes sensacionalistas, afirmando que o STJ teria proibido o uso de redes pessoais para divulgação de obras. A CNM, a ABM, a UVB e diversos especialistas em direito administrativo tiveram de emitir notas e análises esclarecendo o óbvio: a decisão não proíbe a postagem, mas alerta para o risco jurídico da mistura entre comunicação institucional e autopromoção. A decisão abre margem para que promotores investiguem gestores que utilizarem material custeado pelo erário em seus perfis pessoais. (CNM – Nota de esclarecimento, 22/09/2024)
O fato novo — e que deveria preocupar qualquer prefeito — não é a discussão sobre redes sociais, mas a interpretação renovada da Lei 14.230/2021, que reformou a Lei de Improbidade. O artigo 11 continua vedando expressamente a promoção pessoal com recursos públicos. E o STJ deixou claro que as redes sociais pessoais podem, sim, ser objeto de análise para verificar se houve utilização de publicidade oficial em proveito do agente político. Há ainda outro elemento que torna tudo mais delicado: segundo o portal Metrópoles, Ministérios Públicos de diversos estados já estão estudando aplicar a “tese Doria” para fiscalizar prefeitos que usam seus perfis digitais de forma confusa, institucionalizando a vida pessoal e personalizando a vida institucional.
Esse é o ponto central: a fronteira entre informar e promover nunca foi tão tênue. Quando o prefeito utiliza no Instagram pessoal o mesmo card, a mesma identidade visual, o mesmo slogan e o mesmo material gráfico produzido pela prefeitura, ele cria simultaneamente engajamento e prova contra si. A Folha de S.Paulo sintetizou o problema: “quando o gestor copia o card oficial no perfil pessoal, transforma a peça institucional em peça publicitária”. E isso, dependendo do contexto, pode ser interpretado como uso de máquina pública em benefício pessoal. (Folha, 23/09/2024)
O risco, portanto, não está na postagem isolada, mas no conjunto da obra. Um feed pessoal que parece um mural institucional; um vídeo oficial que aparece no perfil privado; uma obra que surge como conquista pessoal do prefeito, não como resultado da administração; um impulsionamento pago que reforça a imagem individual; e, pior, a vinculação desse comportamento ao calendário eleitoral. É justamente esse tipo de cenário que levou o STJ a permitir o prosseguimento do processo no caso Doria.
A verdade é que, se antes a discussão era apenas teórica, agora tornou-se prática e imediata. Gestores que tratam suas redes como palanque permanente, sem separar a linha entre pessoa e função, estão abrindo portas para investigações que podem resultar em desgaste político, ações civis públicas, bloqueio de bens e até inelegibilidade. A comunicação institucional é um dever constitucional. Já a promoção pessoal financiada pelo contribuinte continua sendo ilegal — e agora mais fácil de rastrear.
A saída não é o medo, mas a organização. Prefeitos precisam estabelecer, com rigor, a separação entre perfis institucionais e pessoais, criar regras claras para suas equipes, evitar o uso de material gráfico oficial em contas privadas, e orientar a população para os canais formais de comunicação pública. Redes sociais são instrumentos indispensáveis de prestação de contas, mas só funcionam a favor quando respeitam a legalidade, a impessoalidade e o bom senso.
A decisão do STJ não fecha redes sociais de ninguém. O que ela faz é algo mais poderoso: inaugura uma nova fase da discussão sobre comunicação pública na era digital. E, queira ou não, o Ministério Público, os Tribunais de Contas e a sociedade estarão assistindo — printando, arquivando e analisando — cada passo dos prefeitos nas plataformas.
No final das contas, o que derruba mandato não é a obra que não foi postada. É o post que foi feito do jeito errado.
*advogado, escritor e fundador do Instituto IGEDUC (projetos@igeduc.org.br)
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A Polícia Militar do Distrito Federal reforçou o policiamento ostensivo nas imediações da Superintendência da Polícia Federal em Brasília após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi tomada após um pedido formal encaminhado à Secretaria de Segurança Pública do DF diante da presença do ex-presidente no local.
A expectativa é que o ex-presidente fique na Sala de Estado por alguns dias antes de ser encaminhado para o local onde vai começar a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O local mais provável dentre os discutidos é que Bolsonaro seja encaminhado ao 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, local conhecido como “Papudinha”, que fica na região do Complexo Penitenciário da Papuda. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisBolsonaro foi preso preventivamente por suspeita de que poderia fugir. Conforme o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o equipamento de monitoramento eletrônico do ex-presidente foi violado à meia-noite. A informação foi citada pelo ministro para embasar a decisão na qual decretou a prisão preventiva do ex-presidente, apontando risco de fuga.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, convocou apoiadores para uma vigília pela saúde do pai na noite deste sábado. Jair Bolsonaro tem sofrido, segundo aliados e familiares que o visitam, com crises frequentes de soluço e refluxo.
Na decisão, Moraes pontuou que “embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de ‘vigília'”, a conduta indica o mesmo “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”.
“O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu”, frisou.
O ministro ainda afirmou que no vídeo gravado por Flávio, o senador “incita o desrespeito ao texto constitucional, à decisão judicial e às próprias Instituições, demonstrando que não há limites da organização criminosa na tentativa de causar caos social e conflitos no País, em total desrespeito à DEMOCRACIA”.
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A tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve de ser trocada na madrugada deste sábado (22) em razão de uma violação grave do dispositivo, segundo apurou o blog de Andréia Sadi, do g1, junto a investigadores. A Polícia Federal vai periciar o aparelho.
A violação foi uma das justificativas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para determinar a prisão do ex-presidente. O ministro disse que recebeu um aviso do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal sobre a ocorrência, à 0h08, de violação do equipamento. As informações são do portal g1.
Leia mais“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse o ministro na decisão.
Moraes também destacou que o condomínio de Bolsonaro fica a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, em Brasília — distância que, segundo ele, pode ser percorrida em menos de 15 minutos de carro.
Em fevereiro de 2024, o ex-presidente passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília, após ser alvo de uma operação da PF. O ministro lembrou que as investigações sobre os crimes de Bolsonaro revelaram que ele chegou a planejar uma fuga para a Embaixada da Argentina, com a intenção de pedir asilo.
Conforme a Convenção de Viena, de 1961, da qual o Brasil é signatário, as embaixadas são locais invioláveis. Logo, se Bolsonaro entrasse numa embaixada, só poderia ser preso com autorização do país envolvido.
Lei exige que monitorado cuide da tornozeleira
Segundo a Lei de Execução Penal, quem é monitorado por tornozeleira eletrônica tem o dever de zelar pelo funcionamento do equipamento e deve “abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça”.
Quando acontece algum problema, o monitorado é obrigado a receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica. No caso de impossibilidade de solução, medida será considerada como descumprida e o juiz é informado para tomada de providências judiciais.
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A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), abre margem para investigar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por atos antidemocráticos, avaliam fontes da PF (Polícia Federal) e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a trama golpista na Corte, afirmam que ficou explícito o “papel central” do senador na articulação de uma aglomeração que poderia facilitar a fuga de Bolsonaro. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisDe acordo com esses interlocutores, não se descarta a abertura de um inquérito formal contra o senador, com a sua imediata convocação para se explicar oficialmente, em depoimento. O filho mais velho do ex-presidente ainda não se manifestou publicamente sobre a prisão do pai.
A PF afirmou ao Supremo que Flávio adotou “o mesmo modus operandi empregado pela organização criminosa que tentou um golpe de Estado no ano de 2022, utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar mensagens de ataque e ódio contra as instituições.”
Ao decidir prender Bolsonaro preventivamente, ou seja, antes do início formal da pena de 27 anos e três meses de prisão, Moraes disse que Flávio “pretende reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil, ignorando sua responsabilidade como senador”.
Para o ministro, Flávio repete a estratégia de “utilizar manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”. Moraes diz que a vigília configuraria “altíssimo risco” para a efetividade da prisão domiciliar, da ordem pública e da aplicação da lei.
A mobilização de apoiadores do ex-presidente em frente ao quartel-general do Exército, em 2022, levou à prisão e à condenação de centenas de pessoas. O STF viu correlação entre o acampamento e os ataques de 8 de janeiro, no ano seguinte.
O vídeo de Flávio convocando para a vigília, diz Moraes, revela “o caráter beligerante em relação ao Judiciário, em reiteração da narrativa falsa no sentido de que a condenação do réu Jair Bolsonaro seria consequência de uma ‘perseguição’ e de uma ‘ditadura’ desta Suprema Corte”.
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