O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) decidiu, por 4 votos a 2, reformar a sentença de primeira instância e manter os mandatos do prefeito de Pesqueira, Marcos Luidson de Araújo, conhecido como Cacique Marquinhos Xucuru, e da vice-prefeita Cilene Martins de Lima, eleitos nas eleições municipais de 2024. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (17), no âmbito do Recurso Eleitoral nº 0600530-64.2024.6.17.0055, originado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).
A ação apurava suposta prática de abuso de poder político e econômico durante a campanha, relacionada à execução de obras de asfaltamento na localidade de Baixa Grande, no período eleitoral. Por maioria, o plenário do TRE-PE entendeu que não houve comprovação dos elementos necessários para caracterizar abuso, afastando as acusações por ausência de provas de desvio de finalidade ou de uso indevido da estrutura pública com fins eleitorais.
Com a decisão, o Tribunal anulou a cassação aplicada anteriormente, manteve a validade do resultado das urnas e garantiu a permanência de Cacique Marquinhos Xucuru e Cilene Martins no exercício dos cargos, sem aplicação de sanções de inelegibilidade. O voto vencedor foi apresentado pelo desembargador Washington Luiz Macedo de Amorim, acompanhado pelos desembargadores Roberta Vianna Jardim, Breno Duarte Ribeiro de Oliveira e Paulo Augusto de Freitas Oliveira, ficando a redação do acórdão sob sua responsabilidade. Ainda cabe recurso às instâncias superiores. Com informações do Portal Panorama.
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
Familiares do cantor Josildo Sá estão sendo vítimas de fake news na internet. Fotos de uma tia e de um tio do artista foram manipuladas por inteligência artificial (IA) para serem usadas em um vídeo falso e sem autorização do uso de imagem.
No vídeo, que circula nas redes sociais, a senhora e o senhor aparecem com falas contrárias ao presidente Lula (PT) e defendem o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL), pré-candidato à Presidência da República.
Leia mais“É um absurdo já começar uma campanha assim com mentiras. Não tem quem aguente mais (essas fake news)”, afirmou Josildo Sá. Segundo ele, a senhora que aparece no vídeo é Dona Lulu. O senhor é Seu Tomé. Dona Lulu é uma das proprietárias da Fazenda Baixa Querida, localizada entre os municípios de Tacaratu e Petrolândia, no Sertão pernambucano. Seu Tomé mora nos arredores da fazenda.
Dona Lulu e Seu Tomé não sabem que tiveram suas imagens usadas de forma mentirosa na internet. Os filhos temem a reação dela. Josildo Sá relatou a este blog que os parentes estão revoltados com a situação.
“A família ficou preocupada com a exposição. É um povo que vive muito sossegado”, contou Josildo Sá. O artista ainda relatou que os familiares acreditam que as imagens foram retiradas do Instagram da Fazenda Baixa Querida.
O Blog do Magno decidiu não publicar o vídeo novamente para não espalhar ainda mais a produção fake e contribuir com a exposição indevida dos dois idosos.
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta quarta-feira que fez um acordo de procedimento para permitir o avanço da tramitação do PL da Dosimetria, assumindo pessoalmente a responsabilidade pela articulação, após a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, negar publicamente a existência de qualquer negociação envolvendo o projeto.
A declaração foi feita por Wagner durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) relatar que o líder governista havia pedido para “deixar votar” o projeto da dosimetria como parte de uma articulação para destravar a pauta econômica do governo no Senado. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisA oposição também admitiu que houve conversa com Wagner. O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que se reuniu mais cedo com o líder do governo também, Rogério Marinho (PL-RN) e Marcos Rogério (PL-RO), para tratar sobre o avanço do projeto da dosimetria.
Wagner reconheceu que procurou Renan para tratar do andamento do projeto, mas negou qualquer troca de apoio político ao conteúdo da proposta. Segundo ele, a iniciativa teve como objetivo evitar o prolongamento de um debate que, na sua avaliação, já tinha desfecho previsível no colegiado.
— Eu me arrisquei, não me arrependo, de ter vindo aqui para fazer um acordo de procedimento, e não de mérito. No mérito, o meu partido fechou questão contra essa matéria, e o governo orienta voto contra — afirmou o senador.
Renan disse que o líder governista havia pedido para “deixar votar” o projeto da dosimetria em troca do avanço da votação do texto que corta incentivos fiscais e aumenta a tributação de bets, fintechs e juros sobre capital próprio — pauta considerada prioritária pelo Ministério da Fazenda para fechar o Orçamento de 2026.
Pouco antes da manifestação de Wagner na CCJ, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, havia negado a existência de qualquer acordo envolvendo o mérito do PL da Dosimetria. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que o governo é contra a proposta e orienta sua base a votar contra, por entender que quem atentou contra a democracia deve pagar por seus crimes e que o texto aprovado na Câmara beneficia condenados por outros delitos.
Na CCJ, Wagner buscou compatibilizar as duas versões. Disse que não consultou o presidente Lula nem a ministra Gleisi Hoffmann antes de agir e que tomou a decisão por avaliação própria, assumindo o risco político. Para ele, a negociação não envolveu concessões sobre o conteúdo do projeto, mas apenas o prosseguimento da tramitação.
— Se há responsabilidade, ela é minha. Eu procurei o senador Renan para dizer que estava adotando essa postura e pedi que concordasse. Não negociei mérito. Negociei prosseguimento — declarou.
Apesar de reafirmar oposição ao mérito do PL da Dosimetria, Wagner também fez duras críticas ao texto aprovado pela Câmara, dizendo que a proposta pode gerar efeitos indesejados no futuro ao sinalizar uma progressão de pena mais rápida para crimes contra a democracia. Segundo ele, ainda que o foco seja o episódio do 8 de janeiro, a lei tem caráter permanente e pode funcionar como incentivo a novas investidas antidemocráticas.
— O que mais me incomoda é que não estamos equacionando apenas um problema do 8 de janeiro. A lei é perene. Pode parecer um convite para que alguém tente de novo, sabendo que a progressão de pena será mais rápida — afirmou.
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A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) promove nesta sexta-feira (19) o Natal Solidário da OAB-PE, em frente à sede da instituição, no Recife. A programação inclui pocket show do cantor Alcymar Monteiro, apresentação musical de Rousy Moraes e Tiago Souza, integrantes da Comissão de Direito da Pessoa Idosa, e recital de poesia com Zé da Alfaia, da Livroteca Brincante do Pina. O evento é aberto ao público.
A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) realizará, nesta quinta-feira (18), às 11h, no Auditório G1, sessão solene para a concessão do título de Doutora Honoris Causa à ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. A outorga foi proposta pela Escola de Tecnologia e Comunicação da instituição e integra a agenda acadêmica da universidade.
Natural do Recife, Luciana Santos é formada em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e iniciou sua trajetória política em 1987, com filiação ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Atuou na vice-presidência regional da União Nacional dos Estudantes (UNE) entre 1989 e 1991, foi presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco a partir de 1995 e exerceu dois mandatos como deputada estadual. Em 2000, foi eleita prefeita de Olinda, cargo que ocupou até 2009, quando assumiu a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado.
Eleita deputada federal em 2010, Luciana Santos integrou comissões permanentes relacionadas às áreas de ciência e tecnologia, comunicação, desenvolvimento urbano e cultura, além de frentes parlamentares temáticas. Em 2019, tomou posse como vice-governadora de Pernambuco e, posteriormente, assumiu o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A concessão do título reconhece sua atuação pública e sua trajetória ligada às áreas de ciência, tecnologia, gestão pública e formulação de políticas institucionais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo ao final da reunião ministerial nesta quarta-feira (17), informaram fontes. Segundo esses interlocutores, o União Brasil, partido que indicou Sabino, pediu o cargo após ministro ser expulso de partido. As informações são do g1.
O indicado para substituir Celso Sabino é Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB). O nome foi confirmado pelo senador Efraim Filho (União-PB), líder do partido.
A reportagem apurou que o nome de Gustavo Damião foi avalizado pelo presidente do partido, Antônio de Rueda – que havia anunciado o desembarque do partido do governo.
Leia maisSabino foi expulso do União Brasil no final do mês depois que dirigentes do partido entenderam que ele cometeu infidelidade partidária ao desrespeitar uma ordem e permanecer — contra a vontade da cúpula da legenda — à frente do ministério.
Segundo auxiliares do presidente Lula, o União pediu ao governo a cadeira à frente do ministério de volta após a decisão de expulsar Sabino. O acordo foi negociado entre o partido e a ala política do Planalto.
A saída de Sabino do governo foi anunciada quando a reunião que reuniu ministros na Granja do Torto já havia terminado. Sabino deve sair candidato ao Senado nas eleições do ano que vem.
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No almoço de confraternização de fim de ano com jornalistas, há pouco, no JCPM, no Recife, o empresário João Carlos Paes Mendonça lamentou a política do filhotismo e do apadrinhamento familiar que se expande hoje no País de forma desenfreada e sem critérios. “Não há mais vocação para o ingresso na vida pública no Brasil. Ser político virou uma obsessão familiar, de pai para filho, mulher e agregados. A senha é o poder”, disse.
Paes Mendonça ressaltou que esse fenômeno, antes restrito à política do coronelismo no Nordeste, se expandiu para o centro-sul, citando o caso de um ministro que se licenciou do mandato de deputado federal por São Paulo e já lançou a esposa para candidata à sua vaga na Câmara dos Deputados. “O mandato parece ter virado um negócio. E onde fica a pauta do povo brasileiro, tão necessitado por políticas estruturais e reformuladoras?”, perguntou.

Durante o encontro, Paes Mendonça explicou as mudanças na estrutura organizacional do grupo, recentemente anunciadas, no ano em que celebra nove décadas de existência. As decisões estratégicas passam a ser concentradas na holding JCPMPar – Participações e Empreendimentos S.A., que terá um Conselho de Administração formado por seis integrantes.
Fazem parte dos negócios liderados pela holding empresas dos segmentos de shopping centers, Construção, Incorporação e Ativos Imobiliários, Comunicação, com o Sistema Jornal do Commercio (TV, rádio, jornal e digital), e Compromisso Social (Instituto JCPM e Fundação Pedro Paes Mendonça).
Hoje, o grupo ocupa a liderança no Nordeste no segmento de shoppings e se posiciona como a quarta maior do Brasil. Participa de 11 empreendimentos que somam 640 mil m² de ABL geral, das quais 500 mil m² são próprias, com cerca de 3,2 mil lojistas presentes. Na capital pernambucana, estão Shopping Recife, Tacaruna, Guararapes, Plaza Casa Forte e RioMar Recife; em Fortaleza, o RioMar Fortaleza e o RioMar Kennedy. Em Sergipe, o RioMar Aracaju e o Jardins; em Salvador, Salvador Shopping e Salvador Norte Shopping.
O Conselho, presidido por João Carlos Paes Mendonça, é integrado por João Carlos Paes Mendonça Tavares de Melo, Marcelo Tavares de Melo Filho, Renato Paes Mendonça Tavares de Melo, Jaime Queiroz Filho, vice-presidente do Conselho, e Marcelo Silva, conselheiro independente.
Os negócios relacionados ao setor de shoppings, segundo ele, ficaram concentrados na empresa JCPM Shopping Centers, que passa a contar com um CEO dedicado integralmente à operação do segmento, consolidando um modelo de gestão mais focado no negócio e proporcionando maior padrão nas operações nos diferentes estados de atuação (Pernambuco, Sergipe, Bahia e Ceará).
Para a função de CEO da Shopping Centers, o grupo escolheu Sérgio Moraes Vieira Filho, 43 anos, pernambucano, que iniciou sua carreira em 2002 na Coca-Cola Solar, com atuação no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A partir de 2016, passou a atuar fora do Brasil, na Coca-Cola Hellenic, na Nigéria, passando pela Multon, uma joint venture da The Coca-Cola Company, com sede na Rússia e abrangência em 12 países da região. Na Multon, exerceu a presidência e foi membro do Conselho.
Sérgio deixou a vice-presidência da The Coca-Cola Company, na África do Sul, função que exercia desde 2023, e retornou ao seu estado de origem.
HISTÓRIA
O Grupo JCPM nasceu em 1935, na Serra do Machado, interior de Sergipe, em uma pequena mercearia fundada por Pedro Paes Mendonça. Ano a ano, foi consolidando os negócios e, na década de 60, lançou a marca Bompreço, no Recife, rede de supermercados que chegou a ocupar a terceira posição nacional, mesmo atuando apenas no Nordeste.
Atualmente, desenvolve um sofisticado e inovador empreendimento imobiliário, o Condomínio Praia de Guadalupe, com 1,2 milhão de metros quadrados, no município de Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco, com terrenos e casas altas, e se prepara para lançar projetos de empresariais.
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A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17), por 17 votos a 7, o PL da Dosimetria, que reduz penas de condenados pelo 8 de janeiro e deve beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O projeto deve ainda ir à votação nesta quarta no plenário, onde já está pautado.
O texto aprovado foi o parecer do relator, senador Esperidião Amin (PP-SC). Ele acatou emenda do senador Sergio Moro (União-PR) para restringir a redução da pena em regime fechado em relação aos crimes contra o Estado Democrático de Direito. As informações são da CNN.
Leia maisNa prática, a proposta ainda deve beneficiar pessoas além das que participaram do 8 de janeiro, incluindo os condenados por atos contra a democracia, como é o caso dos integrantes da chamada trama golpista julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
“O projeto embora não configure a desejada anistia, busca corrigir distorções, como foi salientado aqui, a mão pesada. Se foi culpa da lei ou se foi culpa do juiz, eu não sei, mas há um consenso de que a mão foi pesada, muito pesada”, afirmou o relator.
Apesar de alterar o projeto, a emenda foi classificada como de redação, e não de mérito, pelo relator. Isso permite que o texto não precise retornar para a análise da Câmara dos Deputados, se for aprovado no Senado.
Senadores, no entanto, divergiram sobre a classificação da emenda. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), considerou a alteração de mérito, mas a pedido do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), colocou em votação o entendimento sobre a emenda. Em votação simbólica, a maioria da comissão considerou a mudança de redação.
O PL da Dosimetria foi votado após quase cinco horas de reunião. O projeto foi alvo de pedido de vista (mais tempo para análise) solicitada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Presidente do colegiado, Otto Alencar concedeu quatro horas de vista, mas a sessão não foi imediatamente interrompida e a discussão continuou até pouco antes de 14h. A reunião foi retomada com a votação às 15h.
Cálculo de pena
A proposta trata da redução do cálculo das penas e, para isso, o texto lista condições e fixa porcentagens mínimas para o cumprimento da pena e progressão de regime. Também determina que a remição da pena pode ser compatível com a prisão domiciliar.
O projeto altera a Lei de Execução Penal, estabelecendo novas condições e percentuais mínimos para progressão de regime. Pela regra em vigor, a transferência para um regime menos rigoroso ocorre após o cumprimento de 16% da pena, desde que o crime não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça.
A proposta prevê a possibilidade de progressão após o cumprimento de um sexto da pena, com percentuais maiores aplicados a crimes hediondos, feminicídios, constituição de milícia e reincidência.
Em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, se a pessoa for condenada por “exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado, deverá ser cumprido ao menos 50%” da pena.
Esse seria o caso de Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Isso porque, para a definição da pena, foi considerado o agravante de liderança de organização criminosa.
Negociações do projeto
Antes da votação, senadores do PT apresentaram requerimentos para tentar barrar a análise do texto, mas os pedidos não foram aprovados. As votações, no entanto, serviram de termômetro para medir o apoio da proposta.
Na terça-feira (16), a bancada do MDB anunciou que votaria contra o texto. Os senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), relator do PL Antifacção; Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso; e Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado, apresentaram votos em separado pela rejeição total do projeto.
Integrantes da CCJ também ventilaram que a votação do projeto envolveu um acordo do governo, que em troca de não barrar a análise do texto teria garantido o apoio para a proposta que reduz benefícios fiscais concedidos pela União, além de taxar bets e fintechs.
Como líder do governo, Randolfe, no entanto, negou que existisse uma negociação do tipo. A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, também negou a existência de um acordo.
“É uma legislação que vai beneficiar todos indistintamente. Esse benefício vai criar um grande desequilíbrio? Não, não vai, porque se retirou o risco de atender a outros crimes além do que estão verbalizados. Mas, de fato, o governo depois vai ter que explicar que preço foi pago para fazer esse acordo”, declarou Alessandro Vieira.
Para ele, o projeto vai na contramão do esforço do Congresso de endurecer a legislação contra o crime. Ele, no entanto, decidiu votar a favor e retirou seu voto em separado após a maioria do colegiado considerar a emenda acatada como de redação.
Em defesa da proposta, o senador e ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez amplo discurso em que destacou que o texto se trata de uma “gradação justa” e negou a ideia de uma anistia. Integrantes da oposição também defenderam a matéria, inclusive, a ideia original de um perdão amplo.
“Nós precisamos enfrentar, fazer o que precisa ser feito e eu considero que o que está neste projeto dá um tamanho seguro ao que recomenda este caso concreto, ao que recomenda essa adequação legislativa. Repetindo, em alto e bom som: não se trata de uma anistia, pois, se se tratasse de uma anistia, teria a minha posição absolutamente contrária”, declarou Pacheco.
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A Academia Pernambucana de Letras realiza neste sábado (20), a partir das 16h, um encontro de escritores e leitores em clima de confraternização natalina, no Recife. A programação inclui debate, lançamento coletivo de livros e sorteio de exemplares para o público, reunindo diferentes vozes da produção literária local.
Participam do evento 15 autores: Bruna Maciel Borges, Cleyton Cabral, Conceição Rodrigues, Danielle Romani, Débora Meira, Estevão Machado, Fernanda Castro, Flávia Suassuna, Germana Accioly, João Melo, Keilla Liberal, Larissa Garrido, Lucas Santana, Thais Roque e Túlio Velho Barreto. A mediação ficará a cargo do jornalista Fábio Lucas.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado decidiu aplicar um prazo de vista (mais tempo para análise) reduzido e votar ainda nesta quarta-feira (17) a proposta que reduz as penas de Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados por atos golpistas, o chamado PL da Dosimetria.
O presidente do colegiado, Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que os parlamentares terão quatro horas para analisar o parecer de Esperidião Amin (PP-SC). A sessão foi suspensa após a etapa de discussão e será retomada às 15h, com a votação. As informações são do g1.
Alencar afirmou que a decisão de flexibilizar o tempo foi tomada diante da intenção de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AL), levar a proposta à votação no plenário também nesta quarta.
Leia maisAprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 8, o projeto recebeu críticas por abrir espaço para que outros criminosos também sejam beneficiados com uma progressão mais rápida do regime de pena (quando um condenado sai de uma modalidade mais severa e passa para um regime mais brando).
O relator Esperidião Amin tentou fechar “brechas” (veja mais abaixo) por meio de uma manobra regimental. Em parecer divulgado na manhã desta quarta, Amin restringiu o mecanismo aos crimes contra o Estado Democrático de Direito.
O texto enviado pelos deputados ao Senado estabelece, de forma geral, que os condenados por envolvimento com os ataques de 8 de janeiro de 2023 terão direito a progredir ao regime semiaberto após o cumprimento de 16% da pena no fechado.
Na prática, o texto ainda vai beneficiar tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados condenados pelo STF por integrar uma organização criminosa para promover um golpe de Estado, quanto as pessoas que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
A legislação atual prevê que esses criminosos precisam cumprir ao menos 25% na modalidade mais severa para pleitear uma progressão.
A proposta também determina que:
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a mais de 27 anos de prisão por cinco crimes, entre os quais tentativa de golpe de Estado e de tentativa de abolição do Estado Democrático.
O relator do PL da Dosimetria na Câmara, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmou que o projeto levaria Bolsonaro a cumprir apenas 2 anos e quatro meses em regime fechado. O cálculo, segundo ele, também contabiliza reduções por estudo e o abatimento do período no qual o ex-presidente ficou preso em casa.
Pelas regras atuais, Jair Bolsonaro terá direito a pedir a progressão após cumprir cerca de sete anos no regime fechado. A previsão da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal é de que o ex-presidente possa progredir ao semiaberto em 23 de abril de 2033.
O chamado PL da Dosimetria foi a saída encontrada pelas cúpulas da Câmara e do Senado e por líderes partidários para responder à pressão de aliados de Bolsonaro por um perdão integral das penas — a anistia.
Ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) narrou nesta quarta que uma proposta de revisão de penas era discutida desde o começo do ano por Alcolumbre e pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Pacheco afirmou que há um entendimento, em diversos setores do Congresso, de que é necessário adequar a pena dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. “Para se evitar uma anistia”, disse.
“Por mais que essas pessoas tenham atentado contra a democracia, contra as instituições, contra o Brasil, eu, como ex-presidente do Senado e do Congresso, não quero e não gostaria que essas pessoas fossem apenadas além da conta”, defendeu Rodrigo Pacheco.
Benefício ampliado
Juristas e estudos feitos por gabinetes de parlamentares apontavam, no entanto, que a redução do tempo de progressão de pena também beneficiaria outros criminosos, condenados por crimes comuns.
Esperidião Amin chegou a afirmar que o mecanismo poderia acelerar a mudança de regime para condenados por favorecimento à prostituição e condutas previstas na Lei das Organizações Criminosas.
Técnicos do Congresso também mencionaram que o benefício alcançaria, por exemplo, os crimes de coação no curso do processo e incêndio doloso.
Em uma manobra para evitar a volta do projeto à Câmara, Amin acolheu uma emenda apresentada pelo senador Sergio Moro (União-PR) para limitar o alcance da nova progressão de pena aos crimes contra o Estado Democrático de Direito.
A saída de Amin, embora criticada por Otto Alencar, foi validada pelos membros da CCJ em uma votação simbólica.
A polêmica sobre o alcance do projeto levou o texto a ser alvo de manifestações contrárias em todo o Brasil no último domingo (14), influenciando o MDB e membros do PSD a declarar posição contrária ao projeto.
Senadores chegaram a discutir, ao longo da semana, uma série de possibilidades para adiar ou mudar o rumo das discussões. Aliados de Alcolumbre repetiam, porém, que o senador mantinha o desejo de encerrar 2025 com o texto aprovado.
Na manhã desta quarta, Esperidião Amin garantiu aos parlamentares que as mudanças de seu parecer vão restringir os benefícios apenas aos atos golpistas de 8 de janeiro. O parlamentar também defendeu que a discussão do tema era urgente.
“Embora não configure a desejada anistia, busca corrigir distorções, a mão pesada. Há um consenso de que a mão foi pesada”, afirmou.
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Levantamento Atlas/Intel, divulgado hoje, mostra Raquel Lyra (PSD) como a pior governadora do Nordeste e a terceira pior do país, atrás apenas dos governadores Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Wilson Lima (UB-AM). A gestora aparece com 33% de aprovação e 55% de desaprovação, e 12% disseram não saber. Quanto à avaliação do governo, 17% consideram ótimo ou bom, 47%, regular, e 36%, ruim ou péssimo. O ranking dos governadores foi produzido a menos de um ano das eleições de 2026, quando Raquel buscará a recondução ao cargo.
A governadora de Pernambuco tem aprovação abaixo da média nacional e distante da do gestor estadual mais bem avaliado do Nordeste, Rafael Fonteles (PT), do Piauí, que tem 69% e é o segundo melhor do país. Ainda na região, João Azevêdo (PSB), da Paraíba, tem avaliação de 59% (ótimo/bom) a 32% (ruim/péssimo); Elmano de Freitas (PT), do Ceará, 55% a 40%; Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia, 51% a 45%; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, 51% a 44%; Paulo Dantas (MDB), de Alagoas, 41% a 48%; Fábio Mitidieri (PSD), de Sergipe, 39% a 45%; e Carlos Brandão (sem partido), 33% a 51%.
Leia maisO levantamento também mostra que, apesar de alardear investimentos bilionários em segurança e saúde, essas áreas aparecem entre as piores da gestão de Raquel e no ranking das dez piores do país, com, respectivamente, 57% e 58% de avaliações como ruins ou péssimas. Outra aposta de Raquel, com mais de R$ 5 bilhões em aportes, a infraestrutura também aparece mal avaliada: tem 55% de classificações como ruim ou péssima, 25% como ótima ou boa e 21% como regular.
A proporção negativa se repete no combate à pobreza (24%, ótima/boa, 57%, ruim/péssima), na preservação do meio ambiente (18% a 58%) e no fomento ao ambiente de negócios (24% a 52%). Já o transporte público apareceu com uma das maiores diferenças nas avaliações do eleitorado. Para 64%, é ruim ou péssimo, para 16%, ótimo ou bom, e para 21%, regular.
Raquel também teve atributos pessoais avaliados e, assim como em outros indicadores, teve índices baixos ou medianos em relação aos dos demais governadores. A pesquisa avaliou carisma (36%), competência (32%), compromisso com o povo (28%), liderança (21%) e firmeza (32%), chegando ao índice geral de 32%. Essa avaliação aponta como a população enxerga o governo. Em Pernambuco, o diagnóstico indica uma gestão que, apesar de técnica, não gera confiança e entusiasmo.
O levantamento ouviu 200,9 mil pessoas em todo o país entre os dias 6 de outubro e 5 de dezembro. Em relação aos dados de Pernambuco, a margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
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Ontem, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto, recebeu das mãos do presidente nacional da Academia Brasileira de Ciências Criminais-ABCCRIM, Cristiano Carrilho, o Prêmio Pernambuco de Ouro. O objetivo do Prêmio é promover a visibilidade de pessoas, projetos e instituições que orgulham Pernambuco, indicadas em pesquisa de opinião entre peritos, auditores, escritores e professores.
O presidente do TJPE foi premiado na categoria Poder Judiciário Estadual, em reconhecimento a sua decisiva contribuição pela revitalização, inovação e modernização do Tribunal de Justiça em sua gestão priorizando a preservação do patrimônio histórico e a inovação tecnológica.
Leia maisNa ocasião, o professor Cristiano Carrilho apresentou a síntese dos projetos da ABCCRIM em parceria com o TJPE para o ano de 2026: a realização de um documentário sobre a história do TJPE e o Projeto Social Acolhendo Vidas, que está em tramitação junto a Comissão Gestora Estadual da Política de Prestação Pecuniária do TJPE, ressaltando os objetivos humanitários, culturais e educativos da ABCCRIM em sua missão de promover a articulação de lideranças entre empresas, sociedade, instituições de ensino e o Tribunal de Justiça de Pernambuco.
A Academia Brasileira de Ciências Criminais tem atuação internacional e sede em Olinda, onde foi considerada instituição de utilidade pública municipal e ao longo de oito anos expandiu internacionalmente suas parcerias na Argentina, Chile, Colômbia, Nicarágua, Canadá e Portugal. Em novembro de 2025, implantou sua primeira representação em Angola, na África. Possui também governança através de representantes no Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco e no Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD), órgão consultivo da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, bem como parcerias com a FUNDARPE, Ministério da Mulher, Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
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