Coluna da segunda-feira

Alepe endurece o jogo com Raquel

A governadora em exercício Priscila Krause (PSDB) fez uma tremenda descortesia com a Assembleia Legislativa ao nomear mais de 100 cargos comissionados na gestão de Fernando de Noronha sem sequer o nome do novo administrador ter sido sabatinado pela Comissão de Justiça da Casa.

O presidente da Comissão, Alberto Feitosa (PL), já deixou vazar que não vai pautar nem tão cedo a sabatina do advogado Virgílio Oliveira, indicado para o cargo pelo Avante. “Também não é dada como certa a sua aprovação quando vier a entrar em pauta”, disse, ontem, um parlamentar com bom trânsito entre todos os partidos no Legislativo.

Esta não será uma reação única e isolada da Alepe. Soube, ontem, que a bancada de oposição vai exigir que a governadora Raquel Lyra (PSD), que hoje volta das suas férias no Canadá, preste contas do primeiro empréstimo de R$ 3,4 bilhões que a Casa aprovou no ano passado. Do contrário, o novo pedido de autorização para um empréstimo de R$ 1,5 bilhão não será colocado em pauta.

“Precisamos saber para onde está indo tanto dinheiro”, disse o líder do PSB na Alepe, Sileno Guedes, para quem a governadora tem que elencar obra por obra, seus valores e estágios de andamento para que o Legislativo se convença de que a dinheirama está sendo bem empregada, com retornos vantajosos para o Estado.

Priscila enviou, no último dia 21, à Assembleia Legislativa, o novo pedido de autorização para contratar um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, com garantia da União. Segundo a mensagem, o dinheiro será aplicado em obras no Estado. De acordo com o texto, o valor contratado será de R$ 1.513.205.279,42. Trata-se do limite autorizado pelo governo federal ao Estado para captação em 2025.

ESTRADAS E ÁGUA – Na mensagem, o Governo diz que o dinheiro será investido na recuperação da infraestrutura das rodovias, por meio do programa PE na Estrada. O texto enviado à Alepe também cita obras nos setores hídrico, urbano e rural, além de equipagem de unidades de saúde, segurança e educação. No projeto, o governo esclarece que o empréstimo será contratado junto a instituições financeiras nacionais, mas ainda não há definição sobre qual banco liberará o crédito, o que só deve ocorrer após a autorização da contratação por parte do Legislativo.

Com Dilma, não deu certo! – Quando esteve ameaçada de sofrer impeachment, a então presidente Dilma (PT) começou a fazer bondades com o chapéu alheio. Aos deputados, liberou emendas. Aos prefeitos, aumentou o Bolsa-Família, distribuiu ônibus, assinou convênios para cozinhas comunitárias e creches. Não escapou da degola. Pernambuco vive momento semelhante com Raquel Lyra, que transformou sua Assessoria Especial numa grande sinecura (emprego sem exigência de trabalho) e abriu os cofres para ônibus, cozinhas e creches. A tentativa é desesperadora para se salvar em 2026, quando disputa a reeleição contra João Campos (PSB).

A largada de João – Por falar em João Campos, a largada de sua pré-campanha ao Governo do Estado foi dada no último fim de semana, quando participou dos congressos estaduais do PSB em São Lourenço, englobando a Região Metropolitana, e em Afogados da Ingazeira, etapa de inclusão e mobilização do Sertão do Pajeú. Segundo as últimas pesquisas, se as eleições para governador de Pernambuco fossem hoje, o socialista frustraria o projeto de reeleição de Raquel com muito esforço. Abre uma frente de 40 pontos e aparece na dianteira em todas as regiões do Estado, inclusive no Agreste, região onde se insere a sua Caruaru.

A botija de Zeca – Tão logo foi eleito, o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), jogou pedras no seu antecessor Wellington Maciel (MDB) pelo rombo no caixa municipal que herdou. Mas pelo tamanho da festa e a caríssima grade de artistas que está contratando para o São João, em anúncio no último fim de semana, os cofres da municipalidade não sangram. Dá a entender ao contrário, que estão abarrotados de dinheiro. A não ser que o prefeito tenha achado uma botija, com um “empurrãozinho” da governadora Raquel Lyra.

Sem tratamento diferenciado – O presidente da Amupe e do Podemos, Marcelo Gouveia, diz que nunca houve tratamento diferenciado a prefeitos por parte do Governo Raquel. “Tanto os prefeitos da situação quanto da oposição são atendidos da mesma forma e estão satisfeitos com esta postura adotada por ela”, diz. Para ele, os municípios têm a prioridade da governadora porque enfrentam muitas dificuldades. “A maioria gasta tudo que recebe da União, através do FPM. Na verdade, fui prefeito e nada sobra no final do mês”, acrescentou, referindo-se à sua passagem pela Prefeitura de Paudalho em dois mandatos.

CURTAS

BOTANDO A CARA – Mesmo sem se referir ao seu nome, candidato natural do PSB a governador em 2026, o prefeito do Recife, João Campos, disse, ontem, à Rádio Pajeú, tão logo desembarcou em Afogados da Ingazeira para o congresso estadual do PSB, que o partido terá “um projeto forte em 26”.

A DIFERENÇA – Na mesma entrevista, João também falou sobre a cooptação de prefeitos dos mais variados partidos, inclusive do PSB, pela governadora, nos últimos dias, com vistas a se fortalecer para a reeleição. “Eventuais movimentos de aliança sempre existiram. A diferença é quem faz política com o povo”, afirmou.

SEM CERTEZA – João, por fim, falou sobre a tese de dois palanques para Lula em Pernambuco nas eleições de 2026, conforme se especula com a ida de Raquel para o PSD, partido da base do Governo no Congresso. “O PSB estará com Lula em 2026. Quanto ao PSD, não sei se ele tem essa certeza”, afirmou.

Perguntar não ofende: Pernambuco já está vivendo a campanha antecipada de 2026?

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Sob a presença de várias autoridades dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo, além de representantes do meio acadêmico e da sociedade civil, foi realizada, na manhã desta terça-feira (1º de abril), a cerimônia de posse da nova diretoria da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe).

O novo diretor da Escola é o desembargador federal Cid Marconi. O vice-diretor é o desembargador federal Rubens Canuto. O evento foi promovido na nova sede da Esmafe, que agora funciona no 1º andar da Ampliação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5.

Depois de empossado, Cid Marconi falou da importância e dos desafios do novo cargo. “É com imensa honra e senso de responsabilidade que assumo, hoje, a direção da Esmafe. Inicio agradecendo profundamente ao ex-presidente do TRF5, Fernando Braga, e ao atual presidente, Roberto Machado, pela concretização desta obra da nova sede. Com essa estrutura moderna e acolhedora, a Escola tem as condições físicas ideias para alcançar plenamente sua missão institucional. Agradeço, ainda, aos desembargadores do TRF5, pela confiança depositada em mim e no desembargador Rubens Canuto, que gentilmente aceitou o desafio de assumir a vice-diretoria. Tê-lo ao meu lado é motivo de tranquilidade e segurança. Sabemos que o desafio é grande. Temos uma estrutura física de excelência, um orçamento modesto e uma trajetória marcada por gestões memoráveis, desde a sua fundação. Honrar esse legado é nosso compromisso”, ressaltou o novo diretor.

Entre os novos desafios, Cid Marconi destacou o incremento da Escola no mundo digital, com especial enfoque nas adaptações necessárias aos avanços no campo da Inteligência Artificial (IA). Após seu discurso, Cid Marconi convidou os novos diretores das escolas judiciais das Seções Judiciárias vinculadas à 5ª Região para uma posse simbólica.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) divulgou nota oficial nesta terça-feira (1º) em resposta às declarações do secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro, que, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), atribuiu ao órgão de controle entraves à execução de políticas públicas na área educacional. No comunicado, o TCE-PE defende sua atuação técnica e reafirma o compromisso com a boa governança e a correta aplicação dos recursos públicos. Confira a nota na íntegra:

Sobre as declarações do Secretário de Educação do Estado de Pernambuco, em audiência pública na Assembleia Legislativa (Alepe), nas quais foi mencionada a atuação deste Tribunal, como fator de entrave à execução de políticas públicas, na área da educação, o TCE-PE esclarece:

A atuação do Tribunal de Contas é pautada pelo interesse público e tem como foco o aperfeiçoamento da gestão e a garantia da correta aplicação dos recursos públicos. Medidas como alertas e cautelares são adotadas em caráter excepcional, com base em indícios concretos de irregularidades, e têm como objetivo prevenir danos ao erário, assegurar segurança jurídica aos gestores e preservar a efetividade das políticas públicas — especialmente nas áreas mais sensíveis, como saúde e educação.

O TCE-PE reitera que o controle externo exercido é parte do Estado Democrático de Direito e pressupõe uma convivência institucional madura entre os gestores e os órgãos de controle. O tempo das políticas públicas deve necessariamente considerar o papel dos controles internos e externos, como condição para a boa governança e o fortalecimento da confiança nas instituições.

O TCE-PE mantém-se aberto ao diálogo institucional com todos os entes da administração pública, no espírito da colaboração republicana. Contudo, não abrirá mão de cumprir, com independência e responsabilidade, sua missão constitucional de fiscalizar os atos de gestão e proteger o interesse da sociedade.

Dulino Sistema de ensino

O secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro, disse que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não teve critério técnico, ao determinar que a governadora Raquel Lyra (PSD) nomeasse os professores aprovados no concurso de 2022, em substituição dos temporários. A ordem do TCE foi aprovada em 2024 pelo plenário do TCE, em processo relatado pelo conselheiro Ranilson Ramos. Gilson acusou o TCE de elaborar um plano de ação sem critério técnico, mas disse que obedeceu o plano do TCE mesmo a contragosto, sabendo, segundo o secretário, que o TCE não teria critério técnico.

“O plano de ação que a gente tratou com o TCE é dito na pauta que foi feito de forma errada. O plano de ação tratado pelo próprio TCE e que a gente obedeceu ele não teve um critério técnico estabelecido, mas a gente obedeceu o plano de ação e a gente fez as substituições como o TCE determinava. Substituiu os contratos temporários pelos efetivos nomeados”, disse o secretário estadual de Educação, durante a audiência pública.

O ataque ao TCE foi apenas mais um dos desferidos pelo secretário contra o órgão de controle. O secretário também atribuiu ao TCE, por exemplo, os atrasos no programa “Ganhe o Mundo”, dos problemas na licitação do kit escolar, da necessidade de usar a dispensa emergencial para a merenda. Os problemas na pasta da Educação ganharam evidência na audiência. O próprio secretário admitiu que a licitação do “Ganhe o Mundo” recebeu parecer negativo da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Acontece que a PGE é órgão do Poder Executivo e a chefe da pasta é prima da goveradora. A fala mostra contradição nos argumentos de Gilson, revelando que nem tudo pode ser colocado “na conta” do TCE.

Ipojuca No Grau

O prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), foi homenageado na noite passada (31) com a Medalha do Mérito Administrativo, durante solenidade realizada na Câmara Municipal de Floresta, dentro das comemorações pelos 179 anos de emancipação do município. Acompanhado do filho, o médico Bruno Marques, o gestor foi recebido por apoiadores e autoridades, sendo reconhecido por sua atuação à frente da administração petrolandense, atualmente em seu segundo mandato.

A cerimônia contou com a presença de representantes de diversas cidades da região, como o conselheiro do TCE-PE Rodrigo Novaes, o presidente estadual do Republicanos Samuel Andrade, e os prefeitos Bebe Água (Betânia) e Dr. Helton Martins (Águas Belas), além de vereadores e secretários municipais. Com informações do Blog do Itamar.

Caruaru - São João na Roça

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

A dor de cabeça da governadora Raquel Lyra (PSD) com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) não passa nunca. A última derrota do Poder Executivo na Casa foi a aprovação, nesta terça-feira (1º de abril), de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Comissão de Justiça (CCLJ).

O texto foi apresentado pelo deputado Alberto Feitosa (PL), que preside o grupo, com o aval do presidente Álvaro Porto (PSDB). A PEC reajusta o valor das emendas parlamentares e recebeu parecer favorável da CCLJ em uma pauta extra.

O projeto eleva o percentual das emendas impositivas apresentadas pelos deputados de 0,8% do Orçamento Estadual de 2026 para 2%. Caso essa PEC seja chancelada pelo Plenário, cada parlamentar terá direito a indicar R$ 17 milhões por meio das emendas. Atualmente, o limite é de R$ 5 milhões.

Para que a PEC não fosse apresentada já nesta terça-feira no Plenário da Casa, os deputados da bancada do Governo esvaziaram a reunião desta tarde, porque são necessários 30 votos por se tratar de uma PEC. Informações de bastidores dão conta de que os governistas foram para um almoço no palácio do Campo das Princesas e depois estiveram reunidos na Presidência da Alepe.

A líder da bancada do Governo, deputada Socorro Pimentel (União Brasil), pediu uma semana de prazo para que a gestão de Raquel Lyra possa estudar os números e tentar negociar com os parlamentares.

O que disse Feitosa

Já o deputado Alberto Feitosa afirmou que a PEC não é apenas dele, mas de 36 deputados que assinaram o texto. Segundo ele, a proposta é baseada na resolução do Congresso Nacional que definiu os novos valores das emendas individuais, que passaram a ser de 2% da receita corrente líquida do exercício anterior.

Sobre o expressivo crescimento no valor, passando de R$ 5 milhões para R$ 17 milhões, Feitosa disse que o Governo Raquel Lyra está sempre comemorando o aumento da arrecadação. “Esse é um discurso que talvez o governo faça muito. Mas, só hoje, comemorou no quadrimestre um aumento de 6,2%, o que significa mais R$ 4,3 bilhões. Nós temos aqui o segundo maior ICMS, que foi aprovado nesta Casa sem o meu voto. O governo fica comemorando toda hora que tem recursos”, destacou Feitosa.

O parlamentar ainda enfatizou: “os recursos, na democracia, na governança, não são propriedades do Poder Executivo. Há participação dos legisladores, das casas legislativas, com a indicação de emendas parlamentares no sentido de atender aos diversos anseios das cidades, das comunidades, da população. Por exemplo, 50% do valor dessas emendas são para a saúde”.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O prefeito de Correntes, Edimilson da Bahia (PT), e seu vice, Demilton Medeiros, tiveram os mandatos cassados nesta terça-feira (1º) por decisão da Justiça Eleitoral de Pernambuco. A sentença, baseada em acusações de abuso de poder econômico nas eleições de 2024, ainda cabe recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Edimilson foi eleito mesmo após uma série de impugnações e questionamentos judiciais ao longo do pleito.

Em setembro de 2024, pouco antes do primeiro turno, o Tribunal Regional Eleitoral (059ª Zona Eleitoral de Correntes) havia negado o registro de candidatura do petista, considerando-o inelegível com base em um recurso do Ministério Público Eleitoral. O MPE apontou irregularidades no decreto legislativo que anulou a desaprovação das contas do ex-prefeito pela Câmara Municipal, relativas aos anos de 2014, 2015 e 2017 — o que, segundo a Lei Complementar nº 64/90, configuraria inelegibilidade. Edmilson também consta na lista de responsáveis com contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em decisão que o condenou à devolução de recursos de convênio federal.

Apesar das pendências, Edmilson conseguiu se manter na disputa graças a uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que suspendeu os efeitos da decisão da Câmara. Com isso, a candidatura foi liberada, e ele saiu vitorioso das urnas. Com informações do Portal de Prefeitura.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

O embarque de 700 estudantes selecionados pelo Programa Ganhe o Mundo para fazer intercâmbio nos Estados Unidos e no Canadá pode não ocorrer em 2025. Nesta terça-feira (1º), durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o secretário de Educação de Pernambuco, Gilson Monteiro Filho, afirmou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) deu parecer negativo à homologação do processo licitatório referente à iniciativa, posição contrária à defendida pela pasta. Com o impasse, a escolha da empresa responsável pode extrapolar o semestre letivo, inviabilizando a viagem.

O certame em questão já é o segundo realizado pela secretaria, que viu a licitação anterior terminar deserta porque a única empresa selecionada já havia sofrido penalidades administrativas. Monteiro explicou que foi decisão da secretaria realizar um novo processo licitatório e disse que, desta vez, o impasse vem ocorrendo na PGE, já que a nova empresa selecionada, embora não tenha penalidades, é integrante de um grupo que já incorreu em infrações em contratos com o poder público.

O secretário afirmou que a posição da Secretaria de Educação é pela validação do certame “para que não tenhamos que ir para um terceiro processo licitatório”, mas que o imbróglio jurídico ainda está para ser definido por conta do parecer contrário da PGE. A resposta foi criticada pelo deputado Rodrigo Farias (PSB). “Temos um governo que não se comunica nem mesmo internamente. Foram relatados problemas aqui envolvendo alimentos fornecidos pelo Ceasa para a merenda, pendências na Secretaria de Administração sobre licitações, e o governo se perde em diversos problemas gerenciais”, avaliou o parlamentar.

Ainda durante a audiência, Monteiro explicou que, superada a licitação, ainda será necessário vencer outros entraves, como o fato de alguns estudantes estarem prestes a chegar à maioridade, o que invalida sua participação no programa. Além disso, o secretário adiantou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) orientou que o intercâmbio ocorra no segundo semestre, o que geraria um conflito no cronograma de quem pretende se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “A gente contesta essa visão, porque ela penalizaria mais de 400 alunos que atingirão a maioridade nesse intervalo”, complementou.

Ao usar a tribuna, uma representante das famílias de alunos selecionados pelo programa Ganhe o Mundo relatou crises de ansiedade e outros problemas de saúde vivenciados pelos participantes por conta da falta de previsão de embarque. “A seleção do programa terminou em 5 de novembro de 2024. Estamos em 1º de abril e seguimos com as nossas vidas paralisadas aguardando uma decisão do governo. Nós não pedimos o programa. O governo ofereceu. Eles concorreram. Não é possível que estejam sendo descartados agora. A governadora foi passar 15 dias de férias no Canadá. Isso é uma afronta aos estudantes que estão aguardando a sua vez de embarcar”, declarou.

Toritama - Prefeitura que faz

A Câmara Municipal do Recife aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (2), a concessão da Medalha José Mariano na Classe Ouro ao senador Fernando Dueire (MDB). A honraria, considerada a maior condecoração do Legislativo da capital pernambucana, foi proposta pelo vereador Hélio da Guabiraba e será entregue em sessão solene em data ainda a ser definida.

Recifense, Dueire será reconhecido por sua atuação em projetos estruturantes para a cidade, como a construção do aeroporto de Caruaru, a conclusão da barragem de Pirapama, a ampliação da linha Sul do metrô e, mais recentemente, a relatoria do empréstimo internacional de R$ 2 bilhões para a Prefeitura do Recife, aprovada no Senado. A operação é a maior já contratada pelo município.

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A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS/PE) divulgou nota oficial nesta terça-feira (1º) manifestando repúdio às investigações e tentativas de desqualificação da atuação dos policiais militares que participaram da operação que resultou na morte do suspeito de sequestrar e assassinar a jovem Ingrid Vitória. A entidade classificou como inaceitável qualquer questionamento sobre a conduta dos agentes envolvidos e declarou apoio irrestrito aos profissionais da segurança pública.

Confira a íntegra da nota:

A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS/PE) vem, por meio desta, manifestar total repúdio às tentativas de desqualificar a atuação dos policiais militares que participaram da operação que resultou na localização e morte do suspeito de ter sequestrado e assassinado a jovem Ingrid Vitória.

Os policiais envolvidos atuaram com extremo profissionalismo, enfrentando condições adversas, sob um calor de mais de 40°C, com o único objetivo de localizar e prender o suspeito. O indivíduo em questão representava uma ameaça grave e irreversível à sociedade, e sua resistência à abordagem policial resultou na resposta necessária dentro dos protocolos operacionais.

É inaceitável que agentes da segurança pública, que diariamente arriscam suas vidas para proteger a sociedade, sejam alvos de questionamentos e insinuações infundadas. A ACS-PE reafirma seu total apoio aos policiais que participaram dessa ação e cobra respeito ao trabalho desses homens que dedicam suas vidas à luta contra a criminalidade.

O compromisso dos policiais militares de Pernambuco sempre foi e continuará sendo com a lei, a ordem e a proteção do cidadão de bem. Por isso, a ACS/PE coloca todo seu apoio jurídico à disposição dos policiais militares envolvidos na ocorrência, certo que podem contar com a entidade para defendê-los, em qualquer circunstância e contra quem quer que seja. Não admitiremos que a honra e a dedicação dos nossos policiais sejam colocadas em dúvida diante de uma operação que representou uma resposta firme contra a barbárie.

O Ministério da Educação (MEC) pretende mudar a forma como os cursos da área da saúde – incluindo Medicina – serão avaliados in loco. Segundo o Estadão apurou, a ideia é que os avaliadores que visitam as faculdades consigam analisar com mais rigor a parte prática da formação.

Procurado, o Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), órgão do MEC, afirmou que os documentos estão passando por revisão interna.

No caso da Medicina, eles devem passar a examinar como se dá a inserção dos alunos nos três níveis de atenção à saúde. Ou seja, como é o aprendizado quando eles estão atendendo em postos de saúde (nível primário), ambulatórios e maternidades (secundário) ou hospitais (terciário), sob supervisão de professores. As informações são do Estadão.

As bases de um novo instrumento avaliativo já foram finalizadas por uma comissão de especialistas formada a pedido do Inep, e o documento deve ser colocado para consulta pública até o fim do semestre.

Faculdades de Medicina precisam obrigatoriamente ter convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) para que seus alunos aprendam a parte prática durante o atendimento à população.

Segundo o Estadão apurou, a nova avaliação deverá ser mais rigorosa ao analisar como é feita a supervisão dos professores nesses locais, checando exigências de quantidade de docentes responsável por cada aluno nas diferentes atividade, por exemplo. Deve ainda levar em consideração em que momento o estudante começa a ter contato com hospitais ou postos de saúde e se ele passa por todas as áreas da Medicina durante a formação.

O exame também seria mais criterioso em atividades práticas que não incluem pacientes, como aulas de anatomia ou laboratórios.

Atualmente, as avaliações in loco feitas pelo Inep não têm diferenciação por área e são praticamente mesmas para todos os cursos, seja Direito, Engenharia ou Medicina, cujos currículos e estruturas são muito diferentes. Os cursos recebem notas que variam de 1 a 5.

Na área da saúde, os avaliadores precisam apenas checar genericamente se há convênio com o SUS, sem a necessidade de detalhar como ele é executado.

Essas visitas fazem parte de um sistema maior de avaliação do ensino superior no País, que inclui também a prova para os alunos, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O sistema completou 20 anos e é considerado ultrapassado por especialistas e pela própria gestão atual.

A intenção agora é que o olhar do avaliador seja diferente para cada uma das dez áreas determinadas pelo Inep: Saúde e Bem Estar; Educação; Engenharia; Agricultura; Serviços; Artes e Humanidades; Ciências Sociais; Comunicação e Informação; Negócios; Administração e Direito, Computação e Tecnologias da Informação; Ciências Naturais, Matemática e Estatística. Documentos com novos indicadores para avaliações de todas elas estão sendo elaborados por comissões e devem ser finalizados até o fim do ano.

O Inep confirmou que os instrumentos “serão publicados após a definição do novo marco regulatório da EAD”. Quase três meses após ser finalizado pelo MEC, o decreto que regula o ensino superior a distância no País ainda não foi publicado pelo governo federal – a nova regra está parada na Casa Civil.

Segundo o Estadão apurou, um dos pontos que têm emperrado é a reação do setor privado em relação à proibição de cursos de Enfermagem a distância.

10 mil visitas por ano a faculdades
O Inep realiza cerca de 10 mil visitas para avaliação in loco por ano, com especialistas contratados para o serviço. Essas visitam são exigidas tanto para a autorização de abertura de um novo curso, como para o chamado reconhecimento depois que já há alunos e ainda para que esse reconhecimento seja renovado periodicamente.

Dirigentes do Inep têm reclamado de sobrecarga nesse sistema e da dificuldade de visitar todas a faculdades e cursos, em especial para renovar o reconhecimento. O Brasil tem cerca de 40 mil cursos de graduação em 2600 instituições de ensino superior. Atualmente, 390 faculdades oferecem cursos de Medicina.

Em evento online no ano passado, o diretor de avaliação do ensino superior do Inep, Ulysses Teixeira, disse que a nova análise in loco por áreas, além de ser mais precisa, ajudaria também a dar mais agilidade ao sistema.

Hoje, essas avaliações têm três dimensões que precisam ser analisadas nas visitas: organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura. Agora, seria adicionada uma quarta, que traz os elementos específicos de cada área.

A intenção é justamente deixar a avaliação menos genérica e mais apta para analisar a qualidade dos cursos. Na área da Medicina, em especial, a abertura de uma grande quantidade de vagas no País têm sido alvo de críticas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Um dos argumentos da entidade é o de que há falhas na formação médica por causa da falta de estrutura para atividades práticas.

Os trabalhos da comissão da área da saúde, que foi constituída no início do ano passado pelo Inep, já finalizaram e foram entregues ao Inep este ano. O documento deve prever igualmente maior exigência de avaliação da formação prática em outros cursos da área, como Odontologia, Enfermagem e Nutrição.

O Inep informou que pretende ainda fazer “avaliações simuladas” para testar os novos instrumentos. E que também estão previstas capacitações dos avaliadores.

Só depois disso seria submetido ao ministro da Educação, Camilo Santana, para publicação.

Neste mês, Camilo criticou o valor cobrado por instituições privadas em cursos de Medicina. “Há faculdades de Medicina cobram R$ 15 mil, e outras cobram R$ 8 mil, outros cobram R$ 10 mil. Acho que precisamos ter algumas regras mais claras em relação a isso”.

O governo federal também remodelou em 2023 o programa Mais Médicos com a intenção de garantir que os profissionais formados em áreas remotas ou periféricas continuem trabalhando nesses locais. O projeto incentiva a abertura de novas vagas de Medicina em cidades onde há mais necessidade de médicos.

Por Nicolle Gomes
Do Diario de Pernambuco

A Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, comentou sobre o processo de desativação total da Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), iniciada nesta terça (1°), no prédio da unidade, situada em Itamaracá, no Grande Recife.

A chefe do executivo estadual falou, durante a inauguração da nova sede da Advocacia Geral da União, na manhã de hoje (1°), sobre como está atuando no sistema prisional pernambucano, que passou por um momento delicado ao ser assumido pela governadora.

“A gente recebeu o Estado de Pernambuco com a condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo um dos piores sistemas penitenciários do Brasil”, apontou.

Raquel prometeu, inclusive, a demolição da unidade prisional, e outras demolições, não especificadas.

“A gente acabou de desativar a penitenciária Barreto Campelo em Itamaracá para demolir aquela penitenciária. Com apoio do Governo Federal, com decisão do nosso Governo, a gente tem conseguido fazer esse processo de reconstrução, e uma das etapas era fazer a demolição do Barreto Campelo, e faremos outras”, prometeu.

A desativação da Barreto Campelo faz parte, segundo o Governo, de uma operação de reestruturação da esfera penitenciária do Estado, denominada Operação Ponto Final.

Entenda

A Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), situada na na Ilha de Itamaracá, no Grande Recife, está sendo totalmente desativada na manhã desta terça-feira (1°), após mais de 50 anos de funcionamento.

Ao todo, 640 vagas masculinas, com 472 presos recolhidos sob o regime fechado, compõem a unidade prisional. Todos os reclusos estão sendo transferidos para outros estabelecimentos penais da Região Metropolitana do Recife (RMR).

A mobilização de segurança para a transferência ocorre de forma integrada com a atuação de 115 policiais penais, 12 policiais civis, 332 policiais militares, além do Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e serviços de inteligência. A ação conta ainda com monitoramento por drones e câmeras.

Entre as razões que motivaram a desativação do equipamento pela SEAP estão as condições estruturais precárias em pavilhões, áreas de vivência e setores administrativos e de apoio, agravadas pela ausência de manutenção preventiva e corretiva, além de problemas no sistema de esgoto e deterioração das estruturas da muralha e passarelas.

História

Inaugurada em 3 de dezembro de 1973, a Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC) desempenhou, neste tempo, papel relevante do sistema prisional da RMR, sendo, até então, a única penitenciária masculina de regime fechado localizada em Itamaracá.

Por Bela Megale
Do Jornal O Globo

Membros do governo Lula, inclusive do próprio PT, avaliam que a candidatura de José Dirceu ao cargo de deputado federal, em 2026, trará prejuízos para a campanha de reeleição de Lula à Presidência.

No Palácio do Planalto é dado como certo que o petista concorrerá caso não tenha nenhuma questão de saúde. A primeira-dama Janja também reforçou isso em entrevista recente à BBC Brasil.

A avaliação feita por um grupo do governo é que a imagem de Lula será amplamente associada à do ex-ministro pela oposição, especialmente bolsonaristas, apesar de Dirceu não fazer parte da atual gestão nem ter influência sobre as decisões tomadas.

É consenso que o ex-ministro ainda conta com grande rejeição popular por suas condenações no mensalão e na Lava-Jato, que o levaram a ser preso duas vezes. A avaliação é que, num Brasil polarizado como o de hoje, a candidatura de Zé Dirceu associada a Lula pode tirar votos importantes do petista.

O ex-ministro, porém, tem mostrado prestígio na classe política. No seu aniversário de 79 anos, no mês passado, ele reuniu nomes como o presidente da Câmara, Hugo Motta, expoentes do centrão, como o deputado Arthur Lira, além de ministros de Lula. O evento teve tom de campanha, com discurso de Dirceu e a militância petista chamando-o de “comandante”.