Há muito, não via meu amigo Cláudio Humberto, o mais bem informado e completo colunista político do País. Nossa amizade é como vinho – quanto mais o tempo passa, mais robustez na sua qualidade.
Nosso reencontro foi num jantar que entrou pela madrugada, num restaurante no Lago Sul, ontem, em Brasília, onde ele mora com sua Tais Braga, também jornalista, editora de primeira página do Correio Braziliense.
A coluna do CH, como assim o chamo, é reproduzida em mais de 30 jornais e portais no País. Além de editar o Diário do Poder, portal de grande visibilidade, cujo destaque é a sua apimentada coluna, com furos diários, CH ocupa hoje destaque também na mídia nacional como comentarista da Band News e na rádio do mesmo grupo.
Foi uma conversa extremamente produtiva, com bastidores do poder. Cláudio impressiona pela coragem. Mais do que isso, pela disposição de trabalho. Um monstro! Faz jornalismo com tesão de noivo, o mesmo entusiasmo juvenil do passado está presente no seu dia a dia.
Trocar ideias com ele é sempre prazeroso, um grande aprendizado.
Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que não haverá um pedido de vistas e o julgamento do núcleo crucial ocorrerá ainda em setembro.
Se a expectativa não se confirmar, porém, mesmo com um pedido de vista, que não é totalmente descartado, os magistrados avaliam que há tempo para que o julgamento termine ainda em dezembro, depois do prazo de 90 dias para que a ação fosse devolvida para a conclusão dos votos.
Entre os cinco ministros da Primeira Turma, o nome apontado como aquele que pode pedir vistas é o de Luiz Fux. Tecnicamente, colegas de Fux avaliam que não haveria motivos para um pedido de vista.
Eles lembram que o ministro participou inclusive das sessões de interrogatórios e acompanhou bem todo o processo de instrução da ação penal, apresentando nestes momentos divergências em relação a alguns pontos defendidos por Alexandre de Moraes.
Por isso, os colegas de Fux esperam que ele apresente um voto divergente em relação ao do relator Alexandre de Moraes, no mínimo em relação ao tempo das penas no caso de uma de condenação do ex-presidente. Fux, por exemplo, questionou a delação de Mauro Cid.
Votos divergentes
No julgamento da cabeleireira Débora dos Santos, a pichadora da Estátua da Justiça, ele defendeu uma pena menor para o caso dela. O ministro também votou contra Alexandre de Moraes nas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso da tornozeleira eletrônica.
Para o ministro, não haveria sinais de que o ex-presidente estivesse planejando uma fuga. Ele também votou contra a proibição de uso de redes sociais pelo ex-presidente da República.
As divergências de Luiz Fux em relação a Alexandre de Moraes foram comemoradas pelos apoiadores de Bolsonaro, apesar de eles reconhecerem que não será o suficiente para inocentar o ex-presidente da República. O julgamento será na Primeira Turma, e não cabe recurso ao plenário de onze ministros.
O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2026 vai assegurar uma receita adicional de R$ 125 milhões para os municípios pernambucanos no próximo ano. A conquista foi possível graças a uma emenda aprovada por unanimidade na Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação e confirmada pelo plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
A proposta determina que os recursos arrecadados pelo Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) sejam repartidos com as prefeituras, seguindo a mesma sistemática de distribuição do ICMS. A iniciativa demonstra a união da Alepe em defesa da pauta municipalista e da descentralização dos recursos públicos, reforçando o compromisso do Legislativo estadual com o fortalecimento das administrações locais.
O presidente da Comissão de Finanças, deputado Antonio Coelho, autor da emenda, explicou que a medida corrige uma distorção. Segundo ele, ao conceder benefícios fiscais de ICMS por meio do Prodepe e outros programas – políticas consideradas importantes para atrair investimentos e gerar empregos –, o Estado reduz sua arrecadação e, consequentemente, os repasses às prefeituras. Para compensar parte dessa perda, o governo estadual instituiu o FEEF, cobrando um percentual sobre os incentivos concedidos. O problema, na avaliação do parlamentar, é que esses valores nunca foram partilhados com os municípios, como ocorreria se fossem arrecadados diretamente via ICMS.
“O FEEF é um imposto ruim, que traz insegurança jurídica e afeta diretamente as gestões municipais. Sempre me posicionei contra sua existência, mas, se ele é inevitável na atual conjuntura, ao menos devemos repartir os recursos com quem mais precisa: os municípios, que estão na ponta e arcam com a queda de arrecadação. A partilha é uma oportunidade de equilibrar o jogo”, afirmou Antonio Coelho.
O deputado também destacou que a partilha tem amparo constitucional e respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ADI nº 5635, a Corte reconheceu que depósitos em fundos estaduais criados para equilíbrio fiscal têm natureza de ICMS e, portanto, podem ser divididos com os municípios. “Não se trata de favor, mas de uma garantia constitucional. O governo do Estado não pode se apropriar sozinho de recursos que não lhe pertencem na totalidade”, alertou.
Com a aprovação da emenda, o percentual de 25% da receita do FEEF passará a ser destinado aos municípios, fortalecendo os cofres locais e permitindo novos investimentos. “Nosso objetivo maior é que o FEEF deixe de existir. Mas, enquanto essa realidade não se impõe, garantimos uma conquista importante: redistribuir recursos que já existem e pertencem, por direito, aos municípios. É uma forma de devolver recursos públicos a quem está mais próximo da população e mais capaz de transformá-los em serviços essenciais”, concluiu Antonio Coelho.
O policiamento na Praça dos Três Poderes, em Brasília, será reforçado, a partir de hoje, por conta do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As informações são do portal Estadão.
A segurança na área central da capital federal será reforçada com uma operação integrada entre a Segurança Pública do Distrito Federal e a Polícia Judicial, efetivo que realiza a guarda do STF. Uma célula com os dois efetivos integrados será instalada na Praça dos Três Poderes.
O policiamento foi ampliado nas vias de acesso à praça. Por decisão do STF, acampamentos e obstruções estão proibidos na área. A operação contará com varredura constante de drones de imagem térmica. O policiamento também será reforçado no domingo, 7 de setembro, quando estão previstas comemorações do Dia da Independência.
Dos 31 réus no STF por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, oito integram o chamado “núcleo 1″ ou “núcleo crucial”. Segundo a PGR, partiram deles as principais decisões da tentativa de ruptura institucional. Nesta terça-feira, 2, os ministros da Primeira Turma do Supremo iniciam o julgamento final da ação penal desse núcleo, que poderá condenar ou absolver os oito réus.
Eles são acusados por cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. A análise do caso vai até o dia 12.
Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar presencialmente o julgamento do “núcleo crucial” da trama golpista. De acordo com o Supremo, “foram disponibilizados 150 lugares para o público em geral na sala de sessões da Segunda Turma do STF”. Por limitação de espaço, o Tribunal aceitará somente os 1.200 primeiros cidadãos que se inscreveram do total de 3.357.
Os demais interessados, que não foram selecionados para acompanhar o julgamento dentro do STF, poderão assistir às sessões no lado externo, em um espaço com telão, onde também será permitida a entrada de cinegrafistas e fotógrafos.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Artefatos atômicos radioativos pairam sobre os corações neste Terra de Santa Cruz, a terra da verdadeira Cruz, Os artefatos nucleares são feitos com urânio, plutônio e, principalmente, material radioativo de coliformes. A radiação de coliformes é a que mais destrói cérebros, corpos e até a alma das criaturas. Espíritos de coliformes radioativos vagueiam nos planaltos e nas planícies.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac – os senhores das armas e das guerras acionam o gatilho da bomba atômica de urânio e coliformes. Haverá um grande cogumelo no ar. Zeus nos proteja!
Depoimento secreto de um caboeta afirma que o Capitão Marvel comandou os bovinos para participar da intentona golpista e tomar de assalto o poder. Os bovinos foram comandados por controle remoto e até por telepatia, segundo o caboeta. “Marcha, bovinos, cabeça de papel, se não marchar direito, vai preso no quartel!”, eram as palavras de ordem do Capitão. Os caboetas não mentem jamais.
No meio da intentona, uma senhora com aparência inocente, portadora de um batom atômico com potência de 10 megatons, tentou destruir a estatua da liberdade democrática na Praça dos Três Poderes Celestiais. A pobre estátua, de olhados vendados e indefesa, ainda hoje verte lágrimas de sal por ter sido alvo de uma conspiração antidemocrática.
O comandante da intentona, os bovinos e insurgentes conservadores estão na alça de mira dos bombardeios atômicos de urânio e coliformes radioativos.
O Capitão Marvel está sendo esculachado e poderá ser condenado, estraçalhado, esfolado, sangrado, decapitado, esquartejado e até castrado, para não reproduzir o legado da intentona golpista.
A estátua da liberdade democrática e demais vítimas da intentona direitista poderão conceder anistia ou indulgência ao Capitão Marvel e aos conspiradores golpistas? Nunca jamais, dizem. Indulgências só poderão ser concedidas aos bovinos pelo misericordioso Santo Padre o Papa na Praça de São Pedro no Estado do Vaticano.
Eu vos direi, o maior larápio que já contemplou as águas da Guanabara, assaltante dos cofres públicos com 400 anos de cadeia no lombo, recebeu indulgências eternas, e hoje concede autógrafos à patuleia aos pés do misericordioso Cristo Redentor. Poderá ser eleito novamente governador das terras da Guanabara.
Assaltar cofres públicos faz parte das honoráveis tradições do Reino de Pindorama. O descendente de Pedrálvares só usava batom nas orgias palacianas para festejar a corrupção. Mas eram orgias inocentes, acredite. O sonho dele é voltar à cena do crime para dobrar a meta.
Sempre haverá o dia seguinte. Esta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira Cruz, padece da síndrome do coração partido. Corrução é coração partido. Quem feriu os corações neste Reino Auriverde, onde cantava o sabiá e hoje canta o carcará?!
Sábios e iluminados da intelligentsia auriverde cultivam em seus palácios bombas atômicas de coliformes. Sentem-se embriagados de vaidades e verdades.
Tudo são vaidades e aflição de espírito, dizem os Eclesiastes.
Este é o Xis do problema, o antigo Twitter do problema.
Começa amanhã, enfim, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas integrantes do núcleo central do plano de golpe de Estado. Cinco ministros que integram a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal já condenaram o capitão em todas as etapas anteriores do processo lá atrás. A prisão de todos, portanto, é dada como certa.
Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar com tornozeleira. Provavelmente, irá direto para um presídio, diferente do ex-presidente Lula (PT), que ficou detido numa cela especial da Polícia Federal pelo seu envolvimento no escândalo da Lava Jato. No mundo jurídico há quem pense diferente.
Em entrevista, ontem, à rede de TV CNN, o professor de Direito Constitucional, Gustavo Sampaio, disse que, em tese, a prisão domiciliar do ex-presidente poderia ser transformada em prisão preventiva em presídio antes mesmo do julgamento, caso ocorra desobediência por parte do réu.
“A medida seria juridicamente possível com base no art. 312 Do Código de Processo Penal, caso surgisse descumprimento das cautelares ou risco concreto à investigação ou instrução. No entanto, ele considera a evolução pouco provável, sobretudo devido à idade (70 anos) e às condições de saúde do ex-chefe da Nação”.
Além disso, a Procuradoria Geral da República já se manifestou, na sexta-feira passada, contra o reforço de policiamento dentro da residência de Bolsonaro. Segundo o procurador Paulo Gonet, não há necessidade de “soluções mais gravosas” que a prisão domiciliar, já que não foi relatada qualquer “situação crítica” no local.
Mesmo em caso de condenação com execução imediata, Sampaio avalia que o regime domiciliar é o desfecho mais provável, por motivos humanitários e de saúde, em linha com o que se deu com o ex-presidente Fernando Collor, que cumpre detenção em sua casa, em Alagoas. A decisão final, contudo, cabe à Primeira Turma do Supremo.
SETE ANOS NO XADREZ – Já a Folha de São Paulo informa que o ex-presidente Bolsonaro pode pegar sete anos de prisão em regime fechado caso seja condenado à pena máxima de 43 anos pelos crimes listados na acusação da Procuradoria Geral da República no processo da trama golpista. Os crimes são, pela ordem, organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro nega ter cometido qualquer irregularidade.
E foi a oposição que antecipou… – A governadora Raquel Lyra (PSD) acusa seus adversários de antecipação da campanha de 2026, mas carapuça está na sua cabeça. Por onde anda, pegou mania agora de fazer discursos explosivos, fugindo do tom administrativo. Sexta-feira passada, em Arcoverde, ela subiu novamente numa cadeira, exibiu a bandeira de Pernambuco e afirmou: “Sabe qual a diferença entre nós para eles? É que o que nos une é o amor por Pernambuco. Não me importo com a cor da bandeira partidária, mas eu sei que o povo de Pernambuco está representado nesta bandeira e é por ela que eu trabalho”.
A ira de Raquel – Ainda em Arcoverde, a governadora tomou conhecimento de que o prefeito Zeca Cavalcanti (Podemos) não moveu uma palha na mobilização para o principal evento, a plenária para ouvir a população. Não fossem os prefeitos de Pesqueira, Custódia e Sertânia, que levaram suas caravanas em ônibus lotados, o evento teria sido um verdadeiro fiasco. Perseguidora, daquelas que fazem política com o fígado, Raquel deixou Arcoverde com vontade de riscar Zeca do seu caderno.
Até o irmão foi ingrato – No pacote de ajuda a Arcoverde, a governadora incluiu o restante da pavimentação do trecho da BR-232 até ao Santuário da Divina Misericórdia, em Serra das Varas. A obra, justiça seja feita, começou pelas mãos do ex-deputado estadual Júlio Cavalcanti, que destinou uma emenda da ordem de R$ 1 milhão. Mas até mesmo o prefeito Zeca Cavalcanti, irmão de Júlio, ignorou a ação do ex-parlamentar, com quem, aliás, não se bica.
Razão da ausência – Aliado de primeira hora da governadora, o presidente da Câmara de Arcoverde, Luciano Pacheco (MDB), tem evitado participar de eventos com o prefeito Zeca Cavalcanti. Daí, a razão de não ter sido visto acompanhando Raquel na programação que a gestora cumpriu na cidade, sexta-feira passada. Rifado da gestão municipal, Pacheco não criou ânimo sequer para ir ao festival “Pernambuco, meu País”, que arrastou muita gente da cidade e região.
CURTAS
LANÇAMENTO 1 – Amanhã, começo por Toritama, no Agreste, mais uma maratona de lançamentos do meu livro “Os Leões do Norte”, um conjunto de 22 mini biografias de ex-governadores de Pernambuco, de 1930 a 2022, pela editora Eu Escrevo. A noite de autógrafos, com apoio do prefeito Sérgio Colin (PP), será no Espaço da Juventude, a partir das 19 horas.
LANÇAMENTO 2 – Na quarta-feira, a noite de autógrafos, antecedida por uma palestra minha, será na Câmara de Vereadores, às 19 horas, com apoio do prefeito Josafá Almeida e a coordenação do seu irmão, o secretário de Administração e Segurança Pública, Jobson Almeida, candidato a deputado estadual.
LANÇAMENTO 3 – Na quinta-feira, também às 19 horas, na Câmara de Vereadores, a noite de autógrafos será em Caruaru, com apoio do prefeito Rodrigo Pinheiro e coordenação do secretário de Articulação Política, Anderson Luiz. Na sexta-feira, enfim, acontece em Vertentes, às 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio do prefeito Israel Ferreira.
Perguntar não ofende: O Brasil vai parar para acompanhar o julgamento de Bolsonaro?
Mal comparando, o julgamento de Bolsonaro e dos sete cúmplices que compõem o “núcleo crucial” do complô do golpe se assemelha ao epílogo de um filme trágico. O enredo é conhecido. Relata a história de uma embarcação temerária, uma tripulação alienada e uma imensa pedra de gelo. Tudo muito parecido com Titanic.
Ninguém ignora o final. Mas Tarcísio de Freitas voltou a torturar a realidade numa entrevista ao Diário do Grande ABC. Repetiu que, se fosse eleito presidente da República, seu “primeiro ato” seria a assinatura de um indulto a Bolsonaro. Afirmou que “tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado.”
A criatura trata o criador como maestro de um transatlântico a caminho das profundezas. Vestindo o figurino de músico de uma orquestra precária, Tarcísio ajusta seu discurso às conveniências de Bolsonaro. Não ignora que o julgamento do Supremo é um iceberg. Mas desliza pelo convés de costas para 61% dos eleitores que disseram ao Datafolha que não votariam em candidato que prometesse livrar Bolsonaro de suas culpas.
Com a água invadindo o seu trombone, os tubarões entrando pelas escotilhas, as caldeiras explodindo, Tarcísio ainda responde à batuta de Bolsonaro sem hesitação. Fala como se atribuísse o desnível acentuado do assoalho do transatlântico do golpe à má qualidade do champanhe servido pelos magistrados da Primeira Turma do Supremo.
Tarcísio disse não acreditar na consistência dos “elementos” reunidos no processo que conduz Bolsonaro à condenação. Acrescentou: “Infelizmente, hoje, eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto.” Com seus acordes desafinados, o governador paulista dá de ombros para os fatos.
Tratado como quindim do centrão para a sucessão de 2026, Tarcísio ignora a delação de Mauro Cid e tudo o que veio depois dela — do testemunho de dois comandantes militares que se recusaram a avalizar a minuta do golpe ao plano confesso para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes que a PF recolheu no computador de um general palaciano.
A conjuntura já ofereceu muitas oportunidades para o desembarque de Tarcísio. Mas o governador, com os olhos vidrados no que restou do espólio do maestro da ultradireita, demora a perceber que há um déficit de botes salva-vidas no Titanic. Político que não ambiciona o poder vira alvo. Mas quem só ambiciona o poder tende a errar o alvo.
A Interpol incluiu na difusão vermelha oito suspeitos foragidos de uma megaoperação deflagrada na quinta-feira (28) contra o PCC.
Medida permite que foragidos sejam localizados pelas polícias dos 196 países que integram a Interpol. Com a inclusão na lista, os suspeitos passam a ser considerados foragidos internacionais. A difusão vermelha é um banco de dados com nome, foto, nacionalidade, descrição das características físicas e crimes aos quais o foragido responde na Justiça.
Nomes foram encaminhados à Interpol pela Polícia Federal brasileira. A relação de foragidos inclui figuras como Mohamed Hussein Mourad, o “Primo”, apontado como epicentro do esquema criminoso, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, que também teria papel central nas fraudes.
Veja abaixo a lista de foragidos:
1. Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João”, “Primo” ou “Jumbo”, é apontado como “epicentro” do esquema. Ele foi preso em flagrante em 2010 por tentativa de subornar policiais civis. Na ocasião, foram encontradas com ele munições de metralhadora .50;
2. Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, considerado “colíder” do esquema;
3. Daniel Dias Lopes, considerado “pessoa chave” no esquema por ter ligação com distribuidoras de combustíveis do Mohamad;
4. Miriam Favero Lopes, esposa de Daniel e sócia de empresas ligadas às fraudes;
5. Felipe Renan Jacobs, empresário do setor de combustíveis;
6. Renato Renard Gineste, empresário do setor de combustíveis;
7. Rodrigo Renard Gineste, dono de varejista de roupas;
8. Celso Leite Soares, dono de empresa que cultiva cana-de-açúcar, no interior de São Paulo.
Promotores do MP-SP suspeitam que a operação tenha sido vazada para os alvos. Os investigados abandonaram suas casas ainda de madrugada, antes de a polícia chegar. Por outro lado, o vazamento não atingiu os endereços mais importantes da investigação, como a sede do BK Bank.
Ao todo, a Justiça Federal expediu 14 mandados de prisão preventiva na operação. Apenas seis suspeitos foram presos na quinta.
Batizada de “Carbono Oculto”, a operação é considerada a maior da história feita contra o crime organizado no país. Ao todo, uma força-tarefa composta por 1.400 agentes da Polícia Federal, da Receita Federal e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) cumpriu 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos em dez Estados do País.
A megaoperação investiga um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações apontam sonegações de até R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais. A Receita Federal afirma que algumas empresas envolvidas no esquema movimentaram R$ 52 bilhões para o PCC.
Esquema também utilizava fundos de investimentos para ocultar patrimônios de origem ilícita e tem indícios de ligação com o PCC. Segundo a PF, eram feitas transações de compra e venda de imóveis e títulos entre empresas do mesmo grupo.
A Receita identificou 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. As operações aconteciam no mercado financeiro de São Paulo, através de membros infiltrados na Avenida Faria Lima.
O deputado estadual Claudiano Filho anunciou a destinação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 60 mil para o município da Pedra, no Agreste Meridional de Pernambuco, durante sua participação na ExpoCaraíbas, realizada no Parque Sthefffany Vitória.
O recurso será utilizado para a construção de um galpão voltado à produção genética do gado local, medida que promete fortalecer ainda mais os produtores de leite da região e ampliar a qualidade da bacia leiteira pernambucana, uma das mais importantes do Nordeste.
Reconhecido como o parlamentar que representa os produtores de leite e de laticínios do estado, Claudiano tem atuado em projetos que garantem isenções fiscais, subsídios e selos de qualidade para valorizar a produção pernambucana. “Com essa emenda, reafirmamos nosso compromisso de estar sempre ao lado do homem e da mulher do campo, buscando ferramentas que tragam mais desenvolvimento, qualidade e competitividade para a nossa bacia leiteira”, destacou o deputado.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou que a senadora Damares Alves (REPUBLICANOS-DF) visite o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), amanhã (1), no período das 10h às 18h. A parlamentar foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante o mandato do ex-presidente.
Após a decisão decretada ontem (30), determinando a vigilância da área externa da casa de Bolsonaro e a revista de todos os automóveis que saem da residência, Moraes também destacou que o carro da senadora deverá ser revistado após a visita. As informações são da CNN Brasil.
“RESSALTO que, nos termos da decisão de 30/8/2025 acima referida, serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”, afirmou no documento.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. Segundo a decisão, o ex-presidente está proibido de receber visitas, com exceção de seus advogados e filhos, podendo apenas ter contato com pessoas autorizadas pelo Supremo.
A visita da senadora, nesta segunda-feira, acontece apenas um dia antes do início do julgamento de Bolsonaro e outros sete réus pela primeira turma do STF, na próxima terça-feira (2). Os oito réus são acusados de elaborarem um plano de golpe de Estado no país em 2022.
Santa Cruz do Capibaribe iniciou, neste domingo (31), uma nova etapa em sua história com a assinatura da ordem de serviço para a construção do Pórtico de Entrada da cidade. O ato foi conduzido pelo prefeito Helinho Aragão, ao lado do vice-prefeito Flávio Pontes e do deputado federal Felipe Carreras, responsável pela destinação da emenda parlamentar no valor de R$ 1,2 milhão que vai garantir a execução da obra.
O equipamento será muito mais do que uma estrutura física: ele marcará a identidade da cidade, servindo como cartão de visitas para moradores, turistas e empreendedores que chegam ao município. A iniciativa também reforça a relevância de Santa Cruz como polo econômico, cultural e de inovação.
O parlamentar também esteve presente na inauguração do novo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro da Palestina, equipamento que amplia os serviços de proteção e atendimento às famílias da região.
Também participaram das agendas o deputado estadual Diogo Moraes, o ex-prefeito Fábio Aragão, o ex-deputado federal e ex-prefeito José Augusto Maia, os vereadores Augusto Maia, Marlos da Cohab, Cristóvão Bomba, Tallys Maia, Dr. Nanau, Deomedes Brito, Gilson Julião, Irmão Antônio e Carlinhos da Cohab.
Ainda neste domingo, o deputado Felipe Carreras será homenageado pela Câmara Municipal de Santa Cruz do Capibaribe com o título de Cidadão Santacruzense. A honraria reconhece o seu compromisso e trabalho em favor do desenvolvimento do município.
Uma audiência pública para debater o “Plebiscito Popular 2025: Participação Democrática, Justiça Social e o Futuro do Trabalho e da Tributação no Brasil” ocorre amanhã, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
O evento proposto pelos mandatos dos deputados estaduais Rosa Amorim (PT), João Paulo (PT), Dani Portela (PSOL) e Doriel Barros (PT), será realizado às 10h no Auditório Sérgio Guerra na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
O plebiscito popular é uma ferramenta organizada pelos movimentos populares para consultar a opinião da população brasileira sobre a redução da jornada de trabalho e isenção tributária. Em Pernambuco, os votos estão sendo coletados em diversas cidades de todas as regiões do estado.
A deputada Rosa Amorim destaca que o plebiscito mostra a necessidade de maior justiça tributária e valorização da vida e do trabalho digno no Brasil. “Por isso, é tão importante que o nosso estado participe e garanta que os votos que serão entregues ao presidente Lula reflitam a vontade do povo”, declarou a parlamentar.
O Plebiscito é uma iniciativa nacional que mobiliza igrejas, movimentos sociais, sindicatos, pastorais e entidades populares, trazendo duas perguntas: “Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pelo fim da escala 6×1?” e “Você é a favor que quem ganhe mais de 50 mil reais por mês pague mais imposto, para que quem recebe até 5 mil reais não pague imposto de renda?”.
O período de votação vai até o fim do mês de setembro e os votos podem ser feitos em urnas ou através do site https://plebiscitopopular.org.br/. O objetivo é colher milhões de votos para pressionar os poderes legislativo e executivo a criar políticas de redução da jornada de trabalho e de justiça fiscal no país.
Um ataque hacker atingiu bancos na noite da sexta-feira (29), provocando o desvio de cerca de R$ 420 milhões por meio de transferências realizadas via Pix. De acordo com fontes ouvidas pela TV Globo, foram desviados R$ 380 milhões do banco HSBC e outros R$ 40 milhões da instituição financeira ARTTA.
O golpe ocorreu a partir da invasão a sistemas da Sinqia, empresa brasileira que fornece tecnologia de conexão entre instituições financeiras e o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. A companhia confirmou o episódio em nota oficial, mas evitou informar valores ou nomes de bancos prejudicados. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Neofeed.
Em seu comunicado, a Sinqia afirmou que acionou especialistas forenses para investigar a origem do incidente e destacou que “um número limitado de instituições financeiras” foi afetado.
Ainda de acordo com a empresa, a atividade suspeita se restringiu ao ambiente Pix e não há indícios de movimentações fora desse sistema nem sinais de que dados pessoais tenham sido comprometidos.
A Sinqia acrescentou que está reconstruindo as plataformas atingidas em um novo ambiente, com monitoramento reforçado e camadas adicionais de segurança.
O ataque ocorre pouco tempo depois de outra ação de grandes proporções, registrada em julho, quando hackers desviaram quase R$ 1 bilhão explorando vulnerabilidades da C&M Software, outra provedora de serviços tecnológicos usada por bancos e corretoras. Na ocasião, valores que estavam em contas no Banco Central foram transferidos de forma irregular. Apesar do episódio, a infraestrutura central do Pix não foi atingida e segue operando normalmente, informou a Sinqia.
Mecanismos de devolução
Um dia antes do ataque, o Banco Central (BC) realizou alterações no PIX, sistema de transferência de recursos em tempo real, que aperfeiçoam, nos próximos meses, o mecanismo de segurança que permite a devolução de recursos para a vítima de fraudes, golpes ou coerção.
A instituição lembra que, pelas regras atuais, a devolução dos recursos é feita apenas a partir da conta originalmente utilizada na fraude.
Mas observa que os fraudadores, normalmente, conseguem retirar rapidamente os recursos dessa conta e transferi-los para outras contas. “Assim, quando o cliente faz a reclamação é comum que essa conta já não possua fundos para viabilizar a devolução”, explicou o Banco Central.