Candidato viraliza com jingle: “Maconheiro vota em maconheiro”

Marco Smoke 70420

Candidatos inusitados surgem em toda eleição no Brasil. Em 2022, o jingle de um candidato a deputado estadual de Pernambuco tem sido compartilhado em grupos de WhatsApp em função do apelo para que “maconheiro vote em maconheiro”.

O jingle pertence ao comerciante Marco Aurélio de Barros e Silva, 56 anos, que aparecerá nas urnas como Marco Smoke. A coluna localizou o candidato, que disse defender a descriminalização da maconha porque é “usuário desde os 17 anos” e sempre esteve ao lado de pessoas “de bom nível” que utilizam a droga. As informações são da coluna Grande Angular, do Metrópoles.

“Existem pessoas que são presas e marginalizadas porque usam maconha. Por isso, luto até hoje pela descriminalização da maconha em geral e pela distribuição gratuita do Canabidiol para uso medicinal”, afirmou à coluna.

No Brasil, é crime fazer apologia ao uso de droga. A pena prevista para quem induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga é de um a três anos de prisão.

Mas, apesar do jingle e da divulgação de imagem com símbolo da maconha, Marco Smoke afirmou que não faz campanha a favor do uso da droga: “Eu luto pela descriminalização.”

Clique aqui e ouça o jingle.

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Daqui a pouco, a partir das 18h, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), concede entrevista exclusiva ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’. Silvio é o terceiro convidado do programa, que teve na sua estreia o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e depois recebeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esta semana, antecipamos a exibição do programa em um dia, por causa do feriado da Semana Santa.

O ‘Direto de Brasília’ vai ao ar das 18 às 19 horas, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco, do meu Blog e pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. A transmissão também será realizada no Instagram e no Facebook do meu Blog.

Entram como parceiros na transmissão a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado. Os nossos parceiros neste projeto são a Faculdade Vale do Pajeú, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza e a Água Santa Joana.

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Blog do Luís Torres

Presidente do PP da Paraíba e líder da maioria no Congresso Nacional, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro fala pouco, mas não deixa de dar muitos recados. Em entrevista à TV Arapuan, na noite de ontem, ele deu três grandes recados que deixam claríssimas suas posições nas articulações para composição da chapa governista para as eleições de 2026.

O primeiro deles foi cravar que o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), seu sobrinho, será o “candidato natural” à reeleição caso o governador João Azevedo (PSB) deixe o governo para disputar uma vaga de senador da República. Afastando com essa fala qualquer especulação de que Lucas poderá ser apenas um “governador tampão” para apoiar a eleição de um outro nome, inclusive o do próprio Aguinaldo, como se especula.

“Esse é o caminho natural. Lucas candidato à reeleição”, declarou, associando a circunstância ao apoio à candidatura à reeleição de João em 2022 e a do prefeito Cícero Lucena em 2024.

Aguinaldo ainda acrescentou na entrevista que Lucas não será “tutelado” por ninguém. “Nem por mim nem pela própria mãe dele, a senadora Daniella”, disse, destacando que o vice-governador tem avançado na experiência como gestor, recebendo a confiança do governador João Azevedo.

Esse recado de Aguinaldo acabou desaguando em outro. A deque o prefeito Cícero Lucena (PP), que está empolgadíssimo em sua pretensão de disputar o governo, só será candidato se João Azevedo ficar no governo. Porque se sair, como registrou, a vez é de Lucas.

Questionando, Aguinaldo foi além neste recado. Se João ficar e Cícero for escolhido como o candidato que seja pelo PP e não pelo PSB. “Creio que se isso acontecer será pelo PP porque o PSB já estaria ganhando a prefeitura de João Pessoa com a posse de Léo Bezerra”, completou.

Para fechar a entrevista, Aguinaldo Ribeiro deu seu recado mais velado. Mas deu. Deixou no ar a expectativa, para não dizer cobrança, de que o governador João Azevedo possa acelerar seu processo de decisão sobre sua posição em 2026 a fim de que os espaços possam ser ocupados pelos demais pretendentes da chapa. “Em política, se você não fecha os espaços vem alguém e ocupa”, declarou.

Mesmo tomando cuidado para não cometer erro algum na fala, Aguinaldo disse tudo o que queria dizer. Se magoou alguém ou não, só o tempo dirá. A entrevista completa pode ser vista ou revista no canal da TV Arapuan no Youtube.

Dulino Sistema de ensino

Um carro com funcionários da Secretaria de Saúde de Afogados da Ingazeira foi assaltado, na madrugada de hoje, nas proximidades do distrito de Albuquerque Né. Eles seguiam para o Recife quando quatro criminosos abordaram o veículo e roubaram celulares, dinheiro e mais de R$ 1.200,00 em outros pertences de valor.

Após o crime, os assaltantes abandonaram as vítimas no meio da rodovia. Eles conseguiram uma carona com um caminhoneiro até o município de Iguaracy. Na manhã de hoje, eles prestaram depoimento na delegacia de Afogados da Ingazeira.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Por Flávio Chaves*

Ninguém ensina a levantar depois de um amor que partiu. Ensinaram a cair. A se jogar sem rede, a amar com os olhos fechados, a acreditar no “pra sempre” como se fosse cláusula contratual. Ensinaram a sonhar com domingos de preguiça a dois, cafés da manhã com riso, abraços que curam. Mas o depois? O depois é terra devastada. É escombro emocional. É ruído de silêncio dentro de casa. É ter que conviver com a ausência como se fosse inquilina.

Você acorda e não sabe o que fazer com os braços que perderam o destino. Com as mãos que antes sabiam o caminho do rosto amado, mas agora só tremem no ar, tentando alcançar o que não está mais. Não sabe onde guardar a voz, o cheiro, as promessas. O corpo ainda dorme virado pro lado de quem já não está. E a cama inteira parece um campo de batalha: de um lado, a lembrança; do outro, o que sobrou de você.

O mundo não para. E é aí que vem o gesto mais brutalmente corajoso: levantar.

Levantar com o peito afundado. Com a alma puxando a coberta pra não sair. Levantar mesmo sem acreditar que algo vai melhorar. Não por força. Por necessidade. Porque o relógio roda, a comida esfria, o trabalho chama, a vida exige presença mesmo quando tudo dentro de você está em greve. Levantar é tomar banho com o rosto encharcado de lágrimas e ninguém saber se é água do chuveiro ou do coração. É engolir o café com gosto de abandono. É sorrir no elevador com os olhos vermelhos da insônia. É responder “tudo bem” com a voz baixa e os dedos trêmulos.

Levantar é organizar a casa sem saber onde guardar a ausência. É abrir a geladeira e ver que o suco que ele gostava ainda está ali. É dobrar uma camiseta esquecida e não saber se guarda ou se cheira mais uma vez. É se obrigar a viver quando tudo dentro implora por um pouco mais de luto.

Mas aos poucos – aos lentos e tortos poucos – a gente reaprende.

Reaprende a respirar sem chorar. A sair sem olhar o celular esperando uma mensagem. A fazer compras sem pegar dois iogurtes por reflexo. A voltar pra casa e não sentir o coração despencar na porta. A cozinhar sem mesa posta pra dois. A dormir sem escutar a respiração do outro dividindo a noite.

E então, de repente, num dia qualquer, você se vê rindo. E essa risada não vem acompanhada de culpa. Nem de comparação. Ela vem limpa. Vem sua. Vem nova. E nesse riso, você percebe: não esqueceu, mas sobreviveu.

E isso já é muito.

Porque levantar depois de amar é o ato mais íntimo de resistência. É declarar ao mundo – e ao espelho – que mesmo ferido, você ainda é capaz de andar. Mesmo estilhaçado, ainda é inteiro o suficiente pra seguir. E continuar, meu amigo, é um milagre sem plateia. É um show pra ninguém. Mas é também o começo de tudo o que pode, um dia, voltar a ser amor – por você mesmo.

*Jornalista

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, ontem, que a “elite brasileira deveria ter vergonha” por não ter proporcionado o acesso dos mais pobres à educação. A declaração ocorreu evento de inauguração do novo campus da Universidade Federal Fluminense, em Campos dos Goytacazes.

“Eu acho que a elite brasileira deveria ter vergonha. Deveria se olhar no espelho e ter vergonha porque precisou um torneiro mecânico, sem diploma universitário, governar este País para ser o presidente que mais fez universidades, institutos federais”, disse. As informações são do portal Estadão.

Antes, Lula disse que a história do Brasil é de poucos investimentos na área da educação, já que a elite não valorizava os brasileiros como cidadãos iguais. “O Brasil só foi ter sua primeira universidade federal em 1920, 420 anos depois da descoberta, o Peru teve a primeira em 1554. Significa que a elite que ocupou este País a partir de Portugal só imaginava que a gente fosse indígena, negro, trabalhador e cortador de cana”, afirmou.

Segundo o presidente, pessoas da área financeira do Brasil apontam como elevados demais todos os gastos voltados à população mais carente. “Neste País, tudo que a gente tenta fazer para o povo, aparece alguém para dizer: ‘é muito gasto. Vai gastar demais’. Tem um pessoal na área financeira deste País que qualquer coisa que a gente fala (aponta): ‘vai gastar demais’. A minha pergunta que não quer calar é a seguinte: ‘quanto custa não fazer as coisas no tempo correto neste País?”, questionou.

No evento, estiveram presentes os ministros Camilo Santana (Educação), Márcio Macedo (Secretaria-Geral) e Renan Filho (Transportes). O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PSD), filho do ex-governador Anthony Garotinho, foi vaiado. Lula pediu que os presentes respeitassem o prefeito, já que ele estava cumprindo seu papel institucional e que preferências políticas deveriam ser demonstradas nas urnas.

A cerimônia oficializou o repasse de R$ 74,4 milhões à universidade, além de novos anúncios para a educação no Estado do Rio de Janeiro. Uma delas foi o lançamento do edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), iniciativa que vai oferecer apoio a cursinhos preparatórios pré-vestibulares.

Caruaru - São João na Roça

No próximo dia 25, Tabira celebra a memória e o legado da inesquecível Professora Nevinha Pires. Nesta edição especial do Encontro Literário, que marca o centenário de seu nascimento, a cidade vai viver uma tarde repleta de poesia, música, literatura e emoção. O evento acontecerá a partir das 16h30, no Centro Cultural Zé de Mariano. Mais informações no vídeo elaborado pelo médico Pedro Pires, filho de Nevinha Pires e organizador do evento. Confira!

Camaragibe Cidade do Trabalho

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue estável e deve fazer fisioterapia, de acordo com boletim médico, divulgado há pouco, pelo Hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro está internado desde o último sábado (12). Não há previsão de alta.

Em suas redes sociais, Bolsonaro postou um vídeo fazendo uma breve caminhada pelos corredores do hospital com a seguinte mensagem: “Sem desistir! Vamos adiante, Brasil!”. Confira!

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Por Celso de Mello*

A data de 08 de janeiro de 2023 (“um dia que viverá eternamente em infâmia”, como enfatizou a eminente ministra Rosa Weber, então presidente do STF) representa, por efeito da invasão multitudinária e criminosa nela perpetrada contra os Poderes do Estado, o gesto indigno, desprezível e estigmatizante daqueles que, agindo como delinquentes vulneradores da ordem constitucional, não hesitaram em dessacralizar os símbolos majestosos da República e do Estado democrático de Direito.

Relembrar, sempre, a data de 08/01/2023, para repudiar o ultrajante vilipêndio cometido por mentes autoritárias contra o Estado de Direito – e para jamais esquecê-la –, há de constituir expressão de nosso permanente e incondicional respeito à Lei Fundamental do Brasil e de reafirmação de nossa crença na preservação do regime democrático, na estabilidade das instituições da República e na intangibilidade das liberdades essenciais do Povo de nosso País!

Naquele verdadeiro (e vergonhoso) “dies irae”, a escumalha radical, impulsionada por um inadmissível sentimento de fúria selvagem, invadiu, criminosamente, além das sedes do Congresso Nacional e da Presidência da República, o edifício do Supremo Tribunal Federal, neste provocando atos de vandalismo que SEQUER pouparam o busto de Ruy Barbosa, “Patrono dos Advogados Brasileiros”, contra quem tais delinquentes desferiram golpes que deixaram, em sua fronte, a marca de sua infame agressão!

O Supremo Tribunal Federal, sabiamente, decidiu NÃO restaurar a escultura de RUY, para marcar, para as presentes e futuras gerações – e eterna memória dos fatos (“ad perpetuam rei memoriam”) –, o dia em que a brutalidade vitimou a Justiça e ofendeu o grande patrono dos Advogados brasileiros!!!

Esses gestos de subversão explícita, típicos de uma horda de criminosos cujo primarismo permite reduzi-los ao mais grave nível de irracionalidade e de ausência total de civilidade, deixaram, para eterna e estigmatizante desonra de seus autores, um legado perverso que nos cumpre repudiar e combater: o legado inaceitável da destruição, da mentira, do ódio visceral ao regime democrático, da intolerância, do desapreço pela ideia de liberdade e do culto à barbárie!

A investida criminosa dessa turba insana contra o Supremo Tribunal Federal, ‘sentinela das liberdades’, no dizer de Aliomar Baleeiro, e contra Ruy Barbosa, ‘o construtor da República’, constitui a imagem mais expressiva (e negativa) do espírito destrutivo, pervertido e disruptivo da malta que invadiu (e dessacralizou), no dia 8 de janeiro de 2023, os símbolos augustos (e perenes) do Estado Democrático de Direito!

O grave momento histórico então vivido pelo Brasil revelou-nos que as instituições democráticas de nosso País e as liberdades fundamentais dos cidadãos, porque expostas a ataques dos hunos que as assediaram com o subalterno (e corrosivo) propósito de vulnerá-las, sofreram risco imenso em sua integridade!

Naquele momento delicado vivido pelo Brasil, avizinhou-se, perigosamente, a aproximação de tempos procelosos e nublados, impregnados, por seu efeito desestabilizador, de extrema gravidade e de sérias consequências para o regime democrático!

Tornava-se importante, por tal razão, que aqueles que respeitavam a institucionalidade e que prestavam fiel reverência à nossa Constituição reagissem – e reagissem sempre com apoio e sob o amparo da Lei Fundamental do Brasil — às sórdidas manobras golpistas, às sombrias conspirações autocráticas e às inaceitáveis tentações pretorianas de submeter o nosso País a um novo e ominoso período de supressão das liberdades constitucionais e de degradação e conspurcação do regime democrático!!

A resposta do povo brasileiro às graves (e ameaçadoras) manifestações então promovidas por lideranças golpistas, todas elas indignas da majestosa importância da Lei Fundamental de nosso País, mostrava-se necessária e imprescindível! E essa resposta veio com apoio na “rule of law”, repelindo as tentações autoritárias e as práticas abusivas que degradavam, deformavam e deslegitimavam o sentido democrático das instituições e a sacralidade da própria Constituição!

Superado aquele grave momento em que uma turba insana buscava solapar os alicerces da República e do Estado democrático de Direito, tornava-se imprescindível que a cidadania se pronunciasse, de forma vigorosa e inequívoca, como posteriormente o fez na “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros”, em defesa da intangibilidade do regime democrático e de todos os consectários que lhe são inerentes, repelindo os graves sucessos ocorridos em 08 de janeiro de 2023 e repudiando o comportamento intolerante e audacioso daqueles que insistiram em ignorar o sentido essencial dos valores democráticos e a importância fundamental das instituições da República!

São os períodos de crise que revelam a alma e o caráter das pessoas, como destacava Thomas Paine, no século 18, em seus “The Crisis Papers”!

Foi aquele – como ainda continua a sê-lo – um momento que nos permitiu revelar nosso real compromisso com os valores da República e com os signos legitimadores do Estado democrático de Direito, demonstrando, no que concerne ao Supremo Tribunal Federal, que os seus Juízes, impregnados de autêntico “sentimento constitucional”, agem, como sempre agirão, de modo impessoal, com integridade moral e com inteira autonomia intelectual, fazendo preservar, em momentos nos quais há grave periclitação da estabilidade institucional e de séria lesão à ordem democrática, a supremacia da Constituição e a autoridade das leis do Estado!

Afinal, como assinalava Cícero, já no século 1 a.C., “Somos servos da lei, para que possamos ser livres” (“Servi legum sumus, ut liberi esse possimus”)!!!

Torna-se vital reconhecer que o regime democrático, analisado na perspectiva das delicadas relações entre o Poder e o Direito, não terá condições de subsistir, quando as instituições políticas do Estado falharem em seu dever de respeitar a Constituição e as leis da República, pois, sob esse sistema de governo, não poderá jamais prevalecer a vontade de uma só pessoa, de um só estamento ou de um só grupo!

O sentimento de respeito à Constituição da República, por ser mais intenso, haverá de sobrepujar e neutralizar quaisquer impulsos emanados de mentes autocráticas que se aventurem, criminosamente, lançando-se em ensaios que visem a fragilizar, a desvalorizar e a transgredir a ordem constitucional!

Há que se ter sempre presente a grave advertência do saudoso e eminente ministro Aliomar Baleeiro, do Supremo Tribunal Federal, em manifestação que recordava ao nosso País que, enquanto houver cidadãos dispostos a submeter-se e a curvar-se ao arbítrio e à prepotência do poder, sempre haverá vocação de ditadores.

Daí a significativa e vital importância do Poder Judiciário, cujos magistrados saberão agir com independência e liberdade decisória, dispensando tutela efetiva aos direitos básicos da cidadania e preservando a integridade da ordem constitucional!

Cabe sempre advertir, de outro lado, que o poder militar está sujeito, historicamente, nas democracias constitucionais, ao poder civil, cabendo-lhe, unicamente, as estritas funções institucionais que lhe foram atribuídas pela Constituição!

O poder castrense, que NÃO dispõe de atribuição moderadora nem de função arbitral que lhe permita resolver – como se fosse uma anômala (e estranha) instância de superposição – eventuais conflitos entre as instituições civis do Estado, há de submeter-se, por inteiro e incondicionalmente, à autoridade suprema da Constituição, sob pena de a República democrática – sob cuja égide vivemos – dissolver-se, esmagada pelo peso e deslegitimada pelo estigma de uma estratocracia desestabilizadora da ordem democrática e opressora das liberdades e franquias individuais!

A necessidade do controle civil sobre as Forças Armadas – advertem os estudiosos da matéria (como Eliézer Rizzo de Oliveira, “Democracia e Defesa Nacional: A criação do Ministério de Defesa na Presidência de FHC”, São Paulo, 2005, pág. 84) – busca definir parâmetros e implementar os seguintes objetivos:

“a) O comando inquestionável das Forças Armadas pelo Chefe do Poder Executivo;

b) Garantir a imparcialidade política das Forças Armadas;

c) Estabelecer uma estrutura de ordenamento legal das Forças Armadas que as submeta [aos princípios essenciais do] Estado democrático;

d) Qualquer decisão quanto ao emprego do poder militar deve ter origem exclusiva nas decisões políticas [das autoridades civis]; e

e) Reafirmar o caráter nacional das Forças Armadas.”

Em um contexto de grave crise que afetava e comprometia, de um lado, os próprios fundamentos ético-jurídicos que dão sustentação ao exercício legítimo do poder político e que expunha, de outro, o comportamento anômalo de protagonistas relevantes situados nos diversos escalões do aparelho de Estado, tornava-se perceptível a justa, intensa e profunda indignação e inquietação da sociedade civil perante aquele quadro deplorável de periclitação da ordem democrática e de perversão da ética do poder e do direito!

Em situações tão graves assim, costumam insinuar-se pronunciamentos ou registrar-se movimentos que parecem prenunciar a retomada, de todo inadmissível, de práticas estranhas (e lesivas) à ortodoxia constitucional, típicas de um pretorianismo que cumpre repelir, qualquer que seja a modalidade que assuma: pretorianismo oligárquico, pretorianismo radical ou pretorianismo de massa (SAMUEL P. HUNTINGTON, “Pretorianismo e Decadência Política”, 1969, Yale University Press).

A nossa própria experiência histórica revela-nos – e também nos adverte – que insurgências de natureza pretoriana, à semelhança da ideia metafórica do ovo da serpente (República de Weimar), descaracterizam a legitimidade do poder civil e fragilizam as instituições!

Impunha-se repelir, por isso mesmo, qualquer manifestação de um pretorianismo oligárquico que buscasse sufocar e dominar, com grave lesão à ordem democrática, as instituições da República!

Já se distanciam no tempo histórico os dias sombrios que recaíram sobre o processo democrático em nosso País (1964–1985), em momento declinante das liberdades fundamentais, quando a vontade hegemônica dos curadores militares do regime político então instaurado sufocou, de modo irresistível, o exercício do poder civil.

É preciso ressaltar que a experiência concreta a que se submeteu o Brasil no período de vigência do regime de exceção (1964/1985) constitui, para esta e para as próximas gerações, marcante advertência que não pode ser ignorada: as intervenções pretorianas no domínio político-institucional têm representado momentos de grave inflexão no processo de desenvolvimento e de consolidação das liberdades fundamentais.

Intervenções castrenses, quando efetivadas e tornadas vitoriosas, tendem, na lógica do regime supressor das liberdades que se lhes segue, a diminuir (quando não a eliminar) o espaço institucional reservado ao dissenso, limitando, desse modo, com danos irreversíveis ao sistema democrático, a possibilidade de livre expansão da atividade política e do exercício pleno da cidadania.

Tudo isso é inaceitável porque o respeito indeclinável à Constituição e às leis da República representa, no regime democrático, limite inultrapassável a que se devem submeter os agentes do Estado e as próprias Forças Armadas!

Faça-se também saber, aos que costumam invocar, com certa habitualidade, o valor nobre e elevado do patriotismo, o juízo de reprovação formulado pelo doutor Samuel Johnson (nome expressivo da literatura britânica do século 18), em frase ácida que dirigiu, em veemente tom crítico, a William Pitt, o Velho (“The Elder”), 1º Conde (1st Earl ) de Chatham e Primeiro-Ministro do Reino Unido (“The Patriot Minister”) , em razão do que ele, Johnson, entendia constituir uso abusivo, por esse político britânico, da palavra “patriotismo”!

Por tal razão, vale relembrar, conforme registra James Boswell, biógrafo escocês do doutor Samuel Johnson, a frase célebre por este proferida em 07 de abril de 1775:

“Patriotism is the Last Refuge of a Scoundrel (“O Patriotismo é o último refúgio de um Canalha”).

Não quero nem pretendo atribuir aos que se dizem patriotas, generalizando-o, aquele juízo de desvalor formulado por Samuel Johnson. A menção que fiz busca apenas relembrar que, no curso dos eventos históricos, podem surgir episódios de utilização abusiva da expressão pertinente a quem se atribui, monopolísticamente, com exclusão daqueles que seguem orientação política diversa, a condição privativa de patriota.

A observação que venho de fazer torna pertinente invocar, no sentido por mim exposto, a célebre definição de “Pátria” formulada por Ruy Barbosa em discurso proferido no Colégio Anchieta, em 1903:

“A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.”

Não podemos nem devemos jamais esquecer que, em 08 de janeiro de 2023, os símbolos da República e do regime democrático foram gravemente profanados por delinquentes movidos por um sentimento desprezível e irracional de ódio e de intolerância e que não hesitaram em dessacralizar, com atos criminosos e atentatórios à integridade do Estado de Direito, o sentido mais elevado da supremacia da Constituição e das leis que regem uma sociedade civilizada!

O que pode explicar o comportamento de pessoas retrógradas e despreparadas que se valem da violência política para impor, de modo ilegítimo e autoritário, a sua distorcida concepção de mundo?

Esses agentes do obscurantismo, que se notabilizaram por seu perfil intolerante e visão hostil às instituições democráticas, beneficiaram-se, paradoxalmente, da tolerância, que constitui um dos signos configuradores do próprio regime democrático!

Torna-se importante não desconhecer, neste ponto, a conhecida advertência de Karl Popper quando, ao examinar o tema da sociedade aberta (e democrática) em face de seus inimigos, responde à seguinte indagação: até que ponto a democracia, para autopreservar-se, deve tolerar os intolerantes?

Para Popper, “A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da própria tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles. (…)!

É inquestionável que uma sociedade fundada em bases democráticas deve ser essencialmente tolerante e, por isso mesmo, cabe-lhe estimular o respeito harmonioso na formulação do dissenso, em respeito aos que divergem de nosso pensamento, de nossas opiniões e de nossas ideias!

Mas não deve nem pode viabilizar a “tolerância ilimitada”, pois esta, se admitida, levará à supressão da própria tolerância, à eliminação dos tolerantes e à aniquilação da própria ideia e sentido de democracia!!!

Neste momento de nosso processo político, revela-se essencial que a cidadania comprometida com o respeito à institucionalidade empenhe-se na defesa incondicional das instituições democráticas de nosso País e na proteção das liberdades fundamentais, para que não voltem a expor-se, como sucedeu em passado recente, a ataques covardes e criminosos dos hunos que as assediaram com o subalterno (e corrosivo) propósito de vulnerá-las e de vilipendiá-las em sua integridade!

Torna-se importante, por tal razão, que aqueles que respeitam a institucionalidade e que prestam fiel reverência à nossa Constituição reajam – e reajam sempre com apoio e sob o amparo da Lei Fundamental do Brasil – às sórdidas manobras golpistas, às sombrias conspirações autocráticas e às inaceitáveis tentações subversivas de submeter o nosso País a um novo e ominoso período de supressão das liberdades constitucionais e de degradação e conspurcação do regime democrático!

Necessário, pois, reagir, com vigor e determinação, sempre sob o império da lei, à ação criminosa de mentes autoritárias e de pessoas infensas ao primado da ideia democrática, que agem movidas por inaceitáveis tentações autoritárias e por práticas abusivas e sediciosas que degradam, deformam e deslegitimam o sentido democrático das instituições e a sacralidade da própria Constituição!

Eis porque a “tolerância ilimitada” (Popper), longe de refletir a essência mesma do espírito democrático, culmina, paradoxalmente, por viabilizar a construção de estruturas autoritárias destinadas, no contexto de um projeto sórdido de poder, ao controle institucional do Estado e ao domínio político da sociedade civil, ensejando frontal transgressão aos postulados éticos e jurídicos que informam e sustentam as bases de uma sociedade livre, aberta, solidária, fraterna e civilizada!

Em uma palavra: são esses os verdadeiros delinquentes da República e marginais da ordem institucional, pessoas desprezíveis sobre quem deve recair, com todo o rigor, a força da lei, respeitando-se, no entanto, quanto a eles, sempre, o postulado inafastável do devido processo legal.

As cenas de selvageria e degradação praticadas por golpistas e radicais imbuídos da vontade (criminosa) e determinação (ilícita) de assaltar as instituições democráticas e de usurpar o poder revelam que os novos bárbaros chegaram, em 08 de janeiro de 2023, à Capital da República, com o objetivo subalterno (e subversivo) de destruir a ordem institucional, de renegar o primado dos mais elevados padrões civilizatórios e de fazer instaurar, contra a vontade majoritária do povo, mediante ações destituídas de qualquer coeficiente de legitimidade, um regime marginal de intolerância, de poder absoluto, de ódio, de violência política e de supressão das liberdades fundamentais!

As instituições democráticas não conseguirão subsistir em um ambiente político e social convulsionado onde a “tranquilitas ordinis” (a que se referia Santo Agostinho) é rompida, a institucionalidade, desrespeitada, as franquias individuais, vilipendiadas, e a autonomia dos poderes do Estado, transgredida!

Sem um Parlamento independente, sem um Poder Judiciário protegido contra indevidas intrusões de outros poderes e sem um Governo capaz de agir, no plano executivo, sem injunções marginais de outros estamentos, instituições e corporações, respeitada, sempre, como expressão própria (e superior) do regime democrático, a primazia do poder civil sobre o poder castrense, não prevalecerá, jamais, uma cidadania livre nem subsistirá, íntegra, a ordem fundada no Estado democrático de Direito.

Esse é o dilema ético e político – civilização ou barbárie – que o assalto brutal, criminoso e inconstitucional aos Poderes da República (Const. Federal, art. 5º., inciso XLIV), verdadeiro “crime contra a nacionalidade”, gerou no espírito dos cidadãos conscientes e responsáveis, comprometidos com a intangibilidade do princípio democrático e com o respeito incondicional à autoridade suprema da Constituição e das leis da República.

Os fatos de 08 de janeiro de 2023, verdadeiro “dies irae”, tornaram necessário proceder-se à escolha consciente e responsável entre civilização e barbárie, entre Eros e Thanatos, entre liberdade e submissão, entre o respeito à ordem jurídica e às instituições democráticas, de um lado, e a desordem generalizada, o caos, a anarquia, a intolerância, o fundamentalismo, o ódio, a violência política e o desapreço total pela democracia constitucional, de outro, provocados pelos novos bárbaros (que transpuseram, então, em gesto atrevido e criminoso, os umbrais da Cidade, conspurcando, com seu gesto indigno, o domínio civilizado do império do Direito e da “rule of law”).

Clezão e a necropolítica bolsonarista 8/1: NÃO ESQUECEREMOS Sobem os créditos, mas ‘Ainda estou aqui’ segue em Brasília

BUSCA-SE, agora, ANISTIAR as lideranças golpistas (civis e militares) e todos aqueles que, direta ou indiretamente, concorreram para a prática criminosa da tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, em concurso material com outros 4 (quatro) delitos: tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado!

Entendo que tal pretensão encontra obstáculo na própria ordem constitucional.

Conceder anistia a quem perverte a democracia e subverte o Estado de Direito traduz ato que afronta e dessacraliza, uma vez mais, a soberana autoridade da Constituição da República!

O Congresso Nacional NÃO pode exercer seu poder de legislar, em matéria de anistia , (1) naquelas hipóteses pré-excluídas pela Constituição do âmbito normativo desse ato de clemência soberana do Estado (tortura, racismo, tráfico de drogas, terrorismo, crimes hediondos e delitos a estes equiparados, CF, art. 5º., n. 43), (2) nos casos em que o Legislativo incidir em desvio de finalidade, distorcendo ou subvertendo a finalidade dessa modalidade do poder de graça, como ocorreria se a concessão de anistia objetivasse atribuir ao Parlamento a condição anômala (e inadmissível) de órgão revisor das decisões judiciais (as do STF, na espécie), como revela a intenção motivadora do projeto de lei (e de seu substitutivo) ora em curso na Câmara dos Deputados, (3) em situação que caracterize ofensa ao princípio da separação de poderes (vício em que também incide a proposição legislativa acima mencionada) e (4) se a medida tiver por finalidade beneficiar qualquer pessoa que haja ofendido ou desrespeitado os cânones inerentes à democracia constitucional.

O Supremo Tribunal Federal, em importante precedente sobre os limites do poder de graça (que NÃO tem caráter absoluto), firmou orientação no sentido (1) de que atos concessivos do benefício da graça são plenamente suscetíveis de controle jurisdicional, circunstância que legitima, plenamente, a atividade fiscalizadora do STF, a quem incumbe, por expressa delegação da Assembleia Constituinte, o “monopólio da última palavra” em matéria constitucional, (2) de que o órgão competente para agraciar não pode transgredir o postulado da separação de poderes, que traduz dogma protegido por cláusula pétrea explícita, (3) de que esse mesmo órgão (o Congresso Nacional, no caso) não pode exercer tal prerrogativa institucional com desvio de finalidade e (4) de que a concessão da graça, como a anistia, não pode beneficiar quem houver atentado contra o Estado Democrático de Direito, regime político amparado por cláusula pétrea implícita (ADPFs ns. 964/DF, 965/DF, 966/DF e 967/DF, Rel. Ministra Rosa Weber).

No caso do projeto de lei concessivo da anistia, ora em tramitação na Câmara dos Deputados, tal proposição legislativa incide, juntamente com seu substitutivo, em algumas transgressões à Constituição, especialmente (1) porque visa beneficiar quem atentou contra o Estado Democrático de Direito e (2) porque, ao incidir em desvio de finalidade, busca converter o Congresso Nacional em anômalo órgão revisional (ou instância de superposição) em face das decisões do Supremo Tribunal Federal, assim transgredindo o princípio da separação de poderes.

Note-se, portanto, que a proposição legislativa em tela ofende postulados constitucionais protegidos por cláusulas pétreas, tanto de natureza explícita quanto de caráter implícito!

CONCLUINDO: Profanadores da República e conspiradores da democracia constitucional, como todos aqueles que se envolveram no planejamento, no financiamento e na execução dos atos criminosos a que se referem o projeto de lei e o seu substitutivo, apoiados por lideranças políticas que buscam conceder-lhes anistia, não são dignos nem passíveis de merecer esse benefício da clemência soberana do Estado, porque a tanto se opõe a autoridade suprema da própria Constituição!

*Ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, biênio 1997–1999.

Toritama - Prefeitura que faz

O projeto ‘Recicleiros Mais Serra Talhada’, que implantou a coleta seletiva porta a porta em todos os bairros da cidade e virou referência em gestão ambiental, será transformado em política pública estadual. Hoje, o Governo de Pernambuco lança, no Palácio do Campo das Princesas, o programa ‘Recicla Mais Pernambuco’, inspirado na experiência exitosa do município sertanejo. A iniciativa estadual vai qualificar a gestão de resíduos sólidos urbanos em diversas cidades, reduzindo custos e promovendo a reciclagem.

A prefeita Márcia Conrado participará da cerimônia de lançamento. “Esse reconhecimento é motivo de muito orgulho para nossa cidade. Implantamos a coleta seletiva com planejamento, responsabilidade social e compromisso ambiental. Ver o nosso projeto se transformar em uma política pública estadual mostra que estamos no caminho certo, com um modelo que gera trabalho, renda e protege o meio ambiente”, declarou Márcia Conrado.

O projeto foi implementado em Serra Talhada a partir de 2021, com o apoio do Instituto Recicleiros e da Cooperativa Recicla Serra Talhada, e se consolidou como referência em sustentabilidade. A cidade criou seu Plano Municipal de Coleta Seletiva, aprovou uma lei específica sobre o tema, implantou a coleta seletiva porta a porta em todos os bairros e inaugurou a Unidade de Processamento de Materiais Recicláveis (UPMR). Com mais de 736 toneladas de recicláveis processados até março de 2025, a iniciativa alia impacto ambiental positivo à geração de renda para os 25 cooperados e diversos empregos indiretos.

“Ao expandir esse modelo para todo o estado, Pernambuco dá um passo firme rumo a um futuro mais sustentável. Temos muito orgulho de ver Serra Talhada como inspiração para esse avanço. Acreditamos que é possível transformar vidas por meio da inclusão produtiva e da preservação do meio ambiente. O Recicla Mais Pernambuco mostra que a mudança começa no município, mas pode alcançar todo um estado”, concluiu Márcia.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), é o convidado de hoje do ‘Direto de Brasília’, meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco. Silvio é o terceiro entrevistado do programa, cuja estreia ocorreu com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e depois recebeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esta semana, antecipamos a exibição em um dia, por causa do feriado da Semana Santa.

Silvinho, como é mais conhecido, já ocupou diversas esferas do poder público. Foi vereador do Recife, deputado estadual, secretário de Turismo durante o governo Eduardo Campos e deputado federal, antes de assumir o Ministério de Portos e Aeroportos em 2023.

Um dos nomes cotados para disputar o Senado em 2026 na chapa de João Campos (PSB), o ministro está muito bem na condução da pasta. Ganhou elogios rasgados do chefe, o presidente Lula (PT), como uma revelação da equipe ministerial.

Entre os bons frutos da sua chegada ao Ministério está o crescimento do setor aéreo, que aumentou de 97,7 milhões em 2022 para 112,7 milhões em 2023, enquanto a projeção para 2025 é de 123,8 milhões. Quanto aos futuros investimentos, o governo prevê, segundo ele, aportes da ordem de R$ 1,7 bilhão em aeroportos, enquanto o setor privado deve investir R$ 14,1 bilhões.

Entre as principais obras estão a modernização do Aeroporto de Congonhas (SP), com investimento de R$ 2,5 bilhões, e a ampliação do Aeroporto de Belém (PA), antecipada para a COP 30, no valor de R$ 470 milhões. Quanto à área portuária, 95% das exportações brasileiras passam pelos portos, uma movimentação recorde de 474 milhões de toneladas em 2024. Seu grande desafio é destravar obras estratégicas para fortalecer a logística do transporte e facilitar as exportações.

O ‘Direto de Brasília’ vai ao ar das 18 às 19 horas, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco, do meu Blog e pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. A transmissão também será realizada no Instagram e no Facebook do meu Blog.

Entram como parceiros na transmissão a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado. Os nossos parceiros neste projeto são a Faculdade Vale do Pajeú, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza e a Água Santa Joana.

Durante a sessão ordinária de ontem, na Câmara dos Vereadores de Arcoverde, a vereadora Célia Galindo (PODE) apresentou um Projeto de Lei que institui mecanismos de punição administrativa para o combate à violência contra a mulher no município. A proposta prevê multas que variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil, além de sanções como a proibição de contratar com o Poder Público.

O projeto foi encaminhado às comissões competentes da Câmara Municipal para análise da constitucionalidade e deve ser votado na próxima sessão ordinária.

Em sua fala, Célia Galindo destacou a urgência da medida. “Somente em 2024, Arcoverde registrou 698 casos de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Em 2025, já são 180 casos. É preciso uma resposta firme, concreta e imediata do Poder Público. A violência contra a mulher não pode ser tolerada em nenhuma instância. Arcoverde e particularmente essa parlamentar, vem há década travando essa luta em defesa das nossas mulheres”, afirmou a vereadora.

De acordo com o texto do projeto, será considerada “violência contra a mulher” qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral ou patrimonial em contextos domésticos, familiares, de trabalho, estudo ou relações íntimas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou mensagem, hoje, em que agradece amigos por respeitarem o que chamou de “momento delicado” da sua recuperação. Isso porque apenas familiares e a equipe médica têm autorização de visitá-lo no quarto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) num hospital particular de Brasília.

“Agradeço, com muito carinho, aos amigos que estão respeitando esse momento delicado, compreendendo que, por orientação médica, apenas familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto. Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal – riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia”, escreveu.

O ex-presidente passou por uma cirurgia de 12 horas no domingo (13), na capital da República, para tratar uma “suboclusão intestinal” – uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em decorrência da facada que levou em 2018. Confira abaixo a matéria na íntegra.

“Os médicos explicaram que as primeiras 48 horas após a cirurgia são fundamentais para avaliar nossa recuperação. Esse é o período em que os órgãos que foram manipulados durante o procedimento de mais de 12 horas começam a desinflamar, permitindo observar os primeiros sinais de uma real situação.

Agradeço, com muito carinho, aos amigos que estão respeitando esse momento delicado, compreendendo que, por orientação médica, apenas familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto. Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia.

Permaneço concentrado no processo de recuperação, que pelo que entendo foi procedimento mais invasivo que aconteceu, buscando forças para levantar da cama mais uma vez, após enfrentar a sexta cirurgia decorrente da facada sofrida por um antigo integrante do PSOL, aliado histórico do PT.

Sou imensamente grato a Deus por aquilo que considero mais um milagre em minha vida. Agradeço também ao povo brasileiro pela fé e pelas orações que tenho recebido, à minha esposa, filhos, família, aos amigos e aos profissionais de saúde que, com carinho e dedicação, têm me amparado nesse caminho. Tenho certeza de que, sem todos esses pilares, eu não teria a chance de me sentir como me sinto agora: com disposição e enorme vontade de voltar a andar e trabalhar, sempre ouvindo de perto o sentimento do povo brasileiro.

Vamos superar mais esse desafio, um dia de cada vez. Muito obrigado pelo carinho, pela compreensão e pelas orações.

Um forte abraço a todos!”