A menos de 15 dias das eleições, a disputa pela Presidência da OAB-PE intensificou-se com trocas de acusações entre os candidatos. A chapa de situação, “Renovação Experiente”, liderada por Ingrid Zanella, denunciou o principal oponente, Almir Reis, e sua vice, Fernanda Resende, por abuso de poder econômico.
A acusação à Comissão Eleitoral da OAB/PE baseia-se em um evento realizado em uma churrascaria de Candeias, em 31 de outubro, onde foram oferecidos rodízio completo, comida japonesa, bebidas e música ao vivo a um custo estimado de R$ 22.800. O encontro, que teria ficado conhecido como “a farra da picanha de Almir”, motivou a chapa de Zanella a pedir a cassação do registro dos adversários, alegando que o evento representa uma vantagem econômica desleal.
Em contrapartida, Ingrid Zanella enfrenta acusações semelhantes. Almir Reis acusa Zanella de compra de votos e abuso de poder econômico, alegando que a candidata estaria utilizando influenciadores para atrair votos mediante pagamento. Prints anexados ao processo mostram conversas de Katy Gangana, influenciadora digital, com advogadas, nas quais ela supostamente oferece pagamento em troca de apoio e participação em eventos da campanha de Zanella. As mensagens sugerem uma estratégia de cooptação de advogados, o que, segundo os representantes de Reis, configura compra de votos e poderia comprometer a elegibilidade de Zanella.
Em um dos trechos divulgados, Gangana teria enviado mensagens a advogadas mencionando que “a eleição para a presidência da OAB-PE acontece em breve” e que buscava formar um “time de apoio” à candidatura de Ingrid, oferecendo contrapartida financeira para criação de conteúdo e comparecimento em eventos.