O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, chamou a atenção, nesta sexta-feira (27), para a urgência da humanização do sistema prisional brasileiro. “Este é, talvez, um dos temas mais difíceis e complexos e uma das maiores violações de direitos humanos que ocorre no Brasil”, afirmou, na conferência de abertura do evento “A leitura nos espaços de privação de liberdade – Encontro nacional de gestores de leitura em ambientes prisionais”, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro (RJ).
Acesso à leitura
Iniciado na quinta-feira (26), o encontro foi palco do lançamento do Censo Nacional de Prática de Leitura no Sistema Prisional, elaborado pelo CNJ. O levantamento apontou caminhos para a universalização do acesso à educação, ao livro e à leitura, inclusive como forma de remição de pena.
Para motivar o interesse pela leitura, a cada livro que lê, o detento recebe redução de quatro dias na pena, até no máximo 48 dias por ano. O ministro lembrou que, nos últimos anos, o número de pessoas que tiveram suas pena diminuídas por esse meio aumentou de 46 mil para mais de 250 mil.
Barroso também ressaltou que, recentemente, o STF reconheceu que a questão do sistema penitenciário não é uma falha pontual, mas uma massiva violação de um conjunto de direitos. “A superação exige esforço coletivo e prolongado”, reforçou.
Prêmio
Também presente ao evento, a secretária-geral do CNJ, juíza Adriana Cruz, anunciou o lançamento do prêmio “A saída pela leitura”, estratégia coordenada pela Fundação Biblioteca Nacional, o CNJ e a Secretaria Nacional de Políticas Penais, para incentivar o acesso ao livro e à leitura em unidades prisionais e premiar os estados que apresentarem o maior crescimento nos índices de remição de pena pela leitura, a partir deste mês.
Democracia
O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, destacou o papel do STF na manutenção da democracia no Brasil e elogiou a atuação do ministro na tramitação da ADPF 347, que tratou da violação massiva de direitos nos presídios brasileiros.
“Gabinete do ódio” pernambucano bebe da fonte do bolsonarismo
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
A milícia digital articulada por um suposto gabinete do ódio pernambucano, que, segundo o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), é operada de dentro do gabinete da governadora Raquel Lyra (PSD), tem o mesmo modus operandi do gabinete do ódio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A estrutura da gestão bolsonarista foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e de investigações do Supremo Tribunal Federal (STF). O núcleo funcionava dentro do Palácio do Planalto, durante a gestão Bolsonaro, para espalhar notícias falsas e atacar adversários do ex-presidente.
As investigações apontaram que esse grupo era composto por assessores de comunicação do clã Bolsonaro e recebeu ajuda clandestina de membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para divulgar notícias falsas sobre membros dos Três Poderes e jornalistas.
O presidente da Alepe afirmou, em discurso na tribuna da Casa, na última quarta-feira (20): “A milícia digital palaciana vem sendo operada pelo assessor do gabinete (de Raquel) Manoel Pires Medeiros Neto”, que é jornalista e trabalha há anos com a vice-governadora, Priscila Krause.
No governo de Jair Bolsonaro, segundo a PF e o STF, o gabinete do ódio contou com a Abin para espionar pessoas consideradas pelo ex-presidente inimigas. Em Pernambuco, Álvaro Porto declarou que Manoel Medeiros “é o mesmo assessor que foi citado em denúncia grave apresentada à OAB, na semana passada”.
“Naquela denúncia, Manoel e uma prima, a advogada Manoela Álvarez Medeiros, são acusados de atuar num esquema de obtenção irregular de informações para depreciar oponentes do governo. Ela estaria acessando processos do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, mediante uso indevido de credenciais de terceiros, e repassando informações a Manoel. Ele, por sua vez, estaria usando as informações para atacar opositores do governo nas redes sociais e por meio de blogs próximos do Palácio do Campo das Princesas”, acusou Álvaro Porto.
Se no caso das milícias digitais bolsonaristas os alvos eram principalmente membros do STF, mas também políticos, em Pernambuco os ataques foram direcionados sobretudo a deputados de oposição ao governo de Raquel e Priscila. Álvaro Porto enfatizou: “nós, deputados e deputadas, estamos no alvo desta rede criada e administrada pelo gabinete da governadora”.
Assim como os bolsonaristas faziam, em Pernambuco o suposto gabinete do ódio também estaria usando a internet como instrumento. Na semana passada, a deputada Dani Portela (Psol) denunciou na tribuna da Alepe a existência de uma rede de dezenas de perfis de redes sociais articulada e financiada “para distribuição de conteúdos positivos para a governadora e ataque a figuras públicas e políticas do Estado e até do Governo Federal”.
Primeiro a cair – No seu discurso na tribuna da Alepe, a deputada Dani Portela apontou que “um dos membros mais atuantes da rede de perfis é o ex-candidato a vereador pelo atual partido da governadora (PSD) e foi nomeado em março de 2025 para cargo no governo estadual”. Trata-se de Thiago da Silva, também conhecido como Professor Thiago ou Thiago do Uber. Na última quarta-feira (20), ele foi exonerado da gestão.
Segundo a cair – Ontem (21), quem deixou o governo de Raquel e Priscila foi Manoel Medeiros. Ele postou um texto nas redes sociais entregando o cargo e afirmando que foi vítima de violência política e que vai recorrer à justiça “para reparar essa perseguição com uso de aparato público”. “Como visto e amplamente noticiado, estou sendo vítima de um baixíssimo golpe de violência política patrocinado pelo presidente do Poder Legislativo estadual simplesmente porque agi livremente, como um cidadão deve viver numa democracia”, declarou o ex-assessor.
Desligamento – “Diante de tudo isso, tanto para dar seguimento à busca pela justiça, como para manter e fortalecer o meu ofício jornalístico, que é propósito de vida, comunico o pedido de desligamento da gestão estadual. Tenho orgulho de ter feito parte da gestão da senhora, contribuindo efetivamente para virarmos a página de um Pernambuco dos coronéis, quando a administração do Estado era usada em benefício de poucos”, afirmou Manoel em outro trecho.
Convocações da CPI – Mesmo sem fazer mais parte do Governo do Estado, este blog apurou que Manoel Medeiros deve ser o primeiro convocado pela CPI da Alepe que investigará os contratos de publicidade da gestão. A segunda será a prima dele, a advogada Manoela Álvarez Medeiros. A Comissão tem “poder de polícia”, ou seja, requisitos de investigação similares aos de autoridades judiciais. O grupo pode convocar pessoas para depor, solicitar documentos, quebrar sigilos bancário, fiscal e de dados, e, em casos de flagrante delito, realizar prisões.
Só deu Malafaia e Bolsonaro – No cenário nacional, esta semana, só deu Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. As conversas entre o pastor e o ex-presidente, repletas de palavrões e xingamentos, ganharam o noticiário. Ontem, Malafaia justificou o tom elevado dos áudios divulgados pela Polícia Federal em que xinga Eduardo Bolsonaro de “babaca” e critica Jair Bolsonaro por “erro estratégico”. Malafaia afirmou que esse é seu “estilo” e que “fala escrachado com aqueles que têm relacionamento de amigo”. “Não sou bolsominion, sou um aliado de primeira hora, o que é diferente. Defendo Bolsonaro há anos, mas quando não concordo, falo. Já dei entrevistas contra o Bolsonaro. Eles sabem que quando faço críticas quero mudar o eixo das coisas”, disse ao O Globo.
CURTAS
Por falar em Bolsonaro 1 – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 30 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e fevereiro de 2024, aponta uma análise da Polícia Federal juntada ao inquérito sobre as suspeitas de obstrução do julgamento da trama golpista. A análise se baseia em informações levantadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nas movimentações financeiras do ex-presidente.
Por falar em Bolsonaro 2 – O Coaf diz que há suspeitas de indícios de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos penais por parte do ex-presidente e do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “O ex-presidente Jair Bolsonaro foi identificado como parte envolvida em comunicações reportadas por unidades de inteligência financeira ao Coaf”, diz a análise da PF.
O chefe bombando – O chefe está feliz da vida. Voltou à terra natal, na última quarta-feira, Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, para a concorrida noite de autógrafos do livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo, no Cine São José. “Uma emoção inesquecível, vivida ao lado da minha Nayla, irmãos, parentes e amigos de infância”, relatou o titular deste blog.
Perguntar não ofende: Quem serão os próximos convocados para CPI do Bilhão na Alepe?
Acabou agora em São José do Egito a noite de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O evento aconteceu no plenário da Câmara Municipal, com apoio do prefeito Fredson Brito (Republicanos) e do presidente da Casa, Romero Dantas (PSB).
Marcaram presença o presidente da Câmara, Romerinho Dantas (PSB); o chefe de Gabinete, Flávio Menezes (representando o prefeito Fredson Brito); o líder do Governo na Câmara, Vicente Galdino (Republicanos); o promotor de Itapetim, Dr. Samuel Farias; o diretor da FVP, Dr. Cleonildo Lopes; o diretor da FVP em Bezerros, Dr. Jônio Carvalho; e o secretário de Administração e Segurança de São Caetano, Jobson Almeida. Também esteve presente o escritor Antônio Valadares. Por fim, participaram os vereadores de Tabira Marcos de Judite (PP), Maria Helena (PMDB) e Maria Nelly (PP).
Com o líder do Governo na Câmara, Vicente Galdino; o diretor da FBP, Cleonildo Lopes; o secretário de Administração e Segurança de São Caetano, Jobson Almeida; e os vereadores de Tabira, Marcos de Judite, Maria Helena e Maria NellyCom o diretor da FVP, Cleonildo LopesCom o presidente da Câmara, Romerinho Dantas, e esposaCom o secretário de Administração e Segurança de São Caetano, Jobson Almeida
A maratona de lançamentos se encerra amanhã, em Triunfo, na Biblioteca Municipal, às 19h, ao lado do prefeito Luciano Bonfim (PSD).
Com o diretor da FVP Bezerros, Jônio Carvalho
“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e traz projeto gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e o impacto de cada gestão.
O Terreiro da Casa de Lampião, no Sítio Passagem das Pedras (Serra Talhada), sedia a aula-espetáculo “Tá no Tempo do Forró”, com Assisão e os Cabras de Lampião”. O roteiro pedagógico leva alunos às Pedras da Emboscada — palco do primeiro confronto entre a família Ferreira e Zé Saturnino —, às ruínas da antiga Casa Grande da Fazenda Pedreira e por um passeio na caatinga até a Casa de Dona Jacosa, avó materna de Lampião, onde ele nasceu. No destino, a programação inclui a aula-espetáculo na Latada do Xaxado e encerra com almoço de comedoria regional.
Serão quatro edições dedicadas à comunidade escolar da rede estadual, fruto de mobilização de alunos, professores e servidores das cidades fronteiras com Serra Talhada: 26/8 (Floresta/Distrito Nazaré – EREM Teresinha de Souza Lira), 27/8 (São José do Belmonte – ETE Pedro Leão Leal), 28/8 (Triunfo – EREM Alfredo de Carvalho) e 29/8 (Santa Cruz da Baixa Verde – EREM Regina Pacis). Assisão — cantor e compositor pernambucano, Mestre do Forró e Patrimônio Vivo de Pernambuco — divide o palco com o Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, em um formato dinâmico de caráter pedagógico.
A iniciativa fortalece o Xaxado — Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco — em seu território de origem, além de difundir forró, baião e xote para formação de plateias, especialmente de escolas públicas e da zona rural. A produção é da Fundação Cultural Cabras de Lampião e da Agência de Criação e Produção, com incentivo de FUNDARPE/SECULT, Governo de Pernambuco, PNAB, Ministério da Cultura e Governo Federal. Informações: Cleonice Maria (87) 99938-6035, Karl Marx (87) 98804-3195 e Anildomá Willans de Souza (87) 99918-5533.
Este blogueiro apurou uma notícia com exclusividade: a advogada Manoela Medeiros, prima do jornalista e agora ex-assessor especial da governadora Raquel Lyra, Manoel Medeiros Neto, será a segunda convocada pela CPI que apura a existência de um Gabinete do Ódio na Alepe.
Manoela, que pode perder a licença para advogada pelo fato de ter sido pega usando um totem de outro advogado para colher informações privadas sobre os desafetos da governadora, já havia sido desmascarada por este blogueiro na última sexta-feira.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 30 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e fevereiro de 2024, aponta uma análise da Polícia Federal juntada ao inquérito sobre as suspeitas de obstrução do julgamento da trama golpista.
A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) nas movimentações financeiras do ex-presidente.
O Coaf diz que há suspeitas de indícios de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos penais por parte do ex-presidente e do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Procurada, a defesa de Bolsonaro não se manifestou. As informações são da Folha de S. Paulo.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro foi identificado como parte envolvida em comunicações reportadas por unidades de inteligência financeira ao Coaf”, diz a análise da PF.
“As operações financeiras com suspeitas de serem ocorrências de lavagem de dinheiro e outros ilícitos identificadas nas contas de titularidade de Jair Bolsonaro ocorreram entre 01/03/2023 e 05/06/2025.”
O documento levanta que “no período de 01/03/2023 a 07/02/2024, foram movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos”.
O documento registra o recebimento, via PIX, de R$ 19,3 milhões, em 1.214.254 lançamentos —que representa mais de 60% do valor recebido por Bolsonaro. O PL, partido de Bolsonaro, aparece como o principal pagador, com R$ 291 mil transferidos a Bolsonaro. Já os maiores gastos foram feitos aos seus advogados, no valor de R$ 6,6 milhões.
A PF afirma que foram analisadas 50 comunicações de operações financeiras que envolvem relacionados às investigações da trama golpista. Dessas comunicações, quatro tratam de suspeitas relacionadas a Bolsonaro e quatro a Eduardo Bolsonaro.
A PF faz análise de outras transações feitas pelo ex-presidente e por seu filho. É citado, por exemplo, que Jair Bolsonaro enviou R$ 2 milhões a Eduardo em 13 de maio de 2025, como foi informado pelo próprio presidente em depoimento. No entanto, também afirma que foram remetidos R$ 30 mil em março e R$ 40 mil em abril.
“Todas essas transações ocorreram em período no qual Eduardo já se encontrava nos Estados Unidos da América, haja vista que sua saída do território nacional ocorreu em 27/02/2025”, diz a Polícia Federal.
“Ainda em relação a Jair Messias Bolsonaro, chama atenção o volume de operações de câmbio realizadas ao longo do período analisado, que totalizaram R$ 105.905,54, especialmente considerando que o ex-presidente está com o passaporte retido e proibido de deixar o país.”
A análise policial ainda ressalta a transferência de R$ 2 milhões de Bolsonaro à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 4 de junho deste ano, um dia antes de seu depoimento à PF na investigação. A PF entende que ele fez a transferência para a conta de sua esposa para evitar bloqueios de recursos.
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro sob suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista, em curso no STF (Supremo Tribunal Federal).
O relatório final da investigação afirma haver indícios de que os dois cometeram crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, e levanta suspeitas de descumprimentos de medidas cautelares.
O pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro, também foi alvo de operação da PF. Ele teve o telefone celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa.
Houve, ainda, o cancelamento dos passaportes do pastor, que não pode manter contato com Jair e Eduardo Bolsonaro, mesmo por intermédio de outras pessoas.
Após a divulgação do relatório, a defesa de Bolsonaro disse, em nota assinada pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”.
Acrescentaram que farão esclarecimentos dentro do prazo fixado pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes.
Também após o relatório, Eduardo afirmou em nota que a atuação dele nos EUA não tem objetivo de interferir no processo em curso no Brasil e chamou de “crime absolutamente delirante” os apontamentos da Polícia Federal que resultaram em seu indiciamento e no de seu pai.
Ele disse ainda ser “lamentável e vergonhoso” o que ele chamou de vazamento de conversas entre pai e filho.
O pastor Silas Malafaia justificou o tom elevado dos áudios divulgados pela Polícia Federal em que xinga Eduardo Bolsonaro de “babaca” e critica Jair Bolsonaro por “erro estratégico”. Malafaia afirmou que esse é seu “estilo” e que “fala escrachado com aqueles que têm relacionamento de amigo”.
— Não sou bolsominion, sou um aliado de primeira hora, o que é diferente. Defendo Bolsonaro há anos, mas quando não concordo, falo. Já dei entrevistas contra o Bolsonaro. Eles sabem que quando faço críticas quero mudar o eixo das coisas — disse à coluna.
Em uma das gravações, o líder religioso chamou o filho do ex-presidente de” babaca” e acrescentou: “a próxima que você fizer, eu gravo um vídeo e te arrebento”. As informações são do jornal O Globo.
— Quando falo “babaca” faz parte da minha franqueza — explicou Malafaia. Em outro áudio, ele chamou a atenção de Jair Bolsonaro por ter chamado Eduardo de imaturo numa entrevista.
— Você até podia defender Tarcísio, já que foi você quem mandou Tarcísio na embaixada e falar com Gilmar. Agora, queimar seu garoto, você vai me desculpar. Isso é um erro estratégico de alto grau, você tem que olhar o trabalho que seu filho está fazendo, falando com os principais assessores de Donald Trump — afirmou.
Malafaia foi alvo de buscas da Polícia Federal ao chegar de Portugal nesta quarta-feira (20), no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O líder religioso teve seus dois celulares apreendidos, além de cadernos que, segundo ele, continham anotações de sermões que prega e outros conteúdos religiosos. Ele afirmou que denunciará o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA).
— Vazamento de conversas privadas é crime. Mais uma vez, Moraes comete um crime para jogar uma cortina de fumaça porque o cenário está complicado para ele. O ministro escolheu o cara errado. Não tenho medo dele — acusa Malafaia.
O ministro do STF não será o único a ser acionado na Justiça. O líder religioso disse que vai processar o delegado e agentes da PF envolvidos na operação pelo vazamento de informações privadas.
As trocas de mensagens e áudios de Bolsonaro e Malafaia fazem parte do inquérito policial que indiciou Eduardo e o ex-presidente por coação, obstrução de investigação contra organização criminosa e atentado à soberania nacional.
Segundo a PF, a investigação apura a atuação de Eduardo nos Estados Unidos em busca de punições contra ministros do STF e outras autoridades na tentativa de interferir no julgamento da tentativa de golpe que envolve seu pai.
O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), anunciou em vídeo a instalação da primeira Sala Azul do município, na Escola Padre Agobar, com investimento de mais de R$ 500 mil. Segundo ele, o espaço oferece plano educacional individualizado e acomodações sensoriais (sonoras, visuais e olfativas) para atender alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências. Albino afirmou que a cidade terá cinco unidades em 2025, a primeira já entregue, e que a gestão seguirá investindo em educação inclusiva.
Alvo da denúncias feitas pelo presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), nessa quarta-feira, um agora ex assessor especial de gabinete Manuel Medeiros pediu demissão do cargo. Nas suas redes sociais ele ele disse que foi vítima de violência política. E que vai recorrer à justiça para reparar essa perseguição Com uso de aparato público.
Nota de Manoel Medeiros
Prezada governadora Raquel Lyra,
Pernambuco é terra de liberdade e há de defendê-la sempre. Como visto e amplamente noticiado, estou sendo vítima de um baixíssimo golpe de violência política patrocinado pelo presidente do Poder Legislativo estadual simplesmente porque agi livremente, como um cidadão deve viver numa democracia. Ação sem precedentes na história recente de Pernambuco e comparável a momentos de subjugação da liberdade já vividos.
Uma violência praticada aos olhos de todos e declaradamente realizada com aparato público: a Superintendência de Inteligência do Legislativo, que ilegalmente devassou a minha vida e expôs minha imagem na internet e nas TVs (“imagem cedida pela Alepe”). A respeito disso, acionei meus advogados e processarei nas instâncias cabíveis os responsáveis, declaradamente autores da investigação pessoal contra mim, oficializada com o carimbo da Casa de Joaquim Nabuco e sem decisão Judicial.
Nesta sexta-feira, irei à delegacia registrar ocorrência e pedir investigação.
Agi como cidadão, pela minha própria e exclusiva vontade, conectado a uma militância responsável contra a corrupção que acompanha a minha trajetória desde cedo e é conhecida por muitos. Saber fazer jornalismo em busca do bem comum, com provas, documentos, contraditórios e informações seguras assusta muitos. Incomoda demais. E mesmo sem temer, registro aqui a existência de ameaças veladas, vinculadas a velhas formas de fazer política, que exigem uma atenção para com minha integridade física.
Diante de tudo isso, tanto para dar seguimento à busca pela justiça, como para manter e fortalecer o meu ofício jornalístico, que é propósito de vida, comunico o pedido de desligamento da gestão estadual. Tenho orgulho de ter feito parte da gestão da senhora, contribuindo efetivamente para virarmos a página de um Pernambuco dos coronéis, quando a administração do Estado era usada em benefício de poucos.
A terra de Joaquim Nabuco, Patrono da liberdade, não há de se curvar à arapongagem, à ameaça e à perseguição. Como cidadão e jornalista garanto: a minha luta está só começando.
O Frente a Frente está sendo ao vivo da Rádio Cultura 94,7 FM em São José do Egito, onde lanço mais tarde, às 19h, o meu livro ‘Os Leões do Norte’ na faculdade vale do Pajeú.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), vai avaliar se converterá a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) em prisão preventiva após ouvir a PGR (Procuradoria-Geral da República) e os advogados do ex-presidente nesta sexta-feira (22).
O risco de prisão preventiva tem rondado os trabalhos da defesa do ex-presidente.
Em nota, os advogados afirmaram que vão cumprir o prazo e que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”.
A defesa de Bolsonaro terá de esclarecer o que Moraes considerou reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga. O prazo termina às 20h34 desta sexta-feira (22). A PGR também terá de se manifestar.
A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cometeram os crimes de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito ao atuarem para pressionar o STF e livrar Bolsonaro de uma condenação.
Não é a primeira vez que Moraes cobra explicações da defesa do ex-presidente diante de possíveis descumprimentos de ordens do STF. No final de julho, o ministro manteve as medidas cautelares impostas ao ex-presidente, mas o advertiu.
Moraes concluiu que Bolsonaro descumpriu a proibição de divulgação de conteúdos em redes sociais de terceiros, mas por considerar um evento isolado e após a defesa informar que o ex-presidente vinha respeitando as regras de recolhimento, decidiu não decretar a prisão preventiva.
Na decisão em que decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento da proibição do uso de redes sociais, no início de agosto, Moraes afirmou que novas violações poderiam ensejar a preventiva.
Nos bastidores da Corte, a dúvida é se descumprimentos “antigos” — de mais de um ano e meio atrás — teriam o potencial para isso ou se seriam considerados extemporâneos. Moraes vai aguardar a manifestação da defesa e da PGR antes de fazer essa avaliação
A Prefeitura de Itaíba (PE), por meio da Secretaria Municipal de Educação, começou nesta semana a distribuição de fardamento e kits pedagógicos para cerca de cinco mil estudantes da educação infantil ao ensino fundamental. As entregas foram divididas em quatro momentos: na quarta-feira (20), nas escolas Presidente Médici e Major Antônio Inácio, no distrito de Negras; e nesta quinta (21), na quadra da Escola Getúlio Vargas, em Jirau, e na Escola Eva Maria Moumesso, em Itaíba. A ação contou com a presença do vice-prefeito Leandro da Saúde, do presidente da Câmara, Marcelo Pilota, de vereadores, secretários e da ex-prefeita Regina Cunha.
O fardamento é composto por camisa e short, além de bolsa padronizada com o brasão do município; já os kits incluem cadernos personalizados, estojo, lápis de cor, lápis de cera, cola, tintas, pincel, tesoura e dicionários, entre outros itens. Segundo o prefeito Pedro Pilota (Republicanos), a medida “significa economia para as famílias, organização para os alunos e dignidade para todos que fazem parte da nossa rede de ensino”.
A Pontes Pecuária comemora 50 anos no dia 30 de agosto, às 13h, em Sairé (PE), com uma cerimônia que marca meio século de atuação do braço agro do Grupo Pontes, fundado em 1962 por Joaquim Guilherme Pontes e hoje ativo em hotelaria, agropecuária, agência de viagens e securitização de crédito. A celebração integra a trajetória da empresa, reconhecida por inovação e crescimento, e terá programação no município do Agreste.
Presidido por René de Pontes e administrado por sócios-diretores da segunda e terceira gerações, o Grupo emprega cerca de 2 mil colaboradores. A Pontes Pecuária opera cinco fazendas no Maranhão, Pará e Pernambuco, somando 76 mil hectares, rebanho de 65 mil cabeças e produção agrícola de milho e soja em expansão.
Entre os destaques da cerimônia estão a entrega do Selo Ouro de bem-estar animal, concedido pela MSD Saúde Animal, e a assinatura de contrato com a BR Carbon para geração de créditos de carbono. “Chegar aos 50 anos com uma história sólida e uma visão de futuro sustentável é motivo de orgulho para toda a família Pontes e para nossos colaboradores”, afirma Renato Pontes, gestor da área agropecuária.