Na manhã de ontem, um avião de pequeno porte, de prefixo PR-ZND, fez um pouso de emergência na PE-507, que liga Salgueiro a Serrita. Imagens compartilhadas nas redes sociais evidenciam que o pouso aconteceu na pista, mas o avião foi parar em uma área de vegetação baixa de caatinga. Até o momento, não há informações sobre feridos.
Ao longo de tanto tempo em Brasília já vi demissão por ladroagem, má-fé e desvios éticos. No caso de Danilo, felizmente não está enquadrado em nenhuma dessas situações, mas porque abriu uma frente em defesa da retomada do trecho pernambucano da ferrovia. Há pecado mortal nisso?
Pecado é roubar, trair, corromper e ser corrompido. Danilo está no seu papel, que cumpre muito bem. Errados estão o governador cearense, que caiu na canalhice do empresário Benjamim Steinbruch, ainda controlador da empresa acionista da ferrovia, e o presidente Lula, que expõe seu governo a um vexame desnecessário.
Lula, por sua vez, deixa nu, politicamente, o senador Humberto Costa, principal liderança do PT no Estado e fiel aliado do Governo, defensor intransigente do presidente, inclusive nos momentos mais difíceis, quando esteve preso em Curitiba por envolvimento no esquema de traquinagem com o dinheiro público na Lava Jato.
Humberto é o padrinho de Danilo. Candidato derrotado ao Governo de Pernambuco pelo PSB, partido que o abandonou, Danilo foi acolhido, com pão de ló, por Humberto e o PT, com a promessa de se filiar ao partido e pela legenda petista disputar um mandato na Câmara dos Deputados.
A demissão de Danilo, por injusta causa, amortece a liderança de Humberto, num momento em que, ao contrário, deveria ser fortalecido, para emplacar seu projeto de reeleição ao Senado. Ao mesmo tempo, dá mais envergadura ao ministro da Casa Civil, o baiano Rui Costa, que não gosta de Humberto e em Pernambuco só admira e ajuda uma pessoa: a governadora Raquel Lyra. Sabe-se lá por quais razões!
MENTIRA TEM PERNAS CURTAS – O governador do Ceará culpou a Sudene (leia-se Danilo Cabral) publicamente durante visita do presidente Lula a Missão Velha (CE), no dia 18 de julho, por atraso nos repasses para a obra da TLSA em solo cearense. Mentira deslavada! Segundo apurei, desde que Lula assumiu o governo, uma articulação envolvendo Sudene, TCU, Casa Civil e Ministério da Integração Nacional viabilizou a liberação de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia, com recursos do FNDE, divididos em parcelas anuais: R$ 1 bilhão por ano, mais uma parcela de R$ 600 milhões ao final do período. Na época, esse anúncio causou inclusive inquietação entre os pernambucanos, que ainda esperam pelo trecho Salgueiro-Suape.
Repasse em dia para o trecho cearense – A narrativa construída de que a Sudene estaria dificultando a liberação é balela, um pretexto para banir Danilo e expor Humberto Costa ao ridículo, numa trama arquitetada por Benjamim, Elmano e Rui Costa. As liberações de 2024 já foram executadas – R$ 400 milhões em janeiro e outros R$ 600 milhões em junho, totalizando o R$ 1 bilhão previsto para aquele ano. Já os repasses de 2025 aguardam apenas a comprovação de execução da obra.
Mais verdades – Ainda sobre as mentiras para deletar Danilo da Sudene: a liberação de R$ 800 milhões que faltavam do contrato anterior só foi possível graças a uma grande articulação entre a Sudene, a Casa Civil, o TCU e o Ministério da Integração, justamente porque não havia comprovação de execução das obras. E Danilo teve um papel importante, porque entende que a ferrovia é extremamente necessária para escoar a produção agrícola e de minerais de quatro Estados.
Alckmin no lugar de Lula – Pesquisa Datafolha divulgada na noite de sábado passado indica que a maioria dos eleitores considera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será candidato à reeleição em 2026. O levantamento ainda mostra que o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ganhou força como possível substituto do petista caso ele não esteja no pleito. O Datafolha perguntou quem Lula deveria apoiar caso desista de concorrer. Caiu o apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e subiu a preferência por Alckmin, que aparece com 26% das preferências.
Prêmio de consolação – O que se ouve em Brasília é a versão de que o golpe em Danilo Cabral é irreversível, o Ceará não teria interesse na Sudene e que por isso mesmo caberia a Humberto a indicação do sucessor, o que, convenhamos, se o senador cair nessa, politicamente sairá mais arranhado ainda, porque soa como prêmio de consolação. Para Humberto, o mais sensato é bater o pé e não se submeter a esse vexame.
CURTAS
Lançamentos 1 – Hoje, em Buíque, no Agreste, retomo a minha peregrinação pelo Interior em noites de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. São 22 miniobigrafias de 22 ex-governadores de Pernambuco. Será às 19 horas no auditório da Escola Técnica, com apoio do prefeito Túlio Monteiro (MDB) e da Câmara de Vereadores.
Lançamentos 2 – Amanhã, no mesmo horário, será a vez de Sanharó, na Câmara de Vereadores, com apoio do prefeito César Freitas (PCdB) e da Câmara de Vereadores. Na quarta, acontece em Pesqueira, às 19 horas, na Câmara, com apoio do prefeito Cacique Marquinhos (Republicanos) e todos os vereadores.
Lançamentos 3 – Na quinta, a noite de autógrafos está marcada para Arcoverde, na Câmara de Vereadores, apoio do presidente da Casa, Luciano Pacheco (MDB) e de todos os seus colegas de parlamento, inclusive a líder do Governo, Célia Gallindo (Podemos). Na sexta-feira, enfim, o evento acontece em Venturosa, com apoio do prefeito Kelvin Cavalcanti (PSD) e Câmara de Vereadores. Está marcado para às 19 horas, na Câmara de Vereadores.
Perguntar não ofende: Não é vergonhoso um governador pedir a cabeça de um auxiliar do segundo escalão de Lula?
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Há pouco, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, usou as suas redes sociais para agradecer as manifestações de apoio que recebeu dos diversos segmentos da sociedade pernambucana, diante das pressões do governador do Ceará para afastá-lo. Clique e confira!
O cantor e compositor Alcymar Monteiro acaba de lançar uma nova versão da canção “Você Marcou Demais a Minha Vida”, sucesso do cantor e compositor Cláudio Roberto, ícone da Jovem Guarda. A música, lançada nos anos 1970, é uma das mais marcantes da carreira de Cláudio Roberto e ganha nova vida na interpretação de Alcymar, que reveste o clássico romântico com a energia, a emoção e a autenticidade do forró tradicional.
Natural de Aurora, Ceará, Alcymar Monteiro é uma das vozes mais representativas do forró brasileiro, conhecido como “O Rei do Forró”. Com uma trajetória de mais de 40 discos lançados, ele já dividiu palco com grandes nomes da música nordestina, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Marinês, e levou o ritmo a palcos internacionais, incluindo o Festival de Montreux, na Suíça. Além de cantor, Alcymar é produtor cultural e pesquisador da música popular, criador do festival Juaforró, em Juazeiro do Norte.
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