O presidente estadual do Avante, Sebastião Oliveira, e o deputado federal Waldemar Oliveira ofereceram um almoço em homenagem ao senador Fernando Dueire (MDB), ocasião em que reafirmaram a importância do trabalho que o parlamentar vem desenvolvendo em Brasília em favor de Pernambuco.
Durante o encontro, Sebastião Oliveira destacou que o Avante reconhece em Dueire um senador atuante, com forte presença nos municípios e comprometido com o desenvolvimento do Estado. Por isso, colocou o partido à disposição do parlamentar para a disputa pela reeleição ao Senado em 2026.
Segundo Sebastião, a atuação de Fernando Dueire no Congresso Nacional tem gerado resultados concretos para Pernambuco, especialmente nas áreas de infraestrutura, saúde e apoio aos municípios. “O Avante está pronto para caminhar ao lado de quem trabalha pelo nosso Estado. O senador Dueire tem prestado um serviço relevante e merece continuar representando Pernambuco no Senado”, ressaltou.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aproveitou um discurso no plenário do Senado, hoje, para ironizar a Operação Carbono Oculto. A operação costuma ser mencionada pelo Governo Federal como exemplo de ação de combate a organizações criminosas. Isso porque a força-tarefa de diversos órgãos conseguiu desmantelar um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis sem troca de tiros.
Homenageado por lideranças de direita no Congresso, Castro afirmava na tribuna que o crime tem dominado diferentes cadeias produtivas para se fortalecer, contrabandear armas e conquistar territórios quando ironizou a Carbono Oculto.
“E que bom que pelo menos uma dessas cadeias tem sido investigada com a Carbono Oculto, que parece que é a solução do Brasil. Não parece ser (só) mais uma das cadeias utilizadas por eles (criminosos), assim como a internet, o gás, o transporte alternativo. E diversas outras, que têm que ser igualmente combatidas”, disse.
A operação contou com servidores da Receita Federal e do Ministério Público Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo, as polícias Civil e Militar de São Paulo e outros órgãos. A ação passou por uma briga de paternidade entre os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Membros do governo federal têm usado a Carbono Oculto como contraponto “civilizado” ao que Lula chamou de “matança” no Rio de Janeiro com a Operação Contenção, de 28 de outubro. A polícia fluminense matou 117 pessoas naquele dia, e outros quatro agentes morreram no tiroteio.
Castro passou a ser alvo de críticas do governo federal, da esquerda e de especialistas em segurança pública pela quantidade de mortes e pelo questionamento do resultado efetivo da ação, uma vez que poucos alvos dos mandados de prisão foram capturados naquele dia.
A sessão teve uma série de discursos em defesa do texto do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para relatar o projeto que trata do que a Câmara tem chamado de “marco legal de combate ao crime organizado”.
Senadores, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP) e Derrite também dispararam críticas ao governo Lula, numa tentativa de desgastar o PT com um tema que deve ser central nas eleições de 2026.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, hoje, o julgamento dos chamados ‘kids pretos’, militares que teriam planejado o monitoramento e assassinato de autoridades, e tentado pressionar o alto comando do Exército para aderir à trama golpista.
Eles integram o chamado “núcleo 3” da ação penal que investiga uma organização criminosa para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, apesar da derrota nas urnas em 2022. O caso será retomado na próxima terça-feira (18), quando serão conhecidos os votos dos ministros pela absolvição, ou condenação, dos 10 réus. O primeiro a votar é o relator, ministro Alexandre de Moraes. Depois votam Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flavio Dino, que é o presidente do colegiado.
O segundo dia de julgamento foi marcado pela cobrança do ministro Flavio Dino por lealdade e respeito dos advogados. Moraes também fez perguntas sobre as provas apresentadas e as defesas negaram que os ‘kids pretos’ participaram do planejamento ou execução de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.
Primeiro a ocupar a tribuna, o advogado Jeffrey Chiquini da Costa pediu a absolvição do tenente-coronel Rodrigo Bezerra De Azevedo, que está preso e foi autorizado a acompanhar presencialmente parte da sessão.
O advogado afirmou que o militar não tem qualquer ligação com as ações do plano Punhal Verde-Amarelo, que previa a morte de autoridades. Ele também não teria participado das reuniões de teor golpista, segundo apontou a Procuradoria-Geral da República. A linha seguida pela equipe de defesa foi argumentar que, se ele não estava nas reuniões, não teria condições de participar da execução do plano.
“Azevedo, que a acusação coloca ele como liderança de monitoramento, não participou das reuniões. Ministro presidente, veja só a insanidade acusatória. Como que um tenente coronel, que é liderança, não participa das reuniões de planejamento? Não faz sentido”, disse.
“Se ele é liderança, liderança de monitoramento e neutralização, por óbvio que ele participaria do planejamento, ele não esteve nas duas reuniões de planejamento. Se ele é liderança de monitoramento, ele acompanharia o monitoramento, mas não esteve na fase de monitoramento”, disse.
O município de Surubim, no Agreste Setentrional, sediou, há pouco, uma manhã de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. A programação, palestra seguida de sessão de autógrafos, aconteceu na quadra da escola Oliveiros de Andrade Vasconcelos, com apoio do prefeito Cleber Chaparral (UB) e forte presença de autoridades.
Alunos da Escola Municipal Oliveiros de Andrade Vasconcelos
Dezenas de estudantes participaram ativamente do evento. Fizeram perguntas, comentaram trechos e conectaram o conteúdo histórico do livro ao aprendizado em sala. Além do prefeito, estiveram no lançamento a secretária de Finanças, Geiziane Arruda, o secretário de Desenvolvimento Agrário e Econômico, Bruno Caymmi, a secretária de Educação, Paula Fernanda, o secretário de Infraestrutura, Melqui, o secretario de Desenvolvimento Urbano e Habitação, José Vagner, e a chefe de Gabinete, Eliza Silva.
Os vereadores Junior Amorim (UB), Kel de Almir (Podemos) e Micherlan Arruda (UB) prestigiaram o evento, juntamente com os diretores Débora Duarte (Cultura), Rogério Silva (Eventos), Cláudio Homero (Transportes) e Flávio Arruda (Manutenção).
Os vereadores Junior Amorim (UB), Kel de Almir (Podemos) e Micherlan Arruda (UB), juntamente com o prefeito Cleber Chaparral (UB).
“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa, hoje, cem dias em prisão domiciliar com a expectativa de permanecer em casa no cumprimento de sua sentença, de 27 anos e três meses de prisão. Segundo amigos que visitaram o ex-presidente nos últimos dias, ele segue tenso, com crises de soluços constantes, resultado de seu estado de saúde frágil e da tensão provocada pela possibilidade de iniciar cumprir a pena na Penitenciária da Papuda.
Bolsonaro não acha justo cumprir pena numa penitenciária. Por sinal, ele não considera justa a sua condenação. Mas, como sabe que não terá como reverter a decisão do STF neste momento, espera permanecer na sua residência cumprindo a sentença. As informações são do blog do Valdo Cruz.
A pena de Bolsonaro é superior a oito anos e, por isso, deve ser cumprida em regime inicial fechado. Porém, a definição de onde essa pena será cumprida só poderá ser tomada após o fim dos recursos. O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por liderar uma organização criminosa acusada de tramar um golpe de Estado para permanecer no poder, mesmo após a derrota nas urnas em 2022.
De acordo com a denúncia, Bolsonaro teve reuniões para pressionar chefes das Forças Armadas, e também tinha conhecimento, segundo o processo, de um plano para assassinar o presidente Lula, então recém-eleito, e o ministro Alexandre de Moraes, do próprio STF.
O julgamento foi concluído em setembro e, nesta sexta-feira (14), termina o prazo para o julgamento dos recursos. As primeiras tentativas dos advogados de recorrerem da pena, no entanto, já foram negadas pelos ministros da Primeira Turma, de forma unânime.
A previsão é que a equipe jurídica do ex-presidente apresente uma nova fase de recursos. Mas, se o ministro Moraes considerar que essa etapa tem apenas objetivo de adiar a execução da pena, pode determinar a prisão imediata. É nesta fase que será decidido onde o ex-presidente irá cumprir o período de prisão.
Os advogados de Bolsonaro vão entrar, assim que acabar a fase de recursos, com um pedido para que ele cumpra sua sentença em prisão domiciliar. Se o pedido for rejeitado num primeiro momento, os advogados devem pedir, então, que a pena comece a ser cumprida em uma dependência do Exército.
A defesa diz ter a convicção de que o ex-presidente tem direito de cumprir a prisão — por ser um capitão reformado do Exército — em uma sala de um quartel do Exército, tal como deve acontecer com os demais militares condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
O jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras (APL), Flávio Chaves, lança, amanhã, às 19h, na sede da APL, o seu mais recente livro, intitulado ‘Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio’. A obra segundo o autor, foi tecida com as fibras do pensamento e da emoção, onde o poder feminino, a dor do desterro e a interrogação existencial de um príncipe se entrelaçam como destinos que se reconhecem no espelho da alma. Confira abaixo o artigo de Flávio destinado à sua mãe, a convidando para o lançamento. Está emocionante!
Mamãe, entre o exílio das palavras e a luz do teu nome, meu livro e eu te esperamos
Mamãe, luz primeira dos meus olhos ainda fechados, colo onde meu nome aprendeu a respirar.
Desde os recantos mais profundos da infância, aquele tempo imaculado em que teu abraço era a geografia sagrada onde minha alma, ainda trêmula, se aninhava para nascer — trago aceso em mim o calor do teu amor, aquele que envolvia minhas manhãs com silêncio e oração, aquele que me vestia com a fé que tu sabias sem esforço, como quem acende uma vela e a entrega ao vento, confiante de que ela não se apagará.
Tu foste minha primeira morada, minha primeira terra, meu primeiro céu. A mulher que traduziu Deus com gestos e pão, com mãos calejadas e ternura infindável. E mesmo quando partiste, quando teus olhos se cerraram para este mundo e se abriram para aquele onde as dores não mais ardem, eu continuei sentindo tua presença como quem sente um perfume esquecido e, de repente, reconhece a eternidade. Tu não morreste, mamãe. Apenas atravessaste o rio. Continuas aqui, no fio secreto das horas, na brisa que me visita quando o silêncio se alarga, na força que me ampara quando o chão se dissolve.
Escrevo-te agora, não como quem escreve uma carta, mas como quem devolve à luz o que nunca deveria ter partido. Quero que saibas que cada palavra que rabisco, cada parágrafo que ouso construir, carrega um pouco do teu olhar. Tu, que foste a primeira a acreditar na minha voz, és também a razão pela qual sigo escrevendo mesmo quando o mundo parece afogado em ruídos. Quando abro o caderno, és tu quem me guia a mão. Quando hesito, é tua lembrança que me levanta. Quando a lágrima ameaça cair, és tu que me enxugas o rosto com dedos invisíveis de eternidade.
E é por isso que venho, com o coração aberto como um livro antigo, convidar-te, minha mãe de luz, para o lançamento do meu novo ensaio, intitulado Sheikha Moza Nasser, Hamlet e o Exílio. Uma obra tecida com as fibras do pensamento e da emoção, onde o poder feminino, a dor do desterro e a interrogação existencial de um príncipe se entrelaçam como destinos que se reconhecem no espelho da alma.
Este livro será lançado no dia 13 de novembro, às 19h, na Academia Pernambucana de Letras, localizada na Avenida Rui Barbosa, número 1596, bairro das Graças, Recife, tua cidade também, teu chão. E mesmo sabendo que teus pés não mais tocam o asfalto, peço que estejas comigo. Não precisas de corpo, porque teu espírito é vasto como a noite, e tua presença é uma estrela que nunca se apaga. Vem, mamãe, vem com teus olhos doces, tua fé que tudo abençoa, teu amor que atravessa os véus. Senta-te ao meu lado, em silêncio, como fazias nas noites em que eu, menino, lia em voz alta meus primeiros escritos, crente de que o mundo cabia no papel.
Tua presença será meu talismã. Tua ausência aparente, minha força. Porque todo livro que nasce em mim nasce também de ti. Toda ideia germina da semente que plantaste com teus gestos. Toda frase carrega teu sopro. Tu és a palavra não escrita, mas sentida. És a dedicatória invisível em cada obra.
Prometo, mãe, que estarei lá inteiro. Com minha alma exposta, com meu coração vibrando, com minha memória embebida de ti. Porque ainda te amo, e te amarei em cada noite de lançamento, em cada leitura solitária, em cada livro que for abrigo. Que este convite voe até ti como uma ave em oração, e que no dia marcado, quando as luzes se acenderem, tu possas sorrir, e dizer em silêncio: “Eu estou aqui, meu filho. Nunca deixei de estar.”
O evento que vai detalhar os bastidores da “Operação Voltando em Paz”, a complexa missão brasileira de resgate na Faixa de Gaza em 2023, acaba de ganhar mais um nome de peso. O comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, é presença confirmada no painel que ocorrerá no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife, no próximo dia 24, a partir das 19h.
A confirmação, anunciada pelo professor e vice-presidente do Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP), Eric Castro e Silva, é estratégica, uma vez que Damasceno foi o principal responsável por coordenar a complexa logística que permitiu à Força Aérea Brasileira (FAB) repatriar mais de 1.500 pessoas da zona de conflito no Oriente Médio.
O evento já contava com presenças cruciais para a análise completa da missão – o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o ex-embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas. O ministro abordará o contexto político-estratégico de Defesa e a coordenação governamental da missão humanitária, enquanto o embaixador Candeas detalhará as negociações diplomáticas de bastidores, essenciais para a liberação e passagem dos repatriados em um cenário de guerra.
Com a adição de Damasceno, a reunião desses três líderes — político, militar e diplomático — promete um debate aprofundado que cobrirá desde a complexidade de resgate e a coordenação de alto nível até os desafios da diplomacia em crise.
A poesia do Sertão do Pajeú foi homenageada através de um dos seus mais destacados representantes, José Rufino da Costa Neto, mais conhecido como Dedé Monteiro, natural de Tabira, que recebeu da Universidade Federal de Pernambuco o título de Doutor Honoris Causa, em solenidade realizada ontem, no auditório da reitoria da UFPE.
O título honorífico, proposto pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), é concedido a personalidades que tenham contribuído para o desenvolvimento da Universidade, da região ou do país pela atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura. “É um dia de muita alegria não por mim, mas por minha família e a família maior do Pajeú, terra da poesia, da rima e da sensibilidade. Estamos muito felizes. O poeta agora virou doutor. Doutor da rima”, agradeceu Dedé Monteiro.
“Dedé fala, respira e transpira poesia pelos poros. É uma homenagem muito merecida pela história dele com a poesia e a orientação que ele deu a todos os alunos dele”, comentou Maurício Assuero, professor da UFPE e proponente do título, natural de Tabira e aluno de Dedé Monteiro.
“É uma grande honra para a Universidade ter o grande poeta Dedé Monteiro como doutor honoris causa. Soma-se a João do Pife, Lia de Itamaracá, ao presidente Lula e a outras grandes figuras. A Universidade presta o reconhecimento a quem tem história na área da poesia e da cultura”, disse Alfredo Gomes, reitor da UFPE.
“Tenho muita honra da banda do meu filho, Fim de Feira, ser em homenagem a um poema de Dedé. Dedé não é só um poeta, é uma figura humana que ultrapassa todos os limites da bondade. Ele é um dos sujeitos mais puros que eu conheço”, destacou o poeta e advogado Joselito Nunes, responsável pela edição do primeiro livro do poeta, em parceria com a tabirense Neide Marques de Barros. A solenidade foi prestigiada por artistas, políticos e personalidades de destaque de Tabira e de toda a região do Pajeú.
Sobre o poeta
Natural de Tabira e considerado referência na poesia popular pernambucana e nordestina, Dedé Monteiro recebeu o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco em 2016.
Nascido no dia 13 de setembro de 1949, no sítio Barro Branco de Tabira, é conhecido na região como o ‘Papa da Poesia’. Começou a escrever versos ainda criança, influenciado pelo pai, Antonio Rufino da Costa, que cantava cordéis enquanto trabalhava na roça.
Sua carreira na poesia lhe rendeu reconhecimento e prêmios. Ao longo da carreira publicou quatro livros autorais, “Retalhos do Pajeú”, em 1984; “Mais um baú de retalhos”, em 1995; “Fim de feira”, em 2006; e “Meu quarto baú de rimas”, em 2010, pela editora Bagaço.
Nesta última publicação está o poema ‘As quatro velas’, premiado na Fliporto de 2010. Lançou, ainda, o CD de declamação intitulado “Dedé Monteiro Voz e Amigos” (2014), comemorando meus 50 anos de poesia. Em Tabira, Dedé Monteiro tem atuado como apresentador dos encontros chamados Mesa de Glosas, na Escola Arnaldo Alves.
Faz um mês que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) viu seu relatório para o PLP 108 ser aprovado pelo Senado. O projeto é o último da reforma tributária. Estabelece como vai funcionar o comitê gestor que definirá a distribuição dos tributos entre União, estados e municípios. O PLP 108 voltou para a Câmara. E, desde então, não se teve mais notícias dele.
Foi engolfado por essa confusão que envolve a discussão sobre segurança pública, projeto de anistia pelo 8 de janeiro, julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tudo o que envolve a antecipação da disputa política de 2026. Alguns segmentos ligados à questão tributária começam a ficar preocupados. A reforma subiu no telhado? Vamos perder mais essa oportunidade?
Começa nesta quarta-feira (12) em São Paulo o Congresso que une dois importantes eventos ligados à tributação municipal: a reunião da Federação Nacional dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais (Fenafim) e o Seminário Nacional de Gestão Municipal (Senam).
Patrocinado pela Caixa, o evento no Novotel de São Paulo será envolvido por mais dúvidas do que certezas. Quando, de fato, começam as mudanças tributárias diante da situação empacada do PLP 108? Como ficará a arrecadação dos municípios? Quais os efeitos?
Diversos fatores pararam a tramitação do último projeto da reforma tributária na Câmara. Um deles foi o AVC sofrido em outubro pelo deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE). Benevides foi o relator na primeira rodada do projeto pela Câmara. Depois das modificações feitas por Braga no Senado, é o relator novamente. As informações são de que Benevides está bem, mas seu estado de saúde impediu-o de dar antes sequência ao projeto. Outro problema é a disputa que não terminou entre a Confederação Nacional dos Municípios (CMN) e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) em torno de como será a composição das vagas das cidades.
Braga determinou que os representantes dos municípios se entendessem depois. O problema é que sem a composição fechada o comitê não tem condições de se reunir. E cada momento de atraso no final da tramitação dos projetos atrasa a implementação da reforma.
A reforma tributária prevê a substituição de cinco impostos atuais sobre consumo para um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com um tributo federal (CBS) e um dos estados e municípios (IBS) e mais um para produtos que causam mal à saúde e meio ambiente.
A reforma prevê uma longuíssima transição entre o modelo atual e o novo, que só vai terminar (em tese) em 2035. O problema é que o atraso no início muito provavelmente levará a um atraso no fim. E já se teme que o último projeto da reforma não seja aprovado este ano.
Os auditores que vão se reunir em São Paulo temem problemas na fase de transição. É possível, inclusive, que nos momentos em que o atual e o novo imposto convivam a tributação aumente. E também a dor de cabeça. O que pode até gerar uma reforma da reforma.
Pesquisa Quaest, realizada de 6 a 9 de novembro de 2025, mostra que houve um freio na melhora das taxas de aprovação/desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O estudo repete resultado divulgado ontem pela Paraná Pesquisas, que também registrou a mesma tendência.
Na Quaest, assim como na Paraná Pesquisas, Lula parou de melhorar e registrou um recuo, dentro da margem de erro do levantamento. O estudo, divulgado hoje, indica que a taxa de aprovação oscilou negativamente de 48% para 47%. Já a desaprovação foi de 49% para 50%.
A margem de erro da Quaest é de 2 p.p (pontos percentuais). Na prática, o petista está, portanto, no mesmo lugar. Mas a curva da pesquisa mostra o filme completo, como no infográfico abaixo. Lula havia melhorado gradualmente nas últimas 4 pesquisas Quaest. Agora, esse movimento foi freado.
O estudo anterior da Quaest foi feito de 2 a 5 de outubro. De lá para cá, 3 fatos podem ter influído na interrupção da melhora da aprovação do presidente. Um deles foi positivo: a visita de Lula à Malásia, onde se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano).
O petista fez fotos amistosas e apareceu como um estadista. Mas teve outros 2 episódios que talvez tenham sido negativos. Na própria viagem à Ásia, Lula declarou que traficantes “são vítimas dos usuários” de drogas. E, 4 dias depois, o governo do Rio de Janeiro realizou a operação Contenção, que resultou em 121 mortos. Esse fato precipitou fortes mudanças na opinião pública e grande destaque na mídia.
Lula, inicialmente não comentou o caso e parecia não saber como reagir. Foi criticado pela maior nêmesis da esquerda na internet, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Quando falou diretamente sobre o tema, disse que a operação foi “desastrosa” e uma “matança”. Para 45% dos entrevistados, Lula saiu mais forte do encontro com Trump, enquanto 30% afirmam que ele saiu mais fraco.
A Quaest realizou 2.004 entrevistas presenciais, de 6 a 9 de novembro de 2025, com brasileiros de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
Questionados se avaliam o trabalho de Lula como “negativo”, “positivo” ou “regular”, os entrevistados responderam:
negativo – 38% (eram 37% em outubro);
positivo – 31% (eram 33% em outubro);
regular – 28% (eram 27% em outubro);
não sabem/não responderam – 3% (eram 3% em outubro).
Uma das estradas mais reivindicadas no Agreste Setentrional, a pavimentação da PE-083, ligando o município de Cumaru a Surubim, com 24 km, finalmente está sendo tocada a todo vapor pelo Governo Raquel (PSD).
Mas a governadora bem que poderia incluir o acesso ao povoado de Malhadinha, de apenas 1,7 km. “Faria um gol de placa. Aqui, moram mais de 100 famílias de agricultores, que precisam escoar seus produtos, como milho, feijão, hortaliças e frutas”, diz o vereador Gilvan da Malhadinha (PSB), na foto acima, o mais aguerrido representante do povo da região, com quatro mandatos na Câmara Municipal.
Recentemente, ele mandou um ofício a Raquel manifestando o sentimento e a ansiedade da população do povoado quanto a inclusão do referido trecho. “A governadora está realizando um sonho antigo de Cumaru, a PE-083, mas estamos clamando para acrescentar mais um trechinho de menos de 2 km”, diz o parlamentar.
Gilvan já apelou também aos deputados que representam o município na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. “A pavimentação do acesso a Malhadinha nos traria riqueza e prosperidade, pois garantiria o escoamento da nossa produção. Malhadinha também tem história e relevância na região”, afirmou.
O município de Surubim, no Agreste, sedia, logo mais, às 9h30, uma manhã de autógrafos do meu mais recente livro, “Os Leões do Norte’. O evento acontece na escola Oliveiros de Andrade, com a presença do prefeito Cléber Chaparral (UB), que está dando total apoio ao evento. À tarde, na cidade de Casinhas, o lançamento acontecerá às 14 horas, no auditório da Escola São Luiz, com o apoio da prefeita Juliana de Chaparral (UB).
“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
José Roberto Arruda pede nova chance ao povo do Distrito Federal
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
O ex-governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (sem partido), não abre mão de ser candidato em 2026. Após 15 anos fora da vida pública, ele quer retomar a cadeira de chefe do Poder Executivo e diz que está elegível por causa das mudanças na Lei da Ficha Limpa ocorridas nos últimos anos.
Arruda foi o entrevistado de ontem (11) do podcast ‘Direto de Brasília’, comandando pelo titular deste Blog, em parceria com a Folha de Pernambuco. Aproveitou o espaço para atacar o atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que lançou a vice-governadora, Celina Leão (PP), como pré-candidata ao governo.
“Essa narrativa da inelegibilidade é do atual governador. Ele tem uma força muito grande na mídia, porque a mídia de Brasília é muito dependente do dinheiro do governo”, afirmou Arruda. “Os adversários não gostam muito da concorrência, estão tentando vender a tese de que não posso (concorrer). Acho que eles, no fundo, querem ganhar por W.O., querem ganhar no tapetão. Mas a lei me dá a total garantia”, acrescentou.
Segundo o ex-governador, as atualizações na Lei da Ficha Limpa determinam que os oito anos de inelegibilidade de alguém condenado por irregularidades na administração pública, como no caso dele, começam a contar a partir da decisão da segunda instância. “No meu caso, foi em 2014. Estou há 15 anos fora. Pela lei anterior, os oito anos sequer teriam começado a contar”, explicou.
José Roberto Arruda é servidor de carreira. Ascendeu a postos de chefia na administração antes de entrar efetivamente na política do DF. Foi eleito senador e deputado federal. Em seguida, governador do DF (2007 a 2010).
A vida política dele se complicou a partir da sua renúncia, em 2001, após o escândalo de adulteração do painel de votação do Senado, quando atuou ao lado de Antônio Carlos Magalhães. Em 2010, ocorreu a descoberta de um grande esquema de corrupção no governo do DF. O caso ficou conhecido como Mensalão do DEM.
Durante as investigações, Arruda foi preso preventivamente, tornando-se o primeiro governador do Brasil a ser encarcerado durante o mandato. Ele também foi acusado de participar de um esquema de propina de R$ 900 milhões na obra do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo FIFA de 2014.
“Ninguém é perfeito, cometi erros. Mas, não sou rico, não tenho fazenda, não tenho mansão no lago. Fui virado de ponta cabeça, chacoalhado, investigado. Não se encontraram nada. Quero me submeter ao julgamento mais difícil que existe, mais importante depois do julgamento de Deus, que é o julgamento do voto popular”, enfatizou o ex-governador.
Já tem partido – Arruda declarou que deverá ser candidato pelo PSD, de Gilberto Kassab. “Eu estou sem filiação partidária. Recebi o convite do presidente Kassab, recebi outros convites também, do Aécio (Neves), do Marconi (Perillo), para voltar para o PSDB, do Avante, tem outros convites. Mas está tudo mais direcionado para eu ir para o PSD.
Defesa do legado – José Roberto Arruda destacou que precisa ser candidato para defender o legado que deixou no DF. Lembrou que fui secretário de obras, senador, líder do ex-presidente Fernando Henrique no Senado e o deputado federal proporcionalmente mais votado do país. “Eu quero mostrar o que eu fiz e mostrar também que quem já fez pode fazer melhor. E passar a história limpo. Perdi um pênalti, mas o saldo é positivo”, enfatizou.
Inclusão – Os deputados federais Eduardo da Fonte (PP/UP) e Lula da Fonte (PP/UP) apresentaram emenda à Medida Provisória nº 1323/2025 para regulamentar a atividade das marisqueiras, incluindo-as no grupo de pescadores e pescadoras artesanais reconhecidos pela legislação federal. A proposta busca valorizar o trabalho das mulheres que vivem da coleta de mariscos, crustáceos e moluscos em comunidades como Maracaípe (Ipojuca), Aver-o-Mar (Sirinhaém) e Mangue Seco (Igarassu).
Novos desembargadores – O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) realizou, ontem (11), a posse de três novos desembargadores eleitorais, no plenário do edifício-sede, no Derby, no Recife. Entre eles, o desembargador Paulo Augusto de Freitas Oliveira, que assumiu como desembargador eleitoral substituto. Na solenidade, também foram empossados também a juíza Roberta Viana Jardim e o juiz Breno Duarte de Oliveira, que passaram a integrar o Pleno do TRE-PE nas vagas destinadas à magistratura estadual.
Tem que estar com Lula – Fiel aliada do presidente Lula (PT), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), disse, em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, ontem (11), que os embates eleitorais em Pernambuco serão definidos com base no efetivo apoio à reeleição do presidente petista, em indireta certeira à governadora Raquel Lyra PSD), que se mantém sambando no gelo e não explica ao eleitorado se é Lula ou Bolsonaro. “Além da disputa e os embates que nós vamos ter no Estado, eu acho que o grande divisor de águas no Estado é esse: aqueles que de fato estão com Lula, estão com esse projeto de país que traz desenvolvimento, inclusão social e crescimento econômico”, declarou.
CURTAS
ACOLHIMENTO EM SALGUEIRO 1 – Pessoas em situação de rua serão contempladas, nesta quinta-feira (13), pela ação “Nas Ruas com Dignidade”, uma iniciativa da Prefeitura de Salgueiro, no Sertão, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social. O evento de prestação de serviços, acolhimento e encaminhamento social ocorre na Rua Joaquim Sampaio, no bairro Bomba, em frente à Cozinha Comunitária Auta Dantas Nunes.
ACOLHIMENTO EM SALGUEIRO 2 – A mobilização em Salgueiro será realizada das 8h às 12h, com escuta qualificada, atualização cadastral nos programas sociais, apoio psicossocial, fortalecimento de vínculos, atendimentos de saúde, vacinação, testes rápidos, cuidados de higiene, oferta de alimentação, entre outros serviços.
ROSA NA COP – De hoje (12) até o dia 16 de novembro, a deputada Rosa Amorim (PT) estará em Belém, no Pará, para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) e para a Cúpula dos Povos. A parlamentar preside a Comissão de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal da Alepe e viajou como representante da Casa.
Perguntar não ofende: A governadora Raquel Lyra está com o presidente Lula, ou não?