Fora da política partidária desde a saída do partido Novo no fim de 2022 por declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, o empresário João Amoêdo diz que a vontade pela militância partidária não acabou, mas admite desânimo de recomeçar todo o processo para construção de uma legenda.
Sem filiação partidária, ele afirmou em entrevista ao Estadão que deve permanecer distante das eleições municipais do ano que vem. Sobre seu antigo partido, que ajudou a fundar, o ex-candidato à presidência em 2018 afirma que o Novo caminha para se tornar insignificante.
Leia maisTambém faz duras críticas à decisão da sigla de pagar R$ 41 mil de salário para o ex-deputado Deltan Dallagnol, que recentemente se filiou ao Novo depois de ter o mandato cassado na Câmara dos Deputados.
“Me parece que é um gasto desnecessário, mas vai muito na linha do que está o partido hoje, que é buscar ter alguma relevância, mas sem ter muitas entregas”, disse.
O único Estado governado pelo Novo é Minas Gerais, com Romeu Zema. Para Amoêdo, o chefe do Poder Executivo mineiro não pode mais culpar a gestão de Fernando Pimentel (PT), seu antecessor, pelo desastre nas contas públicas. “Cinco anos depois, os desafios são outros, e a régua tem que ser um pouco maior. Ele deve pensar na privatização, não conseguiu ainda privatizar nada, não conseguiu fazer o ajuste da dívida”, afirmou.
A três anos da disputa pela Presidência da República, o empresário disse que não consegue definir nomes para a próxima eleição geral. Para ele, faltam lideranças “razoáveis” para o eleitor não passar mais uma vez pela polarização dos últimos pleitos nacionais.
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