Agricultores dos projetos de irrigação Pedra Branca, Fulgêncio e Brígida realizam, desde às 4h desta manhã, um protesto no Km 82 da BR 116, em Belém de São Francisco, com a interdição das quatro saídas do Trevo do Ibó, e outro protesto com interdição no Km 323 da BR 316, em Floresta.
A alegação dos agricultores, que estão sem fornecimento de água e energia há três dias, é de que após a Codevasf devolver, no dia 21 de setembro, a responsabilidade pelos perímetros a Chesf, nenhum dos órgãos quer mais assumir a responsabilidade pelo custeio e manutenção do perímetro.
A manifestação no Trevo do Ibó é um apelo dos reassentados para que o Governo Federal intervenha e solucione urgentemente esse problema, que afeta diretamente a vida e o sustento de milhares de famílias na área irrigada. Neste momento, a PRF busca liberar a área interditada.
Aldo Rebelo defende exploração de petróleo na Foz do Amazonas em benefício do desenvolvimento regional
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
Ex-presidente da Câmara dos Deputados e protagonista na reorganização do MDB, partido ao qual é filiado desde 2024, Aldo Rebelo é um defensor da exploração de petróleo na Foz do Amazonas, situada entre o norte do Pará e o Amapá.
A iniciativa ganhou repercussão na mídia, esta semana, depois que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) concedeu licença à Petrobras para atuar no local, mesmo com críticas de ambientalistas pela proximidade da foz com a floresta, extremamente biodiversa.
Rebelo foi o entrevistado de ontem (21) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog, em parceria com a Folha de Pernambuco. Na ocasião, ele observou que a população da Amazônia é uma das mais pobres do Brasil, contrastando com a quantidade de riquezas naturais concentradas na região.
“Onde é que está a riqueza do mundo? A reserva de terras raras, de ouro, de petróleo, de diamante, de potássio, de fosfato, de cobre? Tudo na Amazônia”, destacou. “Onde é que está a população mais empobrecida do Brasil? Os piores indicadores sociais, de taxa de mortalidade infantil, de analfabetismo e de doenças infecciosas? Os piores indicadores de saneamento básico? Também na Amazônia”, lamentou.
Aldo Rebelo citou o quanto o Amapá pode ser beneficiado com a exploração de petróleo. “Você tem no Amapá 73% da população vivendo de Bolsa Família. Em alguns municípios, chega a 93%. Você vê meninos e meninas estudando numa faculdade, numa escola técnica, para nada, porque não tem atividade econômica nenhuma (no Amapá)”, observou.
Rebelo acredita que o Brasil precisa dar esse passo, assim como outros países já fazem, a fim de desenvolver regiões historicamente pobres, mas com potencial de mudar a realidade a partir da tecnologia.
O ex-presidente da Câmara usou como exemplo a Guiana Francesa, a Noruega e a Inglaterra. “A Petrobras tem a melhor tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas, e é com essa tecnologia que a Guiana está tirando o petróleo da margem equatorial, faturando 20 bilhões de dólares por ano. E o Brasil parado”, criticou.
Críticas a Lula e Marina – Natural de Viçosa (AL), Aldo Rebelo tem longa trajetória na política nacional. Foi deputado federal por São Paulo por cinco mandatos consecutivos, presidiu a Câmara entre 2005 e 2007 e integrou ministérios nos governos Lula e Dilma (ambos do PT) — como Defesa, Ciência e Tecnologia, Esporte e Coordenação Política. Também já foi ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política, assumiu cargos na administração paulista e migrou entre legendas ao longo dos anos. Mesmo tendo integrado os governos do PT, Rebelo atualmente é crítico da terceira gestão do presidente Lula, especialmente quando se refere à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Atrapalha – Para Aldo Rebelo, Marina Silva “atrapalha desde o primeiro governo Lula (PT)”. “Quando eu era ministro, o presidente se queixou de licenciamentos para obras em Rondônia. Eu disse que as obras não eram licenciadas porque quem mandava no Ministério do Meio Ambiente era um comitê de 50 organizações não governamentais (ONGs). Dois dias depois, o então ministro Paulo Bernardo deu uma declaração dizendo isso, e ela pediu demissão. E agora ela (Marina) diz que a Amazônia, que tem os piores indicadores sociais, é um paraíso. Só que ela não quis ficar no paraíso. Ela abandonou a Amazônia atrás do conforto de São Paulo, fazendo o jogo das ONGs, convivendo com as madames da Faria Lima, as ricaças que a ajudam nas eleições, enquanto a população vive sem recurso algum”, disparou Rebelo.
Proteção ao Polo de Confecções – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) adiou a decisão sobre a aplicação de uma taxa antidumping de 30% nas malhas de poliéster importadas da China. O adiamento atende a pedido do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), que alertou para os impactos da medida sobre o Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX), realizada no último dia 20.
Os 190 anos da Alepe 1 – A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) comemora 190 anos de fundação com programação especial que une história, cultura e cidadania. O ponto alto das celebrações será o seminário “Alepe 190 Anos: História, Cidadania e Representação na Casa do Povo Pernambucano”, nesta quinta-feira (23/10), das 8h às 12h30, no Auditório Sérgio Guerra. No mesmo dia, será lançada a nova temporada do podcast narrativo “Sagas Pernambucanas”, produzido pela Rádio Alepe. Aberto ao público, o evento reunirá historiadores, professores, jornalistas, estudantes, instituições de memória e parlamentares.
Os 190 anos da Alepe 2 – A programação comemorativa da Alepe contará, ainda, com a mesa-redonda “Do Império à República: O Legislativo Pernambucano e os Caminhos da Democracia”, sobre as transformações da Alepe ao longo dos séculos e sua relação com as demandas sociais, com palestra da doutora em História da UFPE Suzana Cavani. Para o presidente, Álvaro Porto (PSDB), os 190 anos da Alepe mostram a responsabilidade da Casa com o destino dos pernambucanos e das pernambucanas. “A Assembleia sempre será uma Casa que, além dos papéis de legislar e fiscalizar, acolherá anseios, assegurará direitos e viabilizará as conquistas da população”, destacou.
CURTAS
Por falar em Alepe – A Alepe aprovou, ontem, o Projeto de Lei de autoria do deputado Fabrizio Ferraz (SD) que cria a Rota Turística do Cangaço no Estado. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento econômico e sustentável de municípios sertanejos com forte ligação histórica com o movimento do cangaço, valorizando o patrimônio cultural e fortalecendo o turismo na região.
Rota Turística do Cangaço – A nova lei da Rota Turística do Cangaço contempla 15 municípios: Floresta, Ibimirim, Carnaubeira da Penha, Betânia, Cabrobó, Tacaratu, Serra Talhada, Mirandiba, Calumbi, Flores, Afogados da Ingazeira, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte e Paranatama.
O que determina a rota – Entre as diretrizes da Rota do Cangaço estão a promoção e divulgação do turismo, o fomento a eventos culturais e gastronômicos, o incentivo à capacitação profissional, o estudo de incentivos fiscais para o setor e o fortalecimento da cadeia produtiva ligada ao turismo e à cultura local. “Essa lei reconhece a força histórica e cultural dos municípios que mantêm viva a memória do cangaço e do povo sertanejo. Além de preservar essa identidade, cria oportunidades reais de emprego, renda e desenvolvimento sustentável para a região”, destacou Fabrizio Ferraz.
Perguntar não ofende: A ministra Marina Silva atrapalha ou ajuda o governo Lula?
Durante o painel Homenagem aos Pioneiros da 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, realizada nesta segunda e terça-feira (20 e 21), em São Paulo, o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, defendeu a importância de reconhecer o passado e manter a fé no futuro do setor sucroenergético. O evento, que celebra 25 anos da Conferência e 50 anos do ProÁlcool, reúne líderes empresariais, técnicos e formuladores de políticas públicas para discutir inovação, sustentabilidade e competitividade.
Monteiro destacou o papel das famílias tradicionais da cana, citando a família Lyra, do Grupo Caeté, como exemplo de perseverança e legado. Ele relembrou as origens do etanol, lembrando o esforço de quem cultivava cana nas encostas há mais de um século. “O etanol nasceu nas ladeiras, fruto de superação e trabalho. Essa é a essência do nosso setor: enfrentar provações e seguir em frente”, disse.
Em tom realista, Monteiro comentou o cenário econômico atual, marcado por preços em queda e margens pressionadas. “Vivemos tempos difíceis, mas não temos o direito de desanimar. Precisamos continuar acreditando e reagir com confiança”, declarou.
O executivo encerrou com uma homenagem ao engenheiro Plínio Nastari, presidente da DATAGRO. “O doutor Plínio é um patrimônio imaterial do setor. Se antes buscávamos conhecimento nas enciclopédias, hoje recorremos a ele, que inspira o presente e o futuro”, concluiu.
Moradores de São Lourenço da Mata se revoltaram, nesta terça-feira (21), após a confirmação da morte da menina Ester, de 4 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de uma cacimba em uma casa na comunidade Ettore Labanca. O suspeito do crime foi levado à delegacia do município, e parte da população tentou invadir o local para agredi-lo e chegou a tentar colocar fogo na viatura onde ele estava. A ação foi contida por equipes das polícias Civil e Militar, que usaram balas de borracha para dispersar o grupo.
De acordo com o delegado Sérgio Ricardo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a criança apresentava sinais de espancamento na cabeça e não está descartada a hipótese de violência sexual. “Vamos fazer uma perícia complementar na cacimba para saber se há algum objeto relacionado ao crime”, afirmou. Objetos que podem ter sido usados em rituais religiosos e um preservativo foram encontrados no local.
A menina estava desaparecida desde a tarde de segunda-feira (20) e foi localizada por familiares e vizinhos que auxiliavam nas buscas com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar.
Com o voto do ministro Flávio Dino, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) finalizou o julgamento sobre o mérito e condenou, nesta terça-feira (21), os sete réus do núcleo da desinformação (núcleo 4) pela trama golpista.
O placar de julgamento ficou em 4 a 1. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou para condenar os réus e foi acompanhado por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. As informações são da CNN.
Luiz Fux abriu divergência no julgamento e votou para considerar o Supremo incompetente para analisar o caso e para absolver todos os réus do grupo.
Durante seu voto, Dino frisou que o núcleo da desinformação deve ser analisado como um dos mais importantes para o plano de golpe.
“Uma vez que nós estamos aqui tratando de um fenômeno contemporâneo que transcende as fronteiras nacionais, em que há a busca de alteração de processos institucionais, não apenas com golpes como preteridamente se faziam, que havia uma espécie de crime instantâneo de efeitos permanentes”, diz.
Para o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (MDB), o atual Congresso Nacional precisa melhorar o nível dos debates. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ele evitou opinar sobre a célebre frase de seu ex-colega Ulysses Guimarães, que dizia que, se alguém achasse este o pior Congresso, que esperasse o próximo. Aldo ressaltou, no entanto, que, em seu período como parlamentar, havia “muitas divergências, mas com muito respeito”.
“Não vou julgar os deputados, vou julgar o debate como acontece. Fui deputado no período em que o debate econômico tinha a presença de Roberto Campos, Delfim Netto, Maria da Conceição Tavares, César Maia, Germano Rigotto e Francisco Dornelles. Ou seja, você tinha um debate econômico com muitas diferenças, muitas divergências, mas com muito respeito. O que eu vejo hoje é que não se consegue discutir cinco minutos no Congresso sem ameaça de agressão física, sem o nível do debate ser rebaixado até tornar-se quase insuportável. Eu acho que isso descredencia não apenas a Câmara dos Deputados, mas o poder político”, analisou.
Como consequência desse “baixo nível”, Aldo apontou a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) de “ultrapassar todos os limites”. “Ele faz isso porque vê a política perdendo credibilidade junto à população, já que não se discute em nível elevado, não se tratam dos temas de interesse da população. É cada um com o celular querendo três minutos para publicar numa rede social. É preciso recuperar o trabalho das comissões, o debate, os temas. Hoje as pessoas não querem debater, querem uma promoção rápida, uma visibilidade nas redes sociais. Isso só reduz a autoridade da política e eleva a autoridade daqueles que disputam com a política o destino humano”, observou Aldo.
“Se a política renuncia a discutir o destino da sociedade, ela entrega a uma corporação, que é o Judiciário, principalmente ao STF, essa atribuição. E o Supremo não está preparado para isso, porque não é poder político, não está interessado em ouvir ninguém, em fazer audiência pública. São onze pessoas, que deveriam estar decidindo aquilo que é constitucional ou não. Mas o Supremo entrou na política e ganhou muita autoridade em função da perda de prestígio da própria política”, completou.
Ele ainda lembrou um atrito recente em audiência com o ministro Alexandre de Moraes, em que foi ameaçado de receber uma ordem de prisão. Segundo Aldo, ele não teve receio de que o ministro agisse dessa forma. “Não tive receio, assim como não tive quando era oposição e fazia passeata contra o governo militar. Eu estava fazendo uma interpretação da língua portuguesa, houve uma certa provocação (por parte do ministro), e eu disse que não ia admitir censura. Dizer isso não caracteriza uma afronta ao Supremo, mas é o país que temos hoje. Então, você tem que recolocar em outro padrão a relação entre os poderes, porque, senão, isso não vai terminar bem”, observou Aldo.
O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara deixou o comando do Banco do Nordeste. A decisão foi comunicada em reunião do Conselho de Administração da instituição nesta terça-feira (21). No seu lugar, assume o servidor Wanger Rocha como Presidente Interino e Conselheiro de Administração do banco.
No começo do mês de outubro, o Ministério da Fazenda confirmou a saída de Paulo Câmara da presidência do BNB e disse que foi uma decisão pessoal do gestor.
Paulo Câmara deixa o Banco do Nordeste com recordes de crescimento em operações de crédito. Os números preliminares do terceiro trimestre de 2025 mostram que o Banco do Nordeste (BNB) continua em forte aceleração em todos os segmentos em que opera.
Analisando o período de janeiro a setembro, as contratações cresceram 18,4% em relação ao mesmo período de 2024, chegando a R$ 49,8 bilhões. Já os desembolsos subiram 14,4%, com um total de R$ 47,5 bilhões, e os R$ 9,7 bilhões do Crediamigo significaram um avanço de 13,4%, no comparativo com os nove primeiros meses de 2024.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (MDB-SP), lançará, nesta quarta-feira (22), o programa Brasil Precisa Pensar no Brasil. A iniciativa foi coordenada por ele, junto com o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Alceu Moreira, e o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. O manifesto vem sendo comparado à Ponte para o Futuro, que resultou no rompimento da sigla com o PT, abrindo caminho para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
“Amanhã teremos o encontro nacional do MDB, que vai apresentar esse programa — um projeto, um manifesto sobre o que o MDB pensa para o Brasil de 2026. O partido sempre encontra uma forma de convivência, foi assim desde sempre. Eu era líder do primeiro governo do presidente Lula (PT) e o MDB já era dividido. Nós temos líderes favoráveis ao governo e líderes contrários. Hoje o partido tem três ministros — Simone Tebet, Renan Filho e Jader Filho —, tem também uma presença importante, que é de oposição ao governo, e uma parte que não é oposição nem situação acompanha ali”, detalhou Aldo, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Indagado sobre qual corrente, ele foi direto na resposta: “Eu fico do lado do MDB. Porque eu não posso, na posição de coordenador desse projeto, ter uma posição de oposição ao governo nem de situação. O MDB é muito heterogêneo. Claro que eu tenho muitas críticas ao governo, principalmente a esse setor ambientalista que para o país. Mas o MDB vai procurar um caminho para 2026. Já teve esse caminho em 2022, quando apresentou uma candidatura própria. De fato, é difícil reunir uma maioria dentro do partido para apoiar ou para fazer oposição a um governo”, ponderou.
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta terça-feira (21) para condenar os sete réus do núcleo da desinformação (núcleo 4) pela tentativa de golpe de Estado. Com o voto, a Primeira Turma já tem maioria para condenar os acusados.
Até o momento, o placar está em 3 a 1 pela condenação dos réus. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou para condenar os réus e foi acompanhado por Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. As informações são da CNN.
Luiz Fux abriu divergência no julgamento e votou para considerar o Supremo incompetente para analisar o caso e para absolver todos os réus do grupo.
“Este núcleo com essa disseminação de mentiras, chamada de desinformações, leva a quebra ou à possibilidade de quebra da hegemonia, integridade dos resultados eleitorais apurados e à própria confiabilidade dos agentes públicos responsáveis pela garantia das instituições democráticas”, disse a ministra no voto.
Cármen Lúcia também citou que o grupo usou tecnologias para espalhar as mentiras sobre o sistema eleitoral.
Segundo ela, para a formação da organização criminosa, não precisava os acusados dizerem explicitamente “fraudes eleitorais”, pois a própria especulação e apresentação de documentos levantava dúvidas contra a Justiça Eleitoral.
Réus do núcleo 4:
Ailton Barros – major da reserva acusado de articular a ligação entre militares e civis golpistas e pressionar Mauro Cid a convencer Bolsonaro a dar um golpe de Estado
Ângelo Denicoli – major da reserva acusado de produzir e disseminar documentos falsos sobre as urnas eletrônicas e o sistema de votação
Giancarlo Rodrigues – subtenente acusado de criar uma rede clandestina de espionagem dentro da Abin para monitorar opositores
Guilherme Almeida – tenente-coronel acusado de divulgar mensagens e áudios defendendo fraude eleitoral e a quebra da ordem constitucional
Reginaldo Abreu – coronel acusado de manipular relatórios oficiais do Exército para sustentar a narrativa golpista
Marcelo Bormevet – policial federal acusado de usar ilegalmente recursos da Abin para espionar opositores e ordenar ações violentas
Carlos Cesar Rocha – presidente do IVL (Instituto Voto Legal) e acusado de produzir e divulgar relatório falso sobre falhas nas urnas para justificar contestação do resultado eleitoral
A ministra ainda apontou que “me parecem fartas bem documentadas as evidências sobre a materialidade dos crimes”.
Os réus são acusados por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
No entanto, Moraes, relator do caso, votou para condenar o engenheiro Carlos Rocha, do IVL (Instituto Voto Legal) por dois crimes e absolvê-lo dos outros três. A proposta foi acompanhada por Zanin e Cármen.
Para a ministra, Carlos Rocha tinha ciência dos eventos e integrava a organização criminosa e tentaria a abolição do Estado Democrático de Direito.
As penas de condenações por réu ainda será definida na fase de dosimetria, após a finalização do mérito do julgamento.
Ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (MDB-SP) fez duras críticas à sua ex-colega de Esplanada e atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, Aldo afirmou que ela “atrapalha desde o primeiro governo do presidente Lula (PT)”.
“Quando eu era ministro, o presidente se queixou de licenciamentos para obras em Rondônia. Eu disse que as obras não são licenciadas porque quem mandava no Ministério do Meio Ambiente era um comitê de 50 organizações não governamentais (ONGs). Dois dias depois, o então ministro Paulo Bernardo deu uma declaração dizendo isso, e ela pediu demissão. E agora ela diz que a Amazônia, que tem os piores indicadores sociais, altas taxas de analfabetismo e de doenças raras, é um paraíso. Só que ela não quis ficar no paraíso: ela abandonou a Amazônia atrás do conforto de São Paulo, fazendo o jogo das ONGs, convivendo com as madames da Faria Lima, as ricaças que a ajudam nas eleições, enquanto a população vive sem recurso algum”, atacou Rebelo.
O ex-ministro, inclusive, sugeriu que o presidente Lula “não queria fazer de Marina ministra novamente”. “Ele a mantém por causa dos acordos internacionais que permitiram a ele ganhar a eleição: o Partido Democrata, Macron (presidente da França) e os ambientalistas europeus. O Lula é muito pragmático. Ele diz que, se o preço que tem que pagar para ganhar eleição é engolir sapo, está tudo certo, não tem problema, porque ele sempre fez isso”, cutucou.
Aldo ainda acusou a ministra, juntamente com o Ibama, a Funai e o Ministério dos Povos Indígenas, de quererem “transformar a Amazônia num Jardim Botânico dos ricos”. A queixa foi em função da postura refratária de Marina a conceder autorização para exploração de petróleo e gás na foz do Rio Amazonas. “Não tem nenhum risco. O Brasil está parado, imobilizado, tendo todo esse petróleo e com o risco de redução da produção do pré-sal, que vai entrar em declínio, e o país pode sofrer um processo de insegurança energética. No mundo inteiro se explora petróleo, ouro, gás, potássio, e os recursos da Amazônia estão congelados. O Brasil não pode aceitar isso”, bradou Aldo Rebelo.
“Essas ONGs só protegem os seus próprios interesses. Elas ficam na Europa, em Barcelona, Paris, Londres, no máximo em São Paulo, aqui em Brasília ou no Rio de Janeiro, e a população da Amazônia na pobreza, os índios na miséria. E eles, viajando de primeira classe e fazendo campanha internacional, pagam página inteira nos jornais do Sul do país para não deixar que a riqueza da Amazônia seja usada pela população. Isso não tem cabimento”, concluiu.
Hoje, 21 de outubro, celebramos os 87 anos do ex-deputado, ex-presidente da Câmara dos Deputados, ex-líder do PFL , ex-vice-presidente e ex-presidente da República.
Ao longo de uma trajetória pública marcada pelo trabalho e pela dedicação, Inocêncio deixou sua marca em todas as regiões de Pernambuco.
É difícil encontrar um canto deste Estado que não tenha uma obra ou uma conquista fruto de seu empenho e de sua visão voltada ao desenvolvimento e ao bem-estar do povo, especialmente dos que mais precisam, no interior pernambucano.
Esta homenagem é mais do que justa, é o reconhecimento a uma vida inteira dedicada ao serviço público e ao progresso de Pernambuco.
Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, participa, daqui a pouco, do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília. Filiado ao MDB desde 2024, ele assumiu o protagonismo na reorganização nacional do partido. Recentemente, recebeu a missão de coordenar encontros temáticos e preparar o Congresso Nacional da sigla.
Nos últimos meses, ganhou destaque em episódios polêmicos: em maio de 2025, foi convocado como testemunha de defesa no inquérito que investiga o almirante Almir Garnier. Durante depoimento no STF, o ministro Alexandre de Moraes chegou a ameaçá-lo de prisão por suposto desacato quando ele fez observações sobre “força de expressão” presentes no discurso de Garnier.
Rebelo deve abordar os desafios da reestruturação do MDB, os próximos passos na articulação partidária nacional e sua interpretação sobre os conflitos institucionais recentes, especialmente no Supremo.
O podcast ‘Direto de Brasília’ vai ao ar logo mais, das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, incluindo também cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.