Não foram só as atividades de Jair Bolsonaro que entraram em ponto morto após a derrota no 2º turno. Os sinais de marasmo se refletem nas agendas de alguns dos seus ministros, segundo informações da Coluna do Estadão.
Chefe da Justiça, Anderson Torres registrou só quatro compromissos oficiais neste mês – um deles foi um encontro com a Associação Brasileira de Juristas Conservadores, entidade bolsonarista criada para fazer o que chama de “guerra cultural”. Como comparação, nos mesmos dias de novembro de 2021, ele teve 21 compromissos, inclusive a participação na COP-26, na Escócia.
Outro que desacelerou foi Fábio Faria, das Comunicações, que registrou só dois compromissos desde a derrota de Bolsonaro – no mesmo período de 2021, ele teve 29 agendas.
ATESTADO. Jair Bolsonaro teve problemas de saúde nos últimos dias, o que segundo aliados o afastaram do trabalho. Primeiro uma lesão na perna, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão. Na quinta (17), ele foi internado com dores abdominais.
CONFRATERNIZAÇÃO. Até Paulo Guedes, o requisitado ministro da Economia, reduziu o número de afazeres de 32 (em 2021) para 19 neste ano. No último dia 16, a única tarefa de sua agenda foi um almoço em homenagem aos Emirados Árabes Unidos. Dias antes, fez “uma visita de cortesia” ao ministro da Defesa. A divulgação das agendas é obrigação legal.
FOLGA. O Ministério das Comunicações informou que Faria “vem realizando um balanço de toda a gestão” e justificou que um decreto dispensou o registro de despachos internos da agenda oficial. A Economia mencionou ainda ponto facultativo em 14 de novembro.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pagou R$ 1,53 bilhão em emendas parlamentares na semana passada, que incluiu o feriado de Natal. O valor coloca o período na sétima posição entre as semanas com maior volume de pagamentos em 2025.
Nos últimos anos, as emendas viraram alvo de confronto do Legislativo com o Executivo e o Judiciário. Do Legislativo com o Executivo, porque o Congresso tem buscado englobar fatias cada vez maiores do Orçamento nas emendas. Com o Judiciário, porque o Supremo Tribunal Federal vem suspendendo o pagamento de emendas sob a avaliação de que os gastos são pouco transparentes.
Com isso, o total pago pelo governo em emendas parlamentares neste ano chegou a R$ 30,2 bilhões. O montante é composto por três tipos de emendas: individuais e de bancada, cujo pagamento é obrigatório, e emendas de comissão, que são de execução facultativa.
Ao completar o primeiro ano à frente da Prefeitura de Altinho, o prefeito Marivaldo Pena (PSB) tem a gestão aprovada por 84,7%, segundo pesquisa do Instituto Opinião em parceria com este blog. O levantamento aponta ainda que 10% dos entrevistados desaprovam, enquanto 5,3% não souberam ou preferiram não responder.
Os índices de aprovação se mantêm entre as diferentes regiões do município. Na zona urbana, 84,7% dos entrevistados aprovam, enquanto na zona rural o percentual chega a 84,8%. Estratificando, a administração dele apresenta maior aprovação entre as mulheres, com 87,4%, enquanto entre os homens o índice é de 81,9%.
A avaliação por faixa etária mostra maior aprovação entre os eleitores com 60 anos ou mais, alcançando 86%. Em seguida aparecem os eleitores de 35 a 44 anos (85,9%), de 45 a 59 anos (85,3%), de 25 a 34 anos (83,1%) e de 16 a 24 anos (82%).
O grau de instrução também influencia a percepção sobre a gestão. Entre os eleitores com grau de instrução superior, a aprovação atinge 89,7%. O índice é de 86,8% entre aqueles com ensino médio e de 83% entre os que têm escolaridade até o 9º ano.
No recorte por renda familiar, a aprovação é de 84,5% entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos e de 85,5% entre aqueles com renda superior a esse patamar.
Entre os eleitores que aprovam a administração municipal, o principal motivo apontado é a percepção de que “a cidade está progredindo”, citada por 25,7%. Em seguida, aparecem avaliações relacionadas ao perfil do gestor, como ser considerado “trabalhador” (22,7%) e “bom administrador” (15%).
Também foram mencionados atributos como ser “boa pessoa” (9,7%), “trabalhar melhor do que os prefeitos anteriores” (9,4%) e “ajudar a população” (4,4%). Na avaliação direta da gestão municipal, 38,1% dos entrevistados classificam a administração de Marivaldo Pena como “ótima” e 36,5% como “boa”.
Outros 16,8% consideram a gestão “regular”. Já 3,8% avaliam como “ruim” e 2,5% como “péssima”, enquanto 2,3% não souberam ou preferiram não responder. A pesquisa também aferiu a imagem pessoal do prefeito. Para 85,9% dos entrevistados, Marivaldo Pena tem uma imagem positiva. Já 8,8% consideram a imagem negativa, enquanto 5,3% não souberam ou não responderam, percentual semelhante ao registrado na avaliação geral da administração.
Quando questionados sobre os principais problemas enfrentados pelo município, a saúde pública lidera as preocupações da população, apontada por 28,8% dos entrevistados. Em seguida aparece o desemprego, citado por 25,5%. Segurança pública (9,8%), falta d’água (9,5%) e asfalto, calçamento e estradas (6,3%) completam a lista dos problemas mais mencionados.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 27 últimos, sendo aplicados 400 questionários em áreas urbanas e rurais de Altinho. O levantamento tem intervalo de confiança de 90% e margem de erro de 4,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A relutância da governadora Raquel Lyra (PSD) em se pronunciar sobre temas espinhosos tem se tornado um traço recorrente de sua gestão. Sempre que episódios que geram forte comoção social ocorrem em Pernambuco, impera a lei do silêncio lá pelas bandas do Palácio do Campo das Princesas.
E quando o governo se vê encurralado por conta de alguma omissão, tornando quase obrigatório um posicionamento, o que vem a público são respostas estritamente protocolares. Foi assim, mais uma vez, no caso dos dois turistas mato-grossenses espancados, no fim de semana, na praia de Porto de Galinhas.
Os vídeos da violência já circulavam em portais de notícias desde o início da tarde de domingo passado e desnudavam não só o descontrole na fiscalização do trabalho dos barraqueiros que atuam na orla, mas também a completa ausência de policiamento em um dos destinos turísticos mais conhecidos do país.
As vítimas só não apanharam mais dos ambulantes porque foram amparadas na caçamba de um veículo de guarda-vidas civis que estavam perto do local. Com a falha na segurança, o governo de Raquel ficou descoberto em rede nacional. O episódio, amplamente repercutido ao longo do dia por emissoras de TV do eixo Rio–São Paulo, atingiu não apenas as vítimas, mas a credibilidade do destino Pernambuco.
Ainda assim, a governadora só se pronunciou na manhã de ontem, quase 24 horas depois, e apenas porque foi provocada em uma entrevista de rádio. Em lugar de uma fala firme, veio um compêndio de obviedades. A avaliação de que o caso se tratou de um crime foi uma delas. As imagens já deixam isso nítido. Outra fala protocolar foi a de que seria criado um grupo de trabalho, com a participação do Governo do Estado e do município, para estudar medidas que evitem casos semelhantes na orla.
No meio político, todo mundo sabe que grupos de trabalho são a resposta típica a ser dada quando os governantes não têm nada contundente a dizer à sociedade para resolver um problema. Quando um governo reluta demais, perde a oportunidade de exercer autoridade política e de transmitir confiança à sociedade.
E, sem respaldo institucional, as próprias equipes — nesse caso, as da segurança — também passam a hesitar. Já o silêncio, ao contrário, abre espaço para especulações. Um desgaste que, no episódio dos turistas espancados, não é restrito ao governo, mas a uma das principais atividades econômicas do Estado. Sofre o trade turístico, sofre o comércio, sofrem todos.
Diferentemente das picuinhas que Raquel costuma nutrir na relação com a Assembleia Legislativa, que se esgotam em si mesmas, os efeitos da dureza da comunicação dela deveriam preocupá-la mais quando afetam em cheio a economia do Estado. Governar também é enfrentar temas incômodos, assumir riscos e falar quando o momento exige firmeza.
Foi tudo o que não aconteceu nesse caso recente, que fechou melancolicamente o terceiro ano de seu governo. Agora, é torcer para que, em seu último ano, essa postura até agora incorrigível dê lugar a uma forma mais empática de lidar com as crises. É bem provável que o turismo e os turistas sejam os primeiros a agradecer.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO – Em artigo, ontem, neste blog, o advogado criminalista Cláudio Soares classificou como uma grave tentativa de homicídio a agressão praticada por um grupo de barraqueiros a dois turistas, domingo passado, em Porto de Galinhas. O caso se configura numa clara tentativa de homicídio. Até o momento, não há respostas satisfatórias sobre punições, investigações ou ações preventivas”, afirmou. Segundo escreveu, relatos recorrentes de turistas apontam um cenário alarmante em Porto, com barraqueiros cobrando valores abusivos — que chegam a até R$ 150 — simplesmente para que pessoas possam se sentar em áreas que são públicas.
Retrato vergonhoso – “Porto de Galinhas não pode ser território sem lei. O Estado e o município têm a obrigação constitucional de garantir segurança, ordem e respeito aos direitos básicos. Enquanto as autoridades fecham os olhos, a praia, que é pública, segue sendo privatizada à força. O que acontece hoje em Porto de Galinhas não é apenas um problema turístico. É um retrato vergonhoso da omissão do Estado diante da violência e da ilegalidade. E cada dia sem ação concreta é mais um golpe na credibilidade de Pernambuco”, acrescentou o advogado. Seu texto teve uma ampla repercussão nas redes sociais.
Barraqueiro punido – Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana (Republicanos), relatou que passou a manhã reunido para tratar do lamentável episódio em Porto de Galinhas. O encontro resultou na punição do responsável pela barraca e agressor, que ficará por 30 dias sem usar a área como comércio. “Também serão punidos todos os que participaram do que consideramos um linchamento”, disse.
Sem repercussão no turismo – Santana anunciou, também, o aumento do efetivo da guarda municipal costeira e a governadora pediu que reforçasse o policiamento ao longo de toda a extensão de Porto de Galinhas. Na sua opinião, a tentativa de linchamento, classificada por ele próprio, não trará impacto capaz de reduzir a presença de turistas no município. “Foi um fato isolado, que poderia ter sido resolvido com diálogo ali mesmo na própria barraca, mas se estendeu pela praia, o que lamentamos muito”, afirmou.
Raquel vê crime grave – Ao falar sobre a tentativa de linchamento em Porto, a governadora Raquel Lyra (PSD) informou que 14 agressores foram identificados e serão punidos na forma da lei. Ela classificou como um “crime grave”. “Porto de Galinhas é um lugar que todo pernambucano tem no coração. É o quarto maior destino turístico do Brasil e o que aconteceu é absolutamente inadmissível”, disse, acrescentando que o Estado é o destino mais procurado no País este ano. “E aconteceu algo que não vamos tratar de incidente, mas de crime grave”, afirmou.
CURTAS
O CULPADO – A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) colocou o Congresso Nacional e o peso dos juros da dívida pública no centro de sua mensagem de Ano Novo ao apontar os principais fatores que, segundo os bispos, comprometem a capacidade do Estado de enfrentar desigualdades e fragilizam a democracia no país. O texto afirma que o pagamento “exorbitante de juros e amortizações da dívida” reduz o espaço para investimentos em áreas essenciais como educação, saúde, moradia e segurança.
NOVO AEROLULA – Após ao menos três episódios de risco em voos oficiais neste mandato, o presidente Lula estuda a compra de um novo avião presidencial. A decisão, no entanto, esbarra no alto custo da aeronave, estimado entre R$ 1,4 bilhão e R$ 2 bilhões, segundo cotações de mercado, e no potencial desgaste político em um ano eleitoral, cenário que leva aliados a desaconselhar a troca. O orçamento deve ser entregue ao petista no início de 2026.
EM QUEDA – O programa “Fantástico”, da TV Globo, registrou uma média de 16 pontos de audiência na Grande São Paulo em 2025. Os dados são da Kantar Ibope e foram divulgados pelo jornalista Gabriel Vaquer. Cada ponto na região equivale a 78.781 domicílios ou 199.633 telespectadores. A média de audiência do “Fantástico” está em queda desde 2023.
Perguntar não ofende: Lula vai enfrentar o desgaste da compra de um novo avião em ano eleitoral?
As críticas à governadora Raquel Lyra (PSD) pela concessão parcial dos serviços da Compesa não param de surgir nas redes sociais. Há vários vídeos nos quais influenciadores lembram as falas da gestora durante a campanha, afirmando que a Companhia Pernambucana de Saneamento permaneceria pública.
Embora o Estado continue sendo o maior acionista da Compesa, a gestão de Raquel Lyra entregou a concessão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário para a iniciativa privada, em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo, no último dia 18. Venceram o Consórcio Pernambuco Saneamento (composto pelas empresas Acciona e BRK) e o Grupo Pátria Investimentos.
A operação recebeu diversos questionamentos porque o modelo de parceria já foi adotado em outros Estados e não deu certo, além de ter encarecido as despesas com água para os usuários. A BRK, por exemplo, enfrenta polêmicas relacionadas à qualidade do atendimento em outros locais, como Maceió. Na capital alagoana, a Câmara Municipal aprovou, em novembro deste ano, um pedido para que a prefeitura encerre o contrato com a BRK devido às críticas da população.
O governo estadual e a diretoria da Compesa têm reafirmado publicamente que a empresa em si não foi nem será privatizada, mas sim a operação e a gestão de parte dos serviços por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Mas parte da população não está convencida.
O influenciador Josuel do Espirito Santo é um dos que lembraram a fala da governadora em campanha, quando afirmou: “um dos grandes desafios é com saneamento básico, nós vamos manter a Compesa pública”.
O publicitário Rodolfo Albuquerque, sócio-fundador da Girassol Comunicação e Estratégia e consultor em marketing político, participou, no início do mês, de um debate durante o COMPOL Pernambuco (Congresso Brasileiro de Comunicação Política e Institucional), realizado no Recife.
Na ocasião, ele analisou os desafios da comunicação política na disputa por atenção nas redes sociais e destacou o modelo adotado pelo prefeito do Recife, João Campos, como referência de estratégia alinhada à trajetória e ao perfil do gestor. Confira!
O novo líder da oposição na Câmara, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), anunciou nesta segunda-feira (29) que o grupo deve apresentar em fevereiro, após o retorno dos trabalhos no Legislativo, um novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Até a data, o grupo busca o “maior número da história” de assinaturas dos parlamentares.
“A nossa meta como liderança da oposição é ultrapassar o maior número já existente na história da República Federal do Brasil, que é mais de 150 deputados federais e mais de 40 senadores da República”, disse em entrevista a jornalistas na Câmara. O deputado foi designado líder da oposição na última semana antes do recesso parlamentar. As informações são da CNN.
O novo pedido mira o suposto envolvimento e atuação de Moraes em prol do Banco Master, com base em reportagem do jornal O Globo sobre contatos entre o ministro e Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. O ministro nega ter tratado sobre o assunto nas reuniões com o chefe da autoridade monetária.
Segundo Cabo Gilberto, o pedido já reúne 114 assinaturas e a ideia é chegar a mais de 200. A intenção é dar “robustez política” para a iniciativa. Para ser oficialmente protocolado, não é necessário um número mínimo de assinaturas.
No documento, os parlamentares mencionam o contrato milionário entre o escritório de advocacia da esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, e o Banco Master.
De acordo com os parlamentares, a conduta atribuída a Moraes é “incompatível com a dignidade, a honra e o decoro exigidos do cargo” e indica “possível interferência indevida” e “conflito de interesses”. O pedido também sugere o “favorecimento indireto de interesses econômicos vinculados ao seu núcleo familiar”.
Em prol da apresentação do novo pedido, Cabo Gilberto convocou parlamentares para irem a Brasília e defendeu a suspensão “momentaneamente” do recesso parlamentar, iniciado em 23 de dezembro.
Em outra frente, os congressistas também se mobilizam em prol de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre o Banco Master. Para o requerimento ser apresentado, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores.
De acordo com o líder da oposição, faltam as assinaturas de um deputado e de sete senadores. “A CPMI é uma outra estratégia. Atingiu as 171 assinaturas dos deputados e 27 senadores, dá prosseguimento [à apresentação do pedido]]. O processo de impeachment é uma questão política, então quanto mais assinaturas, melhor”, disse Cabo Gilberto.
Na declaração à imprensa, parlamentares também cobraram os presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que avancem com os pedidos da oposição relacionados ao STF, tanto de processos de afastamento de ministros, quanto de comissões de inquérito.
Pedidos de impeachment Na semana passada, senadores da oposição também apresentaram um novo pedido de impeachment contra o ministro com justificativa semelhante relacionada ao caso do Banco Master. Moraes acumula mais de 40 pedidos de impeachment no Senado.
Cabe ao Senado Federal processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade. O pedido de impeachment pode ser apresentado por qualquer cidadão, seja parlamentar ou não. Para um pedido avançar, cabe ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), dar encaminhamento à denúncia.
No início de dezembro, uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), questionou e suspendeu a possibilidade de qualquer pessoa apresentar pedidos de afastamento dos integrantes da Corte.
Ele determinou, de forma liminar, que cabia apenas à PGR (Procuradoria-Geral da República) a competência de apresentar pedidos do tipo. A decisão teve repercussão negativa entre parlamentares e tensionou as relações do Congresso com o STF.
Em 10 de dezembro, após o Senado pedir a suspensão da liminar, Gilmar Mendes recuou e retomou a possibilidade de qualquer cidadão poder solicitar o impeachment de ministros do STF.
Gilmar Mendes manteve, no entanto, mudança que aumentou para dois terços (54 votos) o número mínimo necessário para a aprovação do impeachment. Também manteve trecho que impede que o mérito de decisões judiciais seja utilizado como motivo para abertura de um processo de afastamento.
Para o próximo ano, senadores miram se debruçar sobre o projeto que atualiza a Lei do Impeachment. A proposta chegou a ser pautada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) após a decisão de Gilmar, mas os congressistas acordaram ser necessário aprofundar o debate.
A água do Rio São Francisco chegou pela primeira vez ao município de Bezerros na madrugada deste domingo (28), por meio da Adutora do Agreste, no trecho do Lote 5B. A etapa marca a conclusão das obras e o avanço dos testes do sistema que transporta a água a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA) Salgado, em Caruaru, até a ETA Bezerros. Nesta fase inicial, a vazão atingiu 100 litros por segundo, com previsão de alcançar 200 L/s, volume suficiente para garantir o abastecimento regular da população estimada em cerca de 70 mil habitantes.
“Estamos celebrando esse momento histórico. Com a Adutora do Agreste levando água da Transposição do São Francisco para Bezerros, a falta de água ficará no passado, mesmo em tempos de estiagem. O sistema dará segurança hídrica ao município, cumprindo o objetivo dessa obra que é tão importante para a região”, afirmou o presidente da Compesa, Douglas Nóbrega.
O Lote 5B da Adutora do Agreste estava em fase de testes há cerca de 45 dias, período dedicado ao enchimento da tubulação. A chegada da água do São Francisco representa uma alternativa ao sistema Brejão/Araçá, utilizado de forma exclusiva após a redução do volume da Barragem de Jucazinho, que opera com 0,88% da capacidade total. Mesmo com a liberação da água, os testes seguem para ajustes técnicos, correção de vazamentos e estabilização do sistema. O investimento no trecho é de R$ 92 milhões, com 26.904 metros de tubulação assentados, e a previsão é de que a ligação entre Bezerros e Gravatá seja concluída no primeiro trimestre do próximo ano.
A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), apresentou nesta segunda-feira (29) um balanço das principais ações realizadas ao longo de 2025. Entre os destaques estão obras de contenção de encostas, pavimentação de ruas, convocação de novos servidores, requalificação de praças e investimentos em segurança pública. No Sítio Histórico, foram instaladas 48 câmeras de videomonitoramento com funcionamento 24 horas, além da entrega de nove viaturas e quatro drones, reforçando a atuação da Guarda Municipal.
Na área da educação, a gestão convocou cerca de 650 professores e contratou aproximadamente 600 auxiliares para as unidades de ensino. O município alcançou 62,29% de alunos alfabetizados no 2º ano, superando as médias estadual e nacional, e registrou 100% de participação das turmas do 2º, 5º e 9º anos nas avaliações do Saepe. Na saúde, foram incorporadas quatro novas ambulâncias ao serviço de urgência, além da mudança da sede do SAMU, medida que ampliou a capacidade operacional do atendimento emergencial.
“Foi um ano de muitos desafios e várias conquistas. Houve pavimentação de ruas, obras de contenção, ambulâncias e viaturas novas e a convocação de servidores concursados”, disse Mirella Almeida. Segundo a gestora, “o trabalho foi de organização e entrega”, acrescentando que a administração segue com planejamento para 2026, quando estão previstas novas obras de infraestrutura, habitação, requalificação de espaços públicos e intervenções viárias em parceria com o Governo do Estado.
A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro informou nesta segunda-feira (29) que o procedimento cirúrgico foi concluído e que seu estado de saúde está evoluindo de forma satisfatória, conforme previsto. Segundo os profissionais, serão necessárias 48 horas para avaliar possíveis complicações.
De acordo com o médico Cláudio Birolini, ainda está prevista uma endoscopia do ex-presidente para esta terça-feira (30) ou quarta-feira (31). A previsão é de que Bolsonaro permaneça internado até o dia 1º de janeiro. As informações são da CNN.
“A gente precisa de pelo menos 48 horas para avaliação de resultados e complicações. Esse tempo será aguardado independentemente de qualquer coisa. Se não houver novas intercorrências ou novos problemas, que ele fique aqui até quinta-feira (1)”, disse Birolini.
A equipe médica informou que o procedimento realizado tem como objetivo reduzir os soluços, e não eliminá-los completamente.
“Fizemos o bloqueio do lado esquerdo e o complemento do lado direito. Fizemos tanto com eletroestimulação quanto documentação e colonoscopia. O procedimento durou cerca de 1 hora”, explicou o doutor Mateus Saldanha.
No sábado (27), Bolsonaro passou pelo mesmo procedimento, mas com bloqueio anestésico do nervo frênico direito.
Ele está internado desde o último dia 24, quando foi transferido da Superintendência da PF (Polícia Federal) para o Hospital DF Star, onde passou por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral no Dia de Natal.
Segundo o médico Brasil Caiado, o caso do ex-presidente é denominado como “soluços persistentes” ou “intratáveis”, que necessitam de tratamento multifatorial. Os próximos passos envolvem cuidados com a alimentação.
“Quadro extremamente raro, no Brasil nem há dados epidemiológicos. É decorrente de cirurgias abdominais e doenças gastrointestinais. Nós teremos cuidado com alimentação, fracionamos a dieta, a medicação e o bloqueio do nervo”, disse o doutor Brasil.
A equipe informou ainda que Bolsonaro refez um exame de polissonografia na noite de domingo (28), que apontou para um quadro de apneia do sono severa.
“Cerca de 50 interrupções do sono por hora. Possivelmente ele deve ficar nos próximos dias com um equipamento C-PAP/BiPAP para melhorar a qualidade desse sono”, informou a equipe.
A Prefeitura de Ipojuca anunciou, nesta segunda-feira (29), a adoção de medidas emergenciais após um episódio de agressão envolvendo um casal de turistas do Mato Grosso, ocorrido no último fim de semana na praia de Porto de Galinhas. Desde que tomou conhecimento do caso, a gestão municipal informou que passou a acompanhar a situação de forma direta, com o objetivo de garantir a apuração dos fatos e a preservação da ordem pública no principal destino turístico do município.
Entre as providências adotadas estão a suspensão temporária, pelo prazo de uma semana, das atividades da barraca envolvida no episódio, o afastamento preventivo dos garçons e atendentes citados até a conclusão das investigações e o reforço das ações de fiscalização na orla. A Prefeitura também determinou a ampliação do efetivo da Guarda Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente na área, além da intensificação da fiscalização para coibir práticas irregulares, como venda casada, exigência de consumação mínima e atuação irregular de flanelinhas.
Segundo a administração municipal, as medidas integram um conjunto de ações voltadas ao fortalecimento da segurança, à organização do comércio de praia e à melhoria da experiência dos visitantes. A Prefeitura de Ipojuca informou ainda que seguirá atuando de forma integrada com os órgãos de fiscalização e segurança para evitar novos episódios e manter Porto de Galinhas como um destino turístico pautado pelo respeito e pela hospitalidade. Para emergências ou registro de ocorrências, o canal do CIDEM está disponível pelo telefone (81) 99463-2859.
Após as agressões sofridas por um casal de turistas na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, o local vem recebendo inúmeras críticas e uma onda de boicote nas redes sociais. Comentários em páginas grandes, como a do jornalista Léo Dias, que acumula 18,6 milhões de seguidores no Instagram, reúnem relatos de pessoas que dizem ter sido extorquidas por barraqueiros na orla.
Nas postagens a respeito da confusão do último sábado (27), quando dois turistas ficaram feridos e traumatizados após terem sido espancados por barraqueiros, vários seguidores de Léo Dias pedem boicote para Porto de Galinhas, contam que foram coagidos a pagar valores exorbitantes apenas por sentarem nas cadeiras oferecidas de forma insistente pelos barraqueiros e afirmam que não voltarão mais a Porto, tampouco indicam a praia.
Em alguns comentários, pessoas convidam os turistas a conhecerem praias em outros Estados do país, no próprio Nordeste ou fora dele. Um dos relatos é de uma mulher que diz ter sido obrigada a pagar R$ 70 por uma água de coco, apenas porque a cliente sentou em uma cadeira disponibilizada por um barraqueiro quase de forma obrigatória e nela permaneceu por 15 minutos. Ao se recusar a pagar, a mulher disse que foi cercada por sete homens que a obrigaram a passar o cartão.
Nesta segunda-feira, Governo do Estado e prefeitura de Ipojuca tiveram reuniões para tratar do episódio do último sábado, com o casal do Mato Grosso. O prefeito Carlos Santana (RP) chegou a pedir desculpas à população de Ipojuca pelo ocorrido, em entrevista ao titular deste blog (VEJA AQUI).
Na semana anterior ao Natal, o senador Humberto Costa (PT) teve um encontro reservado com a governadora Raquel Lyra (PSD). Entre um cafezinho e outro, a governadora teria convidado ele para ser candidato à reeleição na chapa dela. O estranho disso tudo é que o petista é a única unanimidade colocada por João e o PSB para uma das vagas na chapa do socialista.
Chequei a informação com várias fontes e tudo levar a crer que a governadora está assediando Humberto. A notícia só surpreende para os que não sabem que os principais aliados do senador têm elogiado o governo dela.
Elogiado e votado como base governista na Assembleia. O mais notório governista, raquelzista, para ser mais preciso, é o deputado João Paulo (PT), que, até as paredes do Palácio das Princesas sabem, tem aliados em vários cargos no governo Raquel.