Convidado pelo empresário Eduardo Monteiro, presidente do Grupo EQM, acompanhei, há pouco, a visita do General Maurílio Ribeiro, comandante do Exército no Nordeste, às instalações da Folha de Pernambuco. Saí de lá impressionado com a sua simpatia, simplicidade e capacidade de comunicação. Mais do que isso, com a importância que ele dispensa à liberdade de expressão e ao papel da Imprensa.
Eduardo Monteiro estendeu o tapete vermelho para o General e toda a sua equipe. Deixou-o bem à vontade. Sentiu-se tão em casa, que contou um pouco da sua vida e chegou a se emocionar, ao falar das suas origens no Rio e a opção pela farda num tempo em que os pais se realizavam vendo os filhos se formar em Medicina ou Direito.
Leia maisO General Ribeiro foi promovido ao posto atual em 30 de novembro de 2023. Nascido em 29 de abril de 1964, na cidade do Rio de Janeiro, o novo comandante ingressou no Exército Brasileiro em 26 de fevereiro de 1983, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Artilharia, na Academia Militar das Agulhas Negras, em 06 de dezembro de 1986.
Seu apreço pela Imprensa vem de longe. Contou que os jornais tiveram forte influência na sua formação intelectual e acadêmica. “Meu pai dizia que escrevia bem quem lia jornal. Cresci assim e com isso criei uma relação de extrema dependência com os jornais, responsáveis pelo respeito que adquiri ao longo da vida pelo papel da Imprensa”, destacou o chefe do Comando Militar do Nordeste.
General Ribeiro passou a impressão de ter sido escolhido para a função por ter foco e disciplina, aprendizado de todo dia que exige persistência, segundo ele. “A vida não é sobre ganhar sempre, é sobre não desistir”, costuma repetir, exibindo um sorriso largo. Ao longo da sua formação, sempre inspirado pelo pai, aprendeu que os fracos perdem tempo criticando, mas os fortes avançam, inspiram e deixam um legado.
Ao longo da visita, falou também da sua missão na Região e detalhou o projeto de implantação da Escola de Sargentos, cujas obras começam em 2027. Fez questão de ressaltar o papel preponderante que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, teve para a unidade vir a ser implantada em Pernambuco. “Foi um gigante, havia muitos Estados competindo”, disse.
Sobre o fato de a nova Escola ser implantada no Nordeste, contrariando previsões de que o Sul e Sudeste teriam preferências, destacou a posição geográfica de Pernambuco, o interesse do Governo do Estado e os estudos de viabilidade econômica, além dos aspectos sociais. Ao final da visita, deu entrevista à Rádio Folha e visitou o parque gráfico do jornal, onde acompanhou, ao lado de Eduardo, a impressão de alguns exemplares.
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