Brasil já registrou 10 mortes por acidentes aéreos em 2025

Do Poder360

O Brasil registrou 10 mortes por acidentes aéreos em 2025. Todos os aviões envolvidos em ocorrências fatais no ano eram de pequeno porte e realizavam atividades de transporte privado ou agrícolas. Ao todo, já se somam 21 acidentes nos primeiros 38 dias do ano.

Os dados são do painel do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e foram acessados nessa sexta-feira (7). O site é administrado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

O acidente ocorrido na Barra Funda nessa sexta (7), em São Paulo, que resultou na morte de duas pessoas, ainda não aparece do sistema do Sipaer. O motivo é que o sistema só inclui uma ocorrência depois do Cenipa concluir os primeiros relatórios do acidente. Para o infográfico, o acidente foi incluído na categoria “privada”, como consta nas informações do avião registrado no sistema da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Acidentes com aviões de pequeno porte são os mais comuns no Brasil, especialmente as aeronaves que realizam operações agrícolas como de reconhecimento e pulverização de agrotóxicos. A última fatalidade registrada no painel do Sipaer foi um acidente em voo de reconhecimento agrícola em Cruzília (MG) em 27 de janeiro. No momento do pouso, o avião colidiu com o terreno e três pessoas a bordo morreram.

O último acidente de operação privada no painel do Sipaer ocorreu em 16 de janeiro. Um helicóptero decolou de São Paulo com um tripulante e três passageiros. Durante o voo, a aeronave colidiu contra um grupo de árvores e, posteriormente, contra o solo. Dois passageiros morreram.

Aviões privados lideram acidentes

Desde o ano passado, as aeronaves listadas como de atividade privada pelo Cenipa são as que mais se envolveram em acidentes. Ao todo, 71 dos 195 acidentes registrados tiveram aeronaves privadas envolvidas. Foram 71 ocorrências nos últimos 14 meses, que resultaram na morte de 54 pessoas.

Os aviões agrícolas são a segunda categoria com mais acidentes. Foram 68 no período, mas com uma taxa de fatalidade menor (13 mortes). A aviação comercial é a mais fatal por causa do acidente da Voepass em agosto de 2024 que matou 62 pessoas. Nos últimos 14 meses, foram reportados apenas dois acidentes com aviões comerciais, sendo que apenas o da Voepass registrou vítimas fatais.

Acidente na Barra Funda

Um avião de pequeno porte caiu nessa sexta-feira (7) na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. O impacto deixou dois mortos e seis feridos.

O Corpo de Bombeiros informou que duas pessoas que estavam a bordo do avião morreram carbonizadas. O veículo atingiu um ônibus que passava na via, o que causou ferimento em cinco passageiros. Um motoqueiro que passava no local também se feriu. Todos foram socorridos com ferimentos leves.

O avião era um King Air F90 de matrícula PS-FEM, com capacidade para oito passageiros. Saiu do Aeroporto Campo de Marte por volta das 7h15 e tinha como destino Porto Alegre.

A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que acionou investigadores do Seripa 4 (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), do Cenipa, para investigar o acidente.

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Do jornal O Globo

Deputados governistas criticaram a fala do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), desta sexta-feira, quando disse que os atos de violência contra os prédios dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não foram uma tentativa de golpe, mas atitudes de “vândalos” e “baderneiros”. Petistas consideraram a fala “ruim” e um “verdadeiro absurdo”.

Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, Motta afirmou que 8 de janeiro não teve um líder nem apoio de instituições interessadas para que pudesse chamar de golpe.

— Negar a tentativa de golpe de 8 de janeiro é um verdadeiro absurdo depois de tantas provas obtidas na CPI do Congresso e nas investigações do STF. Enquanto ficarmos passando o pano em golpistas vamos continuar vivendo sob ameaças — disse o deputado Carlos Zaratini (PT-SP).

A base do governo, no entanto, nega que isso vá gerar uma crise entre Motta e apoiadores de Lula. Apesar das críticas, os petistas naturalizaram a fala do presidente da Câmara, já que o parlamentar pertence ao centrão e foi eleito com votos da oposição.

— É o jeito dele, ele foi eleito com os dois lados. Ele vai ficar sempre fazendo uma mediação. Ele está em um processo de construção coletiva. O importante é ele trabalhar pelos projetos do governo — avaliou o deputado Jilmar Tatto (PT-SP).

Os petistas, porém, disseram que será necessária uma atenção redobrada com os passos de Motta para ver se a postura irá se materializar em um apoio ao projeto de lei de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Aliados de Motta, de partidos do Centrão, defenderam que o presidente da Câmara tem direito a opinião, concordam que os atos se trataram apenas de “vandalismo”, mas negaram que isso signifique um avanço para o projeto de lei da anistia. Eles ponderam que a pauta é polêmica e que julgamentos cabem ao judiciário, mesmo que as penas estejam desproporcionais.

Já o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), viu na fala de Motta uma sinalização a favor da proposta que livra os condenados pelo ato contra os três poderes.

— Acho que a declaração dele pavimenta para que possamos pautar em breve o PL da Anistia. O Hugo está demonstrando ser um presidente com convicções com opiniões próprias, eu concordo com tudo o que ele falou sobre o 8 de janeiro, aquilo nunca foi golpe. Assim como impeachment da Dilma também não foi golpe. Para a esquerda tudo é golpe — disse.

Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Do jornal O Globo

Uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 18 trabalhadores indígenas em condições análogas à escravidão em um alojamento em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. A maioria dos trabalhadores eram da reserva indígena Kaingang, de Benjamin Constant do Sul (RS), e haviam sido contratados por uma empresa terceirizada para a colheita da uva na serra gaúcha.

Foram identificados doze homens e seis mulheres, com idades entre 17 e 67 anos, alguns deles não alfabetizados. No alojamento havia ainda um bebê e uma criança de cinco anos, filhos de trabalhadores.

Segundo o MTE, o grupo estava em um galpão de madeira com canchas de bocha pertencente a uma associação, sem piso adequado, paredes seguras ou cobertura em boas condições. No espaço não havia camas, e os trabalhadores dormiam em colchões espalhados pelo chão.

Condições precárias e falsas promessas

De acordo com o ministério, os trabalhadores chegaram ao local no dia 7 de janeiro com a promessa de início imediato na colheita da uva, carteira assinada e pagamento de diárias de R$ 150, além de alimentação e moradia.

Um dos produtores rurais que contratou a empresa terceirizada garantiu que os trabalhadores estavam devidamente registrados, o que parecia coerente para eles por terem feito os exames médicos admissionais. Mas o registro nunca foi efetivado, uma irregularidade descoberta somente após a dispensa, e as diárias só foram pagas em 20 de janeiro.

Segundo a equipe de fiscalização, os trabalhadores foram contratados e levados a Bento Gonçalves antes que tivesse início a safra no local. A ideia era impedir que eles buscassem trabalho na colheita da maçã. Com a promessa de emprego durante toda a safra da uva, eles foram enganados e dispensados após quase um mês à disposição do empregador, tendo trabalhado apenas em algumas diárias.

Os auditores-fiscais também identificaram a venda de itens que deveriam ser fornecidos gratuitamente aos trabalhadores, como papel higiênico, e ainda por preços superiores aos do mercado.

Terceiro resgate em 2025

A empresa prestadora de serviços foi notificada para quitar os valores pendentes e arcar com o retorno dos trabalhadores às suas cidades de origem. No último dia 6, dez trabalhadores voltaram para casa com parte dos pagamentos e as passagens custeadas pelos contratantes, que ainda têm a obrigação de quitar integralmente os créditos trabalhistas de 18 trabalhadores até a próxima semana.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ainda emitirá o seguro-desemprego especial para os trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão, garantindo o recebimento de três parcelas no valor de um salário-mínimo cada.

Este foi o terceiro resgate realizado durante a safra da uva em 2025. No dia 28 de janeiro, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, quatro trabalhadores argentinos foram resgatados em São Marcos (RS). Poucos dias depois, em 2 de fevereiro, outros nove argentinos foram encontrados em condições análogas à escravidão em Flores da Cunha (RS).

Conheça Petrolina

A partir da próxima segunda-feira, mais uma emissora no Sertão do Pajeú se integra à Rede Nordeste de Rádio na transmissão do Frente a Frente: a Rádio Cultura 94,7 FM, de São José do Egito, integrante do grupo empresarial do ex-deputado José Marcos Lima, ex-presidente da Assembleia Legislativa. Com isso, a Rede Nordeste de Rádio chega a 44 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia. É a maior rede de emissoras de rádio do Nordeste e uma das maiores do País.

Ipojuca No Grau
Caruaru - Prefeitura na porta

Do Blog da Folha

Em nota destinada à imprensa, o Governo de Pernambuco informou que republicou, no Diário Oficial deste sábado (8) o edital das obras do Arco Metropolitano, cuja primeira versão havia sido lançada no fim de 2024. O motivo para a reedição foi a necessidade de ajustes no documentos apontados pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).

O órgão fiscalizador pediu vistas para analisar os termos de referência do edital, apresentando recomendações. Após avaliarem como pertinentes esses apontamentos, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER-PE) e a Secretaria de Administração do Estado (SAD) ajustaram os documentos referentes às obras do lote 2. Esse trecho fica entre a BR-408 e a BR- 101 Sul, com extensão de 25,32 km, e valor estimado de R$ 743.625 mil.

O Governo de Pernambuco afirmou em nota que a medida “assegura que o andamento do projeto ocorra com total segurança jurídica e alinhamento às melhores práticas administrativas”. Além disso, a gestão estadual reforçou o compromisso com a execução das obras do Arco Metropolitano, uma obra planejada há mais de 20 anos, que promete desafogar o trânsito na Região Metropolitana do Recife

Camaragibe Cidade do Trabalho

Da CNN

O governo federal vai intensificar, nas próximas semanas, a campanha de combate à dengue em todo o país, para tentar frear o aumento do número de casos da doença.

A divulgação será feita em diferentes meios de comunicação, com reforço nas redes sociais, na TV e no rádio. Também estão sendo elaboradas campanhas específicas para as regiões mais críticas.

Segundo integrantes do Ministério da Saúde, esta é uma das estratégias da Pasta para tentar melhorar a divulgação das ações de combate à doença. O objetivo é conscientizar a população sobre a eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

As peças publicitárias também servirão para incentivar a população na busca por atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas, além de fazer um alerta sobre os riscos da automedicação e promover campanhas de vacinação.

No ano passado, o governo investiu R$ 1,5 bilhão na divulgação da campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, que incentivava ações simples para remover focos do mosquito. Ainda assim, o país registrou um aumento de 400% no número de mortes pela doença em 2024, em relação a 2023. No ano passado, 6.041 pessoas morreram em decorrência da dengue em todo o Brasil. Em 2023, foram 1.179 óbitos, segundo dados do Ministério.

A nova campanha é mais uma tentativa do governo de melhorar a comunicação na saúde e colher resultados. Desde o começo do ano passado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem sido cobrada publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ações efetivas de combate à doença.

O governo federal também vai buscar o apoio de secretarias estaduais e municipais de saúde, universidades, conselhos regionais de medicina, entre outras instituições para ampliar a divulgação das campanhas.

Ação nas escolas

Outra estratégia é unir as ações do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação para levar campanhas de prevenção às escolas em todo o Brasil. Profissionais da saúde vão visitar instituições de ensino para orientar professores e alunos sobre a eliminação de focos do mosquito e a importância de prevenir a doença.

A iniciativa será contínua ao longo dos próximos meses. Além disso, o Ministério da Saúde tem organizado uma caravana técnica, com o intuito de fortalecer as ações de controle. Até o momento, os profissionais visitaram 22 municípios de 12 estados.

Segundo a pasta, a iniciativa, conduzida pela equipe do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue), visa reforçar a vigilância epidemiológica, aprimorar a assistência à população e reorganizar os serviços de saúde.

Bagé (RS), Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Campinas (SP), Cruzeiro do Sul (AC), Feijó (AC), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Joinville (SC), Macapá (AP), Manaus (AM), Pelotas (RS), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Ribeirão Preto (SP), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande (RS), Salvador (BA), São José do Rio Preto (SP), Tarauacá (AC) e Vitória (ES) foram os municípios contemplados pela ação até o momento.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Da CNN

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (7) uma venda de armamento no valor de US$ 7 bilhões para Israel, contornando um processo de revisão do Congresso, de acordo com o deputado Gregory Meeks, o principal integrante do Partido Democrata no Comitê de Relações Exteriores da Câmara.

O anúncio, que inclui milhares de mísseis e bombas Hellfire, ocorre dias após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontrar com o presidente Donald Trump e outros funcionários importantes do governo em Washington, D.C..

Netanyahu foi o primeiro líder estrangeiro a se encontrar com Trump na Casa Branca em seu segundo mandato.

Durante o processo padrão de revisão do Congresso, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara e o Comitê de Relações Exteriores do Senado são notificados da venda de armas e têm tempo para levantar questionamentos.

Entretanto, mesmo com perguntas pendentes de Meeks, o governo prosseguiu com a venda.

“Este movimento é mais uma rejeição de Donald Trump à prerrogativa legítima de supervisão do Congresso”, avaliou o congressista em uma declaração na sexta-feira.

“Além disso, [o secretário de Estado Marco] Rubio não forneceu justificativa ou documentação adequada para contornar o processo de revisão do Comitê do Congresso”, adicionou.

Um assessor do Congresso afirmou que a mudança do governo Trump os deixou “chocados, mas não surpresos” que a Casa Branca não respeita o papel do Congresso.

Primeira venda para Israel sob o governo Trump

O negócio multibilionário é a primeira venda de armas para Israel sob o governo Trump, mas Israel recebeu bilhões dos EUA em ações semelhantes sob o governo de Joe Biden.

A administração democrata havia aprovado, por exemplo, uma venda de armas no valor de US$ 20 bilhões para Israel, que incluiu mais de 50 caças F-15.

Na terça-feira (4), Trump alegou que encerrou um “embargo de armas” a Israel pelo governo Biden.

Porém, o ex-presidente Joe Biden reteve o envio de bombas de 900 kg no ano passado devido a preocupações de que o uso dos artefatos pelos militares israelenses em Gaza colocasse em risco civis palestinos.

E mesmo após essa suspensão, a Casa Branca estava trabalhando em outra venda de US$ 1 bilhão para Israel.

Da CNN*

O Hamas libertou mais três reféns israelenses neste sábado (8), como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel. Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy foram escoltados por homens armados mascarados em um palco antes de serem entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Porém, a aparência abatida dos reféns chocou os israelenses. Os três homens pareciam magros, fracos e pálidos, e em pior condição do que os reféns que haviam sido libertados anteriormente.

Além disso, fizeram discursos em hebraico antes de serem entregues à Cruz Vermelha.

O governo israelense descreveu as cenas como “chocantes” e disse que “não passariam despercebidas”, enquanto o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas de Israel disse que as aparências dos reféns libertados eram “perturbadoras”.

Ohad Ben Ami e Eli Sharabi foram sequestrados do Kibutz Be’eri durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023. Já Or Levy foi feito refém do festival de música Nova, no mesmo dia.

Israel liberta prisioneiros; alguns também aparentam estar debilitados

Em troca da libertação destes homens, Israel soltou 183 prisioneiros palestinos. Desses, 18 estavam cumprindo penas de prisão perpétua, enquanto 54 tinham penas menores e 111 foram detidos em Gaza depois de 7 de outubro, segundo o Hamas. As acusações contra os outros 111 não estão claras.

Algumas dessas pessoas foram levadas da prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, para Ramallah. Um vídeo mostrou alguns detentos fracos e magros, com um homem parecendo tão fraco que precisou ser carregado.

O sistema carcerário de Israel foi criticado por reduzir intencionalmente as porções de comida para prisioneiros palestinos no que foi descrito como o mínimo necessário para a sobrevivência, por ordem do então Ministro da Segurança Nacional Ben Gvir no ano passado.

Em comentários feitos em abril de 2024, Gvir afirmou que os prisioneiros palestinos “deveriam ser mortos com um tiro na cabeça” e pediu que um projeto de lei permitisse que as execuções fossem aprovadas no Parlamento.

“Até lá, daremos a eles o mínimo de comida para sobreviver. Não me importo com isso”, comentou. Em outubro, a Suprema Corte de Israel decidiu que as condições no notório centro de detenção de Sde Teiman devem estar de acordo com a lei.

A CNN entrou em contato com o sistema carcerário de Israel e aguarda retorno.

*com informações da Reuters

Do UOL*

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou na segunda-feira (3) a falência da Editora Três, que publicava as revistas Istoé e Istoé Dinheiro.

O que aconteceu

Editora descumpriu obrigações combinadas no plano de recuperação judicial. O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho justificou a decisão citando que a editora descumpriu as obrigações combinadas no plano de recuperação judicial. A administradora informou à Justiça sobre a ausência de pagamentos de determinados credores, especialmente os trabalhistas.

Juiz não aceitou o encerramento do processo de recuperação. Como a Editora Três não conseguiu apresentar comprovantes de pagamento, nem prestar esclarecimentos quanto ao descumprimento das obrigações, o juiz não aceitou o encerramento do processo de recuperação pedido pela editora e decretou a falência. A empresa terá dez dias para apresentar uma lista de seus credores e o balanço final de sua situação financeira. A dívida inicial ultrapassava R$ 264 milhões, segundo a Folha de São Paulo.

Salários atrasados e greve. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo informou ao Estadão que a companhia não pagava os salários dos profissionais em dia havia muito tempo. A situação que gerou uma greve que já perdurava quase um mês.

Publicação impressa das revistas já havia sido encerrada. A publicação impressa das revistas Istoé e Istoé Dinheiro já havia sido encerrada em 24 de janeiro por causa da recuperação judicial da Editora Três. A primeira circulava desde 1976, a segunda desde 1997.

Site das publicações foi arrematado em um leilão. As duas revistas sobreviveram apenas em meio digital, assim como outras marcas da casa, mas sob a empresa Istoé Publicações Ltda. O site das publicações foi arrematado em um leilão por R$ 15 milhões, em 2022. Seguem no ar Revista Menu, Dinheiro Rural, Motorshow, Istoé Bem-Estar, Istoé Gente, Glow News, Istoé Mulher, Istoé Sua História, Istoé Esportes e Istoé Pet.

Desde sua fundação, em 1972, a Três também chegou a publicar outros títulos já extintos. Entre eles estão as revistas Go Outside, Select, Bicycling, Status, Istoé 2016, Istoé Platinum, Runner’s World, Women’s Health, Hardcore e Planeta.

As capas mais marcantes da Editora Três

Istoé Gente

Em 2006, o país continuava obcecado com a imagem de Sandy, que aos 23 anos ainda respondia perguntas sobre sua vida sexual ou seu comportamento. O assunto foi parar na capa da Istoé Gente.

Istoé

Em 1992, o ex-motorista do presidente Collor, Eriberto França, tornou-se uma improvável e marcante capa da publicação, ao revelar como funcionava o esquema de desvio do dinheiro de campanha pelo tesoureiro PC Farias para despesas pessoais da família Collor. Os escândalos envolvendo PC custariam o cargo ao presidente — e levantariam suspeitas mais tarde a respeito das circunstâncias do assassinato do tesoureiro.

Motorshow

Os anos 1990 foram a era de ouro do automobilismo brasileiro e, naquela época, as revistas do assunto faziam seus testes de carros com muito mais prestígio do que na atualidade: em uma das edições da Motorshow, Nelson Piquet foi quem pilotou uma Mercedes nova.

Istoé Gente

Em uma época em que ainda não era tão comum que estrelas admitissem ter câncer ou mostrassem a careca, a publicação estampou sua capa com Patrícia Pillar, então esposa de Ciro Gomes, que era candidato à presidência da República naquele ano. Ela exibia o rosto sem sua famosa cabeleira cacheada e ele conversou com a publicação sobre como o casal enfrentava a doença da atriz.

Istoé

Em 2021, uma capa que trazia o presidente Jair Bolsonaro retratado como Adolf Hitler, como crítica à sua atuação durante a covid-19, rendeu polêmica à Istoé. Por meio de uma notificação extrajudicial, a AGU pediu que a revista publicasse uma nota de autoria do governo, que lista ações do Executivo no combate à pandemia — e até sugeriu uma nova capa.

Istoé Dinheiro

Em 2007, a revista lançou uma capa marcante que comemorava a vinda de Steve Jobs, o fundador da Apple, ao Brasil e o lançamento de sua revolucionária tecnologia: o iPhone.

Istoé

Foi a Istoé a primeira revista a entrevistar e a colocar o então metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva na capa. Em conversa com o diretor de redação Mino Carta em 1978, Lula discutiu o sindicalismo, suas possíveis pretensões políticas e pensamentos sobre os partidos MDB, Arena e PTB, e sobretudo os direitos dos trabalhadores no Brasil.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Na sequência das crônicas domingueiras sobre os gênios musicais que fizeram canções consagradas para Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, destaco amanhã Onildo Almeida, autor de centenas de composições, entre elas “A feira de Caruaru”, reproduzida em 13 idiomas.

Aos 97 anos, Onildo esbanja saúde e vitalidade na sua apaixonante Caruaru. Posto amanhã de 7 horas. Não deixe de ler!

Do Poder360

Em 25 dias à frente da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), o ministro Sidônio Palmeira mudou a cara da comunicação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Depois de pedalar para contornar o “Pixgate”, demorar a resolver a alta no preço dos alimentos e começar a segunda metade do mandato com rejeição recorde, o petista deu uma entrevista surpresa no Palácio do Planalto, engatou uma sequência de entrevistas para rádios e passou a adotar uma linguagem mais descontraída nas redes sociais.

Uma das principais mudanças na comunicação do governo é o direcionamento da Secom para que Lula e ministros usem seus discursos para mostrar as diferenças com a oposição e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ideia é realçar as ações do petista para tentar alcançar a percepção dos apoiadores do ex-presidente. É a mesma estratégia usada pelo próprio Sidônio na campanha de 2022, quando o então marqueteiro lançou o vídeo “Dois lados”. À época, agradou petistas e aliados.

O vídeo mostrava cenas relacionadas a morte e a fome contrapostas a gestos de esperança – associando as mazelas a Bolsonaro e a mudança ao petista.

Lula

Outra estratégia adotada por Sidônio foi mobilizar o presidente e seus ministros mais próximos a aumentar o nº de entrevistas para rádios das capitais e do interior dos Estados. Em uma semana, Lula e ministros falaram com:

Lula – rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM, de Minas Gerais, e Metrópole e Sociedade, da Bahia;

Fernando Haddad (Fazenda) – rádio Cidade, de Caruaru (PE);

Renan Filho (Transportes) – rádio Itatiaia, de Minas Gerais.

A estratégia mostra uma junção do gosto pessoal de Lula, que preferiu rádios locais em 2024 – deu 19 entrevistas no total –, e a intenção de aproximá-lo do povo, dada a capilaridade que entrevistas a rádios locais tem.

Duelo de bonés

A ideia de confeccionar bonés com a frase “O Brasil é dos Brasileiros” também teve a mão de Sidônio. Partiu do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que pediu uma frase para o marqueteiro para bordar nos bonés. Eles foram usados durante a eleição da Mesa Diretora no último sábado (1) e provocaram a reação da oposição, que também apareceu com bonés no início das atividades do Legislativo dias depois.

O acessório, inicialmente em azul e agora também em branco, faz contraposição com o vermelho da campanha “Make America Great Again” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). A ideia é polarizar para crescer.

Lula “TikToker”

A presença do presidente nas redes sociais – sobretudo nas mais usadas por jovens, como o TikTok e X (ex-Twitter) – também mudou com a chegada de Sidônio.

Apesar da queda de popularidade do petista, o novo ministro afirmou que Lula tem “uma capacidade incrível” para expor a marca do mandato nas redes, sendo um “motor do conteúdo”. O marqueteiro foi o protagonista de uma reunião do PT sobre comunicação nas redes.

Em 23 de janeiro, Lula postou um vídeo que mostra a entrega de casas do programa Minha Casa, Minha Vida. A gravação usa uma linguagem mais típica das redes, com expressões em “point of view”, ou ponto de vista em português.

O termo é utilizado pelos internautas, principalmente o público jovem, para contar o ponto de vista de alguém sobre algo. No vídeo, mostra a reação das pessoas beneficias pelo programa.

Mas é a oposição quem se sai melhor ao explorar a comunicação nas redes sociais. O exemplo mais recente foi o Pixgate, em que políticos da oposição espalharam que o governo iria taxar pessoas físicas que tivessem uma movimentação superior a R$ 5.000 no Pix.

Um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o assunto atingiu centenas de milhões de visualizações e causou dor de cabeça para o governo, que no fim decidiu revogar a instrução normativa que tratava do aumento da fiscalização das movimentações por Pix.

Do jornal O Globo

A polêmica declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um ainda muito mal explicado plano para retirar todos os palestinos de Gaza e retirar todos os estimados 2,2 milhões de palestinos do enclave virou o assunto mais discutido em Israel nos últimos dias. Ao contrário do que aconteceu ao redor do mundo, incluindo muitos países árabes aliados dos EUA, em Israel a fala de Trump encontrou eco no governo e, também, na sociedade.

Em um país no qual o medo está à flor da pele desde o ataque do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023 e uma grande maioria vive na expectativa da libertação gradual de dezenas de reféns ainda em Gaza, uma pesquisa divulgada pela mídia local indicou que a proposta de Trump conta com o respaldo da maioria dos judeus israelenses.

De acordo com sondagem do Instituto de Política do Povo Judeu, que ouviu 650 israelenses judeus e 200 israelenses árabes, 52% dos judeus entrevistados sobre as declarações do presidente norte-americano afirmaram que se trata de “um plano pragmático que deveríamos tentar seguir”. Entre os árabes, apenas 8% deram a mesma resposta, com 52% classificando a proposta de “imoral” — segundo dados oficiais, dos 10 milhões de habitantes de Israel, 7,7 milhões são judeus, 2,1 milhões são árabes, e o restante é de grupos minoritários.

Além do apoio entre os judeus do país, o plano de Trump foi celebrado por membros da coalizão governista e até mesmo por dirigentes da oposição.

— Gaza em sua forma anterior não tem futuro. Outra solução deve ser encontrada, e é isso que o presidente Trump está tentando fazer — declarou o ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar ao plenário da Knesset, o Parlamento de Israel. — Desde que a migração seja realizada por livre e espontânea vontade de uma pessoa, e desde que haja um país disposto a aceitá-la, não se pode dizer que seja imoral ou desumana.

Mas países citados por Trump ou Israel como possíveis novos lares dos palestinos — como Egito, Jordânia, Irlanda, Espanha e Noruega — já deram enfáticos “não” à proposta, dizendo que o lugar dos palestinos é em Gaza.

Outros membros do Gabinete também elogiaram a ideia, e o ex-ministro da Segurança Interna, Itamar Ben-Gvir, sugeriu que sua sigla, o Poder Judaico, de extrema direita, voltará à coalizão se o premier Benjamin Netanyahu começar a implementar o plano de Trump para Gaza. Ben-Gvir deixou o cargo em 18 de janeiro por se opor ao acordo de cessar-fogo com o Hamas.

Além do apoio à proposta de realocação da população em Gaza — que o secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou de “limpeza étnica” —, há também na sociedade israelense uma queda expressiva do alinhamento à chamada solução de dois Estados, que implica a criação de um Estado palestino independente vivendo lado a lado com Israel. Segundo dados do Instituto de Pesquisa de Segurança Nacional, de Israel, atualmente 65% dos israelenses se opõem à solução de dois Estados, e apenas 35% são a favor. Em 2022, a mesma pesquisa mostrou que 49% eram favoráveis à ideia, e 51% se opunham. Depois do ataque de 7 de outubro de 2023, uma minoria ainda fala em paz em Israel.

— O nível de oposição à solução de dois Estados nunca foi tão baixo — explica João Miragaya, Coordenador do Laboratório de História do Sionismo do Instituto Brasil-Israel (IBI), que vive há mais de 20 anos no país. — No imaginário popular israelense, a proposta de Trump é razoável.

Miragaya acredita que a proposta de Trump “fortalece o governo de Israel” em momentos de sérias dúvidas sobre o futuro do questionado Netanyahu — que é processado por corrupção — e sobre a segunda etapa do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, que deve começar a ser implementada em algumas semanas.

— Trump acalmou a extrema direita israelense — enfatiza o analista.

A sociedade israelense, no entanto, não está mais calma. Em conversas informais, fica claro que o que mais interessa aos israelenses é a libertação de reféns e, embora a revolta com Netanyahu e seu governo por motivos vários seja evidente, muitos ainda apoiam o premier porque têm como objetivo principal a libertação de todos os sequestrados — ou a devolução de seus corpos.

Numa vinícola no norte do país, a menos de um quilômetro da fronteira com o Líbano, Ariel Schneider faz um relato do medo que vive desde o ataque do Hamas, do impacto que a guerra teve em sua vida e de como hoje muitas pessoas estão tão assustadas que chegam ao ponto de apoiar uma proposta como a de Trump.

— [A ideia] foi bem recebida porque é vista por alguns como uma forma de pressionar o Hamas. Muitos se sentiam, até agora, abandonados pelos EUA. Agora sentem que [os americanos] estão do nosso lado — afirma Schneider, que durante mais de um ano conviveu com mísseis passando por cima de sua casa.

Segundo ele, a maioria da população “sabe que [a proposta de Trump] não é correta, mas a vê como uma forma de pressionar para a segunda etapa do acordo”.

Na aldeia drusa de Yanuch-Jatt, também no norte de Israel, o major reformado do Exército Mudi Saad afirma não ser a favor da proposta de Trump, mas arrisca dizer que, “se perguntarem aos palestinos, muitos vão querer sair de Gaza pela situação (de penúria)”. Ele se preocupa com o impacto que o plano de Trump possa ter sobre os reféns.

— Foi um erro Trump ter falado isso, e poderia prejudicar a situação dos reféns — frisa o major.

Na opinião de Ara Lee, um educador de 70 anos, “os que apoiam a proposta de Trump são de direita e entraram na loucura do presidente norte-americano”.

— Pensar que os palestinos vão deixar suas terras é uma loucura, uma completa loucura. Isso não vai acontecer — afirma o educador, que considera também “uma loucura” imaginar que “algum país vai querer receber essas pessoas”.

Ara Lee ainda acredita que a solução de dois Estados é o caminho, mas estudos recentes mostram que ele representa uma minoria em Israel. Em palavras de Miragaya, “o 7 de outubro modificou a corrente majoritária israelense”.

O trauma deixado pelo ataque do Hamas é revivido diariamente e, no dia em que reféns são libertados, as emoções são ainda mais fortes. Neste sábado, espera-se a libertação de outros três: Eliyahu Sharabi, Ehud Ben Ami e Or Levi. Ainda faltam mais de 70, e essa é a maior preocupação dos israelenses, que recebem visitantes estrangeiros no Aeroporto Internacional Ben-Gurion com fotos de reféns ainda mantidos em cativeiro e a mensagem que se vê por todo lugar no país: “Tragam-nos de volta”.