O juiz Júlio Godoy, de Pernambuco, suspendeu a reprovação de um candidato num concurso para médico legista na etapa referente a exercícios físicos. Em sua decisão, ele considerou que o teste físico exigido é incompatível com o cargo de legista. Assim, o candidato poderá seguir nas etapas finais do certame. A decisão poderá servir de parâmetros para outros concursos no país.
Júlio Godoy é magistrado da 5ª Vara da Fazenda Pública do Recife. O candidato, que disputa uma vaga destinada a pessoas com deficiência, havia sido aprovado nas fases objetiva, discursiva e no exame médico, mas foi reprovado no Teste de Aptidão Física (TAF) por não alcançar o desempenho exigido nas provas de natação, abdominal, remador e flexão de braço.
Ao ingressar com ação judicial, o autor argumentou que os exercícios cobrados não guardavam relação com as atribuições técnicas do cargo. Na decisão que acolheu o pedido, o juiz destacou que “a avaliação física deve ser compatível com as exigências práticas da função”.
“Conforme entendimento dos tribunais, a avaliação de capacidade no teste físico deve ser compatível, melhor dizendo, deve haver correlação com o exercício do cargo correspondente. No caso dos autos, o cargo almejado é o de médico legista, onde o seu exercício, fundamentalmente técnico, não exige capacidades físicas rigorosas e determinantes para a função pretendida, de modo que estas não devem ser exigidas no processo seletivo”, afirmou Júlio Godoy.
Na decisão, o magistrado ainda ressaltou que não existe previsão legal para a exigência de testes físicos para o cargo, tornando os critérios adotados pela banca examinadora ainda mais inadequados.
“Na linha dos judiciosos precedentes das Cortes Superiores, o teste físico — para ser exigido do candidato como condição para ingresso no cargo público — precisa estar previsto, não apenas no edital, mas sobretudo na lei que regulamenta a carreira”, acrescentou o magistrado. Na avaliação feita por ele, “tal previsão é inexistente para o cargo de auxiliar de legista, integrante da Polícia Civil/Científica do Estado de Pernambuco”, destacou.
Uma em cada 3 oficinas mecânicas sofre para achar mão de obra
A falta de mão de obra qualificada é hoje o maior desafio das oficinas mecânicas brasileiras, segundo 33% dos profissionais ouvidos em pesquisa nacional conduzida pelo núcleo de inteligência de mercado da Oficina Brasil. Referência em informação estratégica, a empresa monitora o mercado de reposição automotiva. O estudo, que mapeia hábitos, características e tendências do setor, também revela um aftermarket em plena transformação, marcado pela digitalização crescente e pelo surgimento de um novo perfil profissional.
O setor movimenta R$ 60,21 bilhões ao ano apenas em peças técnicas e lubrificantes, com mais de 74,6 mil oficinas ativas e cerca de 300 mil profissionais. Apesar do tamanho do ecossistema, a pesquisa demonstra que a baixa retenção e capacitação técnica impactam diretamente a operação das empresas, especialmente, diante do avanço da eletrificação e de novas tecnologias.
“A profissão do reparador está passando por um momento decisivo. Ao mesmo tempo em que vemos um profissional mais digital, mais qualificado e atento à gestão do negócio, ainda enfrentamos a dificuldade de formar e reter talentos. A qualificação contínua é fundamental para que esse novo perfil acompanhe a velocidade das transformações tecnológicas do setor”, afirma André Simões, diretor-executivo da Oficina Brasil.
Segundo o levantamento, esses desafios se refletem nas principais dores do dia a dia das oficinas, que incluem:
Escassez de mão de obra qualificada – 33%
Atendimento à expectativa do cliente – 8,3%
Tempo de entrega de peças – 7,4%
Atrair novos clientes – 7,1%
Falta de peças – 6%
Preço das peças – 5,4%
Dificuldade em atender à demanda – 5,1%
Qualidade das peças – 4%
Desafios de relacionamento com o cliente – 3,7%
Empreendedor – O perfil atual do reparador brasileiro revela um profissional que, em grande parte, é também um empreendedor: 68% ocupam cargos de proprietário ou chefe de oficina. A idade média é de 42 anos, 74,8% são casados e 58,8% têm um a dois filhos. O nível de escolaridade ainda é limitado, com 72% tendo apenas o ensino médio — e 18% com ensino superior completo. A rotina de trabalho também é intensa.
Em média, cada oficina atende 123 veículos por mês, um crescimento de 52,5% desde 2020, realiza compras de peças na ordem de R$67,6 mil mensais e mantém um tíquete médio de R$550 por serviço. A gestão de compras é feita de forma pragmática: 72,3% dos pedidos são realizados por canais rápidos como WhatsApp e telefone, enquanto apenas 7% ainda utilizam o balcão físico.
Critério de compras – O reparador atual é mais criterioso nas decisões de compra. Qualidade das peças (54%) e confiança na marca (27%) somam 81,5% das preferências, superando preço (4%), garantia (2%) e outros fatores. Há também mudanças na relação com o cliente: 56,8% afirmam não delegar a compra das peças ao dono do carro, preferindo manter o controle para garantir qualidade e prazo. A participação feminina no setor cresceu 230% desde 2019, passando de 5% para 16,5%. Entre os reparadores com até 24 anos, 43% são mulheres.
Na faixa até 29 anos, o índice é de 37%. Além disso, 68% das profissionais já ocupam posições de liderança ou gestão. “Esses números evidenciam que o reparador brasileiro está assumindo um papel cada vez mais estratégico dentro da cadeia. Ele não é apenas quem executa o serviço, mas quem define padrões de qualidade, influencia o consumo e conduz a relação com o cliente. Entender esse protagonismo é fundamental para projetar o futuro do aftermarket”, completa André.
Começa a pré-reserva do Haval H9 e da Poer P30 – A GWM Brasil acaba de iniciar as reservas antecipadas do SUV Haval H9 e da picape Poer P30, novos modelos da marca que chegam ao mercado em setembro. As reservas podem ser realizadas diretamente no site da GWM (gwmmotors.com.br), Mercado Livre, aplicativo My GWM ou nas concessionárias da marca, mediante depósito de R$ 9 mil. O preço oficial da picape será divulgado no dia 10 de setembro; o do SUV, no dia 12. Para os clientes que fizerem a reserva antecipada, a GWM preparou condições especiais de lançamento, incluindo um kit de acessórios exclusivo e a instalação.
No Haval H9, o kit é composto por engate de reboque, rack de teto e caixa organizadora. Na Poer P30, o cliente receberá capota marítima de lona, santo antônio tubular e trava antifurto do estepe. O Haval H9 é um SUV de grande porte com capacidade para sete passageiros e tração 4×4, pensado para famílias que valorizam conforto, segurança e desempenho em qualquer tipo de terreno. A Poer P30 — pronuncia-se “Páuer”, remetendo à palavra “Power”, potência, em inglês — é a primeira picape média da GWM no Brasil. Ambos os modelos são equipados com motor 2.4 turbodiesel e transmissão automática de 9 marchas. Essa configuração foi escolhida com base em pesquisas de opinião com consumidores e avaliação das concessionárias da marca, que atuam em regiões tradicionais de venda de veículos diesel.
Os veículos contam com sistema de tração inteligente com três modos: 4×2, 4×4 High e 4×4 Low, garantindo máxima performance em diferentes tipos de piso e condições de condução. As dimensões reforçam a presença e o conforto dos modelos: o Haval H9 mede 4.95m de comprimento; a Poer P30, 5.4m de comprimento. Os dois modelos se destacam por recursos como faróis Full-LED inteligentes, assentos em couro climatizados, tela central de 14,6 polegadas, câmera 360°, controle remoto via aplicativo, carregador de celular por indução de 50W e sistema de condução semiautônoma de Nível 2+.
Nova BMW R 1300 RT chega já – A marca alemã acaba de confirmar que a nova R 1300 GS Adventure chega ao nosso mercado ainda em 2025. Modelo é equipado com motor de 1.300 cilindradas, que entrega 145 cv de potência a 7.750 rpm e 15,2kgfm de torque, embora sem configuração definida. Mas alguns equipamentos, sim: controle adaptativo e dinâmico do chassi (suspensão eletrônica) e sistema de som e painel com tela TFT de 12,25″, por exemplo. A BMW Motorrad, aliás, faz uma grande ofensiva este ano. São, ao todo, sete lançamentos – como a R 1300 GS Adventure, a S 1000 RR, a C 400 X, a F 900 R e a R 18.
Indústria motos bate recorde – O Polo Industrial de Manaus consolidou-se, mais uma vez, como potência global na fabricação de veículos de duas rodas. No primeiro semestre de 2025, o setor atingiu faturamento recorde de R$ 23,3 bilhões – um crescimento de 30,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Painel da Economia Amazonense. Com capacidade produtiva anual de 1,8 milhão de motocicletas e 500 mil bicicletas, o polo mantém sua posição como o maior polo de produção de duas rodas fora do eixo asiático, abastecendo uma rede nacional com mais de 7,8 mil pontos de venda e concessionárias.
Esse desempenho também se traduz na geração de empregos: até julho, o setor empregava 20,3 mil trabalhadores diretos em Manaus, aumento de 8,56% sobre 2024 (18,7 mil). Em todo o Brasil, a cadeia produtiva sustenta cerca de 150 mil empregos diretos. A produção de bicicletas elétricas desponta como um dos destaques de 2025. Segundo a Abraciclo, a fabricação registrou alta de 122% no ano, com 18,2 milhões de unidades até julho, frente a 9,2 milhões no mesmo período de 2024. Atualmente, Manaus fabrica 45 modelos diferentes de e-bikes, em sintonia com as tendências globais de mobilidade sustentável.
Vêm aí os 208 e 2008 híbridos – A Stellantis confirmou o que todo mundo imaginava: a chegada dos híbridos-flex da Peugeot no Brasil, sucedendo a Fiat (com Pulse e Fastback) e seus T200 Hybrid com sistema de eletrificação híbrido leve. O lançamento será no mês que vem. Ambos deverão contar com o motor 1.0 turbo flex de três cilindros entregando até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, sendo atrelado a um câmbio automático CVT. Mas os dois trarão poucas mudanças: além do sistema híbrido leve, devem vir com novas rodas de 17 polegadas e a dianteira permanece com a grade diamantada com o logotipo da Peugeot renovado e as luzes DRL com formato de presas de leão.
No interior, pequenas alterações no quadro de instrumentos digital, seguindo o i-Cockpit digital em tela 3D de 10 polegadas. Com o chamado Bio-Hybrid, o motor de partida e o alternador são substituídos por motor elétrico acionado por correia que faz as duas funções e ainda auxilia o motor a combustão em acelerações para reduzir a emissão de poluentes e consumo. Os carros dotados dessa tecnologia ainda contam com uma bateria de 12V adicional à convencional, mas de íons de lítio, para alimentar o motor elétrico.
Renault Kardian 2026: preços e versões – O SUV compacto Renault Kardian ganhou algumas (pequenas) novidades. Principalmente no conteúdo de equipamentos. Por exemplo: uma nova opção de cor (a azul) para substituir a laranja de lançamento e uma nova versão topo de linha. Agora, são cinco configurações: a de entrada, a Evolution 1.0 Turbo manual de seis marchas, por R$ 113.690.
As demais, que adotam transmissão automatizada de dupla embreagem também de seis marchas, chegam a (como a nova Iconic) R$ 150 mil. Esta vem com câmera Multiview, alerta de ponto cego, alerta de distância segura, acendimento automático dos faróis altos, sensores de estacionamento frontal, faróis de neblina em LED, sensor crepuscular, modos de condução Normal, Eco e Sport, iluminação dinâmica e personalizável no interior, teto biton, grade frontal em preto brilhante etc. E pode ter opcionais como o Pack Conectividade, por R$ 3.590 a mais — com serviços conectados, revestimento interno na cor marrom e antena tipo tubarão.
Novo A5 chega por R$ 380 mil – A Audi do Brasil anunciou essa semana a chegada do novo Audi A5 à rede de 40 concessionárias da marca. Maior, mais potente e moderna, a terceira geração do modelo oferece muita tecnologia e inaugura no país a inédita plataforma premium a combustão (PPC), que oferece uma dinâmica de condução mais aprimorada. O sedã médio de luxo, que substituiu o A4, pode ser adquirido na versão única 2.0 TFSI Performance S edition quattro por R$ 380 mil. O A5 é equipado com um 2.0 turbo de 272 cavalos e torque máximo de 40,79kgfm.
O motor atua em sincronia com a transmissão S tronic de sete velocidades e a tração quattro. A aceleração de 0 a 100 km/h é realizada em apenas 5,9 segundos, enquanto a velocidade máxima atinge os 210 km/h (limitada eletronicamente). O novo A5 abraça a nova estética minimalista da marca, introduzida com o Audi Q6 e-tron e caracterizada por linhas mais fluídas e orgânicas, vincos suaves e superfícies mais amplas e limpas.
As picapes mais anunciadas do Brasil – A Mobiauto, portal de vendas de veículos usados do Brasil, constatou em sua base de dados que a Volkswagen Saveiro Robust 1.6 flex é a picape mais anunciada do Brasil em 2025, tanto por vendedores particulares quanto por lojistas. O modelo também lidera os anúncios nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
A Fiat Toro Freedom 1.8 flex aparece como a segunda picape mais anunciada do país, liderando nos estados de Alagoas, Amapá, Bahia e Goiás. Terceira picape com mais anúncios, a Chevrolet Montana LS 1.4 flex de segunda geração lidera as ofertas no Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul. A Fiat Strada Hard Working Cabine Simples 1.4 flex é a versão da picape da marca com o maior número de ofertas na plataforma da Mobiauto.
As configurações Endurance Cabine Simples, Endurance Cabine Dupla e Working Cabine Simples, todas com motorização 1.4 flex, também aparecem em números relevantes de anúncios. O levantamento aponta ainda que a picape média mais anunciada do Brasil é a Volkswagen Amarok Highline 2.0 turbodiesel (confira a lista abaixo).
Onix, Dolphin e HB20: os mais cotados – Dados do Índice de Preço do Seguro de Automóvel e Moto, produzidos pela TEx – parte da Serasa Experian, revelam que os veículos compactos continuam dominando a preferência nacional. Entre os dez carros mais cotados no país, segundo o Índice de Preço do Seguro Auto, se destacam o Chevrolet Onix, o BYD Dolphin e o Hyundai HB20. O destaque entre os elétricos é o BYD Dolphin, que lidera com ampla vantagem. Já entre os híbridos, o BYD Song segue na liderança, com forte presença de outras montadoras asiáticas no top 5.
Esse movimento de diversificação indica uma transição gradual de matriz energética, com os veículos elétricos e híbridos ganhando espaço nas cotações, mesmo que os modelos tradicionais ainda dominem o volume total. Entre os diferentes tipos de motorização, os veículos híbridos seguem como os mais econômicos para o consumidor quando se trata do custo do seguro. Em julho, os modelos híbridos registraram o menor índice do IPSA, com 2,8%. Os veículos movidos a gasolina ficaram em segundo lugar, com 4,0%, enquanto os elétricos apresentaram 4,4%. Os veículos elétricos ainda apresentam índice de seguro superior ao dos híbridos, o que reforça a importância da análise de perfil e da tecnologia embarcada na definição de preços do setor.
Procura por seguros sobe 3,69% em julho – A demanda do mercado brasileiro de seguros de automóveis cresceu 3,69% em julho deste ano na comparação com junho. Já em relação a julho de 2024, houve queda de 7,26%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS). Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, avalia que o recuo registrado na comparação anual se trata de um cenário atípico perante o bom momento que as seguradoras estão passando em 2025.
“Em fevereiro, por exemplo, tivemos alta considerável de 27%, um patamar que não era alcançado desde 2023. Desde então, observamos boa procura nos meses seguintes. As únicas exceções foram em março, com um recuo pouco significativo, e agora em julho”, afirma. Por outro lado, o incremento registrado ante junho foi impactado diretamente pelo mercado de veículos novos, um cenário que também reforça as boas perspectivas para as vendas de apólices.
A Fenabrave mostra que, na comparação com o mês anterior, julho registrou alta de quase 14% no número de emplacamentos de veículos novos, considerando automóveis e comerciais leves. Em relação a julho do ano passado, o crescimento foi de 1,14%. Por região do Brasil, as Sul (+4,8%) e Sudeste (+4,5%) lideraram o índice de crescimento em julho, na comparação com junho, após baixas registradas nos meses anteriores. O Nordeste, que historicamente apresenta boa procura, também manteve um considerável patamar de crescimento, de 4%.
Carregador de veículo em casa: como evitar riscos – A Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) mostra que, no primeiro semestre de 2025, foram comercializadas 87 mil unidades de veículos leves eletrificados (híbridos e elétricos puros), num crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, a demanda por carregadores residenciais, como os wall boxes, também aumenta. No entanto, a instalação e o uso incorretos desses equipamentos podem trazer riscos como curtos-circuitos, superaquecimento e choques elétricos. É fato que a infraestrutura de recarga para veículos elétricos no país avança rapidamente.
Dados da ABVE mostram que em fevereiro de 2025, o Brasil contava com 14.827 eletrocentros públicos e semipúblicos, distribuídos em 1.363 municípios — cerca de 24,5% do total de cidades brasileiras. Desses carregadores, 84% são do tipo lento (AC) e 16% são rápidos (DC). O crescimento foi significativo: em apenas três meses (de novembro/2024 a fevereiro/2025), o número total de eletropostos aumentou 22%, com os carregadores rápidos apresentando um salto de 60%. Regionalmente, o Norte lidera o crescimento com 23,7%, seguido pelo Centro-Oeste (13,1%) e Nordeste (10,9%). Apesar dessa expansão, muitos proprietários ainda dependem da recarga doméstica, o que exige cuidados especiais.
Carregador residencial – Carlos Gabriel Bianchin, pesquisador do Lactec e coordenador da Unidade Embrapii Inteligência Embarcada, explica que o primeiro passo é seguir as normas técnicas das concessionárias de energia. “Diversos profissionais e empresas que comercializam os eletropostos também oferecem consultoria e soluções prontas para entregar o equipamento já instalado”, afirma. A instalação deve considerar a capacidade da rede elétrica da residência e incluir disjuntores específicos para evitar sobrecargas. O próprio veículo monitora a recarga, ajudando a prevenir falhas graves.
Como evitar sobrecargas – Bianchin destaca que a infraestrutura elétrica deve ser adequada à potência exigida pelo carregador. “A instalação elétrica deve prever a capacidade de prover a potência correta e também a instalação de itens de proteção, como disjuntores especificados corretamente”, explica. É fundamental seguir as recomendações da montadora do veículo, que geralmente fornece orientações específicas sobre a recarga segura.
Normas técnicas e certificações – No Brasil, as normas para carregadores de veículos elétricos seguem padrões internacionais, como a série da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR IEC 61851, que regulamenta os sistemas de carregamento condutivo. “Aqui no Paraná, a Copel elaborou a norma técnica NTC 902210”, exemplifica Bianchin. Vale ressaltar que, atualmente, não há regulamentação obrigatória do Inmetro para esses equipamentos, o que reforça a necessidade de optar por produtos de fabricantes confiáveis e que atendam às normas da ABNT.
Carregadores – Adaptadores improvisados podem representar perigos, como arcos elétricos e falhas na conexão. “Alguns [adaptadores caseiros] não possuem travas mecânicas, que impedem a retirada sem interrupção do fornecimento de energia. Isto submete o usuário a um possível arco elétrico”, alerta o pesquisador do Lactec. Já os carregadores dedicados, como os wallboxes, são projetados para maior segurança, com sistemas de travamento e compatibilidade com as normas técnicas.
Veículos e baterias – De acordo com Bianchin, as normas da ABNT e internacionais já cobrem as principais recomendações. No entanto, algumas montadoras homologam modelos específicos de eletropostos. “Cada veículo e sua bateria têm uma especificação correta de carga/descarga, e o processo de recarga assegura isso em conjunto com o sistema interno de gerenciamento da bateria (BMS)”, explica.
Recomendações finais – Para uma recarga segura em casa, é essencial: contratar um eletricista qualificado, verificar se a rede elétrica suporta a potência necessária, preferir equipamentos certificados, evitar adaptadores caseiros e seguir as orientações da montadora. Com esses cuidados, os proprietários de veículos elétricos podem aproveitar os benefícios da mobilidade sustentável sem riscos.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Um incêndio ocorre no início da noite deste sábado (23) em um edifício residencial no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife. Um homem ficou ferido e foi encaminhado a hospital.
Localizado na Rua 48, uma das mais movimentadas do bairro, o prédio é o Montreal. O apartamento onde há as chamas fica no oitavo andar.
Segundo o Corpo dos Bombeiros, as chamas fizeram uma vítima, um homem de 61 anos, que foi atendido pelos bombeiros e conduzido ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby. Ele apresentava queimaduras de 1º e 2º graus, além de haver inalado fumaça.
O Corpo dos Bombeiros enviou para o combate às chamas seis viaturas e informou que, por volta das 20h, o fogo foi debelado e não houve registro de mais vítima. A corporação segue fazendo o rescaldo do sinistro no local.
No Pico do Papagaio, em Triunfo, o ponto mais alto do Estado, 1,2 mil metros de altitude, o pôr do sol virou um espetáculo deslumbrante, acompanhado pela Ave Maria. Passou a ser também o ponto turístico mais importante e concorrido pelos turistas. Clique no vídeo e comprove!
O PT (Partido dos Trabalhadores) prepara uma mobilização da esquerda para atos no 7 de setembro, especialmente diante de eventos organizados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ideia dos petistas é de que os atos no Dia da Independência sejam um “momento de expressão, de compreensão e de conscientização” contra o tarifaço americano de Donald Trump, além da atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. As informações são da CNN Brasil.
O partido tem conversado com outras siglas do que chamam de “campo democrático” para essa movimentação nacional. A intenção é que ela ocorra em todos os estados, mas ainda será definido se será apenas nas capitais ou em outras cidades.
Na avaliação do presidente nacional do PT, Edinho Silva, neste sábado (23), é preciso dialogar com a sociedade, para que todos possam “entender o que está em disputa”.
Edinho disse que o Brasil não pode ser penalizado por participar do Brics, por ter criado o Pix nem por defender a regulamentação das empresas de redes sociais. Ele também afirmou que é preciso negociar terras raras de “forma soberana”.
O PT elegeu a nova formação da Comissão Executiva Nacional e aprovou uma nova resolução política do Diretório Nacional, hoje, em Brasília. As declarações de Edinho Silva foram dadas em coletiva após as reuniões internas.
A resolução defende a democracia, a soberania nacional, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais — projeto em análise no Congresso — e a promoção da reforma da renda, entre uma série de outros pontos.
Veja a nova composição da Executiva do PT:
Presidente Nacional: Edinho Silva
Vice-presidente: Jilmar Tatto
Vice-presidente: Joaquim Soriano
Vice-presidente: José Guimarães
Vice-presidente: Rubens Junior
Vice-presidente: Washington Quaquá
Secretário Nacional de Comunicação: Eden Valadares
Secretária de Finanças e Planejamento: Gleide Andrade
Secretaria-Geral: Henrique Fontana
Secretaria Nacional de Relações Internacionais: Humberto Costa
Secretário Nacional de Organização: Laércio Ribeiro
Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Política Setorial: Lucinha
Secretaria Nacional de Mobilização: Luiz Felipe (Hadesh)
Secretaria Nacional de Nucleação: Maria de Jesus (Claudinha)
Secretaria Nacional de Assuntos Institucionais: Romenio Pereira
Secretaria Nacional de Formação: Tassia Rabelo
Secretaria Nacional de Articulação de Políticas Públicas: Vitoria Fortuna
Vogais: Ana Julia, Anne Moura, Camila Moreno, Cristiano Silveira, João Mauricio, Lizandra Dawany, Maristella Matos, Milena Conceição Farias, Misiara Oliveira, Natália de Sena.
De acordo com relatório da PF (Polícia Federal), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) movimentou mais de R$ 4,8 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Nesse período, o empresário Mário Pimenta de Oliveira Filho fez uma transferência no valor de R$ 700 mil para a conta do político.
Apesar do montante, o homem, que tem negócios no ramo automotivo na cidade do Rio de Janeiro, foi alvo de diversos processos trabalhistas na Justiça. A reportagem encontrou pelo menos quatro ações com o mesmo teor. Todas foram arquivadas após conciliação entre as partes. As informações são da CNN Brasil.
Em um dos casos, iniciado em dezembro de 2023 com valor de causa atribuído em R$ 22,6 mil, o empresário fez acordo com o trabalhador e concordou em pagar R$ 10 mil. Ficou acordado que seriam pagas cinco parcelas de R$ 2.000 para ressarcir o empregado por valores como férias e os valores do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Há outro processo judicial semelhante contra as empresas de veículos e oficina automotiva que eram administradas por Mário Pimenta de Oliveira Filho. Nesse caso, que começou em 2024, o homem pagou parcelas de R$ 1.800 para o seu antigo funcionário. Outra ação cita que a empresa teria pagado cerca de R$ 900 “por fora” para um funcionário.
Atualmente, as empresas se encontram como baixadas no sistema da Receita Federal.
A CNN tenta contato com a defesa do empresário Mário Pimenta. A reportagem também entrou em contato com Carlos Bolsonaro e aguarda posicionamento.
Carlos Bolsonaro critica vazamento de dados
O vereador questionou, nas redes sociais, o vazamento de “dados sigilosos o tempo todo”, referindo-se a uma movimentação financeira de R$ 30 milhões entre março de 2023 e fevereiro de 2024 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que consta no relatório da PF encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
“Eu estou movimentando mais dinheiro do que eu jamais poderia imaginar, segundo os tablóides do regime. E outra: como podem possíveis dados sigilosos serem vazados sobre todos os assuntos o tempo todo e acharem isso normal?”, escreveu o filho do ex-presidente no X (antigo Twitter).
Segundo a PF, as movimentações financeiras foram identificadas por meio de comunicações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). “No período de 01/03/2023 a 07/02/2024, foram movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos”, detalha o relatório sobre a situação de Jair Bolsonaro.
De olho no alto escalão do governo cearense, um nome começa a ressurgir em Brasília nas últimas semanas. Ciro Gomes, que atualmente integra o PDT, tem chamado atenção de grandes partidos como o União e Progressistas. Até o PSDB, em busca de nomes com densidade política, já sinalizou interesse e mantém Ciro no radar. As informações são da CNN Brasil.
A ideia principal de Ciro, segundo interlocutores ouvidos pela CNN, é concorrer ao governo do Ceará em 2026, cargo que já ocupou de 1991 a 1994, além de já ter sido ministro da Fazenda (1994-1995) e ter desempenhado outros cargos no governo federal ao longo de sua trajetória política.
De acordo com caciques do União e também do Progressistas, a candidatura de Ciro seria boa para firmar uma aliança de oposição ao governador cearense, Elmano de Freitas (PT), de forma que o ex-governador e ex-ministro poderia ajudar a puxar votos e aumentar as bancadas de ambos os partidos na Câmara dos Deputados.
Na última semana, Ciro circulou por Brasília e chegou a participar de um jantar promovido pelo presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira.
Segundo fontes, no entanto, a mudança de legenda está ainda no campo das ideias, já que não houve nenhuma conversa formalizando o interesse e a possibilidade dessa migração por parte do ex-governador com Carlos Luppi, o presidente do PDT.
Pessoas próximas a ele dizem que Ciro gosta do partido que está e que ainda está “avaliando os possíveis cenários”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o Brasil “não pode ser quintal de ninguém” e precisa ser um parceiro comercial de “todo mundo” ao comentar sobre o tarifaço dos Estados Unidos.
Haddad participou de uma reunião do PT junto com lideranças da sigla e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. As informações são da CNN Brasil.
“Nós não podemos abrir mão da nossa soberania, não podemos abrir mão da independência dos poderes. O presidente Alckmin, quero registrar aqui publicamente, tem conduzido de maneira muito sóbria e muito altiva as tratativas com autoridades dos Estados Unidos. É assim que tem que ser. Sem bravata, mas, ao mesmo tempo, fazendo valer a dignidade da nossa gente”, destacou o ministro da Fazenda.
Também foi ressaltado pelo ministro da Fazenda que jamais se passou pela sua cabeça abrir mão das parcerias econômicas com os EUA. Mas que elas não podem ser feitas normalmente dentro das condições que estão sendo colocadas pelos norte-americanos. Ainda indicou que o Brasil dialoga com o governo de Donald Trump, mantendo uma postura ativa, séria e soberana.
Geraldo Alckmin, por sua vez, criticou novamente a imposição de tarifas: “É, primeiro, injustificado porque se a gente for ver a relação comercial Brasil e Estados Unidos, dos dez produtos que eles mais exportam para o Brasil, oito não pagam imposto”. Além disso, apontou que existem diversos produtos que ficam de fora das medidas aplicadas pelo governo de Trump e, naturalmente, há itens que devem ser realocados para outros mercados no futuro.
“Nós não vamos desistir de baixar essa alíquota e tirar mais produtos”, disse o vice-presidente. Logo em seguida, ele apontou que a meta é expandir e conquistar novos mercados, ressaltando os acordos que o Mercosul vai estabelecer com a União Europeia. Além de expor as ações do governo para proteger a economia brasileira, o ministro também defendeu o Pix ao comentar sobre as investigações comerciais dos EUA.
O evento do Partido dos Trabalhadores reuniu também os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e José Guimarães (PT-CE), além do senador Humberto Costa (PT-PE).
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) desobedeceu as medidas cautelares que lhe foram impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e fez uma live ontem em seu canal no YouTube. No vídeo, o parlamentar nega as acusações de vazamento de documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), diz que não saiu do País ilegalmente e mostra a tornozeleira eletrônica que está usando.
“Senador da República com tornozeleira eletrônica sem nenhum crime”, disse ao levantar o pé e mostrar o dispositivo. “Senadores, isso aqui é um tapa na cara de vocês”, completa o parlamentar. As informações são do Estadão.
Do Val lê, durante o vídeo, os casos em que o uso de tornozeleira eletrônica é permitido. Ele afirma que o dispositivo é previsto, dentre outros crimes, para envolvidos com tráfico de drogas, furto, estupro e agressão a mulheres, o que não seria o seu caso. O senador também defende que nunca foi condenado, por isso, não poderia usar o equipamento.
Em junho de 2023, Do Val foi alvo de uma operação da PF por divulgar documentos sigilosos da Abin. Em investigação, ele foi impedido de deixar o País. Porém, em julho, viajou aos EUA usando o seu passaporte diplomático e driblando o STF. Ao desembarcar no Brasil, em agosto, o senador foi alvo de medidas cautelares da Polícia Federal, entre as quais o uso de tornozeleira eletrônica.
“Eu fui para os Estados Unidos porque sou um cidadão livre e senador da República em exercício. Não cometi crime, não fui denunciado. E aí? Eu sigo a Constituição ou eu sigo Alexandre (de Moraes)?” questiona do Val no vídeo. Do Val também diz que teve seu passaporte recolhido, mas que não havia ordem que o impedisse de sair do País.
O senador ainda afirma que, quando estava no exterior, ele e sua filha tiveram seus CPFs e contas bancárias bloqueadas por Alexandre de Moraes. Após o ocorrido, ele afirmou que entrou em contato com Marco Rubio — secretário de Estado dos EUA — e comunicou as sanções que enfrentava.
“Eu fiz contato direto com o Marco Rubio e disse para ele o que tinha acabado de acontecer (bloqueio do seu Pix). Até então, Alexandre só tinha perdido o visto e não poderia entrar nos Estados Unidos. A equipe do Marco Rubio virou para mim no telefone, revoltados, posso mostrar depois o ódio que ficaram na hora, e falaram: ‘Senador, amanhã ele será penalizado’. No dia seguinte, acordo com ele integrando a Lei Magnitsky”, afirma Do Val. Ele ainda complementa: “Você (Moraes) não sabe com quem você se meteu” e diz que a queda do ministro está se aproximando.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em 13 de agosto, afirmou que a Casa analisava como recorreria ao STF a favor do senador. Uma possibilidade, era o Senado, em contrapartida a uma flexibilização das medidas cautelares contra Do Val, afastar o senador do mandato por seis meses.
Reações adversas possivelmente relacionadas ao uso da vacina Excell 10, contra clostridiose, podem ter resultado na morte de quase 200 animais, o que levou o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a retirar de circulação os lotes 016/2024 e 018/2024 da vacina produzida pelo laboratório Dechra Brasil Produtos Veterinários. Segundo o Mapa, até o momento foram registrado óbitos de 194 ovinos, 4 caprinos e 1 bovino.
A notificação informando sobre a situação foi dada pela Agência de Defesa Agropecuária do estado do Piauí no dia 12 de agosto. O Mapa então analisou o caso e, em 13 de agosto, iniciou a fiscalização, após solicitar à empresa relatórios sobre a vacina.
Na sequência, foi feita uma fiscalização, dia 14 em Londrina, do laboratório fabricante do produto; e, no dia seguinte, foi emitida ordem de apreensão cautelar das frações dos lotes (016/2024 e 018/2024) da vacina EXCELL 10 na distribuidora que comercializou as unidades da vacina.
Foi solicitado também que o fabricante apresentasse o painel de distribuição da vacina em todo país. O laboratório Dechra Brasil, então, comunicou, no dia 15, distribuidores e lojistas para interromperem a venda dos lotes suspeitos.
A apreensão dos lotes na distribuidora localizada em Teresina (PI) foi iniciada no dia 18. Amostras foram coletadas para análise fiscal em laboratório da rede oficial.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, o Mapa já está atuando “de forma coordenada e integrada com os órgãos estaduais de defesa sanitária para confirmar a causa dos óbitos dos animais e adotar todas as medidas necessárias para proteção da produção pecuária”.
“Ações de fiscalização e investigação seguem em andamento, por meio de inspeções no estabelecimento fabricante/proprietário, e realização de testes em amostras dos lotes da vacina e dos animais que vieram a óbito. A estimativa inicial de conclusão do processo de investigação é de 60 dias”, informou o ministério.
De acordo com o Mapa, a clostridiose é uma doença fatal causada por toxinas de bactérias do gênero Clostridium spp. Entre os sintomas associados a ela estão inchaço muscular, manqueira, incoordenação motora e, em casos graves, rigidez muscular, tremores, trismo, opistótono (arqueamento do corpo com cabeça para trás) e convulsões.
O ministério ressalta que a vacinação continua sendo considerada uma estratégia eficaz no combate à clostridiose.
Por meio de nota, a Dechra Brasil Produtos Veterinários disse ter ciência de relatos de reações adversas em caprinos, ovinos e bovinos após a aplicação da Exell 10.
“Estamos investigando a situação junto com o Mapa. Como precaução suspendemos as vendas e recolhemos os lotes 016/24 e 018/24”, informou o laboratório, que abriu dois canais para relatos de reações adversas relacionadas à Excell 10: o 0800 400 7997 ou (43) 991351168.
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne neste sábado (23) para escolha da nova Executiva Nacional. As modificações acontecem após a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) obter a maioria dos votos no Processo de Eleições Diretas (PED) de 2025. Além da presidência, o grupo irá ocupar os cargos mais estratégicos da sigla, como Comunicação e Finanças.
Em julho, Edinho Silva, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e ex-prefeito de Araraquara (SP), conquistou a maioria dos votos para assumir a presidência nacional do PT. Com pensamento mais alinhado ao centro, o novo presidente deve buscar alianças mais distantes da esquerda tradicional de olho nas eleições presidenciais de 2026. As informações são do portal Metrópoles.
Edinho contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chegar ao comando do partido. Agora, a nova Executiva Nacional será escolhida a partir de nomes ligados à CNB.
Entre os nomes já definidos, está o de Gleide Andrade, próxima à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que deixou a presidência da sigla em março para assumir uma cadeira no Palácio do Planalto. Gleide deve permanecer na Secretaria de Finanças.
Já em Comunicações é esperada a saída do deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) e a entrada de Éden Valadares, ex-presidente do PT da Bahia, numa indicação do senador Jaques Wagner (PT-BA). Tatto, por sua vez, deve assumir uma cadeira na vice-presidência do partido. Pela indicação de Jilmar Tatto, Laércio Ribeiro, ex-presidente municipal do PT em São Paulo, deve assumir a Secretaria de Organização.
Saindo um pouco das indicações da CNB, Henrique Fontana, da Resistência Socialista, mais alinhada ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, deverá seguir na Secretaria-Geral.
Agora, o atual presidente do PT, o senador Humberto Costa (PE), deve ir para a Secretaria de Relações Internacionais, no lugar de Romênio Pereira, que ainda está sem cargo definido.
O Metrópoles conversou com petistas que destacam que a chegada de Edinho Silva à presidência do PT deixa o partido cada vez mais próximo do centro, com foco nas eleições gerais de 2026.
A expectativa é de que uma das primeiras mudanças a serem sentidas dentro do PT seja na comunicação. Nos últimos meses, a sigla tem adotado um perfil mais combativo, o que deve mudar. A previsão é de que o PT continue na defesa da soberania brasileira, mas tente se afastar do que chamam de “armadilhas” do bolsonarismo.
A comunicação irá refletir a linha política da nova gestão, com um posicionamento mais moderado e em defesa do governo Lula, considerado o “maior patrimônio” da sigla.
Paula Lima, 28, migrou para Santa Catarina em busca de crescimento profissional em fevereiro de 2022. Deixou para trás o trabalho de cabeleireira e a rotina de vida em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio.
Três anos e meio depois, não se arrepende. Buscou qualificação de nível técnico e diz que já encontrou quatro empregos no Sul. Atua hoje na área administrativa de uma concessionária de veículos. “Aqui tem muita oportunidade”, afirma Paula, que mora com o filho em São José, na Grande Florianópolis.
A cerca de 3.400 km dali, no Recife, Alex Sales dos Santos, 54, atravessa uma situação diferente. Ele diz que procura emprego com carteira assinada há cerca de um ano.
Santa Catarina e Pernambuco ilustram parte dos extremos que persistem no mercado de trabalho do Brasil, apesar da recuperação de indicadores de emprego e renda após a pandemia.
No estado do Sul, a taxa de desemprego caiu a 2,2% no segundo trimestre de 2025. Trata-se do menor patamar do país e da mínima da série histórica de Santa Catarina.
Já em Pernambuco o desemprego foi de 10,4% no intervalo de abril a junho. Mesmo em trajetória de baixa, o indicador local é o maior e o único acima de 10% entre as unidades da federação.
Ao contrário de Santa Catarina, o estado nordestino ainda não conseguiu renovar a mínima de sua série. A menor taxa já registrada por Pernambuco foi de 7,4%, no quarto trimestre de 2013. O maior patamar foi de 21,8%, no segundo trimestre de 2021, na pandemia.
Os dados integram a pesquisa oficial de emprego e desemprego do país, a Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A série histórica começou em 2012.
Na média do Brasil, o desemprego recuou a 5,8% no segundo trimestre de 2025. É a menor taxa da série. Foi a primeira vez que o número nacional ficou abaixo de 6%.
A exemplo de Paula, Alex também morava em Duque de Caxias, no Rio, de onde saiu há mais de dez anos para viver e trabalhar em Pernambuco.
Nas estatísticas oficiais, não chega a ser considerado desempregado, já que recorreu a bicos nos últimos meses, mas o que ele quer mesmo é a garantia de uma vaga formal. “O que aparecer, sendo um trabalho digno, meu irmão, estou pegando. O importante é trazer o pão para casa”, diz ele, que completou o ensino fundamental.
Enquanto isso não vira realidade, Alex conta com o apoio da esposa, que está empregada, e de um projeto social, o Samaritanos, que o auxilia na tentativa de recolocação no mercado.
“O mercado de trabalho no Brasil tem mostrado resiliência, sucessivas quedas no desemprego, e isso vale para os estados, mas em níveis diferentes”, afirma o economista Bruno Imaizumi, da consultoria 4intelligence. “O Brasil é um país superdesigual. Tem discrepâncias regionais que explicam boa parte da situação.”
O contexto de Pernambuco
Pernambuco mostra a maior taxa de desemprego do país, de forma consecutiva, desde o segundo trimestre de 2024.
Apenas outros cinco estados encabeçaram esse ranking ao longo da série iniciada em 2012. Todos são do Norte e Nordeste: Amapá, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas.
“Pernambuco tem características históricas de grandes extensões rurais, de um estado que se forma a partir da escravidão”, diz o economista Edgard Leonardo Lima, professor do Centro Universitário Tiradentes. “Então, há uma parcela da população que já vem à margem. Isso traz reflexos até hoje.”
Segundo Lima, o mercado de trabalho local também sente os impactos de uma economia menos diversificada do que em outras regiões brasileiras. Há, nas palavras dele, cadeias produtivas “mais curtas”.
Por isso, o economista entende que o estado deve seguir em busca de avanços na área de infraestrutura logística. A intenção é facilitar a ligação entre Recife e o restante do estado. “Temos várias cidades do interior que sobrevivem através de auxílios como Bolsa Família, recursos de prefeituras e agricultura familiar.”
O sociólogo Sidartha Soria e Silva, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), chama a atenção para o desempenho do mercado de trabalho no setor da construção.
Ele diz que a atividade havia experimentado um boom devido a obras no porto de Suape, mas, com o fim desse impulso, amargou demissões na última década.
No quarto trimestre de 2013, quando Pernambuco registrou a sua menor taxa de desemprego (7,4%), a construção tinha um total de 353 mil pessoas ocupadas no estado, conforme a Pnad.
No segundo trimestre de 2025, o número era de 267 mil, o que sinaliza uma redução de 86 mil postos (formais ou informais). “Tinha canteiros de obras enormes. Houve uma desmobilização, e esse contingente não foi realocado, não foi absorvido, por outros setores”, diz Silva.
O professor também afirma que aspectos históricos influenciam o contexto local do trabalho. “Em estados como Santa Catarina, a ocupação da terra foi diferente, com fomento ao pequeno negócio. Aqui [em Pernambuco] a história é diferente”, diz.
“Tem a questão da escravidão, de monoculturas de exportação, de concentração de riquezas e pobreza grande”, acrescenta o professor, que defende esforços públicos e privados na geração de empregos e na qualificação da mão de obra.
A Folha pediu posicionamento sobre os dados de desemprego para o governo de Pernambuco na segunda (18) e tentou novo contato na quarta (20), mas não teve retorno.
O contexto de Santa Catarina
Em Santa Catarina, o baixo nível de desocupação pode ser associado à formação de uma economia “extremamente diversificada”, segundo Lauro Mattei, professor de economia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e coordenador do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense).
Ele ressalta a presença de indústrias de diferentes segmentos no estado, além do desenvolvimento de atividades agropecuárias e do setor de serviços, que inclui o turismo em regiões como o litoral.
Na opinião de Mattei, essas características, aliadas a políticas nacionais como o aumento do salário mínimo, têm contribuído para a expansão da economia e da demanda por trabalhadores. “É um conjunto de fatores que ajuda a explicar o boom do emprego. É um boom mesmo.”
Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) condenaram ontem, por maioria, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.
Ainda cabe recurso, o que significa que Zambelli não começará a cumprir pena de forma imediata. O caso foi analisado pelo plenário virtual da Corte, modelo em que não há debate entre os ministros. O placar foi de 9 a 2. As informações são da CNN Brasil.
Apesar de todos os ministros já terem depositado voto, o plenário virtual se encerrou oficialmente às 23h59 de ontem (22). André Mendonça e Nunes Marques foram os únicos a divergir do relator Gilmar Mendes e se colocarem contra a condenação.
Nunes propôs a absolvição de Zambelli, enquanto Mendonça votou para condenar apenas por constrangimento ilegal, mediante a grave ameaça, a oito meses de detenção em regime inicial aberto.
A deputada é acusada de perseguir, de arma em punho, um homem no meio da rua em um bairro da área nobre de São Paulo, em outubro de 2022, durante as eleições. Ele era apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esta é a segunda condenação da deputada no STF. Em maio, os ministros aplicaram dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. O tempo de pena das duas condenações serão somadas.
À CNN, a defesa de Zambelli afirmou que a deputada sofre uma perseguição política e que “nunca houve julgamento tão rápido na casa”.
A deputada está hoje presa na Itália, aguardando processo de extradição para o Brasil. Antes de ter o processo de invasão ao CNJ transitado em julgado, a parlamentar fugiu do país. O nome dela chegou a ser colocado na lista de difusão vermelha da Interpol.