Nesta quinta-feira (5), o Ministério de Portos e Aeroportos, liderado por Silvio Costa Filho, apresentou os Planos Setoriais para Hidrovias, Portos e Aeroportos. A iniciativa, que integra o Planejamento Integrado de Transportes (PIT), busca modernizar a logística nacional com metas estratégicas para ampliar a competitividade do Brasil e reduzir custos operacionais. O lançamento destacou ações para fortalecer o setor até 2035, com foco na integração modal, sustentabilidade e avanços na infraestrutura.
Durante o evento, o ministro ressaltou a relevância das ações para o futuro do país. “Estamos trabalhando não apenas no que está em andamento, mas também na elaboração de um planejamento a longo prazo. Esta cartilha de projetos tem como objetivo apresentar uma agenda de desenvolvimento para o futuro, essencial e estratégica para o Brasil”, afirmou Silvio Costa Filho.
Os planos abrangem projetos como o Túnel Santos-Guarujá, a concessão do Canal do Paranaguá e o programa AmpliAR para modernizar aeroportos regionais. No setor hidroviário, a proposta é expandir as vias navegáveis para 40 mil km, triplicando o volume de cargas transportadas e reduzindo emissões de gases de efeito estufa.
Acidentes de trânsito custam R$ 50 bilhões por ano
Os acidentes de trânsito geram um impacto anual de R$ 50 bilhões na economia brasileira, segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Desse custo, uma parte significativa recai sobre as empresas que operam frotas comerciais e que enfrentam tanto despesas diretas quanto indiretas resultantes desses incidentes. Um estudo do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) revelou que, entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023, foram registrados cerca de 108 mil acidentes envolvendo veículos de carga.
Entre os principais motivos dos acidentes está a imprudência dos condutores. Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) indicam que 90% desses sinistros estão relacionados a práticas inadequadas ao volante. Elas incluem reações tardias, distrações ao dirigir (como uso do celular), desrespeito à sinalização, falhas ao acessar vias e excesso de velocidade; de acordo com o Boletim de Acidente de Trânsito da Polícia Rodoviária Federal de 2024. A implementação de medidas como a Lei do Motorista (Lei 13.103) e o exame toxicológico ajudaram a amenizar o problema, mas ainda há muito a ser feito.
Como aliada, a tecnologia tem sido amplamente difundida, consolidando-se como uma ferramenta eficaz na mitigação de riscos e na prevenção de prejuízos decorrentes de acidentes. “Com os avanços tecnológicos, as empresas agora dispõem de ferramentas que não apenas identificam, mas também previnem comportamentos de risco”, diz Victor Cavalcanti, CEO da Infleet, desenvolvedora de tecnologias para gestão de frota que colaboram na promoção da segurança nas estradas. Entre elas está a câmera veicular, que combina câmeras inteligentes conectadas a sistemas de análise avançada, que identificam comportamentos de risco, como embriaguez, sonolência e uso do celular.
Segundo Victor Cavalcanti, a tecnologia emite alertas em tempo real, permitindo que os condutores ajustem seu comportamento imediatamente. “Ao detectar uma conduta arriscada, a tecnologia emite alertas instantâneos como ‘não use o celular’, ajudando motoristas a evitar infrações e melhorando seu comportamento ao volante. A câmera veicular já auxiliou na redução dos custos de infrações em 40%, na diminuição das distrações na direção em 80%, de modo que os sinistros de trânsito foram reduzidos em 60% nas frotas dos nossos clientes”, explica.
Outra tecnologia oferecida por empresas semelhantes é a telemetria, que possibilita o monitoramento em tempo real de veículos. Essa ferramenta coleta dados importantes, como velocidade, aceleração, frenagens bruscas, rotas utilizadas e comportamento dos motoristas. Esses dados permitem uma análise detalhada, gerando relatórios que ajudam as empresas a revisar e aprimorar suas políticas de segurança e programas de treinamento. Assim, as empresas podem agir preventivamente, reduzindo a probabilidade de acidentes e garantindo a proteção de motoristas e cargas.
Para o CEO da Infleet, ao colocar a tecnologia no centro das operações, as empresas não apenas mitigam os danos causados por acidentes, mas também criam um ambiente de maior controle e previsibilidade, transformando desafios em vantagens competitivas.
Fastback: qual versão desvaloriza mais? – Lançado há pouco mais de dois anos, o Fiat Fastback deve terminar 2024 como o SUV mais vendido da marca italiana no mercado brasileiro. O modelo teve pouco mais de 43,7 mil emplacamentos registrados entre janeiro e novembro – 8,6 mil a mais que o Fiat Pulse, o SUV compacto com o qual compartilha a plataforma, motorizações e demais componentes mecânicos. Segundo o levantamento da Mobiauto, marketplace de veículos usados do Brasil, considerando apenas as versões comercializadas desde o seu lançamento, o Fiat Fastback apresentou uma depreciação de preços de até -12,24% entre novembro de 2023 e novembro de 2024. Isso, claro, dependendo da configuração: a versão esportiva Abarth T270 e a híbrida Impetus T200 Hybrid foram lançadas em 2023 e 2024, respectivamente.
A menor desvalorização do Fastback foi verificada na versão de entrada T200 1.0 turboflex (-1,39%), cujo preço médio de R$ 120.075,58, avaliado em novembro de 2023, caiu para R$ 118.407,90 após um ano. A variante Limited Edition Powered By Abarth, equipada com a motorização T270 (1.3 turboflex), sofreu depreciação média de -6,61% no período; a Impetus T200, por sua vez, perdeu 11,5% do seu valor médio no último ano. Por fim, a versão Audace T200, que custava R$ 141.671,27 em novembro do ano passado, passou a valer R$ 124.328,84 um ano depois (depreciação de -12,24%).
Stellantis amplia liderança – O conglomerado dono da Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e outras marcas vendeu, no acumulado deste ano, na América Latina, 838 mil unidades, com 23,1% de market share – com registro de aumento de mais de 33 mil veículos em comparação com 2023. No Brasil, a Stellantis registra 29,6% de participação de mercado, com 665 mil emplacamentos – um aumento de 43 mil unidades vendidas em relação ao mesmo período do ano anterior. Somente a Fiat tem três de seus modelos entre os 10 carros mais vendidos no acumulado do ano: Strada (128.454), Argo (84.087) e Mobi (61.838). A Jeep, por sua vez, garante Compass e Renegade na lista dos Top 10 SUVs mais vendidos no mês e no ano. A Ram emplacou 27.214 unidades até novembro, um crescimento de 96,8% com relação ao mesmo período em 2023.
Mitsubishi Triton – A sexta geração da picape Mitsubishi Triton já está disponível para pré-venda nas 129 lojas da marca japonesa no Brasil. As primeiras unidades, porém, só devem chegar às lojas a partir do próximo mês de janeiro. Completamente novo, o veículo chega em seis versões diferentes — algumas delas com preço de lançamento mais baixo em relação à geração anterior — e oferece ainda mais robustez, estabilidade, segurança e conforto. Confira os preços:
GL manual ( venda direta) – R$ 249.990
GL automática (venda direta) – R$ 259.990
GLS – R$ 265.990
HPE – R$ 284.990
HPE-S – R$ 314.990
Katana – R$ 329.990
Produzida na fábrica da HPE Automotores em Catalão (GO), a picape é a única de tecnologia japonesa fabricada em solo nacional, no centro de uma importante região do agronegócio brasileiro. Pela primeira vez na história da Mitsubishi Motors no Brasil, o veículo chega com duas versões topo de linha. A Katana tem uma proposta mais jovem e esportiva, graças ao acabamento escuro abundante em diversos itens. Já seu “par”, a versão HPE-S oferece aos clientes os mesmos equipamentos, mas com uma aparência clássica e conservadora, graças aos itens com acabamento em cinza e cromado.
Kardian, o mais vendido da Renault – O modelo conseguiu, em novembro, o melhor resultado mensal de em sua curta trajetória de vendas, iniciada em março. O SUV compacto, oferecido em três versões de acabamento e motor 1, turbo de 125 cavalos e câmbios manual e automático, garantiu 4,3 mil licenciamentos. Com isso, foi o nono SUV mais vendido no mercado interno. De março até novembro, 20,5 mil Kardian foram emplacados.
Porsche Macan elétrico – A segunda geração do Porsche Macan está chegando ao Brasil com quatro versões 100% elétricas e autonomias prometidas de até 443 km. As quatro versões a combustão continuarão no mercado. Os elétricos custam R$ 560.000 (Electric), R$ 580.000 (Macan 4), R$ 630.000 (Macan 4S) e R$ 770.000 (Macan Turbo). A versão 4 Electric vem com tração integral entregando 387 cv de potência – ou 408 cv no modo overboost com o controle de largada – e 66,2 kgfm de torque. Assim, vai de zero a 100 km/h em 5s2 e tem autonomia de 443 km. A topo de linha, a Macan Turbo Electric, tem 639 cv (470 kW), seu torque é de 115,2 kgfm, levando-a de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos e velocidade final de 260 km/h. A autonomia é de 435 km.
Mercedes GLC 63S E: R$ 934.900 – A Mercedes-Benz confirmou que o Brasil terá à venda o esportivo GLC Coupé na variante 63S E Performance, da divisão AMG. O modelo é híbrido plug-in e oferece até 680 cv de potência combinada. O motor é um turbo 2.0 com um elétrico no eixo traseiro. O visual, claro, é um dos destaques, com novos para-choques dianteiros, grade com aletas verticais e entradas de ar na parte inferior. Na traseira, além das saídas de escape duplas, um difusor adicional. Por dentro, haja luxo: os bancos, por exemplo, são revestidos em couro nappa e há opcional de couro nappa com o brasão AMG em relevo nos apoios de cabeça dianteiros. Sem falar nos pedais esportivos, tapetes e soleiras das portas iluminadas com a inscrição AMG.
Mustang com câmbio manual – A Ford admitiu que trará ao Brasil um dos mais aguardados lançamentos de 2025: o super esportivo Mustang com transmissão manual. Ele virá em edição limitada comemorativa de 60 anos do modelo. A marca quer fazer do veículo um item colecionável, à altura do legado dele. A fabricante vendeu 70% a mais este ano em relação a 2023. O modelo mais vendido foi, claro, a picape Ranger. Para 2025, promete 10 lançamentos no Brasil. Entre eles, a Ranger cabine simples com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv, câmbio manual de seis marchas e tração 4×4. Isso inclui também a renovação da van Transit, apresentada em novembro, com atualizações no painel de instrumentos, central multimídia e equipamentos.
Financiamento cresce 12,4% em novembro – As vendas financiadas de veículos totalizaram 605 mil unidades em novembro deste ano, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número, que inclui autos leves, pesados e motos em todo o país, representa um crescimento de 12,4% na comparação com o mesmo período de 2023. Em relação a outubro deste ano, houve queda de 9,7%. No segmento de leves, verificou-se uma alta de 12,4% ante novembro de 2023 e queda de 8,2% no comparativo com outubro deste ano. Já o financiamento de veículos pesados cresceu 0,6% em novembro, em base anual, e caiu 13,7% em relação ao mês imediatamente anterior. Por fim, o número de financiamentos de motos avançou 15,1% ante novembro do ano passado, recuando 13,4% frente a outubro de 2024. No acumulado do ano até novembro, as vendas financiadas de veículos somaram 6,5 milhões de unidades. O número representa alta de 21,8% em relação ao mesmo período de 2023, o que equivale a cerca de 1,1 milhão de unidades a mais.
Preço do diesel dispara – A mais nova análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, mostra que o diesel comum e o S-10 alcançaram, na primeira quinzena de dezembro, os maiores preços médios do ano. Após aumento de 0,65% no período, o tipo comum chegou ao valor de R$ 6,19, enquanto o S-10 registrou média de R$ 6,27 e alta de 0,97%. “Pelo quarto período consecutivo, as médias de preços dos dois tipos de diesel bateram o recorde do ano. Também nos chamou a atenção o fato de todas as regiões do Brasil apresentarem aumento no valor do combustível”, analisa Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Na análise regional, o Nordeste se destacou com os maiores aumentos do período: de 1,94% para o diesel comum, que alcançou a média de R$ 6,32, e de 1,28% para o S-10, que também chegou a R$ 6,32 nas bombas nordestinas.
Pedágio com desconto para carro lotado? – A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Viação e Transportes, aprovou um projeto de lei (o de nº 4630/23) que prevê desconto na tarifa de pedágio rodoviário para automóveis que transportem mais de três pessoas, incluindo o motorista. O texto prevê que os editais de licitação deverão conter cláusula prevendo o desconto. David Soares (União-SP), autor do projeto, diz que o objetivo é incentivar o uso de carros com mais passageiros, reduzindo assim a quantidade de veículos circulando nas vias. “Isso trará mais efeitos benéficos para os próprios usuários do trânsito e também para a sociedade como um todo”, defendeu o autor. O relator Marcos Tavares (PDT-RJ) lembra que a ideia se assemelha às chamadas “hot lanes”, faixas de rodagem criadas nos EUA para incentivar viagens compartilhadas em rodovias expressas que cruzam extensas áreas urbanas.
Dicas para motoristas de app – No Brasil, há mais de 1,5 milhão de motoristas de aplicativo, segundo a pesquisa mais recente realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia para Mobilidade (Abemob). Nesse cenário de forte concorrência, se destacar e garantir a produtividade no trabalho, sem comprometer a segurança no trânsito, pode ser um grande desafio. Para auxiliar os motoristas a planejarem de forma estratégica suas rotinas diárias e maximizarem seus ganhos, Iago Iule, CMO da Hunter — empresa especializada em aluguéis de veículos para terceiros —, compartilha três dicas que podem transformar a maneira como esses profissionais trabalham. Confira, a seguir:
1. Planeje sua jornada com antecedência
Eficiência não se resume apenas ao número de viagens realizadas. Para maximizar os ganhos e otimizar o tempo, planeje sua jornada com antecedência, considerando fatores como horários de pico, áreas de maior demanda e melhores rotas a serem seguidas. “Em vez de focar no número de viagens, é melhor definir metas de ganhos diários com base no tempo útil disponível, no tráfego e nas necessidades do dia. A flexibilidade é importante, mas sem sacrificar a segurança ou qualidade do serviço oferecido aos passageiros”, comenta Iule.
2. Acompanhe seu próprio bem-estar – Manter uma rotina equilibrada, que respeite os limites físicos, não só melhora a qualidade de vida, como reduz o risco de acidentes, ajuda no processo de tomada de decisão e contribui para uma melhor experiência do passageiro. Portanto, vale lembrar de fazer pausas para comer, se hidratar e suprir as necessidades fisiológicas. Mas, segundo Iule, o bem-estar emocional do motorista também deve ser monitorado de perto. “O trânsito intenso, as longas horas de trabalho e o contato constante com passageiros podem gerar desgaste mental. É importante fazer pausas e buscar formas de aliviar o estresse, como ouvir música, praticar exercícios físicos ou até mesmo conversar com amigos e familiares quando possível.”
3. Faça manutenção preventiva do veículo – A manutenção preventiva não deve ser vista como um gasto. Ela é um investimento na longevidade do veículo e na segurança do motorista e dos passageiros. Portanto, realizar revisões periódicas, verificar os sistemas de segurança (como freios e pneus) e garantir o bom funcionamento do ar-condicionado, por exemplo, são cuidados essenciais para manter a qualidade do serviço prestado e proteger todos que estão no automóvel. Antes que os problemas se tornem críticos, tenha atenção aos sinais de desgaste do veículo, como ruídos estranhos ou falhas nos sistemas eletrônicos. “Problemas mecânicos inesperados podem resultar em perdas financeiras significativas, tanto pelo custo do reparo quanto pela interrupção das atividades. Um carro bem mantido reduz os riscos de falhas e melhora a performance geral, como a economia de combustível e o conforto para os passageiros”, diz o CMO.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
A população de Paulista, no Grande Recife, pode ficar sem coleta de lixo neste período de natal e ano novo. O motivo é uma dívida da ordem de R$ 25 milhões da Prefeitura com a empresa I9 Paulista Gestão de Resíduos. A gestão municipal está devendo as parcelas do contrato referente aos meses de agosto, setembro, outubro e novembro representando mais de 13 milhões e uma diferença atrasada no valor de 12 milhões.
Houve uma promessa de pagamento ao longo desta semana, mas a empresa foi mais uma vez pega de surpresa pela administração Municipal. O contrato entre a I9 e a Prefeitura de Paulista é uma Parceria-Público-Privada, sob regulação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), com 25 anos de duração.
O passivo de R$ 25 milhões tem gerado grande impacto no orçamento da companhia. Às vésperas das festividades natalinas e de Réveillon, a tendência é de aumento no descarte de lixo agravando ainda mais a situação…
A I9 alega que tem feito tudo o que é possível para manter o serviço, mas que está diante de um cenário insustentável. A empresa espera que o município regularize logo esta pendência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (20) o indulto natalino. O texto, ao qual O GLOBO teve acesso, traz inovações em relação ao perdão concedido pelo petista no ano passado. Ele inclui na lista de beneficiários, por exemplo, mulheres com gravidez de alto risco e portadores de HIV em estágio terminal, enquanto veda o acesso ao indulto aos condenados por abuso de autoridade e por crimes contra administração pública.
Lula decidiu manter novamente fora do perdão os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, ao repetir a exclusão dos enquadrados em crimes contra o Estado Democrático de Direito. Além disso, renovou a vedação aos delatores, especificando no texto que criminosos com colaboração premiada não poderão ser alcançados pelo indulto.
Como no ano anterior, também ficarão de fora os condenados por crimes hediondos, de tortura, de terrorismo, por compor organização criminosa, de racismo, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, violência contra a mulher, crianças e adolescentes, entre outros.
O decreto será publicado no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (23). Ele traz uma seção específica sobre o indulto e a redução de pena a mulheres, aumentando as possibilidades de acesso ao benefício para as presas. Mães e avós que tenham filhos e netos com deficiência de até doze anos de idade, por exemplo, serão soltas desde que tenham cometido crimes sem violência ou grave ameaça. Elas precisarão comprovar que as crianças necessitam de seus cuidados.
De acordo com o texto, entre os que terão acesso ao indulto, estão ainda os condenados em modalidade culposa “independentemente do quantum da pena imposta”, condenados a crimes sem violência ou grave ameaça com pena não superior a doze anos e os que tenham cumprido ininterruptamente, quinze anos da pena, se não reincidentes, ou vinte anos da pena, se reincidentes.
Detentos com com transtorno do espectro autista severo e ainda presos que tenham ficado paraplégicos, tetraplégicos, cegos, entre outras deficiências, também serão indultados. O decreto prevê ainda que as condições ao benefício sejam facilitadas para maiores de 60 anos, pessoas imprescindíveis aos cuidados de criança de até doze anos de idade ou com doença grave, por exemplo.
O indulto está previsto na Constituição e é uma prerrogativa do presidente da República. Ele pode resultar na extinção total da pena a partir do especificado no decreto presidencial. A cada ano, o governo debate os critérios de quem deve acessar o benefício ou ficar de fora dele.
A proposta foi elaborada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPC), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e foi discutida ao longo dos últimos meses com audiências públicas realizadas em Brasília e no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), Pastoral Carcerária e Instituto Brasileiro de Ciências Criminais contribuíram para a elaboração.
Agradeço sua preocupação em relação aos nossos movimentos culturais. Reconheço a importância de Delmiro Barros, não apenas para a cultura de São José do Egito, mas também como um símbolo pernambucano e nordestino que representa nossa identidade no cenário cultural do Brasil. Delmiro é um patrimônio vivo de nossa terra e merece todo o reconhecimento, que será devidamente dado durante minha gestão.
Gostaria de te convidar e todos os egipcienses a revisarem a programação deste evento histórico, que pela primeira vez em 158 anos será, sem dúvidas, a mais cultural de todas. Isso porque priorizamos artistas locais, que representam a alma e a tradição poética de nossa cidade.
Como disse em recente declaração: “Cerca de 80% das atrações da Festa de Reis 2025 são artistas locais, como Aluísio Lopes, Sales Rocha, Marquinhos da Serrinha, Warley Brito, G4, violeiros repentistas Afonso Pequeno e Arnaldo Pessoa, banda de pífanos, banda Agytus, J. Neto, poeta Andrade Lima, Vinícius Gregório, Lostiba, Paulo Barba e Jairinho Aboiador, entre outros. Esses talentos refletem a verdadeira essência da nossa cultura.”
Além disso, incluímos atrações de grande porte, que tiveram 98% de aprovação popular e são essenciais para atrair o turismo, impulsionando a economia local e garantindo que São José do Egito brilhe no cenário regional.
Reitero que meu governo, que se inicia em 1º de janeiro, tem um compromisso inabalável com o reconhecimento dos artistas locais. A Festa de Reis será apenas o ponto de partida de um calendário cultural jamais visto em nossa cidade, incluindo a inédita Festa de Emancipação, o retorno do São João, uma programação robusta na Festa Universitária, e celebrações de final de ano que nunca ocorreram antes.
Por isso, quero assegurar que Delmiro Barros, assim como outros artistas egipcienses que ficaram fora da grade por limite de espaço, terão sua participação garantida em pelo menos uma festividade tradicional por ano durante meu governo. Este é o nosso compromisso com a valorização da cultura e dos nossos talentos.
A todos os egipcienses, reafirmo que São José do Egito viverá um novo tempo, onde a cultura será celebrada e fortalecida.
Fredson Brito Prefeito eleito de São José do Egito
248 famílias do Residencial Jurema, em Bezerros, no Agreste Central, passaram a ter a sonhada casa própria, neste sábado (21). O empreendimento faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida FDS, do governo federal, em parceria com o Programa Morar Bem, do Governo do Estado, na modalidade Retomada de Obras, que garante a continuidade de construções habitacionais paralisadas em Pernambuco. Na ocasião, a governadora Raquel Lyra também assinou a autorização para publicação de chamamento público para credenciamento de empresas para construir novas casas no Residencial Alfredo Cintra, em São Bento do Una, no Agreste.
Com um investimento total de R$ 14,3 milhões, sendo R$ 11,6 milhões do governo federal e R$ 2,6 milhões do Governo de Pernambuco, o empreendimento abrange a construção das moradias e a infraestrutura complementar. O projeto do residencial foi iniciado em 2015, mas interrompido em 2019. A atual gestão estadual retomou o empreendimento em 2023. A articulação entre os dois governos garantiu os recursos necessários para concluir o projeto.
Uma das beneficiadas com a casa própria é a dona de casa Márcia Maria da Silva, de 40 anos. Mãe de oito filhos, ela comemorou a conquista. “Essa é minha primeira casa própria. Eu pagava aluguel e agora vou aproveitar meu dinheiro para outras coisas dos meus filhos. Não tenho nem palavras, o choro é de felicidade”, disse.
O Residencial Jurema foi o quarto empreendimento retomado e entregue à população pelo Governo do Estado. Ele foi reconhecido nacionalmente por uma solução inovadora, desenvolvida pelo Estado, que rendeu a conquista do Prêmio Selo do Mérito ABC 2024. A honraria destacou o empreendimento na categoria “Uso ou Desenvolvimento de Novas Tecnologias ou Sistemas Alternativos”. A premiação se deve à instalação de sistemas fotovoltaicos em cada unidade habitacional, proporcionando autossuficiência energética, com uma expressiva redução nos custos mensais para os moradores.
Já o Residencial Alfredo Cintra, em São Bento do Una, será retomado contemplando 300 unidades habitacionais. O empreendimento é uma parceria do Minha Casa, Minha Vida FAR e do Morar Bem PE do Governo do Estado.
Entre outras obras que estão em processo de retomada em Pernambuco através do Morar Bem PE, está o Residencial Viver, com 200 unidades, localizado em Bom Conselho, no Agreste. O Residencial Vanete Almeida, em Serra Talhada, no Sertão, também teve suas obras reiniciadas, com a construção do emissário de esgoto e pavimentação de acesso ao residencial. Em Barreiros, na Mata Sul, serão retomados os trabalhos do Residencial Santa Clara II. O Governo do Estado ficou responsável pela infraestrutura externa e implantação do emissário de esgoto e de uma adutora.
A governadora Raquel Lyra (PSDB) publicou no Diário Oficial do Estado a efetivação de Joana Figueiredo como secretária de Justiça e Direitos Humanos. Ela atuava como executiva e estava respondendo pelo espaço de forma interina, desde que Lucinha Mota pediu exoneração para assumir o mandato de vereadora em Petrolina.
A gestora, que acompanha Raquel desde quando era prefeita de Caruaru, já integrava o governo em 2023, como superintendente de Promoção da Equidade Social na Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas, e após o desmembramento da Secretaria no início de 2024, ocupou a mesma função na Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência.
Outra pasta que também vinha sendo comandada por uma interina era a Secretaria da Mulher, que estava sendo dirigida por Juliana Gouveia, agora titular. Ela foi secretária da mesma pasta em Caruaru, desde setembro de 2018, quando Raquel Lyra era prefeita. Juliana é uma grande aliada da governadora e teve importante atuação no fortalecimento de políticas para mulheres em Caruaru.
Com foco no aumento da eficiência de gestão e na melhora contínua da oferta de serviços à população, a Prefeitura do Recife enviou, neste sábado (21), Projeto de Lei à Câmara dos Vereadores, para a reestruturação administrativa do Executivo Municipal. A proposta traz inovações que fortalecem o desenvolvimento de políticas públicas e robustecem a governança de diferentes setores do secretariado. Áreas com relação e influências diretas foram reunidas e outras, que demandavam uma priorização de ações específicas, foram destacadas.
Entre as mudanças sugeridas no PL está a criação da Secretaria de Ordem Pública e Segurança, que nasce com o objetivo de otimizar a interface entre órgãos e instituições municipais que atuam na organização do cotidiano urbano da cidade. Estarão sob a gestão da nova estrutura o Centro de Operações da Prefeitura do Recife (COP), a Guarda-Municipal do Recife (GMR), a Secretaria Executiva de Controle Urbano e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).
Pela necessidade de reunir e otimizar processos internos de diversos órgãos do Executivo, a atual estrutura de Administração será elevada à condição de Secretaria e acumulará, além da gestão de pessoas e patrimonial da Prefeitura, o papel de gerir, de maneira compartilhada, as atividades de áreas meio de um conjunto de pastas. A mudança possibilitará mais economicidade, celeridade e eficiência na atuação organizacional da gestão.
Objetivando aprimorar a escuta territorial, a participação popular e a relação com segmentos da sociedade, a Prefeitura do Recife passará a contar com as Secretarias de Articulação Política e Social e Relações Institucionais, que foram desmembradas da antiga Secretaria de Governo, além da secretaria de Direitos Humanos e Juventude. As novas estruturas irão garantir ainda mais capacidade de resposta e de entregas em conformidade com as demandas apresentadas à gestão municipal.
Outra importante mudança proposta na mensagem à Câmara dos Vereadores do Recife é a Secretaria de Cidadania e Cultura de Paz. A estrutura, que integrava a antiga pasta de Segurança Cidadã, atuará de forma mais robusta na promoção de atividades que visam a inclusão, oferta de serviços no território e promoção de políticas integradas de diversas secretarias. A pasta irá abrigar políticas públicas como a rede Compaz, recentemente premiada pela ONU e adotada como referência pelo Governo Federal para outras cidades brasileiras.
Esse conjunto de mudanças foi planejado e proposto para reforçar ações e atividades que já vêm ajudando o Recife a ser uma cidade com cada vez mais entregas com foco na melhoria da qualidade de vida da população. Com isso, a reestruturação chega para potencializar e qualificar serviços, conferindo maior rapidez e precisão na execução das políticas públicas municipais.
Secretarias
. Secretaria de Educação
. Secretaria de Saúde
. Secretaria de Infraestrutura
. Secretaria de Assistência e Combate à Fome
. Secretaria de Trabalho e Qualificação Profissional
. Secretaria de Turismo e Lazer
. Secretaria de Cidadania e Cultura de Paz
. Secretaria de Ordem Pública e Segurança
. Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento
. Secretaria de Administração
. Secretaria de Planejamento e Gestão
. Secretaria de Articulação Política e Social
. Secretaria de Relações Institucionais
. Secretaria de Habitação
. Secretaria da Mulher
. Secretaria de Esportes
. Secretaria de Finanças
. Secretaria de Cultura
. Secretaria de Meio Ambiente
. Secretaria Transformação Digital, Ciência e Tecnologia
Num dos capítulos do livro “Cem anos de solidão” de Gabriel Garcia Márquez, a mais importante obra literária sobre a sofrida gente da América Latina, o autor narra a ocorrência de uma epidemia chamada a “peste da insônia” que contamina toda a cidade imaginária de Macondo fundada pelo patriarca da família José Arcádio Buendía.
A doença identificada primeiramente pelo brilho excessivo dos olhos da personagem Rebeca deixa todo mundo sem dormir por dias e meses e como efeito colateral faz com que os moradores da cidade comecem a esquecer nomes, pessoas, coisas e fatos. Todos querem ficar em casa pois não se lembram mais dos caminhos e o que fariam fora dela.
A família Buendía percebe a gravidade do esquecimento que está tomando conta de toda cidade e instrui os moradores a colarem papéis com nomes dos objetos e suas funções, os familiares e amigos são identificados com uma espécie de crachá, as casas estampadas com os nomes dos proprietários, assim por diante. Logo toda cidade está marcada com papeletes.
Quando parece não haver mais solução para a falta de sono e o enfraquecimento da memória, o cigano Melquíades, amigo e guru do patriarca José Arcádio, a quem apresentou as inovações das coisas do mundo, reaparece em Macondo com uma poção mágica que corta o efeito da epidemia de insônia de toda a cidade. E volta a memória dos moradores da cidade.
Esta introdução baseada na obra prima de Garcia Márquez, transformada em série pela Netflix, é uma metáfora do que acontece com os brasileiros. A nossa “peste” trouxe insônia, diante da angústia pela incapacidade de reação, e esquecimento do que é correto, do que emana a Constituição Federal e todo o arcabouço legal do país.
Hoje o País hoje está desmemoriado por culpa de uns tantos maus brasileiros. Mas, felizmente, há também questionadores que têm uma vaga lembrança do que fomos como Nação. Colar papéis identificadores, como fez José Arcádio Buendía em Macondo, não funcionaria por aqui. Onde se leria “justiça” um desses terroristas de bíblia na mão acrescentaria “(in) justiça”. No lugar de “governo” seria incrementado com “(des) governo”. O papelete “forças armadas” se transformaria em “frouxas armadas”. O “congresso” seria “(ex) congresso”.
A maior parte da população brasileira vitimada pela “peste da insônia”, por sua vez, está cada vez mais calada e desmemoriada diante da calamidade. Os papeletes de identificação, se fossem distribuídos por todo o país, aumentariam com uma rapidez avassaladora, diante da epidemia da falta de memória nacional, continuando a ser contestados por questionadores ou transformados em “memes” na Internet, tida pelos homens maus como uma “ferramenta do diabo”.
E pior, por enquanto não há no horizonte a possibilidade de um cigano Melquíades aparecer por aqui com seu chá milagroso para restaurar a memória nacional e a ordem das coisas. Hoje, as pessoas, coisas e fatos são identificados apenas por papéis metafóricos inúteis. É isso.
O futuro político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem sido alvo de uma bolsa de apostas no Congresso e no Palácio do Planalto. Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva consideram que o melhor seria “amarrar” o deputado alagoano em um ministério e evitar deixá-lo “solto” no Congresso em 2025. Aliados do parlamentar, por outro lado, o aconselham a não embarcar no governo porque ele ficaria preso em burocracias e teria pouco tempo para pavimentar sua candidatura ao Senado em 2026.
Caso Lira decida ouvir o “canto da sereia” e desembarcar numa vaga na Esplanada, o destino mais provável hoje seria o lugar de Carlos Fávaro (PSD) no Ministério da Agricultura, embora interlocutores não descartem a Saúde. Para quem o questiona sobre o assunto, contudo, o presidente da Câmara afirma de forma categórica que não recebeu nenhum convite, não tem expectativas e não trata de especulações.
Lira termina um período de quatro anos no comando da Câmara com duas importantes vitórias: a aprovação dareforma tributária, legado que ele planejava deixar, e o caminho aberto para eleger o sucessor, com o consenso formado em torno da candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB). A sensação de dever cumprido foi tão grande que ele se permitiu dormir até mais tarde nesta sexta-feira, 20, após uma noite intensa de votações que finalizou a aprovação do pacote fiscal do governo.
Na visão de aliados, o melhor cenário para Lira ano que vem seria manter influência política na Câmara e garantir o devido tempo para viajar a Alagoas com frequência e fazer campanha. No ministério, dizem esses interlocutores, ele teria somente um ano para atuar, porque teria que deixar o cargo no começo de 2026 para concorrer, e gastaria metade desse tempo para “organizar” a pasta. Por outro lado, ao se associar ao governo, ele poderia garantir o apoio de Lula para disputar o Senado, dizem aliados do petista.
O deputado estadual Alberto Feitosa (PL) afirma, neste vídeo, que o Governo Lula perdeu completamente a luta contra o controle do dólar e isso está levando o País a perder suas reservas cambiais de forma drástica. Confira!
Bastaria ter salvado uma vida que já teria valido a pena, mas, na verdade, milhares de vidas foram e estão sendo salvas. É com esse pensamento que trago à lembrança algo que nos marcou profundamente: o terremoto trágico, de 7,3 de magnitude, que assolou o Haiti naquele longínquo 12 janeiro de 2010, mas ainda tão presente e dolorido na memória de milhões de pessoas em todo o mundo.
Naquele momento, morreram instantaneamente cerca de 230 mil pessoas, e outros milhares de feridos e desabrigados herdaram a dor de sobreviver naquelas condições. Não sei se na história recente da humanidade aconteceu desastre natural que tenha vitimado tantas pessoas de uma só vez, em tão pouco tempo.
O cenário atual no Haiti é devastador. Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas, o país está enfrentando catástrofe humanitária enquanto luta contra desnutrição, surto de cólera, violência de gangues, agravada com os desdobramentos políticos após o assassinato do então presidente Jovenel Moïse.
A natureza exuberante do litoral caribenho contrasta com a miséria vivida pela maioria da população, assim como o momento atual é totalmente antagônico ao vivido no início do século 19, quando em 1804, pelas mãos de Loverture, Dessalines e outros heróis nacionais, o país conquistava sua independência, sendo o primeiro país latino-americano levado a essa condição, e criando uma expectativa de crescimento e progresso ao seu povo.
Mas a espoliação de outros povos, os recorrentes conflitos internos e atentados sempre suplantaram qualquer iniciativa de desenvolvimento. As frequentes catástrofes naturais, como terremotos e furacões, são outros fatores de dificuldade para essa ilha de 27.750 km², tamanho quase igual ao do Estado de Alagoas, e população estimada em 11,7 milhões de habitantes (2022), quase quatro vezes maior que a população do estado nordestino.
O país mais pobre das Américas, segundo estudo publicado anualmente desde 2010, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI), aponta que mais de 40% dos haitianos vivem na pobreza extrema.
Mas o que se pretende com este artigo não é falar de tragédias, mas reforçar a importância da mobilização mundial na ajuda imediata às pessoas atingidas, com o firme propósito de mitigar o sofrimento humano.
Ação humanitária é, em síntese, uma ação coordenada de gestão organizada, utilizando basicamente o amor ao próximo como princípio básico e combustível, independentemente de onde ocorre, mas sim de quem pode e deve ajudar.
Naquele momento, e ainda hoje, é o Haiti. Amanhã poderá ser Costa Oeste americana, Nordeste brasileiro, Pequim, Moscou, Zâmbia, Quebec, enfim, qualquer lugar no planeta.
Relembro com imenso orgulho que no dia seguinte, 13 de janeiro de 2010, o governo brasileiro já se unia a outras nações irmãs, em missão integrada pelo Ministério da Saúde do Brasil, sob o comando do Ministério da Defesa, formando o primeiro grupo de nações a prestar ajuda humanitária.
Fazer parte do time brasileiro ao longo desses 14 anos de ajuda humanitária no Haiti é o que me faz sentir-me um ser humano muito melhor que antes. Ter a oportunidade de entregar – com êxito – 98 % do maior projeto humanitário do Brasil fora de nossas fronteiras, auditado por órgão de fiscalização externa contratado pelo PNUD, além de visita de inspeção “in loco”, realizada pela CGU no ano de 2017, muito me honra.
Nesse período, foram centenas de entregas feitas pelo projeto, como três hospitais, um centro de gestão de ambulâncias, três depósitos de vacinas, centenas de capacitações técnicas, formação de mais de 1,5 mil agentes comunitários, com base no currículo do Sistema Único de Saúde do Brasil, 40 ambulâncias totalmente equipadas, vacinas, medicamentos, insumos, dezenas de outros veículos, etc., com investimento total de R$ 255 milhões, divididos em duas etapas do projeto, uma em 2010 e a outra em 2018, que certamente impediram um sofrimento maior de milhões de haitianos.
Tudo isso sempre dentro do processo de decisão do Comitê Gestor Tripartite (Brasil/Cuba/Haiti) – modelo de gestão adotado por sugestão do Brasil, com reuniões trimestrais no Haiti, capitaneado pelo Ministério da Saúde, sob o acompanhamento técnico e administrativo da Agência Brasileira de Cooperação – ABC, em convênio com a Fiocruz e as Universidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.
Vale ressaltar ainda que o projeto, moldado para ser uma política pública de Estado, não apenas transferiu recursos ou entregou bens e equipamentos, mas vem treinando e capacitando pessoas, dando possibilidade para que os haitianos operem as unidades de saúde, quando possível ampliem as atividades médicas e hospitalares, e no futuro se desenvolvam econômica e socialmente, seguindo a boa máxima oriental de não apenas dar o peixe.
As ações do Brasil no Haiti, além do caráter humanitário, encontram respaldo nos Princípios Fundamentais da Constituição Federal, em seu parágrafo 4º, que trata do compromisso nacional com a melhoria das condições de vida em países em desenvolvimento.
Agradeço a todas as pessoas envolvidas, que com seu trabalho e dedicação contribuíram para a construção desse importante legado, com uma saudação especial à saudosa brasileira doutora Zilda Arns, que deixou sua vida na catedral de Porto Príncipe, durante o fatídico terremoto, quando lá trabalhava.
Destaco o espírito humanitário do presidente Luís Inácio Lula da Silva, pois sem ele todas essa entregas não seriam possíveis. Um homem de notável conduta humanitária dentro e fora do nosso país, uma pessoa que já passou da hora de receber um prêmio e o reconhecimento internacional por suas ações em prol da humanidade.
Espera-se que algum dia o Haiti tenha condições de implementar políticas públicas em larga escala para trazer motivo a uma população que, apesar da dor e da fome, não consegue deixar de ser hospitaleira. Por isso, uma análise minimamente racional aponta logicamente para a necessidade premente de continuidade das ações de Cooperação Técnica em Saúde no Haiti.
Toda a população haitiana é descendente da África. A maior parte da população brasileira e descendente da África. Somos irmãos de sangue.
Por lá, há uma expressão usada por todo cidadão haitiano, do mais humilde ao mais abastado: “bon bagay”, que em Creole – idioma natural do Haiti – quer dizer: sangue bom. Quando alguém faz algo bacana, eles dizem: “bon bagay”. Por extensão, qualquer coisa boa é “bon bagay”. Eu tenho certeza de que na ilha conhecida também como “boca do jacaré”, por conta de sua configuração geográfica, o Brasil, os brasileiros e as brasileiras são “bon bagay”.
PorPaulo Marcos Rodopiano, servidor público federal e representante do Brasil no Projeto de Cooperação em Saúde no Haiti
Por Everaldo Torres, advogado e consultor técnico para assuntos relacionados ao Haiti
Após ter sido internado nesta quinta-feira (19), o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), segue hospitalizado na Unidade de Tratamento-Intensiva (UTI), mas sem novos episódios de sangramento intestinal e com previsão de alta para o quarto neste domingo. A internação se deu por um quadro de diarreia e desidratação. Todos estes sintomas são reflexo dos medicamentos que o prefeito tem tomado, em especial o anticoagulante oral.
Segundo boletim médico, o quadro é estável e a previsão de alta para o quarto é neste domingo (22). “Desde a internação, não apresentou novos episódios de sangramento. Segue em tratamento fisioterápico, respiratório e motor durante a internação. Está lúcido e consciente e tem previsão de alta da UTI para amanhã”, diz posicionamento.
Esta é a terceira vez que Fuad é internado em menos de um mês. No último domingo, recebeu alta após passar cerca de uma semana internado por pneumonia e sinusite. Há três semanas, havia passado por outra internação por neuropatia, um quadro de dores intensas em decorrência de um câncer já curado.
Em julho deste ano, durante a pré-campanha, Fuad anunciou publicamente que estava passando por um tratamento de câncer no sangue, um linfoma abdominal. Ele enfrentou todo o período eleitoral entre quimioterapias e foi liberado justamente às vésperas do pleito.
Na ocasião, ele comemorou a remissão total da doença. Nos posicionamentos recentes de sua equipe médica, as dores nas pernas são tratados como um sintoma de um tratamento bem sucedido.
Ausência em diplomação
Na noite desta quarta-feira (18), os eleitos para a Câmara Municipal e prefeitura de Belo Horizonte foram diplomados. Segundo articuladores, Fuad se ausentou por apresentar falha na voz, em decorrência dos últimos tratamentos. Ele foi representado pelo procurador-geral do município, Hércules Guerra.
Nas redes sociais, ele lamentou sua ausência e agradeceu os eleitores pela confiança. “Não pude estar presente na cerimônia de ontem, como gostaria, mas sigo trabalhando e me recuperando bem para começarmos 2025 com muita energia e disposição. Vamos em frente”, escreveu.