Por Emanuel Gomes
Do JC
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou, no final do mês de outubro, o início das escavações arqueológicas na obra de requalificação do Mercado de São José, um dos mais importantes marcos históricos, no Centro do Recife.
A decisão foi tomada após a identificação de ossadas humanas durante as escavações para a instalação de um mezanino no mercado, que está passando por uma obra de revitalização, com investimento de R$ 20 milhões do Novo PAC Patrimônio Cultural.
A medida visa assegurar que o trabalho siga todas as diretrizes éticas e legais para resguardar os achados, considerados vestígios sensíveis.
Leia maisEscavações arqueológicas no Mercado de São José
Localizado em um dos núcleos históricos do Recife, o Mercado de São José possui uma rica memória que remonta às primeiras ocupações urbanas da cidade.
Embora as escavações estejam em fase inicial, há uma grande expectativa de que o sítio arqueológico possa revelar não só sepultamentos humanos, mas também artefatos de diferentes épocas e culturas.
Esses vestígios poderão fornecer informações importantes sobre os modos de vida das populações que habitaram a região, contribuindo para o entendimento da formação social e cultural da área.
“Assim que as descobertas foram comunicadas, a equipe técnica do Iphan realizou fiscalizações e solicitou, emergencialmente, o isolamento do local. É importante ressaltar que a obra só foi paralisada em áreas onde eram necessárias escavações. As intervenções continuaram nos demais pontos, como na fachada e no corredor central”, explicou a técnica do Iphan-PE, Mônica Nogueira.
O trabalho de escavação no Mercado de São José está sob responsabilidade de uma equipe habilitada em bioarqueologia, contratada pela Prefeitura do Recife, executora da obra, e tem previsão de duração de nove meses, incluindo a fase de análise laboratorial.
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