Amupe: Seminário Novos Gestores aborda soluções para o desenvolvimento dos municípios

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) promoverá o Seminário Novos Gestores. Com o tema “Gestão que Transforma”, o evento é voltado especialmente para os prefeitos e prefeitas escolhidos pela população nas eleições de 2024 para a legislatura 2025 – 2028. O Seminário acontecerá nos dias 11 e 12 de novembro, no Hotel Canários de Gravatá. O evento contará com a presença da governadora Raquel Lyra.

Mais do que um espaço de aprendizado técnico, o Seminário Novos Gestores também se configura como uma oportunidade para fomentar redes colaborativas, preparando os novos prefeitos para a realização de uma administração eficaz, voltada para o desenvolvimento socioeconômico de toda a população. Na tarde do dia 11, recém-eleitos participarão de painéis sobre finanças, responsabilidade na gestão pública, programas de habitação e construção de parcerias estratégicas com o Governo Federal. 

Às 14h00, no painel “Finanças Municipais” serão abordados temas como pacto federativo e autonomia dos municípios. O painel será conduzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Grin; o consultor da Confederação Nacional dos Municípios, Eduardo Stranz; e o prefeito de Águas Belas e presidente do Consórcio dos Municípios Pernambucanos, Luiz Aroldo, que abordará a importância dos consórcios na redução dos custos das gestões. 

Na sequência, às 15h15, a equipe jurídica da Amupe, composta pelos advogados Vadson Almeida, João Batista e Marcos Alencar conduzirão o painel “Gestão Responsável”, tratando de temas como  responsabilidade fiscal, gestão de pessoal, previdência e continuidade dos serviços públicos.

A partir das 16h30, uma equipe da presidência da Caixa Econômica Federal vai falar das principais novidades e esclarecer dúvidas referentes aos programas de habitação do banco federal. Encerrando a programação do primeiro dia, às 17h00, o assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Mozart Sales, vai falar sobre a importância do fortalecimento das parcerias entre União e municípios. 

Veja outras postagens

Por Letícia Lins
Do Oxe Recife

Talvez poucas pessoas fora do mundo musical lembrem desse nome: Bruno de Oliveira. Ele segue uma trajetória vivenciada por muitos brasileiros que viajam para o Exterior em busca de mais oportunidades. Mas a partir dessa terça (5/11), o artista vai ficar mais conhecido no Recife, já que sua “Suite Draconiana” faz estreia mundial no Teatro Santa Isabel, via Orquestra Sinfônica Jovem Criança Cidadã.

Compositor, guitarrista e orquestrador, ele nasceu no Recife. Atualmente reside em Los Angeles. Sua música é conhecida pela combinação de elementos de diversas tradições: o clássico, o étnico, o metal e o eletrônico. Ele não estará presente na noite de estreia do seu trabalho. Mas será representado pelos pais e pelo avô materno.

Bruno cresceu no Brasil, onde começou a tocar guitarra aos 11 anos e desenvolveu seu background musical explorando o heavy metal e a música clássica. Depois, estudou violão clássico na Universidade Federal de Pernambuco, piano clássico no Conservatório Pernambucano de Música e harmonia contemporânea com Thales Silveira (ex-aluno da Berklee).

De 2010 a 2014, Bruno foi membro da banda de heavy metal Kriver e também gravou um álbum tocando violão clássico dedicado à música do compositor renascentista inglês John Dowland. Em 2016, Bruno ganhou uma bolsa de estudos para estudar na Berklee College of Music, em Boston (Estados Unidos), onde se graduou em 2019, em Composição para Cinema, com especialização em Composição para Videogames.

Seus créditos em trilhas incluem a música para o curta-metragem “Circular ruins”, premiado como Melhor Filme Experimental no Be Epic London International Film Festival de 2021; a série chinesa de 12 episódios “Super density” ; e o curta “Giraffe”, premiado várias vezes em festivais, incluído em Melhor Trilha Sonora Original no Hollywood Blood Horror Festival de 2022.

Suas composições também podem ser ouvidas em videogames, como o puzzle Chibi Maruko Chan Cheerful Spirit, da desenvolvedora Gamania. Como orquestrador, Bruno tem colaborado com renomados artistas de heavy metal, criando arranjos e mockups orquestrais para álbuns como “Beautiful shade of grey”, do vocalista do Dream Theater, James Labrie; “Eternal Flame”, da banda de power metal Northtale; e “Resurrection”, da banda de symphonic metal Firewing.

Bruno também contribui como freelancer para a Bleeding Fingers Music, produtora de trilhas sonoras chefiada por Hans Zimmer (premiado compositor de trilhas conhecido por assinar a música de filmes como “O Rei Leão”, “Gladiador” e “Duna”), criando música original para clientes como Extreme Music e KPM.

Sua música “North pole position“ foi premiada como Melhor Faixa de Produção de Natal no Production Music Awards de 2023, em Londres, no Reino Unido.

Petrolina - Testemunhal

O município do Cabo de Santo Agostinho será reconhecido hoje (06) com o Selo de Transparência, em cerimônia promovida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Tribunal de Contas do Estado, em parceria com a Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE). A homenagem destaca a atuação da gestão pública local na organização das festividades juninas deste ano, celebrando o compromisso com a transparência e a cultura popular. O Selo de Transparência é parte de uma iniciativa que busca assegurar clareza nas contratações de artistas e eventos culturais, promovendo o acesso público à informação.

Para cumprir os critérios do reconhecimento, o município registrou detalhadamente as contratações no Painel de Transparência dos Festejos Juninos do MPPE, atendendo a todos os requisitos até o prazo de 30 de junho. O secretário executivo de Cultura, Tadeu Anjos, comemorou a conquista: “Este selo é uma prova do nosso compromisso com a cultura e com o respeito ao uso dos recursos públicos. Ele reforça nossa missão de fazer do Cabo uma referência em transparência e valorização das tradições populares”.

Conheça Petrolina

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poderá comparecer à posse do aliado Donald Trump, marcada para o próximo dia 20 de janeiro nos Estados Unidos. Isso porque o ex-mandatário brasileiro está com o passaporte retido e proibido de deixar o país em meio às investigações da trama golpista de 2022.

Para mudar esse cenário, seus advogados precisam recorrer mais uma vez ao STF (Supremo Tribunal Federal) com pedido de revogação da medida. Em ocasiões anteriores, ao ingressarem com o mesmo pedido, a revogação da medida foi negada.

Na prática, a devolução do passaporte depende ou de uma decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista, ou de uma votação colegiada na Primeira Turma do Supremo, responsável pela avaliação dos recursos sobre o tema no tribunal.

Em março passado, Moraes rejeitou o pedido do ex-presidente para que tivesse o passaporte devolvido a fim de viajar a Israel. Os advogados do ex-mandatário haviam solicitado ao magistrado a autorização para que ele pudesse ir a Israel a convite do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

Nesta quarta-feira (6), Bolsonaro postou um vídeo no X exibindo imagens de um encontro com Trump nos EUA quando ambos estavam no cargo.

Acompanhado do vídeo, Bolsonaro agradeceu a Deus pela vitória de Trump, que embora provável ainda não está confirmada, e citou uma passagem bíblica: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado neste ano pela Polícia Federal em inquéritos sobre as joias e a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Além desses casos, Bolsonaro é alvo de outras investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) e instaurado em 2021, que podem em tese resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Do Estado de Minas.

Por Mônica Bergamo
Colunista da Folha de S. Paulo

A vitória de Donald Trump para a Presidência dos EUA levou aliados de Jair Bolsonaro à euforia, e injetou novo ânimo no projeto de torná-lo elegível para disputar as eleições presidenciais de 2026.

De acordo com interlocutores do ex-presidente, o Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia ter a última palavra tanto sobre os direitos políticos como sobre uma anistia que beneficiasse Bolsonaro, não conseguirá resistir ao “vento contra” que poderá soprar sobre os magistrados a partir dos EUA.

No próprio STF já se admite que as pressões vão aumentar.

Elas viriam do próprio Trump, de um de seus principais aliados, o dono do X, Elon Musk, e do Congresso dos EUA, onde os Republicanos passarão a ter a maioria de votos.

Musk, que é arqui-inimigo do ministro do STF Alexandre de Moraes, sai fortalecido como nunca do pleito. Ele estava ao lado de Trump no jantar oferecido nesta terça (5) pelo presidente eleito em sua casa na Flórida para acompanhar as eleições. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também estava no local.

Em seu discurso de vitória, Trump destacou o “surgimento de uma nova estrela”, Elon Musk.

Ainda sob o governo de Joe Biden, foram inúmeras as tentativas de pressão de norte-americanos sobre o STF.

Neste ano, o comitê de assuntos judiciários da Câmara dos EUA divulgou um relatório sobre “o ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”.

Os deputados norte-americanos que tomaram a frente da investigação foram municiados por parlamentares brasileiros alinhados com o bolsonarismo.

Elon Musk também investiu contra o STF, atacando Alexandre de Moraes e desobedecendo ordens judiciais.

Com os Democratas no poder, as pressões não evoluíram. O quadro agora pode mudar, acreditam integrantes do grupo de Bolsonaro.

Poderiam ser aprovadas, por exemplo, medidas como um veto para que Alexandre de Moraes entre nos EUA, e também sanções econômicas contra o Brasil.

A nova correlação de forças poderia impulsionar também a aprovação de uma anistia para Bolsonaro no Congresso brasileiro.

Sob pressão, o STF não colocaria empecilhos para que ela valesse de fato já a partir de 2026, o que permitiria que Bolsonaro disputasse a Presidência da República.

Por Bruna Miato
Do g1

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos provocou um aumento expressivo nos juros futuros americanos nesta quarta-feira (6) e, como consequência, o dólar também dispara frente a outras moedas no mundo todo.

No Brasil, às 10h35, o dólar tinha alta de 0,63%, cotado a R$ 5,7827. Na máxima do dia, até aqui, a moeda já bateu os R$ 5,8619. O índice DXY — que mostra qual a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas de outros países (como euro, iene, libra esterlina e dólar canadense) — tinha alta de cerca 2%.

Os juros futuros indicam a expectativa do mercado financeiro para qual deve ser a taxa de juros definida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nos próximos anos. Essas taxas, que hoje estão entre 4,75% e 5,00% ao ano, servem como referência para o rendimento das Treasuries, os títulos públicos americanos, considerados os ativos mais seguros do mundo.

Durante a manhã, o rendimento do Treasury de 10 anos saltou para o maior patamar em quatro meses, em torno de 4,47%, rompendo a máxima da semana passada, de 4,388%. Os rendimentos de dois anos também avançaram, chegando a 4,31%.

Mas qual a razão para este desempenho?

O candidato republicano defende uma política econômica mais protecionista, que prioriza a produção interna nos Estados Unidos em detrimento da importação de outros países.

Isso pode reduzir tanto as exportações brasileiras, que têm o país norte-americano como segundo principal destino, como criar uma guerra comercial mais rígida para a China, por exemplo. Essa antecipação de cenário ajudou a valorizar o dólar contra outras moedas emergentes.

“Já havia um impacto da percepção do risco de vitória do Trump, com a expectativa de que ele possa colocar tarifas de importação sobre países como México e China. Exportadores de commodities, como o Brasil, também podem ser afetados”, diz o economista Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo Corretora.

Além de uma possível redução das exportações, que fariam com que menos dólares entrassem em circulação no Brasil, o aumento das tarifas nos Estados Unidos também encareceria os preços dos produtos dentro do próprio país, pois quanto mais taxas, mais caros ficam os produtos e serviços.

Preços mais altos gerariam uma nova pressão na inflação americana, o que pode levar o Fed a manter os juros mais altos, por mais tempo, para controlar os preços.

“Desta forma, investidores farão a opção de investir nos EUA com as taxas das Treasuries (títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo) mais altas”, diz Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos.

No Brasil, pode ser pior

Além da força do dólar no mundo inteiro pelas expectativas de juros maiores durante o governo de Trump, no Brasil ainda pesa a questão fiscal.

O cenário das contas públicas brasileiras preocupa os investidores. Quando os gastos públicos estão elevados, acima das receitas do governo (gerando déficit público), o mercado passa a desconfiar da capacidade do país de arcar com suas dívidas no médio e longo prazo.

Esse risco mais alto faz com que investidores esperem juros também mais altos para trazerem seus recursos para o Brasil. O resultado dessa demanda por taxas maiores foi uma desvalorização ainda mais forte do real na última semana.

Havia uma grande expectativa do mercado financeiro de que a equipe econômica do governo federal apresentasse algum pacote de cortes nos gastos públicos ainda na semana passada, logo após o segundo turno das eleições municipais no Brasil. Isso não aconteceu.

A equipe econômica do governo venha afirmando que está discutindo os gastos — o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, inclusive que o governo está na “reta final” das definições dos cortes.

Porém, enquanto não há definição de quais despesas serão cortadas, o dólar deve continuar subindo com mais força, aliado à eleição de Trump. “Quanto mais tempo passa, mais o mercado vai se protegendo”, diz Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos.

Bitcoin bate recorde

O bitcoin, criptomoeda mais popular do mundo, também dispara nesta quarta-feira (6) e renova seu maior patamar histórico, sendo negociado próximo dos US$ 74 mil, com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Às 08h, o bitcoin registrava alta de cerca 6,50% e era vendido a US$ 73.863. Na máxima do dia, a moeda subiu 8,63%, ultrapassando os US$ 75 mil. No Brasil, a alta da criptomoeda era ainda mais expressiva, de mais de 11%, vendida a quase R$ 443 mil.

O efeito da vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris também impulsiona outras criptomoedas pelo mundo, como o ethereum, a solana e a BNB, alguns dos principais criptoativos da atualidade.

Isso porque Donald Trump é um defensor mais ferrenho das criptomoedas do que Harris e investidores esperam que o político adote medidas que favoreçam esse mercado durante seu mandato.

No fim de julho deste ano, durante sua campanha eleitoral, Trump participou da conferência Bitcoin 2024 e disse aos participantes do evento que eles seriam “muito felizes” com uma eventual vitória sua.

“Se a criptografia vai definir o futuro, quero que seja extraída, cunhada e fabricada nos Estados Unidos”, disse o republicano.
Essa postura favorável às criptomoedas foi uma mudança nos discursos de Trump. Há alguns anos, ele se manifestava publicamente contra esse tipo de ativo.

Em um post no X (antigo Twitter) em 2019, Trump afirmou que não era “fã” do bitcoin e de outras criptomoedas, dizendo que esses ativos “não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar”.

“Ativos criptográficos não regulamentados podem facilitar comportamento ilegal, incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais”, disse o republicano à época.

O Sextou desta semana homenageia o cantor, compositor, poeta e ator Agnaldo Rayol, que morreu na última segunda-feira, aos 86 anos, em São Paulo. Entrevistei, ontem, a jornalista Nilu Lebert, autora da biografia ainda não concluída do artista e de várias outras biografias, entre elas, dos atores Fúlvio Stefanini e Beatriz Segal.

Agnaldo Rayol ficou conhecido pela voz de barítono e sua participação como cantor e apresentador em diversas atrações da televisão brasileira. Entre os maiores sucessos do artista, estão suas interpretações de canções italianas, tais como “Mia Gioconda” e “Tormento D’Amore”.

Agnaldo Rayol deixou um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs. O programa tributo em homenagem ao cantor irá ao ar na próxima sexta-feira, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Por Tales Faria
Colunista do UOL

O ex-presidente Donald Trump venceu as eleições para retornar à Casa Branca em condições bem superiores àquelas do seu primeiro governo. Além do poder Executivo, terá uma maioria tão sólida quanto nunca teve na Suprema Corte e o domínio já garantido no Senado e, muito provável, na Câmara dos deputados.

O controle do Executivo, do Legislativo e do Judiciário neste momento dá o que se pode chamar de superpoderes ao futuro presidente para executar tudo aquilo que prometeu a seus eleitores. Em sua primeira eleição, em 2016, embora tivesse maioria no Congresso, ele não detinha controle algum sobre seu partido. Sofria oposição interna de grupos poderosos no Partido Republicano.

O próprio vice-presidente de seu primeiro mandato, Mike Pence, resistia a seu comando. Enquanto Trump impulsionava seus apoiadores a invadirem o Capitólio, em 7 de janeiro de 2022 após a derrota nas urnas, Pence reconhecia a vitória do democrata Joe Biden.

Agora o vice-presidente eleito, James David Vance, é considerado como absolutamente afinado com o chefe da Casa Branca.

Na Suprema Corte, durante quase todo seu primeiro governo, Trump contava com uma frágil maioria de ministros conservadores: 5 a 4. Somente no último ano de seu mandato, em 2022, conseguiu ampliar para 6 a 3 o número de ministros aliados.

Essa maioria sólida com que governará é muito importante. Permite a tomada decisões polêmicas, que antes não ocorreriam. Desde 1973, quando foi aprovado o direito ao aborto, por exemplo, os republicanos buscavam derrubar a decisão, mas não ousavam tentar objetivamente, com uma maioria frágil. Após Trump formar a maioria de 6 a 3, a Suprema Corte reverteu a decisão.

A candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, pretendia retomar o direito ao aborto caso fosse eleita. Mas agora, com a vitória de Trump, o desejo dos progressistas terá que ser adiado.

No Senado, hoje o Partido Democrata detém a maioria. Contava com os votos de seus 47 senadores e o apoio de independentes para superar os 49 representantes dos republicanos. Mas agora, com a vitória de Trump, o partido Republicano elegerá no mínimo os 51 senadores que lhe garantem maioria.

Na Câmara, o resultado da apuração deve demorar mais a sair. Em 2022, os republicanos asseguraram a maioria na Casa com 220 deputados contra 212 democratas. Até a manhã desta quarta-feira, 8, o placar estava em 193 representantes para o partido de Trump contra 173 para os democratas.

Ou seja, o futuro presidente deve ficar com o controle das duas Casas legislativas, de uma Suprema Corte de sólida maioria conservadora e dos indicados pelo Partido Republicano, agora sob seu total controle, para cargos no poder Executivo.

O superpoderoso novo presidente poderá então cumprir o que prometeu durante a campanha. Ele disse que irá fazer “tudo aquilo” que não teria podido em seu primeiro governo devido à “oposição interna”.

Disse, por exemplo, que irá terminar de construir o muro entre os Estados Unidos e o México que prometeu na campanha eleitoral de 2016. Também havia prometido fazer a “maior deportação em massa da história dos EUA, expulsando “todos os indivíduos ilegais”, o que não conseguiu naquela época.

Ameaçador, o candidato defendeu diversas vezes nesta nova campanha eleitoral uma retaliação, caso saísse vitorioso das urnas, contra os sistemas, instituições e pessoas que ele acredita que o injustiçaram nos últimos tempos.

Seus aliados sugerem que Trump irá usar o Departamento de Justiça contra seus inimigos políticos, expurgar o que chamam de “burocratas desleais” e consolidar seu poder.

Também acreditam que ele concederá indulto a si próprio pela condenações que já sofreu na Justiça comum e a paralisação de todos os processos contra si e contra seus principais aliados. A expectativa é de que conceda perdão até mesmo aos invasores do Capitólio.

A outra retaliação se volta para o resto do mundo. Líderes da Europa, como Emanuel Macron, da França, que o confrontaram, e na América Latina, como o presidente Lula, do Brasil, que anunciou apoio a Kamala, não perdem por esperar. Especialmente a organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU). que ele sempre odiou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou nesta quarta-feira (6) o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, afirmou Lula.

Lula deu as declarações em postagem em uma rede social. Na semana passada, durante entrevista a um veículo de comunicação francês, o petista declarou apoio à democrata Kamala Harris.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros dizem que o caminho para o governo Lula deve ser a aposta no pragmatismo, para que os dois países mantenham uma boa relação.

Diplomatas avaliam que as declarações recentes de Lula a favor de Kamala não colaboraram para a futura relação entre Lula e Trump.

Essas fontes do Itamarty destacam, contudo, que os dois presidentes não conviveram no exercício dos mandatos, logo, é possível reverter eventual mal-estar.

Do g1.

Uma medida cautelar determinou que o Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife corrija os valores que foram pagos à Nova Mobi, que é responsável pelo serviço de BRT da região. Isso porque a empresa estava recebendo sem os descontos necessários.  

A medida cautelar foi do conselheiro Dirceu Rodolfo, que indicou que o Consórcio tem dez dias para encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um plano de ressarcimento dos valores que foram pagos indevidamente, que somam R$ 5,6 milhões. No entanto, a defesa alega que o valor a ser ressarcido seria de R$ 4,6 milhões e a divergência será resolvida em uma auditoria especial.

De acordo com a Gerência de Fiscalização de Transporte e Mobilidade do TCE, a Nova Mobi não contratou a consultoria necessária para monitorar a qualidade dos serviços que estão sendo prestados e que, a depender da avaliação, pode afetar o pagamento a ser recebido.  Além disso, nem todas as estações de BRT estão funcionando, o que também deveria reduzir o valor dos pagamentos. No entanto, mesmo com essas pendências, a empresa estava recebendo mensalmente o valor integral. 

Da CBN Recife.

O ex-presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais na manhã desta quarta-feira (6) para parabenizar Donald Trump pela iminente vitória. Projeções realizadas pela CNN apontam vantagem de trump com a conquista de 266 delegados. No modelo de eleição indireta realizada nos Estados Unidos vence quem conseguir eleger 270 delegados.

Na publicação feita por Jair Bolsonaro na rede social X ele afirma que Trump se ergueu e voltarà à presidência dos Estados Unidos contra tudo e contra todos mesmo sofrendo “uma injustificável perseguição judicial”.

“Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. Um homem que, mesmo após enfrentar um processo eleitoral brutal em 2020 e uma injustificável perseguição judicial, ergueu-se novamente, como poucos na história foram capazes de fazer. Contra tudo e contra todos, Donald Trump voltará à Presidência da República dos Estados Unidos da América para completar sua missão: restaurar a grandeza de sua nação, proteger os interesses de seu povo e trabalhar por um mundo mais livre e com mais paz e tranquilidade”, afirma Bolsonaro na postagem.

O Ex-presidente do Brasil, também parabenizou Trump, a quem chamou de amigo pela “vitória épica, que marca não apenas seu retorno à Casa Branca, mas também o triunfo da vontade popular sobre os desígnios arrogantes de alguns poucos que  desprezam nossos valores, nossas crenças e nossas tradições”

Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2026, afirmou que a volta de Trump reacende a liberdade e ecoa em todo mundo e deseja que os brasileiros sejam inspirados a seguir o mesmo caminho. O ex-presidente também disse que espera, assim como Trump, ter a chance de concluir sua missão.

“Que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho. Que nossos compatriotas vejam neste exemplo a força para jamais se dobrarem, para erguerem-se com honra, seguindo o exemplo daqueles que nunca se deixam vencer pelas adversidades. Que nossa nação retome o seu destino de grandeza, para que seu povo volte a se orgulhar de sua história e de seus valores, sem a mácula da censura e do abuso de autoridade, com liberdade e segurança para todos.”

Do Correio Braziliense.

Por Betânia Santana
Do Blog da Folha


A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) intensificará sua participação no debate sobre a concessão de parte dos serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Ontem, a convite do deputado Waldemar Borges (PSB), o presidente da Companhia, Alex Campos, participou da reunião da Comissão de Administração para esclarecer as mudanças no modelo da entidade. O Legislativo também vai instalar uma frente parlamentar para acompanhar as discussões sobre as alterações.

O presidente da Comissão de Administração, deputado Joaquim Lira (PV), pretende recolher assinaturas hoje e encaminhar o pedido à mesa diretora ainda amanhã (7).

“Será uma frente pluripartidária, com representantes de todas as regiões do Estado, e uma frente apartidária, nem do governo, nem da oposição. Queremos um conjunto de parlamentares acompanhando os desdobramentos do processo de concessão”, explicitou o deputado, que integra a base do Governo.

Para o presidente da Compesa, Alex Campos, a frente parlamentar é bem-vinda e representa uma oportunidade de parlamentares, instituições e representantes da sociedade civil se envolverem no debate. Ontem, a convite do deputado Waldemar Borges (PSB), Alex Campos participou da reunião da Comissão de Administração. “Inauguramos uma série de encontros e audiências. É de grande mérito discutirmos até conceitos como privatização e concessão”, enfatizou.

O modelo de concessão será guiado por um estudo do BNDES, contratado por outros 20 Estados. “Nós temos algumas preocupações”, pontuou Waldemar Borges: Captar, tratar e distribuir a água serão divididas entre a Compesa e a iniciativa privada. “Precisamos entender essa equação financeira e como o Estado será remunerado”, alerta o deputado. A governança é outro item, para que o Estado não perca a força no processo. Outro ponto de preocupação é com os servidores. 

A Compesa descarta a possibilidade de demissão. Alega que 1.800 dos 2.600 funcionários estão envolvidos na produção e tratamento d’água. Com a divisão de atribuições, todos estarão envolvidos no mesmo trabalho.

“Vamos ganhar mais fôlego operacional”, prevê Alex Campos. Segundo ele, o desafio do Estado é focar nas áreas onde há maior necessidade de abastecimento e definir para onde os investimentos serão priorizados. 

Waldemar Borges considera importante conhecer como o sistema tem funcionado no Rio de Janeiro e em Alagoas que adotaram modelo semelhante. O dirigente da Compesa concorda e considera uma vantagem para Pernambuco poder aprender com possíveis erros e acertos dos dois Estados.

O candidato republicano Donald Trump, 78 anos, venceu as eleições presidenciais ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, aponta projeção da Associated Press desta quarta-feira (6).

A vitória de Trump foi anunciada por volta das 7h30 desta quarta após o republicano vencer o estado-chave de Wisconsin e ultrapassar a marca de 270 delegados, uma margem inalcançável para sua concorrente, a democrata Kamala Harris, ainda que a contagem de cédulas pelo País não tenha sido totalizada. Sua vitória repercutiu no mundo todo e líderes mundiais o parabenizaram.

Além de Wisconsin, Trump também venceu em outros estados decisivos, como Pensilvânia, Carolina do Norte e na Geórgia, e está à frente em Michigan, Nevada e Arizona.

Durante a madrugada, antes mesmo de Kamala reconhecer a derrota, Trump já fez um discurso da vitória na Flórida. Ele falou sobre imigração ilegal, disse que seu slogan será ‘promessas feitas serão cumpridas’ e pregou a união entre todos os americanos.

A projeção do resultado feita por estatísticos a serviço de institutos e meios de comunicação não é oficial, mas é historicamente aceita pela sociedade americana em eleições presidenciais. Entenda como funciona.

Os Estados Unidos não têm um tribunal eleitoral de âmbito nacional, como o Brasil, e a apuração é de responsabilidade de cada Estado. A contagem oficial pode demorar semanas, e a projeção permite saber com antecedência quem será o vencedor.

Há 178 anos, a AP é uma das fontes mais confiáveis para contabilizar os votos das eleições americanas.

Vitória
A vitória de Trump marca o retorno do republicano ao poder após quatro anos, quando perdeu para o democrata Joe Biden em 2020. É a segunda vez que um presidente volta ao cargo na história, depois de Grover Cleveland (1893-1897 e 1885-1889).

Trump assume o cargo em 20 de janeiro de 2025. Ele terá nos dois primeiros anos de governo a Câmara e o Senado de maioria republicanas.

A eleição dele representa uma situação totalmente inédita na história dos Estados Unidos: Trump será o primeiro presidente já condenado na Justiça.

Em maio deste ano, ele foi condenado por fraude contábil ao declarar como gasto de campanha um pagamento feito a uma ex-atriz pornô. O dinheiro, segundo a acusação, foi pago para comprar o silêncio de Stormy Daniels para que ela não tornasse público o suposto caso que tiveram durante a campanha presidencial de 2016, da qual ele saiu vencedor.

O republicano ainda é réu em três processos diferentes, com dezenas de acusações. E, mesmo reeleito, ele terá de ir a julgamento e pode até governar atrás das grades se for condenado à prisão em algum deles.

Em um dos processos, Trump é acusado de tentar reverter de forma ilegal as eleições presidenciais de 2020. Ele sistematicamente contesta a sua derrota nas urnas naquele pleito, que culminou na invasão do Capitólio (o prédio do Congresso dos EUA) em janeiro de 2021.

O republicano é acusado ainda por 18 mulheres de crimes sexuais — três deles estupros — segundo um levantamento da rede de TV norte-americana ABC. Ele nega todos os casos.

Do g1.