A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.
A corridinha diária de 8 km, hoje, foi na praia. Na areia, exige mais condicionamento e fiz o percurso em 55 minutos. Ao final, um banho de mar para restaurar o corpo e alma, sentindo cheiro de sargaço.
O Globo
Morreu, na noite deste domingo, aos 73 anos, o cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do histórico movimento Clube da Esquina e referência da MPB. Ele estava internado no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, desde 18 de outubro, para tratar um quadro de intoxicação medicamentosa. Depois de passar por traqueostomia, Lô vinha respirando com auxílio de ventilação mecânica. Ainda não há informações sobre velório.
Ícone de um movimento
Garoto da rua, da bola de gude, Lô Borges seguiu menino a vida inteira. A esquina, o clube, tudo passa por ele. Nascido em Belo Horizonte no dia 10 de janeiro de 1952, Salomão Borges Filho, construiu uma das trajetórias mais marcantes da nossa música. Ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Fernando Brant e do irmão, Márcio Borges, entre outros nomes, foi peça fundamental no movimento que revolucionou a música brasileira nos anos 1970, unindo sonoridades latino-americanas ao rock, ao jazz e à música folclórica.
Leia maisEra Lô quem organizava, nos idos dos anos 1960, o encontro da molecada no cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no pacato bairro de Santa Tereza, região leste de BH. Aquela turma, que inicialmente se reunia para papear, jogar bola e tocar violão, inspirou a canção “Clube da Esquina”, presente no quarto álbum de Milton Nascimento, “Milton” (1970), e que acabou batizando também um discos mais celebrados no Brasil: “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento e Lô Borges, de 1972.
A música virou disco e o disco virou movimento. Mais do que um jeito de se fazer canção, virou um estado de espírito — não há nada parecido com o Clube da Esquina e todas as suas camadas, viagens de ventania. Algumas referências vieram de fora pra dentro, como os Beatles, pilar fundamental da estética inaugurada por aquela safra de músicos e letristas mineiros. Mas vieram, principalmente, dali mesmo, de Minas Gerais e de sua geografia montanhosa, das janelas laterais, das vielas, das ladeiras íngremes, e de toda sua cultura própria, da qual Lô e companhia sempre cantavam orgulhosos. “Sou do mundo, eu sou Minas Gerais”, disseram na canção-carta “Para Lennon e McCartney”, parceria dele com Fernando Brant e Márcio Borges, famosa na voz de Milton.
Lô era um dos 11 filhos do jornalista Salomão Borges e da professora Maria Fragoso Borges, a Dona Maricota, que moravam na Divinópolis, numa casa que está de pé até hoje e que ainda pertence à família. Como um personagem vivo, a tal casa foi fundamental não só para o movimento que se estabeleceria mais tarde, servindo de abrigo para diversos encontros da turma que orbitava os Borges, entre eles Toninho Horta, Wagner Tiso, Tavito, Flávio Venturini e Beto Guedes.
O encontro com Milton
Por um problema na fundação, a residência dos Borges em Santa Tereza entrou em obra. Salomão, Dona Maricota e a prole, então, se mudaram para o Edifício Levy, no Centro de BH. Por acaso, na escada do Edifício Levy, Lô conheceu uma voz incomum. O encontro mudaria de vez a música popular brasileira.
— Uma semana depois que chegamos no Levy, minha mãe pediu que eu fosse comprar café, leite e pão. Como todo garoto, preferia escada ao elevador —contou Lô Borges ao GLOBO em entrevista publicada em 2022. — Morávamos no décimo sétimo andar. Descendo os degraus, de repente me deparo com um som divino, que ficava mais alto conforme eu descia. Eram uns falsetes de voz acompanhados de violão. Quando cheguei no quarto andar, estava lá o Bituca. Eu era uma criança de 10 anos e o Milton um cara de 20, mas não fez a menor diferença, rolou uma empatia forte. Fiquei totalmente seduzido, abduzido pela voz e pelo violão dele.
Milton logo virou praticamente o 12º filho de Salomão e Dona Maricota. Com Márcio Borges, um dos irmãos mais velhos de Lô, ele compôs suas primeiras canções. A dupla assistiu a três sessões seguidas do filme “Jules et Jim”, de François Truffaut, no Cine Tupi, e saiu inspirada. No 17º andar do Levy, na mesma noite, fizeram “Paz do amor que vem” (que depois virou “Novena”), “Crença” e “Gira girou”. Asduas últimas entraram para o álbum de estreia de Milton, “Travessia”, de 1966.
A consolidação do movimento no Rio de Janeiro
Se o Clube da Esquina, enquanto pura agitação juvenil, nasceu nas ladeiras do bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, sua consolidação como movimento musical singular se deu no Rio de Janeiro, como explicou o próprio Lô Borges em depoimento ao GLOBO em 2022.
— A esquina mesmo da Divinópolis com Paraisópolis era a realidade da família Borges. Ali era eu, meus irmãos e Beto Guedes. Flavio Venturini, Toninho Horta, Nelson Ângelo, Tavito, Wagner Tiso, cada um frequentava os lugares onde eles moravam em Belo Horizonte. Essa esquina não era muito frequentada, a não ser pelo pessoal do meu bairro, que era o bairro de Santa Tereza. Então o chamado movimento Clube da Esquina se deu na cidade do Rio de Janeiro, quando todos esses mineiros foram se encontrar no estúdio da Odeon para gravar “Clube da Esquina”, que o Bituca tinha me convidado para dividir e fazer a metade das músicas — relembrou Lô.
Lô Borges, Milton Nascimento e Beto Guedes moraram por cerca de dez meses em Niterói, entre 1970 e 1971, na então Praia de Mar Azul, hoje conhecida como Prainha de Piratininga. Foi lá que eles compuseram quase todo o álbum “Clube da Esquina”, lançado em 1972.
Antes disso, os amigos passaram meses pulando de apartamento em apartamento na Zona Sul do Rio. Em entrevista publicada pelo GLOBO em 2022, Lô Borges contou que eles não conseguiam parar muito tempo num mesmo imóvel — em plena ditadura militar no Brasil, três jovens músicos cabeludos eram constantemente amedrontados por vizinhos e policiais truculentos.
— Foi aí que um empresário do Milton teve uma luz e conseguiu uma casa num lugar paradisíaco, e nós nos mudamos — explicou Lô sobre a ida para Piratininga.
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Por Rinaldo Remígio Mendes*
Lendo os noticiários em blogs, me deparei com este tema de tão grande relevância para os pernambucanos: o IPVA e a discussão sobre sua possível isenção no Estado, tema que levará a Alepe a realizar uma audiência pública. A reunião acontecerá nesta quarta-feira (5/11), reunindo parlamentares, especialistas e representantes da sociedade civil. A iniciativa visa avaliar os impactos econômicos das propostas em tramitação e abrir espaço para que a população participe ativamente do debate.
Como cidadão pernambucano, registro meu reconhecimento e apreço à iniciativa do deputado Antonio Coelho, presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da ALEPE, por conduzir essa audiência pública.
Leia maisA proposta de abrir o debate com a sociedade demonstra comprometimento, transparência e responsabilidade política, especialmente diante do impacto que a carga tributária exerce sobre o orçamento das famílias e dos trabalhadores autônomos.
Ao reunir diferentes segmentos sociais para discutir projetos que tratam da isenção de IPVA para motociclistas, motoristas de aplicativo e proprietários de veículos mais antigos, o parlamentar reafirma seu papel de liderança ativa e sensível às demandas do povo pernambucano.
A iniciativa é um passo importante rumo a uma tributação mais justa e equilibrada, capaz de fortalecer a economia estadual e devolver à população condições mais dignas de consumo e mobilidade.
Parabenizo o jovem deputado Antonio Coelho e os demais membros da Comissão de Finanças pela postura democrática e pela disposição em ouvir a sociedade na busca de soluções que beneficiem Pernambuco.
*Professor universitário, administrador, contador e mestre em economia.
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O ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid, teve a tornozeleira eletrônica retirada nesta segunda-feira (3). A remoção vem após a conclusão do julgamento da trama golpista especificamente em relação a Cid – outros réus ainda aguardam a análise de recursos apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última quinta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes, relator do tema no STF, determinou o início do cumprimento por Cid da pena por tentativa de golpe de Estado. No regime aberto, Cid:
Delator do esquema golpista, Cid recebeu a pena mais leve entre os condenados pela Primeira Turma do STF. O colegiado fixou a punição em 2 anos de reclusão em regime aberto, com o cumprimento de medidas cautelares.
Diferente dos demais condenados no caso, Cid não apresentou recursos – os chamados embargos de declaração – contra a sentença definida em setembro pela Primeira Turma do STF.
O início do julgamento destes recursos está marcado para esta semana. Mauro Cid deve tirar 60 dias de férias do Exército a partir desta terça-feira (4). Ele aguarda que o Exército analise um pedido de aposentadoria.
Medidas cautelares
Entre as medidas determinadas por Moraes, Cid também terá que cumprir recolhimento domiciliar no período noturno (entre 20h e 6h) e integralmente nos finais de semana.
O militar tinha planos de se mudar para os Estados Unidos com a família, mas Moraes manteve a proibição de se ausentar do país. O ministro também determinou que seja levantado por quanto tempo Mauro Cid ficou preso de forma provisória para que esse período seja abatido da pena. Ao longo da investigação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso duas vezes, mas por menos de seis meses.
A defesa do militar pediu que seja descontado o período em que ficou com medidas cautelares, o que poderia gerar a extinção das cautelares. Esse pedido ainda vai ser analisado pelo relator, Alexandre de Moraes.
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Por Letícia Lins
Gênio do piano e aclamado como um dos grandes nomes da cena contemporânea do jazz, o recifense Amaro Freitas brinda o público do Recife, no próximo dia 28 de novembro, com show intimista no Paço do Frevo. Ainda faltam 25 dias, mas é que os ingressos já estão à venda. E o espaço só comporta 150 pessoas. Portanto, é bom correr, para garantir a oportunidade, pois será o último show do ano de Amaro no Recife, já que ele tem agenda para cumprir por outros estados e países.
Os ingressos custam R$ 80 e R$ 40 (meia) e podem ser acessados na Sympla. Além da apresentação de um grande pianista, o evento tem outra razão de ser. É que com ele, inaugura-se a Praça do Frevo, no terceiro andar daquele que é um dos equipamentos culturais mais queridos do Recife. O espaço torna-se um novo palco artístico para receber apresentações além da programação tradicionalmente oferecida pelo Paço do Frevo.
Leia maisApós Amaro Freitas, a Praça do Frevo já tem sua próxima atração dentro do modelo de viabilizar o espaço como local para shows e espetáculos diversos no Recife: no dia 4 de dezembro, recebe a apresentação do coletivo Reverbo. Idealizado pelo multiartista Juliano Holanda, o coletivo reúne nomes da cena musical de Pernambuco e vai apresentar um repertório especial de frevos autorais, muitos ainda inéditos, em show único. Pianista, compositor, arranjador e diretor musical, Amaro Freitas detém o posto de revelação do jazz internacional por “uma abordagem do teclado tão única que é surpreendente”, como definiu a revista DownBeat.
O artista foi consagrado em 2025 com o Prêmio da Música Brasileira. Em 2024, já havia sido consagrado como o Melhor Instrumentista do Ano pelo Prêmio Multishow. Com seu piano, é capaz de apresentar melodias marcantes a grooves mântricos, temas que trazem um importante aceno à diáspora africana. Desde “Sangue Negro” (2016), passando por “Rasif” (2018) e “Sankofa” (2021) ao seu último e premiado disco “Y’Y” (2024), Amaro vem construindo uma carreira sólida pelo mundo. Em seu último show do ano no Recife, o instrumentista incluirá no repertório composições dos álbuns anteriores intercaladas com as atuais.
Em formato solo e para o pequeno público, o show do próximo dia 28 tem como base o mais recente projeto de Amaro, “Y’Y” (lê-se “Iê Iê”, ver vídeo abaixo), que foi eleito o Melhor Álbum Instrumental do Ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). E que já foi apresentado em turnê mundial em países como França, Japão, Dinamarca, Estados Unidos, Itália e Grécia. Em “Y’Y”, o piano contemporâneo do artista traz referências do compositor John Cage através do “piano preparado” herdado pelo celebrado percussionista Naná Vasconcellos. Com acenos às nossas raízes afro-brasileiras e amazônicas, Amaro faz do piano um tambor de 88 teclas. Em seu último show do ano no Recife, o instrumentista incluirá no repertório composições dos álbuns anteriores intercaladas com as atuais.
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O cenário político no município de João Alfredo, no Agreste de Pernambuco, ganhou um novo e significativo contorno com a recente união do deputado federal Waldemar Oliveira (Avante) ao grupo de oposição local.
A articulação, que tem como foco as próximas disputas eleitorais municipais, indica um movimento estratégico do parlamentar para fortalecer sua base política na região, ao lado de lideranças que fazem frente à atual gestão municipal.
Leia mais“Estamos deixando para trás pessoas que cometeram uma verdadeira traição com este deputado que tanto fez por João Alfredo, e estamos nos unindo a um grupo que realmente valoriza a população da cidade”, declarou Waldemar.
A aliança do parlamentar com o grupo de oposição local, representado pela ex-candidata à Prefeitura em 2024, Vânia de Oim (Podemos), é um fator de peso na balança eleitoral de João Alfredo.
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A Agência Reguladora do Município de Petrolina (Armup) não poderá exercer o papel de fiscalizar a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), ao menos por enquanto. A decisão partiu da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), nessa semana, derrubando a sentença proferida pela Vara da Fazenda Pública da Comarca de Petrolina favorável à Armup.
O desembargador substituto, juiz José André Machado Barbosa Pinto, acatou o argumento da Compesa, que no recurso apresentado justifica que a competência cabe, preferencial ou transitoriamente à Agência Reguladora do Estado de Pernambuco (Arpe). O mérito do recurso, no entanto, ainda será julgado em definitivo. As informações são do blog do Carlos Britto.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será instalada amanhã, às 11h, no Senado. O objetivo do colegiado será apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento de organizações, com foco na atuação de milícias e facções, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Senador mais antigo indicado para a CPI, Otto Alencar (PSD-BA), 78 anos, vai conduzir a sessão de instalação da comissão. Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido de criação da CPI, deve ser designado relator dos trabalhos. A TV Globo apurou que há consenso para essa indicação.
Leia maisAinda não há acordo, no entanto, sobre o senador que vai presidir o colegiado. Parlamentares estão em deslocamento nesta segunda para Brasília, onde as negociações sobre o presidente serão finalizadas.
Conforme o regimento do Senado, o presidente e o vice-presidente de uma CPI devem ser eleitos pelo colegiado. Uma vez eleito, o presidente designa um integrante para ser o relator da CPI.
Geralmente, essas definições se dão por acordo, mas há casos, como o da CPI do INSS, em que as negociações não são suficientes e os nomes são definidos pela ala que detém maioria na comissão.
O pedido de criação da CPI foi protocolado em 17 de junho, mas o colegiado só ganhou força na semana passada depois da nova crise de segurança que se instalou no Rio de Janeiro. Na última quarta-feira (29), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), determinou para esta terça-feira a data de instalação da CPI.
Partidos demoraram a fazer indicações
A TV Globo apurou que uma das razões para a demora na instalação foi a resistência dos partidos em indicar os participantes, tendo em vista a complexidade e a disputa política em torno do tema.
Os primeiros nomes para o colegiado só foram confirmados no dia 20 de outubro, mais de quatro meses depois de oficializada a CPI. A comissão terá 11 senadores titulares e o mesmo número de suplentes.
E irá, segundo o pedido de criação, investigar no prazo de 120 dias o “modus operandi” de facções e milícias, as condições de instalação e o desenvolvimento em cada região, bem como as respectivas estruturas de tomada de decisão. “Pelo perfil dos parlamentares indicados não será uma CPI chapa-branca”, concluiu Alessandro Vieira, autor do requerimento de criação do colegiado.
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O presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro, será homenageado, hoje, às 19h, na comemoração solene dos 200 anos do Diário de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação da América Latina. A festa deve congregar autoridades e é esperada a presença da governadora Raquel Lyra (PSD). As informações são da colunista Roberta Jungmann.
Com o propósito de debater junto à sociedade os projetos de lei que propõem a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) bem como avaliar a situação econômica do Estado, o presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação, deputado Antonio Coelho, vai conduzir, na próxima quarta (dia 5), uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A reunião vai acontecer às 10h, no Auditório Sérgio Guerra.
Entre os principais projetos que tramitam no Legislativo estadual a respeito da alteração do regime tributação do IPVA estão o Projeto de Lei Ordinária nº 313/2023, de autoria do deputado Abimael Santos, que concede isenção do IPVA para motocicletas e veículos similares com até 170 cilindradas. A medida deve beneficiar motoboys, entregadores e trabalhadores autônomos, que utilizam motocicletas como meio de sustento e para deslocamento diário.
“É urgente que se faça uma reflexão sobre a tributação em Pernambuco sob uma perspectiva mais ampla. A alta carga tributária está estrangulando a economia e a população do estado. Reduzir impostos permite que as famílias possam consumir mais. Um cenário que estimula o círculo virtuoso da economia, incentiva o investimento e contribui para a geração de empregos”, destacou Antonio Coelho.
Pré-candidato ao Senado, o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) vem cada vez mais consolidando a sua relação de confiança com o presidente Lula (PT). O presidente reconheceu, mais uma vez, publicamente, em evento recente, o trabalho que o ministro vem realizando. Durante agenda pública, o presidente fez um dos mais enfáticos elogios ao ministro, reforçando a confiança e a relação de lealdade construída entre ambos. Na ocasião, Lula destacou a competência de Silvio na condução do ministério.
“Quero parabenizar o companheiro Silvio Costa Filho, que é um menino, um pernambucano que eu escolhi para ministro de Portos e Aeroportos e ele tem, sinceramente, dado um show no trabalho dele. É um menino que não tem preconceito. Não persegue ninguém. É um menino que não tem discórdia com ninguém e que só trabalha para fazer as coisas acontecerem. Isso me deixa muito orgulhoso de saber que às vezes a gente erra, mas também acertamos e escolhemos ministros de qualidade”, disse Lula em discurso.
Vale ressaltar que, em Brasília, o presidente tem dito a aliados que um dos seus senadores em Pernambuco será o ministro Silvio Costa Filho, porque gosta, confia e tem ajudado muito o seu governo. O ministro Silvio vem se dedicando entre as agendas em Pernambuco e Brasília, andando o país e fazendo entregas de infraestrutura fortalecendo o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Blog do Tavares Neto
Hoje, vamos contar a história de José Bezerra Sobrinho, um homem simples que nasceu em uma casa de taipa na Fazenda Matumbas, zona rural de Taquaritinga do Norte, e que se tornou um dos grandes nomes do comércio caruaruense.
Filho de Manoel Bezerra da Silva e Luiza Maria da Conceição, José foi o primogênito de uma família numerosa com 11 filhos. Em busca de melhores condições de vida, os pais decidiram mudar-se para a zona rural de Caruaru, estabelecendo-se na Fazenda Cacimba, em Jacaré Grande, às margens do Rio Capibaribe.
Leia maisDesde cedo, José Bezerra demonstrou ser determinado e visionário. Aprendeu a ler e escrever, tinha uma caligrafia exemplar e dominava as quatro operações matemáticas – o suficiente para ingressar com ousadia no mundo do comércio.
Ao lado de um amigo da família, Amaro Teixeira, cerca de 20 anos mais velho, José iniciou sua trajetória como mascate, viajando com seis burros carregados de mercadorias. Compravam cordas nas feiras de Santa Cruz do Capibaribe e vendiam em feiras de Toritama, Camocim de São Félix, Bonito, Palmares, Água Preta e Barreiros.
A sociedade, no entanto, não durou muito, já que o parceiro era boêmio e pouco comprometido. Mas antes de se separar, Amaro deixou um conselho que mudaria o destino de José: “O futuro do comércio da nossa região será a venda de tecidos e confecções”.
Seguindo essa visão, José Bezerra conheceu o libanês Coronel Jaime Nejaim, pai do lendário político Drayton Nejaim, e começou a vender tecidos nas feiras da região. Durante suas viagens, conheceu Maria Eulália, filha de um fazendeiro da zona rural de Bonito, com quem se casou em 1941. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres.
Após o casamento, José continuou trabalhando como feirante em diversas cidades, como Santa Cruz do Capibaribe, Gravatá de Ibiapina, Vertentes, Frei Miguelinho e Taquaritinga do Norte, viajando em um veículo popularmente conhecido como “sopa”, o que hoje chamamos de ônibus.
Com o tempo, fixou residência em Toritama, onde abriu seu primeiro comércio fixo, e depois se mudou definitivamente para Caruaru, em 1959. Nessa nova fase, contou com o apoio moral dos tios Raimundo e Severino Soares, que atuavam no ramo de estivas. Eles o apresentaram a fornecedores e gerentes de bancos, fortalecendo sua credibilidade no mercado.
Com muito esforço e pontualidade no cumprimento dos compromissos, José Bezerra inaugurou o Armazém Bezerra, na Rua dos Guararapes, nº 71 – a mesma rua onde os tios também eram comerciantes. O estabelecimento vendia gêneros alimentícios e produtos de perfumaria.
Sempre preocupado com o futuro dos filhos: José Filho, Carlos, Gilberto, Severino, Paulo, Roberto, Consuelo e Socorro –, fez questão de envolvê-los no trabalho. Em 1962, Gilberto, José Filho e Severino foram emancipados e se tornaram oficialmente sócios, como era o grande desejo do pai. Pouco tempo depois, a família transferiu a loja para um espaço maior, no número 208 da mesma rua.
O negócio prosperou. Em 1966, com o irmão Roberto já integrado à sociedade, a família comprou a loja do tio Sabino, em Araripina, na divisa com o Piauí, e fundou o Comercial Irmãos Bezerra (CIBEL). Severino foi escolhido para administrar a filial no Sertão.
O crescimento continuou e, em 1976, mesmo com certa apreensão do patriarca, a família decidiu expandir para o Recife, inaugurando o Comércio Pernambucano de Estivas (Compare), na Rua do Brum, nº 286. Severino mudou-se para a capital para comandar a nova unidade, enquanto José Filho ficou à frente da filial de Araripina e Gilberto assumiu a matriz em Caruaru, com o apoio dos irmãos Roberto e Paulo.
A trajetória de José Bezerra Sobrinho é um exemplo de superação, trabalho e união familiar. Ele faleceu em 19 de novembro de 2020, aos 103 anos, e sua esposa Maria Eulália partiu em 12 de junho de 2017, aos 96 anos.
Dessa família exemplar, o grande líder empresarial Gilberto Bezerra, Severino Bezerra e as irmãs Consuelo e Socorro, também já deixaram saudades.
A história de José Bezerra Sobrinho é um verdadeiro orgulho para Caruaru – um homem que, com coragem e visão, saiu da pobreza para se tornar um símbolo de sucesso e dignidade no comércio pernambucano. Em breve, traremos novos relatos sobre essa família que tanto contribuiu para o desenvolvimento de nossa cidade.
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Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã
Na próxima quarta-feira (5), o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) fará reunião na qual espera concluir o texto de um projeto de iniciativa popular que visa dar um freio importante na farra das emendas orçamentárias que é hoje alvo de investigação da Polícia Federal com a Operação Overclean e de ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como relator o ministro Flávio Dino.
A proposta do MCCE é singela no propósito. Pode ser resumida com aquele famoso ditado de origem bíblica: “Quem pariu Mateus, que o embale”. A proposta, assim, é vir a responsabilizar pessoalmente ou deputado ou senador que propôs a emenda orçamentária caso haja desvio do dinheiro. Seu CPF ficará vinculado à emenda.
Leia maisNão importará se não houver a constatação de que o dinheiro foi efetivamente parar no bolso do parlamentar. Seu CPF entrará no jogo. Se o dinheiro não chegar ao destino, a responsabilidade será dele. E ele terá que ressarcir aos cofres públicos a verba que for desviada.
A intenção do MCCE é iniciar, a partir da conclusão do texto, um processo semelhante ao que foi feito para a aprovação da Lei da Ficha Limpa. Um projeto de iniciativa popular precisa ter o apoio de, no mínimo, 1% do eleitorado, distribuído em pelo menos cinco estados do país.
O advogado e cientista político Melillo Dinis, integrante do MCCE, acredita que o projeto, caso chegue ao Congresso com a forma do apoio da sociedade por meio de iniciativa popular, poderá ter o êxito que teve a Lei da Ficha Limpa. Antes da sua aprovação, duvida-se que o Congresso viesse a aprovar algo contra ele mesmo (e as mudanças na lei mostram o tamanho dessa resistência). Mas, quando a pressão é grande, o Parlamento acaba sucumbindo à opinião pública. O que se verifica agora, e espanta, é como a coisa se naturalizou. O parlamentar domina a verba e não dá satisfação e isso não mais escandaliza.
“Não pode ser normal que um deputado ou senador tenha poder de destinação de dinheiro público maior que o orçamento da maioria das cidades”, comenta Melillo. E é isso mesmo. Cada deputado federal dispõe hoje de mais de R$ 37 milhões para emendas.
Isso sem contar com as demais modalidades que, na verdade, hoje são ainda mais graves pela falta de rastreamento e transparência. Apesar de todos os esforços do STF com Flávio Dino, as tais “emendas Pix” e o que compõe o tal “orçamento secreto” seguem não rastreáveis.
Então, surgem conversas nas investigações nas quais políticos dizem coisas como “Cadê minha Calói?”, supostamente referindo-se à propina pela verba que destinaram. A frase remete a uma antiga propaganda, na qual um menino pede uma bicicleta de presente.
Há informações de que as várias fases da Operação Overclean já teriam chegado a mais de uma dezena de parlamentares envolvidos com desvio de recursos orçamentários. Um escândalo anunciado. É o dinheiro da sociedade brasileira escoando pelo ralo.
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