Meu voo 1793, da Gol, atrasou seu pouso em Brasília por 45 minutos, devido a um forte temporal que desabou sobre o Distrito Federal, que estava sem chuva há mais de 150 dias. A aeronave ficou sobrevoando a cidade aguardando a melhora do tempo.
Meu voo 1793, da Gol, atrasou seu pouso em Brasília por 45 minutos, devido a um forte temporal que desabou sobre o Distrito Federal, que estava sem chuva há mais de 150 dias. A aeronave ficou sobrevoando a cidade aguardando a melhora do tempo.
O município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste Setentrional, sediou, há pouco, a palestra seguida da sessão de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado no Teatro Municipal Avani Lopes Feitosa e contou com o apoio do prefeito Helinho Aragão (PSD).

Além do chefe do Executivo Municipal, estavam presentes no ato o vice-prefeito, Flávio Pontes, o presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Maia, a vereadora Jéssyca Cavalcanti, o ex-prefeito Fábio Aragão e o deputado estadual Edson Vieira (UB).

Alunos da Escola Municipal Professora Orlandina Arruda Aragão e da Escola das Adolescências Prefeito Agostinho Rufino de Melo, participaram entusiasmados do lançamento.

Entres os secretários municipais, estiveram no lançamento o secretário de Esportes, Juventude Lazer, Gabriel Pontes, o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Antônio Pereira, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação, Turismo e Agricultura, Ralph Borges, o secretário de Governo, Breno Andrade, a secretária de Desenvolvimento Social e da Mulher, Ivone Queiroz Aragão, o secretário de Planejamento e Gestão de Pessoas, Paulo Cesar de Farias, a secretária de Receita Municipal, Janaina Marques Ramos, o secretário executivo de Saúde, Eliel Antônio, a secretária de Educação e Cultura, Cleciana Alves de Arruda, e o secretário de Defesa Social, Manoel Bernardino.


“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.

O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.

Diário de Pernambuco
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investiga se o prefeito de Serrita, Aleudo Benedito (MDB), utilizou a Festa do Jacó, realizada em julho deste ano, para promoção pessoal. O inquérito civil foi instaurado no dia 31 de outubro, depois que a promotoria recebeu relatos e vídeos que denunciam conduta irregular do gestor durante o evento, realizado com recursos públicos da cidade.
“Durante a primeira noite da ‘Festa do Jacó’, evento custeado com recursos públicos do município de Serrita, foram observadas diversas situações que configuram, em tese, promoção pessoal do atual gestor municipal, Aleudo Benedito”, diz a portaria de instauração do inquérito. Segundo o MPPE, os fatos “podem configurar ato de improbidade administrativa por violação aos princípios da administração pública, notadamente o da impessoalidade”.
Leia maisA reportagem teve acesso aos autos do processo, em que os noticiantes afirmam que o prefeito fez uso inadequado da publicidade oficial para fins de promoção pessoal. As representações também mencionam “veiculação do nome e símbolos pessoais do prefeito em peças publicitárias, palcos e telões; postagens em redes sociais oficiais da prefeitura marcando o perfil pessoal da autoridade e transformação do evento público em plataforma de campanha eleitoral antecipada”.
Vídeos incluídos nos autos do processo mostram o momento em que o locutor do evento ressalta ações da prefeitura, como o adiantamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores, a construção de uma UPA, de uma UBS e o asfaltamento de ruas. Após a apresentação das ações atribuídas ao prefeito, ele é chamado ao palco do evento, sendo recebido com fogos de artifício.
Aleudo Benedito, então, se apresenta ao público acompanhado de outros políticos, como o deputado estadual Aglaison Victor (PSB), o deputado federal André Ferreira (PL) e seu irmão, Anderson Ferreira (PL), que é chamado pelos locutores de “futuro senador” e chega a discursar ao microfone.
De acordo com uma das denúncias, durante apresentação no dia 18 de julho, o cantor Wallas Arrais também tenta citar o prefeito, mas erra seu nome. Em seguida, o nome do político teria sido projetado no telão. “Meu amigo Aleudo você manda e a gente obedece!”, teria dito Arrais.
Os autos também contam com prints de publicações de Benedito nas redes sociais. Em uma delas, registrada no dia 20 de julho, ele entrega um presente ao cantor Avine Vinne. “No palco, logo após o show, presenteei o cantor Avine Vinne com um chapéu de couro”, publicou o prefeito.
A reportagem procurou a Prefeitura de Serrita através de seu e-mail oficial, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem. O jornal também contactou a assessoria de imprensa do MDB, partido de Aleudo, que disse não ter o telefone do prefeito.
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O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizou, hoje, um ato público em defesa do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (SASSEPE). A mobilização aconteceu em frente à agência do SASSEPE, em Arcoverde, e reuniu educadores e representantes de diversas categorias do funcionalismo estadual.
A presidente da Associação de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Assepe), Florentina Cabral, mais conhecida como Morena, destacou o sofrimento enfrentado por quem depende da rede. Há casos de servidores que precisam sair de suas cidades, como Arcoverde, para buscar atendimento no Recife.
Leia mais“Se fosse só aqui, já seria suficiente para identificarmos a precariedade e o caos em que estamos mergulhados nessa assistência. Mas não é só em Arcoverde, é em todo o Estado de Pernambuco. Muitos companheiros e companheiras saem de outras cidades do interior para o Recife, em busca de uma consulta agendada – e muitas vezes não são atendidos”, relatou.
Durante o protesto, os participantes denunciaram o subfinanciamento da rede, os atrasos nos repasses e a falta de investimentos por parte do Governo de Pernambuco. O Sintepe cobra de Raquel Lyra a adoção de medidas emergenciais para garantir a reestruturação e o fortalecimento do sistema, essencial para o atendimento à saúde dos servidores públicos.
O SASSEPE enfrenta atualmente uma das piores crises de sua história, marcada por filas de cirurgias e internações, atrasos nos pagamentos, redução da rede credenciada e dificuldades de acesso a consultas e exames, tanto na capital quanto no interior do estado.
O diretor do Sintepe, Edgar Luna, destacou que a crise do SASSEPE não afeta apenas os servidores, mas também a população em geral, ao pressionar ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).
“É necessário que essa luta venha acompanhada do apoio das comunidades, do apoio de cada cidadão e cidadã. Quando o servidor não é atendido pelo SASSEPE no momento em que mais precisa, isso acaba sobrecarregando ainda mais o SUS”, afirmou.
O Sintepe reforça que continuará mobilizado, em conjunto com outras entidades representativas do funcionalismo estadual, pela valorização do serviço público e pela recuperação do SASSEPE, para que o sistema volte a cumprir plenamente sua função de garantir atendimento digno e de qualidade aos servidores estaduais.
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O diretor-presidente do Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco (IICPE), Geziel Bezerra, esteve em Brasília participando de uma reunião com o deputado federal Lucas Ramos (PSB-PE). Durante o encontro, Geziel apresentou os principais projetos e ações sociais conduzidos pelo IICPE, destacando o papel da instituição na promoção da inclusão, acessibilidade e cidadania. O deputado reafirmou seu compromisso com a causa e anunciou a destinação de uma emenda parlamentar ao Instituto.
De acordo com o parlamentar, o apoio tem como objetivo ampliar o alcance e a sustentabilidade das ações do IICPE em todo o estado. A iniciativa reforça o compromisso do mandato com a consolidação de políticas públicas que garantam direitos e oportunidades para as pessoas com deficiência.
Geziel Bezerra destacou a importância da parceria e o papel do Instituto como agente de transformação social: “O IICPE tem se consolidado como uma voz ativa na defesa dos direitos das pessoas com deficiência em Pernambuco. Cada nova parceria representa um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e acessível, e o apoio do deputado Lucas Ramos reforça esse compromisso coletivo com a inclusão”, afirmou o presidente.
A deputada federal Maria Arraes (SD) representou Pernambuco no Encontro Internacional de Parlamentares Mulheres pelo Clima, realizado hoje, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém do Pará. Vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, Maria participou de debates que destacaram o papel das mulheres na agenda climática global e a importância da cooperação entre países.
Durante o evento, a deputada integrou painéis como “Mulheres, Clima e Poder”, que discutiu a liderança feminina na pauta ambiental; “Diálogo Interparlamentar para Fortalecer a Ação Climática e a Transição Justa na América Latina e no Caribe”, voltado à cooperação das regiões; e “O Papel do Parlamento na Implementação das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas)”, que tratou da responsabilidade dos legislativos na execução dos compromissos climáticos.
Leia maisSegundo Maria, o enfrentamento às mudanças climáticas exige ação imediata. “O debate climático deixou de ser uma discussão sobre o futuro e passou a ser uma questão de sobrevivência no presente. Estar na COP 30 é reafirmar o compromisso de transformar projetos em ações concretas, capazes de reduzir os impactos que já sentimos em todo o mundo”, afirmou a parlamentar.
A participação de Maria na COP 30 reforça sua atuação legislativa voltada à prevenção e adaptação climática. Na Câmara, ela é autora de uma proposta que sugere ao Poder Executivo a criação de um grupo de trabalho nacional permanente para a prevenção de catástrofes climáticas. A iniciativa tem caráter intergovernamental e intersetorial e busca integrar ações de diferentes esferas e setores diante da recorrência de desastres no país, como as enchentes no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, as secas na Amazônia e no Sertão Nordestino e os incêndios no Pantanal e no Cerrado.
O grupo seria composto por representantes das Defesas Civis e secretarias estaduais de Meio Ambiente e Infraestrutura, por órgãos federais – como os ministérios das Cidades, da Integração e Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente e Mudança do Clima –, além de instituições financeiras, como o BNDES, universidades, organizações da sociedade civil e o setor privado.
“É inaceitável que os estados continuem investindo mais em remediar tragédias do que em preveni-las. Precisamos mudar essa lógica e priorizar políticas estruturantes de prevenção”, destacou Maria.
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Por Luiz Queiroz – Capital Digital
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) divulgou o relatório “Indicadores Mundiais de Propriedade Intelectual (WIPI)”, no qual informa que o mundo vive um novo ciclo de inovação tecnológica. Em 2024, foram submetidos 3,7 milhões de pedidos de patentes em todo o planeta, um recorde histórico, com crescimento de 4,9% em relação a 2023, considerado o maior avanço anual desde 2018.
A marca simboliza não apenas a recuperação econômica pós-pandemia, mas também a consolidação de uma corrida tecnológica global, impulsionada sobretudo pela China, Índia e Coreia do Sul, que vêm redefinindo o mapa mundial da propriedade intelectual. No ano passado, 70,1% de todas as patentes do mundo foram registradas em escritórios asiáticos, o equivalente a 2,6 milhões de pedidos.
Leia maisEm uma década, a participação da região subiu de 60% (2014) para 70% (2024). A América do Norte caiu de 22,9% para 17,1%, e a Europa, de 12,9% para 9,7%. A África, América Latina e Oceania, juntas, representaram apenas 3%. Resultado que reforça uma tendência: a inovação global se deslocou para o Oriente, com economias asiáticas investindo pesadamente em tecnologia, manufatura avançada e pesquisa aplicada.
China
O estudo da OMPI mostra que a China tem se tornado o “epicentro da inovação global”. A Administração Nacional de Propriedade Intelectual da China (CNIPA) recebeu 1,8 milhão de pedidos de patente em 2024, um aumento de 9% em relação ao ano anterior – mais de três vezes o volume processado pelo Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO).
Desde 2015, o país ultrapassou a marca de 1 milhão de registros anuais e agora se aproxima rapidamente dos 2 milhões. O USPTO aparece em segundo lugar, com 603.194 pedidos, seguido por Japão (306.855), Coreia do Sul (246.245) e o Escritório Europeu de Patentes (EPO), com 199.402.
Esses cinco escritórios responderam, juntos, por 85,5% de todos os pedidos no mundo em 2024. Contudo, a participação da China disparou de 34,6% em 2014 para 49,1% em 2024, enquanto Estados Unidos, Japão e Europa perderam espaço.
A China não apenas lidera em volume, mas também em crescimento consistente. 2024 marcou o quinto ano consecutivo de aumento e o mais acelerado desde 2018. O país tornou-se, assim, o maior eixo de inovação e depósito de patentes do planeta.
Índia e Turquia despontam
Entre as 20 principais origens de pedidos, a Índia (+19,1%), a Finlândia (+15,4%) e a Turquia (+14,6%) foram os destaques em 2024, com crescimento de dois dígitos. A Índia registrou seu sexto ano consecutivo de expansão, impulsionada pelo aumento dos pedidos domésticos – um reflexo da maturidade do ecossistema de startups e inovação local. A Finlândia, por sua vez, manteve forte desempenho em patentes internacionais, enquanto a Turquia liderou entre as nações emergentes, graças ao crescimento de seus depósitos internos.
Patentes/PIB
Quando se compara o número de patentes com o tamanho da economia, a China também domina. Em 2024, o país registrou 4.977 patentes para cada US$ 100 bilhões de PIB, seguida por Japão (4.150), Suíça (1.506), Finlândia (1.331), Alemanha (1.241) e Estados Unidos (1.053).
A razão de patentes por PIB da China aumentou de 4.181 (2014) para 4.977 (2024), refletindo o ritmo mais acelerado de crescimento tecnológico em relação à economia real.
Enquanto isso, Alemanha, Japão e EUA vêm apresentando queda constante nesse índice, resultado de menor volume de patentes e forte expansão do PIB.
Patentes/habitantes e invenções únicas
Na métrica per capita, a Coreia do Sul lidera o mundo, com 3.783 patentes por milhão de habitantes, seguida por Japão (1.913), Suíça (1.235) e China (4ª posição). Em 2022, o número de “famílias de patentes” – que representam invenções únicas – atingiu 2,17 milhões; mais que o dobro de 2008 (0,95 milhão). Quase 70% dessas famílias de patentes vieram da China, seguida por Japão (8,1%), Coreia (6,9%), EUA (6,8%) e Alemanha (2,1%).
Mesmo ocupando a quarta posição no volume de patentes para cada milhão de habitantes, a China mostrou que sozinha multiplicou as suas famílias de patentes de 165 mil (2008) para 1,5 milhão (2022), evidenciando uma explosão de inovação doméstica.
Cobertura
Entre 2020 e 2022, 85,6% das famílias de patentes foram depositadas em apenas um escritório – reflexo direto do comportamento dos inventores chineses, que priorizam proteção local. Mas países como a Suíça, Suécia e Países Baixos têm forte internacionalização, com mais de 70% das patentes cobrindo dois ou mais escritórios, e até 19% abrangendo mais de cinco países.
Computação e energia
A tecnologia da computação foi o campo com maior número de pedidos em 2023, representando 13,2% das patentes mundiais, seguida por máquinas elétricas (7,2%), medição (6,2%), comunicação digital (5,8%) e tecnologia médica (4,9%). O segmento de computação cresceu 10,3% ao ano entre 2013 e 2023, superando todos os demais. A China e os EUA lideram nesse setor, com alto grau de especialização.
No campo da energia limpa, os pedidos cresceram 3,2% em 2023, totalizando 47.200 patentes. A energia solar é o destaque, com 26.931 pedidos, seguida por energia eólica (8.516), enquanto as células a combustível perderam força, caindo para 7.100 pedidos. O Japão lidera em células a combustível, enquanto Singapura, Israel, Coreia e China se destacam em energia solar. Na energia eólica, Dinamarca, Espanha, Noruega e Países Baixos são os líderes globais.
Concessões de patentes
Em 2024, foram concedidas 2,1 milhões de patentes no mundo, um aumento de 5,2% sobre 2023. A China foi novamente o principal motor do crescimento, emitindo 123.980 patentes adicionais – 27 vezes mais do que os EUA, que tiveram apenas 4.570 novos registros. O país concedeu mais de 1 milhão de patentes no ano, três vezes o total dos Estados Unidos (319.815).
Em 2024, havia 19,7 milhões de patentes ativas em 142 jurisdições, um crescimento de 6% em relação a 2023. A China lidera novamente, com 5,7 milhões de patentes em vigor, seguida pelos EUA (3,5 milhões), Japão (2,1 milhões) e Coreia do Sul (1,3 milhão).
Entre os 10 principais países, os maiores crescimentos foram observados em China (+14%), Países Baixos (+8,5%) e Reino Unido (+6,6%). A Índia manteve seis anos de alta de dois dígitos, passando de 76.556 patentes ativas (2019) para 228.402 (2024).
Nos países europeus como França (76,6%), Alemanha (74,7%), Suíça (88,5%) e Reino Unido (91,8%), a maioria das patentes pertence a não residentes.
Já na China e no Japão, 80% das patentes ativas pertencem a inventores domésticos, reflexo da forte política de incentivo à inovação nacional. Em países como Irã e Rússia, também predominam patentes de residentes.
Duração média
Entre as 85 jurisdições analisadas, 35,3% das patentes concedidas permanecem válidas por pelo menos 10 anos, e 17% chegam ao limite de 20 anos. A idade média das patentes ativas em 2024 variou de 11,6 anos no Brasil a 6,5 anos na Itália. No Brasil e na Índia, a idade média caiu mais de dois anos desde 2019.
Nos exames de 2024, Austrália liderou em concessões (99% dos pedidos aprovados), enquanto Brasil (47,8%) e Reino Unido (44,9%) tiveram os menores índices.
As maiores taxas de rejeição ocorreram na China (29,6%), Japão (22,9%) e Coreia (23,7%). Já as desistências foram elevadas no Reino Unido (55,1%) e no Brasil (38,3%).
Pedidos pendentes e atraso nos exames
O número global de pedidos de patentes pendentes subiu 3,6% em 2024, alcançando 4,7 milhões (excluindo a China). Os maiores estoques estão nos EUA (1,2 milhão), Japão (804.935), Coreia (394.184) e Alemanha (367.880).
O Vietnã (+75,4%), as Filipinas (+15,4%) e o México (+11,1%) tiveram as maiores altas, enquanto Rússia, Tailândia e Reino Unido reduziram seus volumes pendentes.
Mais de 70% dos pedidos pendentes na Coreia e no Reino Unido ainda aguardam requerimento formal de exame substantivo, o que limita a velocidade de processamento.
Mulheres em minoria
Em 2024, apenas 18% dos inventores listados em pedidos internacionais (PCT) eram mulheres. Embora o percentual tenha subido de 11,6% (2010) para 18% (2024), a diferença de gênero permanece grande. Apenas 37% dos pedidos publicados incluíram pelo menos uma inventora, contra 96% com pelo menos um homem. China e Turquia foram os países com maior proporção de inventoras — cerca de 25%. Já em Alemanha, Áustria e Japão, apenas uma em cada dez pessoas listadas era mulher. As ciências da vida são as áreas com maior presença feminina, com destaque para biotecnologia (31,9%), química de alimentos (33,1%) e farmacêutica (30,7%).
Modelos de utilidade: proteção simplificada cresce no mundo
Os modelos de utilidade (MUs) — patentes simplificadas, de menor duração e exigência técnica — cresceram 4% em 2024, alcançando 3,25 milhões de registros, o terceiro ano seguido de alta. A China respondeu por 97,8% dos pedidos, consolidando domínio quase absoluto. Rússia, Alemanha, Indonésia e Tailândia vieram a seguir.
Entre os países com maior crescimento estão, o Brasil (+27,1%), Rússia (+40,2%), Indonésia (+10,9%) e Tailândia (+10,2%) se destacaram. Em contrapartida, Coreia do Sul e Alemanha reduziram seus depósitos – esta última com metade do volume de 2014. Nos países emergentes, o uso do modelo de utilidade cresce rapidamente: a Tailândia, por exemplo, mais que dobrou seus registros em uma década.
Brasil
O novo relatório global da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) mostra que o Brasil mantém presença tímida e desigual no sistema mundial de inovação tecnológica. Enquanto o número de patentes concedidas ao país cai pelo terceiro ano consecutivo, os modelos de utilidade – uma forma mais simplificada e acessível de proteção à inovação – crescem em ritmo acelerado, sinalizando mudança de perfil entre os inventores e empresas brasileiras.
Em 2024, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu apenas 12.096 patentes, menos da metade do volume registrado em 2021 (26.872). Essa redução contínua coloca o Brasil entre os poucos países que mantêm tendência de declínio, em contraste com o crescimento verificado nas principais economias.
O relatório atribui a retração à queda tanto nas concessões a residentes quanto a não residentes. A situação é agravada por um sistema que segue lento e burocrático, com alta taxa de desistências — 38,3% dos pedidos são abandonados antes da decisão final.
Além disso, o país aprova menos da metade das patentes que examina: 47,8% dos pedidos processados resultaram em concessão, percentual muito distante de Austrália (99%), Índia (78,6%) e Japão (75,5%).
O levantamento também mostra que as patentes brasileiras em vigor têm uma das maiores idades médias do mundo, com 11,6 anos, equiparando-se a Alemanha e México. No entanto, esse indicador vem caindo rapidamente.
Desde 2019, a idade média das patentes ativas diminuiu 2,3 anos, um sinal de que menos invenções estão chegando ao prazo máximo de 20 anos e mais estão sendo abandonadas ou expiram precocemente — reflexo da dificuldade de manutenção, custos de renovação e falta de retorno comercial.
Morosidade e desistências elevadas
Outro dado que chama atenção é a alta taxa de desistência de pedidos antes da decisão. Segundo a OMPI, quase quatro em cada dez pedidos de patente no Brasil são retirados ou abandonados – o segundo índice mais alto entre os principais escritórios do mundo, atrás apenas do Reino Unido (55,1%).
Esses números revelam o impacto da morosidade do exame técnico, que no Brasil pode levar de 7 a 10 anos, e do custo de manutenção de anuidades, que desestimula pequenas empresas e inventores individuais.
Crescimento expressivo nos modelos de utilidade
Se o cenário de patentes tradicionais é desanimador, há uma nota positiva: o Brasil desponta entre os países com maior crescimento em modelos de utilidade (MU) – uma modalidade de proteção voltada a inovações incrementais, de análise mais rápida e custo menor. Em 2024, os pedidos de MU aumentaram 27,1% no país, colocando o Brasil ao lado de Rússia (+40,2%), Indonésia (+10,9%) e Tailândia (+10,2%) entre as nações com expansão de dois dígitos. O resultado sugere que pesquisadores e pequenas empresas brasileiras estão optando por instrumentos mais acessíveis de proteção, adaptando-se à lentidão do sistema de patentes tradicional.
Comparativo global
Enquanto o Brasil luta para destravar seus gargalos, o mundo avança em ritmo acelerado. A China, por exemplo, emitiu mais de 1 milhão de patentes em 2024, superando em três vezes os Estados Unidos (319.815) e consolidando-se como o epicentro da inovação global.
O crescimento asiático é sustentado por políticas agressivas de incentivo à pesquisa e por ecossistemas industriais dinâmicos, que garantem proteção quase imediata às novas tecnologias. Em contraste, o Brasil ainda enfrenta estruturas institucionais arcaicas e baixa capacidade de exame técnico, o que limita o potencial de internacionalização da inovação nacional.
Apesar do cenário desafiador, o crescimento dos modelos de utilidade e o interesse crescente em registros de propriedade intelectual por startups e universidades revelam uma mudança de mentalidade no país. O desafio agora é transformar esse impulso em políticas permanentes de fomento à inovação, com redução de prazos, digitalização de processos e maior integração entre INPI, universidades e setor produtivo. Enquanto a China lidera com 50% das patentes globais e a Índia acelera com crescimento de dois dígitos, o Brasil ainda precisa vencer a burocracia para entrar no século da inovação com competitividade real.
*Tarefa para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.
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Por Edu Cabral*
Depois de matéria publicada ontem, neste Blog, Pernambuco entrou em estado de alerta à Direita. A repercussão foi imediata e o movimento, inevitável. Quatro partidos já procuraram Gilson Machado e seu grupo político. O ex-ministro, que nas eleições passadas obteve mais de 1,3 milhão de votos, o que representa quase o dobro do presidente da legenda, é hoje o nome mais cobiçado do campo conservador.
A pergunta que ecoa nos bastidores é simples: o que vai acontecer com o PL de Pernambuco se Gilson decidir sair do partido? Sim, porque ele não vai sair sozinho. Levará com ele nomes fortes, lideranças regionais e a base verdadeira da Direita pernambucana, que ainda acredita no projeto nacional de Jair Bolsonaro – o presidente de honra do PL e apoiador direto de Gilson, junto com toda a família Bolsonaro.
Leia maisSe o PL mantiver Gilson Machado e seu grupo político, há um potencial real de eleger de seis a sete deputados federais e ampliar a bancada estadual. Por outro lado, se perder Gilson Machado, o castelo desaba. O partido pode implodir de vez se insistir em ignorar a base bolsonarista e o sentimento das ruas. Afinal, em 2026, são duas vagas para o Senado e o eleitor conservador não vai desperdiçar o voto.
*Diretor Nacional de Políticas sobre Drogas do governo Bolsonaro
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Em meio a uma verdadeira maratona pelo Agreste Setentrional, para palestras e lançamentos de ‘Os Leões do Norte’, um mergulho nas águas calientes da piscina do Citi Hotel Premium, em Caruaru, do meu amigo André Melo. É top! Indico para quem estiver na região. Apartamentos extremamente luxuosos e aconchegantes, café da manhã excelente e uma ótima localização: por trás do shopping Difusora. Além desta unidade em que estou hospedado, Caruaru ainda conta com o Citi Hotel Residence e o Citi Hotel Express, todos com boas localizações na Capital do Agreste.
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O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) manteve, por unanimidade, na sessão de hoje, a decisão que declarou a inelegibilidade por 8 anos de quatro pessoas envolvidas na campanha de Pesqueira, no Agreste, nas eleições de 2024. Entre os condenados está o ex-candidato a prefeito Rossine Blesmany, conhecido como Delegado Rossine. O relator do caso foi o desembargador Paulo Machado Cordeiro e o processo julgado foi o de nº 0600531-49.2024.6.17.0055. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A decisão, tomada em sessão plenária, confirmou que os investigados praticaram abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, por meio da disseminação de notícias falsas, deepfakes, transmissão de programas e lives com conteúdos eleitorais e a realização de evento com estrutura compatível com showmício. Esses fatos, segundo o relator, prejudicaram a igualdade de oportunidades entre os candidatos. As informações são do portal do TRE-PE.
Leia maisForam declarados inelegíveis por oito anos: Rossine Blesmany, José Alexandre de França Ferreira (proprietário da TV Pesqueira), Cleiton Correia Mendonça (administrador do perfil “Direita Pesqueira”) e Francisco Damião Lopes da Silva (apresentador de lives). O pedido de inelegibilidade contra o candidato a vice-prefeito José Maria da Silva Campos foi rejeitado por falta de prova de participação direta nas condutas.
O tribunal considerou que havia uma estratégia coordenada para espalhar desinformação e polarizar o eleitorado: programas, lives, perfis nas redes sociais e grupos de mensagens eram usados de forma articulada para atacar adversários com informações falsas. A decisão cita provas como vídeos, prints e gravações que demonstraram a repetição e a intensidade das campanhas de desinformação.
O relator reforçou em seu voto trechos da sentença de 1º grau, que individualizou as condutas. Segundo a decisão, o então candidato a prefeito foi o “principal beneficiário e articulador das condutas”. “Participou diretamente do programa ‘Café com o Delegado’, publicou fake news em suas redes sociais, promoveu o showmício dissimulado e teve conhecimento de toda a estrutura montada. Sua responsabilidade é direta e incontestável”.
José Alexandre de França Ferreira, proprietário da TV Pesqueira, de acordo com a decisão, “disponibilizou a estrutura técnica e operacional para veiculação dos programas e lives; sua participação foi essencial para a disseminação e instrumentalização do conteúdo”.
Cleiton Correia Mendonça, administrador do perfil “Direita Pesqueira”, foi condenado em múltiplas representações “por disseminar fake news e propaganda negativa”. “Sua atuação foi fundamental na estrutura de desinformação”.
Francisco Damião Lopes da Silva atuou como apresentador das lives “Pesqueira Nua e Crua”, “proferindo ataques e disseminando desinformação de forma reiterada, conforme comprovado nos autos”.
Além do uso de desinformação, o julgamento apontou uso indevido de recursos e gastos não registrados, como a contratação de artistas para evento de grande porte no fim da campanha – prática que, na visão do tribunal, ajudou a desequilibrar a disputa e caracterizou abuso do poder econômico. Também foram registradas multas já aplicadas por descumprimento de decisões judiciais durante o processo. A Procuradoria Regional Eleitoral defendeu a manutenção das sanções, ressaltando o risco que a desinformação representa para a lisura das eleições.
Com a decisão do TRE-PE, as sanções de inelegibilidade passam a vigorar a partir das eleições de 2024, o que impede a participação dos condenados em pleitos pelo período de oito anos. O acórdão completa o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral que tramitou na 55ª Zona Eleitoral de Pesqueira.
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O VII Inova Paudalho teve início esta semana e, nos dois primeiros dias de evento, já tem se consolidado como um dos maiores encontros de educação e inovação pedagógica da região. Promovido pela Prefeitura do Paudalho, por meio da Secretaria de Educação e Juventude, o evento reúne professores, gestores, estudantes e convidados em um espaço de troca de experiências, criatividade e valorização da prática docente.
O evento também se destaca como um momento de valorização dos profissionais da educação e de celebração dos resultados conquistados nas escolas. Nesta edição, escolas da Rede Municipal, Estadual, Privada e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), apresentam projetos realizados ao longo do ano com o apoio e orientação de professores e coordenadores.
As produções mostram como a tecnologia, a sustentabilidade, a inclusão e o protagonismo estudantil estão transformando o processo de ensino-aprendizagem em Paudalho, fortalecendo o compromisso do município com uma educação pública participativa e inovadora.
Por Paulo Edson*
Há vidas que não se medem em anos. Medem-se em coragem, em lágrimas que ensinaram, em sorrisos que resistiram, em sonhos que, mesmo cansados, nunca deixaram de caminhar. A vida de Célia Almeida Galindo é uma dessas – feita de passos firmes, quedas superadas e uma fé que nunca se apaga.
Hoje, ela comemora algo maior que um aniversário. Celebra o primeiro ano do seu recomeço – o tempo que Deus e a medicina lhe devolveram para continuar escrevendo, com o mesmo brilho no olhar, a história de uma mulher que nasceu para vencer.
Leia maisAs verdades de uma mulher nem sempre cabem em números. A idade é uma delas. O que importa não é quantos anos se vive, mas como se vive. E Célia viveu com intensidade.
Menina, aos 8 anos, deixou o cheiro da terra molhada de São Domingos, em Buíque, e veio com a mãe, Dona Judite, e as irmãs, para Arcoverde – a cidade grande que seria palco de sua história.
A infância, que deveria ser brincadeira, virou trabalho cedo. Aos 10 anos, já era faxineira. Aos 14, comerciária. Aos 18, dona de loja. Entre vassouras, tecidos e contas a pagar, Célia aprendia que a vida não é feita de facilidades, mas de coragem.
E foi com essa coragem que se encantou pela política. Nos palanques, entre discursos e bandeiras, descobriu que queria mais que vencer na vida — queria transformar vidas. Admirava a firmeza e a seriedade de líderes como Giovanni Porto, e, inspirada, decidiu trilhar seu próprio caminho.
Em 1988, desafiando o machismo e os costumes de uma época em que mulher não “pertencia” à política, Célia entrou para a história: foi a primeira mulher eleita vereadora de Arcoverde, com 651 votos.
Célia escreveu, com mãos firmes, capítulos fundamentais da história da cidade.
Foi constituinte, ajudou a criar a Lei Orgânica que guia os poderes, aprovou o plano de cargos e carreiras dos professores, código tributário, de postura, leis e mais leis. E sempre com o mesmo espírito: ora oposição, ora governo – mas sempre fiel a si mesma, à sua consciência, ao povo e à sua palavra.
Nos bastidores das vitórias, a vida também lhe impôs provas duras. A dor de perder dona Judite. A aflição diante da doença do neto Matheus – hoje recuperado. E o golpe mais difícil: o diagnóstico de câncer. Mas quem conhece Célia sabe – ela não nasceu para recuar.
Lutou como quem reza, acreditou como quem ama, enfrentou cada dia com a fé de quem sabe que a vida ainda lhe devia muitos amanheceres. E venceu.
Deus lhe deu o maior presente: mais tempo. Tempo para sorrir, para agradecer, para continuar sendo quem é – símbolo de força, resiliência e amor por Arcoverde.
Hoje, Célia não apaga velas, reacende luzes. Luzes de esperança, de novos caminhos, de uma nova versão de si mesma. Porque há renascimentos que são mais bonitos que qualquer juventude.
E se alguém perguntar sua idade, que se diga apenas isso: Célia tem o tempo exato de uma mulher que venceu, caiu, se levantou e recomeçou.
O tempo de quem aprendeu que a vida é um milagre diário – e que recomeçar é o maior dos presentes. Porque há vidas que não envelhecem. Apenas recomeçam.
*Jornalista
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Revista Veja
Ao cumprir mandados de busca, ontem, por corrupção no Ministério da Educação, os investigadores da Polícia Federal foram recebidos, num dos endereços dos alvos, pelo filho do presidente Lula, Marcos Cláudio Lula da Silva.
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A ex-nora de Lula é investigada por suspeita de corrupção no Ministério da Educação, comandado pelo petista Camilo Santana. Segundo as investigações, ela usaria suas relações próximas ao poder para liberar recursos a um empresário do setor da educação.
