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Em fala do secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Estado, Diogo Bezerra, a gestão Raquel Lyra (PSDB), mais uma vez, tentou se apropriar de realizações da gestão anterior. Desta vez, a apropriação indevida é sobre a obra da pista do aeroporto de Fernando de Noronha.
“É importante a gente destacar que o aeroporto de Fernando de Noronha não tinha investimento há anos. São anos sem investimento. Foi uma decisão e iniciativa da governadora tanto fazer a obra na pista, que já está sendo feita, mas também uma concessão em relação à operação do aeroporto de forma geral. A concessão foi feita ano passado”, disse Diogo Bezerra, em entrevista na Rádio Jornal.
As duas informações, contudo, não procedem. As obras de recuperação na pista do aeroporto iniciaram em 2022, na gestão do ex-governador Paulo Câmara, atual presidente do Banco do Nordeste. A recuperação da pista não foi uma iniciativa da governadora Raquel Lyra, como tentou induzir o secretário estadual.
“As obras emergenciais de recuperação da pista do Aeroporto de Fernando de Noronha atingiram 65% de execução, nessa terça-feira (8), segundo o governo de Pernambuco. Com pressão do governo federal, companhias aéreas e empresários locais, o governo do Estado diz que obra emergencial, prevista para durar 90 dias, teve prazo de conclusão foi antecipado para o dia 30 deste mês de novembro, podendo ser concluído antes”, publicou o Jornal do Commercio, em 9 de novembro de 2022, ainda na gestão de Paulo Câmara.
Também não procede a fala do secretário estadual de que fazer a concessão do aeroporto foi uma iniciativa da governadora Raquel Lyra. O edital da concessão do aeroporto foi publicado no Diário Oficial em 20 de setembro de 2022, ainda na gestão de Paulo Câmara. “A Dix Empreendimentos, do grupo Agemar, venceu a licitação para a nova concessão do aeroporto de Fernando de Noronha.
O grupo, que é o atual operador do terminal, apresentou a única proposta válida no leilão, uma outorga de R$ 2,1 milhões. No edital, o lance mínimo era de R$ 889,45 mil”, informa o jornal Valor Econômico, em 23 de novembro de 2022. Ou seja, a concessão foi finalizada na gestão de Paulo Câmara, ao contrário do que deu a entender o secretário.
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