Coluna da segunda-feira

Série governadores: Mendonça Filho

Capítulo 18

Governador de mandato-tampão apenas por nove meses, de abril a dezembro de 2006, sucedendo a Jarbas Vasconcelos (MDB), que renunciou ao mandato para concorrer ao Senado, José Mendonça Bezerra Filho, o Mendonça Filho, pode ser considerado um gestor fora da linha. Foi tão prestigiado por Jarbas que se transformou, nos dois mandatos do emedebista, no seu principal executivo.

A ele, Jarbas delegou até o processo de privatização da Celpe, a Companhia de Eletricidade de Pernambuco, fundamental para contar com o dinheiro para cumprir a sua principal promessa de campanha: a duplicação da BR-232 do Recife a Caruaru, numa primeira etapa, e de Caruaru a São Caetano, numa segunda frente de trabalho, o que criou um eixo por excelência de desenvolvimento econômico no Estado.

Mendonça assumiu como vice-governador em janeiro de 1999, ao lado do governador Jarbas Vasconcelos. Além de concretizar a venda da Celpe, coordenou um grupo que atraiu investimentos da mais alta relevância para Pernambuco, como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a ampliação e consolidação do Porto de Suape e o programa Águas de Pernambuco. Também esteve à frente do projeto Estradas para o Desenvolvimento, que melhorou a malha rodoviária do Estado.

Atuou na implantação dos Centros de Ensino Experimental (Escolas em Tempo Integral) e do Porto Digital. Também foi secretário-executivo do Pacto 21, conselho formado por empresários, intelectuais e universidades para discutir projetos estruturadores para impulsionar o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco. Já no período curto como governador, entre os projetos criados e executados por ele estão o Universidade Democrática, que garantiu gratuitamente o acesso de jovens da rede pública estadual à Universidade de Pernambuco, o Jovem Campeão, voltado para construção de quadras poliesportivas nas escolas da rede estadual.

Também fez o Ação Integrada pela Segurança, um programa envolvendo nove secretarias, que apresentou, em pouco tempo, uma razoável redução de homicídios nas áreas mais violentas do Recife, Olinda e Jaboatão. Ao mesmo tempo, abriu a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Já foi na sua gestão, com Jarbas em campanha para o Senado, que inaugurou o segundo trecho duplicado da BR-232, ligando Caruaru a São Caetano.

Assinou também a doação do prédio do antigo Bandepe para a sede do Porto Digital e fez a inauguração do Procape, o Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco, além de autorizar a doação do terreno para implantação da Hemobrás, no município de Goiana.

Aos 20 anos, eleito o deputado estadual mais jovem do Estado – Filho do ex-deputado federal José Mendonça Bezerra, falecido em 2011, e Estefânia Maria Nazaré de Moura Bezerra, Mendonça Filho nasceu no Recife, mas passou a infância e a adolescência entre a capital e Belo Jardim, terra natal de seus pais. Estudou na Escola Parque, considerada uma instituição de formação de esquerda. Formou-se em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco e fez o curso de Gestão Pública pela Kennedy School, Escola de Governo da Universidade de Harvard (EUA). Começou a vida pública aos 20 anos filiando-se ao PFL, sendo eleito o deputado estadual mais novo nas eleições de 1986. Foi Deputado Constituinte e contribuiu para a elaboração da Constituição de Pernambuco, em 1989. Na Câmara dos Deputados, participou de várias comissões, destacando-se como presidente da Comissão Especial de Reforma Política e Eleitoral. Como deputado federal foi reconhecido pela Revista Veja e pelo DIAP como um dos parlamentares mais atuantes do País. Também foi autor do projeto que prorrogou o prazo dos benefícios da Lei de Informática até 2029 e coordenador do Comitê Pró-impeachment, que levou ao impeachment da então presidenta Dilma Rousseff.

Ministro da Educação, fez a reforma no ensino médio, da qual foi relator no atual mandato – Num dos momentos mais importantes da sua carreira política, Mendonça Filho assumiu o Ministério da Educação na gestão do ex-presidente Michel Temer. No cargo, promoveu um conjunto de mudanças estruturais visando dar um salto de qualidade na educação nos próximos anos, como a reforma do ensino médio e a homologação da primeira Base Nacional Comum Curricular da educação básica no País. Hoje, de volta ao Congresso, acabou escolhido relator da proposta de melhoria do ensino médio. Como ministro, fez o diagnóstico dos especialistas e os indicadores de ensino nacionais como IDEB e ANA, e internacionais como o PISA, que mostravam uma dura e cruel realidade do ensino. Os principais gargalos na educação que se deparou foram a alfabetização inadequada, a aprendizagem ruim dos jovens e as dificuldades na formação do professor. Mendonça lançou várias ações para enfrentar essa realidade, como a política nacional de alfabetização, a política nacional de escolas em tempo integral, a reforma do ensino médio e a política de formação de professores, que teve como carro chefe o programa residência pedagógica. Mas sua gestão foi marcada também por polêmicas, como a audiência concedida ao ex-ator pornô Alexandre Frota e a tentativa de censura à disciplina do professor Luis Felipe Miguel intitulada “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. Juntamente com o CFM, suspendeu a criação de curso de Medicina no Brasil por cinco anos, por mais que o Brasil tenha um dos menores índices mundiais de médicos para sua população – a taxa das 27 capitais é de 5,07 médicos por mil habitantes. No Interior do País, esse índice é 1,28, ou seja, 3,9 vezes menor, gerando preços exorbitantes em custo deste curso nas faculdades.

Derrota acachapante para Eduardo Campos em 2006 – Na condição de vice-governador de Jarbas por duas vezes, Mendonça Filho foi ungido como candidato da União por Pernambuco com apenas uma dissidência – a do então senador Sérgio Guerra, que sonhava em ser o escolhido. Numa campanha alicerçada na força e no prestígio de Jarbas, Mendonça atravessou todo o seu período do primeiro turno como favorito de ponta a ponta, com Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB) empatados em segundo lugar. Na última semana de campanha, as pesquisas apontavam os três principais candidatos embolados na disputa: Mendonça Filho com 35%, Humberto Costa, 22% e Eduardo Campos, 27%. O principal fato da campanha foi o indiciamento de Humberto Costa pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento no escândalo dos vampiros quando ministro da Saúde. O indiciamento, no entanto, não se refletiu em grandes perdas eleitorais. O principal reflexo da citação do petista no escândalo foi o aumento do seu índice de rejeição. No final de agosto, antes de ser alvo das denúncias, o ex-ministro tinha 10% de rejeição – subiu para 18% em setembro, de acordo com o instituto Vox Populi. No início da campanha, Campos e Costa disputavam o apoio político do presidente Lula – ambos foram ministros no governo petista (Costa da Saúde, e Campos da Ciência e Tecnologia) e alternaram-se no segundo lugar nas pesquisas. Na disputa em segundo turno, entretanto, Mendonça acabou derrotado. Eduardo Campos teve uma votação avassaladora – 1.233.024 votos de diferença sobre Mendonça. Ao final da apuração, Eduardo ficou com 65,36% dos votos válidos, contra 34,64% do pefelista, que havia atingido 39,32% no primeiro turno. Com isso, obteve uma vitória com uma votação superior à de Jarbas Vasconcelos, em 1998, que derrotou o avô de Eduardo, Miguel Arraes, com uma diferença de 1.065.512 votos. Também concorreram ao governo do Estado Clóvis Corrêa Filho (Prona), Edilson Silva (PSOL), Kátia Telles (PSTU), Luiz Vidal (PSDC), Oswaldo Helder de Oliveira Alves (PCO) e Rivaldo Soares (PSL). Na disputa para senador, o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ficou com a vaga, derrotando Luciano Siqueira (PC do B) e Jorge Gomes (PSB).

Três tentativas para governar Recife que não se concretizaram – Depois do insucesso nas urnas para o Governo de Pernambuco, Mendonça Filho tentou a Prefeitura do Recife na eleição municipal de 2008, obtendo o segundo lugar, perdendo para o petista João da Costa, apoiado pelo ex-prefeito João Paulo (PT). Voltou a ser candidato na eleição municipal de 2012, mas com um desempenho eleitoral mais frustrante do que a eleição anterior, ficando em quarto lugar, sendo eleito o socialista Geraldo Julio, apoiado por Eduardo Campos. Já nas eleições de 2018, após ter sido cotado como possível candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin para a Presidência da República, Mendonça foi um dos candidatos ao Senado pela coligação oposicionista. Após uma campanha acirrada, na qual  chegou a aparecer como um dos favoritos em pesquisas, ficou em terceiro lugar na disputa final, com 19,58%, sendo derrotado por Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos, candidatos na chapa de Paulo Câmara. Nas eleições municipais de 2020, Mendonça Filho foi candidato a prefeito da capital, mais uma vez, pela coligação “Recife acima de tudo” (PSDB/PTB/PL/DEM), com Priscila Krause na vice. Ao final, recebeu 25,11% dos votos válidos no primeiro turno e, em razão de uma diferença inferior a 23 mil votos, não conseguiu ficar entre os dois mais votados, João Campos e Marília Arraes, que disputaram o segundo turno, sendo eleito o socialista.

Pai da reeleição e papel importante no impeachment de Dilma – Como autor da emenda à reeleição para presidente, governador e prefeito, aprovada em 1997, permitindo a Fernando Henrique Cardoso disputar de novo a Presidência da República, Mendonça Filho ganhou notabilidade, virou um político nacional, rompendo a fronteira do regionalismo. Mais na frente, em 2016, já na condição de líder da oposição no Congresso, coordenador do movimento pró-impeachment e um dos três integrantes do DEM na Comissão Especial responsável pelo relatório a favor da cassação de Dilma, Mendonça teve papel destacado na degola da ex-presidente. Tornou-se uma das principais pontes dos parlamentares com setores favoráveis ao impeachment, indo a São Paulo para encontros com empresários e gente de proa do mercado financeiro. Num momento em que os manifestantes chamaram os tucanos de “bundões”, como se viu com Aécio Neves e Geraldo Alckmin num protesto, Mendonça Filho, com seu estilo low profile, foi tratado como celebridade. Virou herói quando entrou com a ação que culminou na suspensão da posse do procurador Wellington Lima e Silva como ministro da Justiça. “Mendonça Filho, que tem agido como se espera de uma oposição em Brasília, convoca o povo para ir às ruas no dia 13 de março. É uma chance gigantesca de tirarmos essa quadrilha do poder”, postou o Movimento Brasil Livre nas redes sociais, às vésperas do protesto. Enquanto os tucanos saíram fugidos, Mendonça foi recebido com aplausos. “Não há espaço para político ficar em cima do muro. Vamos pressionar o Congresso Nacional e tirar o PT do poder”, gritou o deputado, que, deixando de lado o estilo comedido, ficou vermelho e soltou um “Fora, PT”. Foi imediatamente seguido pelo público. O processo de autorização do impeachment de Dilma passou na Câmara com o voto de 367 deputados a favor e 137 contra, e em sessão do Senado no dia 31 de agosto de 2016, com 61 votos favoráveis e 20 contrários. A principal acusação foi a edição de decretos suplementares sem autorização do Congresso, batizado de Pedaladas fiscais.

CURTAS

SECRETÁRIO DE AGRICULTURA, O PRIMEIRO CARGO – No Governo Joaquim Francisco, com apenas 24 anos, Mendonça Filho, já deputado estadual, foi convocado para assumir a Secretaria de Agricultura. Em sua gestão, criou o Programa Água Para Todos para construção de adutoras no Estado e o “Terra e Comida”, um programa de reforma agrária feito pelo Governo do Estado com a distribuição de 13.000 títulos de terra para agricultores da zona canavieira em troca de dívida de usineiros.

PAI E FILHO ELEITOS PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS – Ao final da sua passagem pela Secretaria de Agricultura, Mendonça Filho consegue uma façanha: ser eleito deputado federal em 1994, no mesmo pleito no qual o seu pai José Mendonça foi reeleito deputado federal, uma aposta que poucos acreditavam. A vitória de pai e filho consolidou, definitivamente, o Grupo Mendonça, exercendo forte influência na escolha de Mendonça Filho para vice de Jarbas Vasconcelos, em 1998. Na prole dos Mendonça, Mendonça Filho foi o segundo filho de uma família de seis irmãos. É casado com Taciana Vilaça Mendonça, filha do ex-ministro Marcos Vilaça, com quem tem três filhos, José, Ilanna e Vinícius.

AMANHÃ TEM GUSTAVO KRAUSE – A série prossegue amanhã trazendo o perfil do governador Gustavo Krause, que governou o Estado por 11 meses, com a renúncia de Roberto Magalhães para concorrer ao Senado nas eleições de 1986.

Perguntar não ofende: Bolsonaro vai ganhar a ação contra Lula por fake news nos móveis do Palácio da Alvorada que haviam sumido e foram encontrados?

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Congresso já fez a sua parte 

Em tempo recorde, o Congresso fez a sua parte, aprovando e sancionando o Projeto de Decreto Legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro. O texto autoriza o Governo a excluir da meta fiscal as despesas realizadas via meio de crédito extraordinário para atender o povo gaúcho.

A bola agora é com o Executivo, com o presidente Lula, que ainda não decidiu o valor da ajuda federal que chegará ao Rio Grande do Sul. Tanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, quanto Arthur Lira, presidente da Câmara, pautaram a urgência da matéria pouco antes de votar o mérito, que foi aprovado de forma simbólica (sem contagem nominal dos votos) nas duas Casas.

Na prática, só os recursos destinados exclusivamente ao Rio Grande do Sul não serão computados no cumprimento da meta fiscal estabelecida pelo Ministério da Fazenda. Assim, o Executivo e o Legislativo não ficam à mercê da regra de controle de gastos para ajudar a população. Entretanto, o valor do auxílio não foi especificado pelo governo.

A expectativa é de que agora, depois de o Congresso fazer a sua parte, o Executivo apresente uma MP (medida provisória) com detalhes sobre as despesas. O presidente Lula (PT) anunciou o projeto em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, com os presidentes da Câmara e do Senado.

O petista afirmou que o texto será o primeiro de um grande número de atos que serão feitos para auxiliar o Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas que acometeram a região e deixaram 95 mortes, até o momento. A velocidade que o Congresso andou é muito louvável. O que se espera do Governo, a partir de agora, é que aja na mesma velocidade, porque o Rio Grande do Sul tem que passar por uma operação de guerra para ser restaurado. As imagens mostram uma tragédia que deixou o Estado completamente destruído.

Prejuízos acima de R$ 4 bi – Os municípios do Rio Grande do Sul já somam mais de R$ 4,6 bilhões em prejuízos por conta das fortes chuvas que atingem a região desde o dia 28 de abril. Os dados são do balanço divulgado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios). O levantamento foi feito com 388 cidades afetadas. Segundo o presidente da instituição, Paulo Ziulkoski, os gastos foram informados pelos próprios gestores municipais e representam uma parcial dos prejuízos e estão em atualização a todo momento. Do total, R$ 465,8 milhões são danos no setor público e R$ 756,5 milhões, no privado.

Foco nos abrigos – O ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, entende que os abrigos onde está a população atingida pelas chuvas serão o foco do governo federal no Rio Grande do Sul nos próximos dias. Segundo ele, a situação nos locais “tende a se estender”, porque o volume do rio Guaíba deve demorar cerca de 10 dias para baixar. “O que fazer com 50.000 pessoas em abrigos na Região Metropolitana [de Porto Alegre]? Três refeições por dia, são 150 mil refeições por dia, água, lixo, material de higiene, descarte de toda essa estrutura”, declarou o ministro.

Situação dramática – De acordo com Pimenta, parte dos abrigos não tem banheiro e nem água potável. O ministro da Secom disse que os helicópteros e a estrutura que estão sendo usados no resgate de pessoas desaparecidas terão “outra utilidade”, que será a de chegar nas cidades com suprimentos. No entanto, o ministro afirmou que ainda há cidadãos a serem resgatados. As pessoas afetadas pelas chuvas não têm como sair da região. A chuva destruiu estradas e, além disso, o aeroporto de Porto Alegre suspendeu os voos por tempo indeterminado.

Remanejamento de emendas – O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) revela que o governo federal vai abrir uma janela para que deputados e senadores possam remanejar parte de suas emendas individuais para ações emergenciais em municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes nos últimos dias. De acordo com o ministro, a bancada gaúcha sozinha tem como remanejar R$ 448 milhões que foram alocados em ações como compra de equipamentos ou estruturas de obras que levam tempo para serem executadas. Os recursos poderão agora ser destinados para ações de defesa civil, saúde e assistência social.

Dívida gaúcha rolada – O ministro Alexandre Padilha garante ainda que o governo trabalha com uma proposta para renegociar a dívida do Rio Grande do Sul com a União. A dívida do Estado é de R$ 92,8 bilhões até 2023, segundo dados da Secretaria da Fazenda gaúcha. O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB-RS), já havia solicitado a suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida do Estado com a União pelo período que durar a reconstrução dos danos causados pelas chuvas no Estado. A medida liberaria R$ 3,5 bilhões do caixa gaúcho, segundo estimativa estadual.

CURTAS

ROUBOS – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou, ontem, que irá adotar medidas para garantir a segurança da população e conter saques em alojamentos e roubos. Leite pediu ao Ministério da Justiça mais homens da Força Nacional e acionou governadores dos demais Estados do Sul para envio de efetivos policiais.

ATÉ OS CLUBES – Ao menos 8 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro disponibilizaram suas instalações – estádios, centros de treinos e lojas oficiais – para arrecadar doações para a população do Rio Grande do Sul. Outros disponibilizaram chaves Pix do governo gaúcho ou criaram contas próprias, a exemplo do Atlético Mineiro. De acordo com o Galo, o 1º depósito foi feito pelo próprio time.

APPLE AJUDA – O CEO da Apple, Tim Cook, disse que a empresa vai ajudar o Rio Grande do Sul. Em publicação no X (antigo Twitter), Cook declarou que a big tech “fará doações para esforços de socorro locais”, mas não especificou em que constituem essas doações.  “Nossos corações estão com as pessoas afetadas pelas enchentes devastadoras e trágicas no Brasil”, escreveu.

Perguntar não ofende: Quanto o Governo Lula vai mandar para ajudar o Rio Grande do Sul?

Paulista - No ZAP

Jaboatão dos Guararapes teve projetos importantes selecionados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que totalizam R$ 214,7 milhões em investimentos no município. Os setores a serem beneficiados são os de renovação de frota do Sistema Complementar de Transporte, obras de contenção em encostas, urbanização e regularização fundiária.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, hoje, pelo presidente Lula e os ministros das Cidades, Jader Filho, e da Casa Civil, Rui Costa. O prefeito Mano Medeiros participou da solenidade.

Um dos projetos é a renovação de toda a frota de 286 micro-ônibus do Sistema de Transporte Complementar, medida essencial para o processo de implantação da bilhetagem eletrônica, que está em andamento. Estão previstos R$ 140 milhões em financiamento, via Caixa Econômica Federal (CEF), para os permissionários adquirirem novos veículos, dentro dos padrões previstos para uso da bilhetagem.

“Submetemos R$ 448,7 milhões em projetos ao novo PAC e fico muito feliz que diversas das nossas propostas tenham sido selecionadas. São questões sociais de extrema importância para o município do Jaboatão, que vão proporcionar maior segurança, qualidade de vida e dignidade aos jaboatonenses”, comemorou Mano Medeiros.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Diante do caos instaurado no Rio Grande do Sul, por conta da grande enchente que atinge o Estado, o deputado federal Coronel Meira (PL/PE), buscando facilitar a ajuda e o socorro aos cidadãos atingidos, apresentou um Projeto de Lei que considera crime, a criação de obstáculo ou embaraço fiscal, sanitário, ambiental ou administrativo; o impedimento ou dificuldade ao serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento e a entrega de donativos; ou ainda, o resgate às vítimas, durante a vigência de estado de calamidade pública.

A tragédia climática que afeta o Estado Gaúcho já conta com grande número de mortos e desaparecidos, além de milhares de desabrigados e desalojados, somando prejuízos ambientais e destruição ao patrimônio e despertando na população, um momento de solidariedade e mobilização, para levar ajuda às vítimas.

“O que estamos vendo, no entanto, é uma série de casos em que voluntários, proprietários de barcos ou jet skis, na tentativa de entregar suprimentos ou oferecer o resgate às vítimas das enchentes, acabam sendo impedidos ou cobrados de autorização, documentação ou habilitação para transitar com os veículos. Caminhões com donativos sendo barrados nas entradas sob a exigência de nota fiscal ou por ultrapassarem o peso na balança rodoviária, até o fornecimento de medicamentos estão sofrendo dificuldades e embaraços para chegar a quem precisa”, completou o parlamentar.

O Projeto visa alterar o de Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal impondo uma pena de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa. “A decretação de calamidade pública acarreta diversos efeitos fiscais, tributários, financeiros e administrativos, tais como dispensa de licitação, antecipação de benefícios da previdência social, renegociação de dívidas rurais, entre outros. Nesse sentido, considerando a situação extraordinária, não é justo que sejam criados embaraços burocráticos que impeçam ou dificultem o atendimento às vítimas durante esse período”, concluiu Meira.

Ipojuca - Minha rua top

Reunindo uma série de temáticas envolvendo as nuances da legislação eleitoral, o Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP) lançou a segunda edição do Livro Estudos de Direito Eleitoral e Político. A obra, que foi coordenada pelos advogados Renato Hayashi, Pietro Duarte e Orlando Morais Neto, é uma coletânea de artigos de diversos especialistas da área. O lançamento foi realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

O volume tem prefácio do desembargador Adalberto de Oliveira Melo, presidente do TRE-PE.  Dentre os autores da obra estão os especialistas em Direito Eleitoral Diana Câmara, Walber Agra, Emanoel Messias, Felipe Moraes e Rosa Maria Freitas. O lançamento contou com a presença da presidente da OAB/PE em exercício, Ingrid Zanella, e o presidente do IAP, Gustavo Ventura.

Caruaru - Geracao de emprego

Por Edward Pena – repórter do Blog

Um grupo de professores e alunos da rede pública estadual protestou, hoje, no Recife, em repúdio a um suposto abandono das unidades de ensino. Em ato que ocorreu em frente da Escola Arthur da Costa e Silva, na Mustardinha, docentes e discentes elencaram como os principais problemas naquele local a ausência de climatização nas salas, infiltrações, presença de mofo, deficiências no abastecimento de água e acúmulo de lixo em frente ao colégio.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe), a unidade da Mustardinha é apenas um exemplo da situação que engloba toda rede. As condições das escolas e a valorização dos professores serão pautas de um novo ato, que ocorrerá amanhã, às 9h, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Camaragibe Agora é Led
Belo Jardim - Vivenciando Histórias
Vitória Reconstrução da Praça

Por Edward Pena – repórter do Blog

A produção de cerveja na cidade de Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, será suspensa e dará vez a uma operação emergencial de envasamento de água potável para ser doada às vítimas das chuvas no estado. De acordo com a Ambev, cerca de 850 mil latas, cada uma com 473 ml, serão produzidas diariamente na cervejaria.

“A companhia precisou levar de São Paulo alguns maquinários para viabilizar a adaptação de sua fábrica”, disse a empresa, em nota. Mais de 560 mil de litros de água, sendo 185 mil litros para a população de 11 municípios afetados e 375 mil em caminhões-pipa para suprir a necessidade de água de hospitais da grande Porto Alegre, já foram doados pela companhia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, hoje, o resultado de cinco modalidades do Novo PAC Seleções, dos eixos ‘Água para Todos’ e ‘Cidades Sustentáveis e Resilientes’. Palmares, na Zona da Mata Sul, foi um dos municípios pernambucanos contemplados.

As cinco modalidades são executadas pelos Ministério das Cidades e somam R$ 18,3 bilhões em investimentos. Estados e municípios tiveram participação ativa no Novo PAC Seleções, inscrevendo propostas em todas as modalidades. No total, 532 municípios foram contemplados, dos 26 estados e Distrito Federal, beneficiando a população com estruturas e equipamentos que ampliam os direitos.

Em visita a Expoagro Agreste, em Garanhuns, hoje, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou os instrumentos da Autarquia para a agropecuária e o agronegócio. Tanto os fundos regionais como os incentivos fiscais podem ser acessados por esses setores produtivos.

O FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e o FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste) têm taxas de juros diferenciadas nas linhas de crédito para e oferecem vantagens para empreendedores instalados nas áreas prioritárias, como o semiárido. O primeiro atende agricultores familiares, cooperativas e associações rurais, agroindústrias e indústrias, todos dos mais variados portes. E os recursos podem ser usados para aquisição de equipamentos, capital de giro, projetos de irrigação, construção, ampliação de benfeitorias, por exemplo.

Já o FDNE é indicado para agroindústrias e empreendimentos rurais de médio e grande porte. “O agro é uma grande oportunidade para o fortalecimento da economia da nossa área de atuação e é importante que a gente se aproxime do setor para divulgar nossos mecanismos de financiamento e de incentivos”, afirmou Danilo Cabral na abertura do evento.

Os benefícios fiscais da Sudene permitem a atração de investimentos para a região. Eles são calculados com base no Imposto de Renda Pessoa Jurídica, em duas modalidades: redução de 75% do IRPJ e reinvestimento de 30% do IRPJ. Os recursos devem ser utilizados para lançar um novo empreendimento, modernizar sua empresa, permitir uma ampliação ou diversificar uma nova linha de produtos.

A Expoagro Agreste teve início hoje (8) e segue até o próximo domingo. Reúne representantes do setor agropecuário de Pernambuco, com expositores de várias regiões do estado e também de Alagoas. A região de Garanhuns tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, 101 mil produtores rurais distribuídos em 50 municípios, e um PIB agrícola de R$ 3,2 bilhões, com destaque para a produção leiteira e a avicultura.

EXCLUSIVO

Um passarinho me contou que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), almoçou em Brasília com o deputado Mendonça Filho (UB) e o presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, para traçar um filé à parmegiana e acertar os ponteiros sobre as eleições municipais.

João Campos fez questão de pagar a conta. Ao final da degustação, os três disseram a uma só voz. “Tamos juntos”. Mas ainda não têm data para anunciar o pacto municipal.

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro (PT), foi recebido, hoje, em Brasília, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  O encontro ocorreu durante o evento de lançamento do Novo PAC – Seleções, do Ministério das Cidades.

A reunião do gestor municipal com Lula foi viabilizada com o apoio dos senadores petistas Humberto Costa e Teresa Leitão. A cidade do Paulista foi contemplada pelo PAC na área de proteção de encostas.