O Republicanos começou a semana intensificando as movimentações em torno de filiações e pré-candidaturas pelo Estado. Hoje, o partido anunciou o nome do Dr. Maneco para disputar à Prefeitura de Belo Jardim. Recém-filiado a legenda, Maneco, que é vice-prefeito da cidade, chega com o apoio de toda executiva estadual do Republicanos.
“É com muita alegria que chego ao Republicanos para fortalecer o partido em Belo Jardim e toda região. Agradecer a confiança do ministro Silvio e de toda a executiva estadual em nome do presidente Samuel Andrade. Juntos, vamos construir uma bonita candidatura para oferecer ao povo de Belo Jardim uma nova alternativa”, declarou Maneco.
O Governo de Pernambuco anuncia mudanças na equipe da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e no Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE). O engenheiro civil André de Souza Fonseca deixa a secretaria executiva da pasta para assumir a presidência do DER-PE no lugar de Rivaldo Melo. Em seu lugar na Semobi, assume o economista Pedro Neves.
“Agradeço a Rivaldo Melo pelos serviços prestados à frente do DER-PE, ajudando-nos na execução do PE na Estrada com a recuperação de estradas e vias em todo o Estado. Tenho certeza que André Fonseca responderá à altura o desafio de continuar o trabalho de revitalização da malha viária pernambucana. Também dou as boas-vindas a Pedro Neves, que, junto com o secretário André Teixeira Filho, dará o seu melhor na Semobi”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
Com mais de 25 anos de experiência na Engenharia Civil, André Fonseca já ocupou cargos estratégicos na Caixa Econômica Federal, em prefeituras e no Governo de Rondônia. Em Pernambuco, esteve à frente da secretaria executiva de Habitação, quando participou do lançamento do programa Morar Bem Pernambuco. Ele também presidiu a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem) e, nos últimos meses, atuava como secretário executivo de Mobilidade e Infraestrutura.
Novo secretário executivo da Semobi, Pedro Neves atuou como economista na iniciativa privada e em órgãos públicos, além de ter passagem pela diretoria financeira da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic). Também é colunista econômico na TV Asa Branca e na Rádio CBN e professor de educação financeira. Desde 2023, exercia a função de diretor de Fomento, Inovação e Arranjos Produtivos da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe).
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, amanhã, o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados. O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.
Nesta semana, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os outros réus a mais de 30 anos de prisão. Foram reservadas as sessões dos dias 9,10,11 e 12 de setembro para finalização do julgamento. As informações são do portal Agência Brasil.
Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula. A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023
Quem são os réus?
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Próximos passos
Amanhã, às 9h, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, será passada a palavra ao relator, ministro Alexandre de Moraes, que será o primeiro a votar.
Em sua manifestação, Moraes vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.
Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre as questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito. Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.
Sequência de votação
Após o voto do relator, os demais integrantes da turma vão proferir seus votos na seguinte sequência:
Flávio Dino;
Luiz Fux;
Cármen Lúcia;
Cristiano Zanin.
A maioria de votos pela condenação ou absolvição ocorrerá com três dos cinco votos do colegiado.
Prisão
A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática após o julgamento e só poderá ser efetivada o após a análise dos recursos contra a condenação.
Recursos
Em caso de condenação com um voto a favor da absolvição, Bolsonaro e os demais réus terão direito a mais um recurso para evitar a prisão, a ser analisado também pela Primeira Turma. A condição pode ser obtida com placar de 4 votos a 1, por exemplo.
Com a publicação do acórdão com o eventual placar desfavorável, as defesas poderão apresentar os chamados embargos de declaração, recurso que tem objetivo de esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento. Em geral, esse tipo de recurso não tem poder para rever o resultado do julgamento e costuma ser rejeitado.
Para conseguir que o caso seja julgado novamente e levado a plenário, os acusados precisam obter pelo menos dois votos pela absolvição, ou seja, placar mínimo de 3 votos a 2.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – O tema da anistia está em pauta. Dizer que a anistia de Juscelino Kubitscheck aos autores da intentona (intento do mal) do Aragarças, de 1959, criou raízes para a eclosão do contragolpe de 1964, isto constitui uma falsidade ideológica. Os tenentes revoltosos eram golpistas armados de fuzis e metralhadoras, mobilizados no objetivo de destituir o presidente Juscelino Kubitscheck do governo e instalar uma ditadura militar no País.
Os revoltosos foram sufocados pelas forças governistas por falta de apoio popular e do partido UDN. Os líderes foram para o exílio em países vizinhos. JK era uma alma gentil e generosa. Reinou a “pax verde-amarela”.
Esta nação auriverde se reinventa a cada temporada. Houve tempos em que o batom na cueca samba-canção era a prova de delito. Agora foi liberado transportar moedas nas cuecas vermelhas, feito carros-fortes. Crime abominável é pichar estátua da liberdade. O Brazil sorria nos tempos de JK. Hoje geme com dores na garganta.
Os senhores das guerras dizem que a estátua da liberdade democrática foi ultrajada e querem vingança. O Cristo Redentor clama contra as injustiças na hora do Angelus, “hora dos fidalgos e dos plebeus e dos filhos de Deus de ambos os hemisférios”.
Pacificar ou não pacificar a Nação é o X do problema, o antigo Twitter do problema. Pacificar com a remissão dos pecados ou pacificar com a ira profana do Antigo Testamento? Prendam os suspeitos de sempre, dizia o inspetor de Marrocos, em tempos de guerra, no filme Casablanca. Marrocos é aqui, o inspetor são os senhores da guerra, todos são suspeitos de profanar estátuas de carne e osso.
Síntese do artigo do papaizinho publicado em 15 de março de 1987, data da posse de Miguel Arraes no Palácio do Campo das Princesas das Princesas, no Diário de Pernambuco. Mantenho minhas opiniões, remasterizadas, sobre a anistia ampla, geral e irrestrita preconizada na época.
“Final de 1978 o general João Baptista Figueiredo era conduzido à Presidência da República pela vontade imperial do general Ernesto Geisel. Tempos de anistia. Antes de tomar posse, o homem que gostava de cheiro de cavalo e aprendeu com as fichas do SNI a detestar os carbonários.
De 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1987, o governador Miguel Arraes dirá que parece ter sido de anteontem para hoje. A brisa de abertura começou a soprar com a anistia em 1979. Em 15 de janeiro de 85 não houve tropas, mas os brasileiros ficaram de vigília no Colégio Eleitoral (o jeitinho) para sepultar melancolicamente o regime implantado em 1º de abril de 64. Logo num 1º de abril, essa “revolução” não tinha que dar certo.
Os pernambucanos lembram como se fosse anteontem e ainda ressoa diante das palmeiras imperiais e do baobá da Praça da República: “…. os senhores, com essas armas, têm condições para me prender, mas não para me depor”. Ele está de volta pela porta que saiu”.
Até então considerada letra morta, a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro está por um fio para entrar na pauta do Congresso e ser aprovada. Até o presidente Lula (PT) já admitiu que as forças de centro direita não podem ser subestimadas, sob o risco de aprovarem a proposta que perdoaria todos os baderneiros e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O cenário pró anistia mudou de configuração com as articulações promovidas nos últimos dias pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, atualmente filiado ao Republicanos, mas assediado para o PL, com anuência dos seus líderes para entrar na disputa presidencial em 2026.
Até então discreto quanto à corrida presidencial, Tarcísio entrou numa jogada do tudo ou nada para conquistar o apoio do ex-presidente Bolsonaro e dos seus filhos, que andavam arredios com ele. Na liderança do movimento para votar a anistia, Tarcísio restabelece a confiança do clã Bolsonaro.
Aprovada, Bolsonaro restaura seus direitos políticos e pode ser candidato em 2026. Mas Tarcísio aposta que ele não entraria na disputa, por vários motivos, e assumiria com ele o compromisso de apoio velado no enfrentamento à candidatura de Lula, que está disposto a tentar um novo mandato nas eleições do ano que vem.
Apesar de toda movimentação, o avanço da medida é considerado inviável por especialistas pelas resistências no próprio Parlamento e pela chance quase certa de o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubá-la em caso de aprovação.
Tarcísio participou de encontros junto a lideranças partidárias, que buscam um acordo para que o tema seja pautado logo após o julgamento da trama golpista, previsto para terminar na próxima sexta-feira. As articulações no Legislativo foram antecedidas por uma promessa feita pelo governador na semana anterior, quando, em entrevista ao Diário do ABC Paulista, afirmou que, caso seja eleito presidente do Brasil, seu primeiro ato será a concessão de um indulto a Bolsonaro.
Os acenos fazem parte de uma estratégia de mão dupla do governador para se viabilizar enquanto candidato ao Palácio do Planalto. Se ele se apresentar como o grande articulador da anistia, receberá parte do espólio eleitoral do ex-presidente, ou quase a totalidade, por ter sido o salvador de Bolsonaro.
O ELO COM O CENTRÃO – A empreitada do governador paulista tem conquistado o apoio de partidos como o União Brasil e o Progressistas (PP). As duas legendas, que desembarcaram semana passada do governo Lula, também defendem a anistia, articulada internamente pelo senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI). Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o parlamentar se apresenta como um dos fiadores da candidatura de Tarcísio, interessado em ocupar a vice numa eventual chapa. Ciro funciona como o elo entre o bolsonarismo e Centrão.
Motta, a pedra no meio do caminho – Apesar disso, a oposição enfrenta resistência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Na última terça-feira, após uma reunião com lideranças, ele admitiu que o número de interlocutores que pedem a anistia havia aumentado. Dois dias depois, evitou falar em prazos e ajustou o discurso ao dizer que ouviria grupos interessados e contrários à pauta. Além disso, é colocada na mesa a possibilidade de elaboração de um texto alternativo, que pode deixar Bolsonaro de fora do perdão.
Exclusão de Bolsonaro – A proposta de anistia, em fase de elaboração pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UniãoAP), poderá diferenciar as penas de acordo com o grau de participação no 8/1. A solução, no entanto, não será aceita pelo núcleo mais próximo do ex-presidente. “A anistia será ampla e irrestrita ou não contará com o apoio da direita e não terá efeito de diminuir as sanções internacionais”, escreveu em suas redes o deputado Eduardo Bolsonaro, que articula nos EUA a aplicação de punições a autoridades brasileiras que atuam no julgamento de seu pai.
Muita promessa, pouca ação – Ao observar as movimentações dos últimos dias da governadora Raquel Lyra (PSD) pelo interior, um prefeito sertanejo confessou à coluna que seu propósito é se manter aliado com a gestora ao seu projeto de reeleição, mas advertiu: “Tudo que ela me prometeu, entretanto, continua no papel. Estou só esperando, no meu canto. Meu prazo é abril. Se até lá ela não cumprir, ficarei livre para tomar outro rumo. Sou um político de palavra. Na eleição passada apoiei Miguel. Quando Paulo Câmara tentou mudar meu voto para Danilo, fui muito franco: não posso, já me comprometi com Miguel”, contou. Em tempo: o gabinete deste prefeito fica na beira no Rio São Francisco.
Nem passagem sabe emitir – Do deputado Waldemar Borges ao comentar as queixas da governadora em direção a oposição: “Era o que faltava a governadora dizer que o governo não funciona porque não deixam ela trabalhar. Um governo que não sabe emitir sequer uma passagem para alunos disputarem uma olimpíada; que perde prazo de carência de empréstimo; que durante dois anos peleja pra fazer rodar velhos programas como o Ganhe o Mundo; que precisa refazer inúmeras vezes uma licitação para corrigir erros formais; que passa quase três anos para elaborar um projeto dando finalidade ao Americano Batista”.
CURTAS
Equipe fraca – Para Waldemar Borges, os atropelos da gestão Raquel são resultados do seu próprio atropelo e da sua equipe, no seu entender, despreparada e incompetente. “Não há um só secretário que se destaque, um horror”, afirmou.
Agenda do livro – Dou uma paradinha esta semana na agenda de lançamentos do meu livro “Os Leões do Norte” e retomo na semana que vem por Sertânia, Tabira, Cabo e Paulista.
Podcast – O entrevistado do meu podcast Direto de Brasília de amanhã, uma parceria com a Folha de Pernambuco, será o jurista Walber Agra, professor da Faculdade de Direito do Recife, autor do projeto que deixou Bolsonaro inelegível. Na pauta, o julgamento do ex-presidente pela Primeira Turma do STF.
Perguntar não ofende: Como será o voto do ministro Luiz Fux no julgamento de Bolsonaro?
A manhã deste domingo (7) foi marcada pelas comemorações alusivas aos 203 anos da Independência do Brasil em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. As atividades começaram às 8h, com o hasteamento dos pavilhões nacional, estadual e municipal em frente à Câmara de Vereadores e ao Paço das Heroínas de Tejucupapo, ao som das centenárias Bandas Curica e Saboeira, que também executaram os hinos.
O tradicional desfile cívico na Rua Direita reuniu cerca de 32 apresentações, entre creches, escolas municipais e estaduais, bandas marciais, escoteiros e secretarias municipais. Neste ano, a Secretaria de Educação e Inovação trouxe como tema “Competências socioemocionais: conquistas e desafios”, ressaltando a importância do desenvolvimento de habilidades que vão além do conteúdo técnico e cognitivo, como reconhecer emoções, lidar com conflitos e fortalecer a convivência em sociedade. As apresentações também destacaram a cultura local, com referências às Heroínas de Tejucupapo, marisqueiras, pescadores, ribeirinhos e caboclinhos.
As autoridades destacaram a importância do momento cívico e da participação popular. O prefeito Marcílio Régio ressaltou a união da gestão e a alegria em ver a população reunida: “A festa foi muito bonita aqui em Goiana e reuniu muita gente para celebrar a Independência do nosso Brasil”. Já o secretário de Educação, Carlos Viégas Júnior, parabenizou alunos, profissionais e famílias, reforçando o compromisso com a educação de qualidade, enquanto o secretário de Turismo, Ítalo Coco, destacou a valorização das tradições culturais de Goiana durante o desfile.
O desfile contou ainda com a participação da Polícia Militar de Pernambuco, do Corpo de Bombeiros, do Samu Goiana e da Guarda Municipal, que além de integrarem a programação, garantiram suporte e segurança durante toda a solenidade. A Prefeitura de Goiana informou ainda que, amanhã (8), não haverá aulas na rede municipal de ensino.
A rotina de tranquilidade do condomínio de luxo Solar de Brasília, no Jardim Botânico (DF), foi interrompida desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a cumprir prisão domiciliar em 4 de agosto de 2025. Porém, o incômodo gerado por apoiadores e críticos vem se agravando.
Desde o início do julgamento do ex-mandatário no STF (Supremo Tribunal Federal), na última terça-feira (2), brigas, protestos, buzinaços e congestionamentos passaram a fazer parte da rotina dos portões do Solar.
Na segunda-feira (1º), os filhos e apoiadores do ex-presidente organizaram uma vigília em frente ao condomínio. Já no dia seguinte (2), no primeiro dia de julgamento, um boneco de Bolsonaro, com mais de 3 metros de altura, vestido de presidiário foi inflado por integrantes do MTST que também carregavam uma faixa com a frase “Bolsonaro na cadeia”.
O boneco causou irritação nos moradores. Um deles, trajado com uma camiseta do Fluminense, saiu enfurecido de sua casa e tentou rasgar a faixa. Logo depois, uma briga generalizada se instalou na portaria do condomínio. A polícia interveio. Ninguém se feriu.
Veja momento da briga:
O ato religioso voltou a se repetir. Em 2 de setembro, apoiadores do ex-presidente fizeram vigília – com direito a trio elétrico – em frente ao condomínio. Participaram Zé Trovão (PL-SC), Gustavo Gayer (PL-GO), André Fernandes (PL-CE), Gilvan da Federal (PL-SC) e mais de 50 apoiadores.
Lili Carabina, a pastora de 62 anos, que é presença frequente e autodenominada “atriz principal” dos atos de Bolsonaro, diz que as vigílias no condomínio acontecerão em todos os dias de julgamento do núcleo 1. “A gente está todo dia. Revezamos às 11h e 20h. Tem oração porque com Bolsonaro não tem canseira”, disse.
Cartas também serão enviadas ao ex-presidente. A rádio bolsonarista Auriverde criou campanha para que apoiadores mandem missivas a Jair Bolsonaro. As mensagens serão enviadas para a sede do PL, em Brasília. O Poder360 perguntou à rádio como e quando as cartas chegarão ao ex-presidente, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Leia o comunicado:
O fluxo constante de manifestantes tem sido uma das principais fontes de transtorno para os vizinhos.
Veja vídeo de moradora sobre o condomínio:
A situação levou a administração do condomínio a emitir comunicados para tentar restabelecer a ordem. Em 12 de agosto, uma nota foi divulgada para “disciplinar” o uso de drones, destacando que o sobrevoo não autorizado pode ser considerado invasão de privacidade.
A equipe de segurança foi orientada a identificar os operadores dos drones para registrar ocorrência. Procurado pelo Poder360, o síndico do Solar de Brasília, Marcelo Feijó, preferiu não se manifestar.
Almeri, morador do Solar de Brasília, diz que a administração nunca informou sobre mudanças no cotidiano por causa das decisões do ministro Moraes. Afirma também que a administração não comunicou medidas para mitigar os impactos na vizinhança.
Outro ponto de atrito foi a criação de um grupo de WhatsApp com os moradores contrários à permanência de Bolsonaro no condomínio. Os moradores tentaram encontrar condições para expulsar o ex-presidente do Solar de Brasília, na esperança de retomar a tranquilidade no residencial.
Processo complexo
Apesar da negativa da administração, a possibilidade de expulsão de um condômino por comportamento antissocial existe, mas depende de um rito complexo, como explica o síndico profissional Giovanni Gallo. Segundo ele, a iniciativa deve partir dos próprios moradores. “Com ¼ dos moradores, eles conseguem convocar a Assembleia, caso o síndico não convoque”, esclarece.
A decisão, no entanto, exige um quórum elevado. “Para poder decidir pela expulsão, por votar pelo condômino antissocial, aí sim são necessários ¾”, detalha Gallo. Em um condomínio com 40 casas, por exemplo, seriam necessários 30 votos favoráveis.
Mesmo com a aprovação em assembleia, a expulsão não é automática. “Após essa assembleia, essa decisão de 3 quartos de condomínio antissocial, o condomínio vai até o judiciário, onde vai ser decidido pela decisão favorável ou não a expulsão do condômino, mesmo que ele seja proprietário. Ele pode continuar proprietário sem ter o direito de morar”, declara o síndico profissional.
Enquanto isso, a rotina no Solar de Brasília piora a cada visita ao ex-presidente. Carros precisam ser revistados pela polícia, assim como quem entra e quem sai da casa de Bolsonaro. A tendência, com a retomada do julgamento na terça-feira (10), é que mais apoiadores e manifestantes contrários a Bolsonaro tornem ainda mais conturbada a vida dos moradores do residencial.
Um famoso espaço cultural em Belém, capital do Pará, está preparando uma festa para a próxima sexta-feira (12), dia da conclusão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete acusados de integrar o ‘núcleo crucial’ da trama golpista que resultou nos atos de vandalismo do 8 de janeiro de 2023.
Desde aquele ano, o ‘Café com Arte’ prometeu que serviria 13 barris de chope de graça no dia em que Bolsonaro fosse condenado. O dia do julgamento chegou e, caso seja confirmada a condenação, o restaurante está pronto para cumprir a promessa. O empresário Roberto Figueiredo, 50 anos, afirma que esse tipo de “promoção de 13 barris de chopp” também aconteceu em 2022, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse eleito. A postagem atraiu tanto entusiastas do mesmo espectro político, quanto opositores que vieram críticar a posição do bar. As informações são do Estado de Minas.
Desde o dia 2 de setembro, o Café com Arte instalou um telão para os clientes acompanharem o julgamento, com entrada gratuita. Mas, para quem quiser lugar no dia do julgamento, recomenda-se adquirir um ingresso. O valor? Apenas R$ 13,13. Havendo condenação, os 13 barris de chope serão abertos ali mesmo para os presentes, como anunciado no perfil do espaço:
O terceiro dia do Polo Nacional da 235ª Festa de Nossa Senhora da Penha, em Serra Talhada, foi marcado por recorde de público e muita animação. Mais de 40 mil pessoas lotaram o espaço para prestigiar as apresentações de Kennedy Brasil, Raíssa Arrodada, Simone Mendes e PV Calado.
Além da música, a festa também movimenta a economia local, com o aquecimento do comércio, bares, restaurantes e setor hoteleiro. “Essa é uma das maiores festas do interior do Nordeste, que reúne fé, cultura e entretenimento em um só lugar. É gratificante ver o sorriso no rosto do nosso povo e dos turistas que nos visitam neste momento tão especial”, destacou a prefeita Márcia Conrado.
A programação do Polo Nacional segue até este domingo (7), com os shows de Pabllo, Henry Freitas, da banda Seu Desejo, e de Lila.
A manifestação deste 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 42,2 mil pessoas pedindo apoio ao a Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado. A estimativa de comparecimento é do projeto “Monitor do debate político”, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) — coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP) —, em parceria com a ONG More in Common.
A margem de erro do levantamento, feito com base em imagens aéreas e auxílio de inteligência artificial, é de 5,1 mil pessoas para mais ou para menos. Como o levantamento tem margem de erro de 12%, no momento de pico, havia entre 37,1 mil e 47,3 mil participantes no ato.
A contagem foi feita a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial. Foram tiradas 15 fotos em quatro horários diferentes, e as imagens foram divididas em oito pedaços para cobrir toda a extensão da multidão. No cálculo, foi usado o método Point to Point Network (P2PNet), em que um drone tira fotos aéreas e o software analisa as imagens para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas, um processo que possui precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de cada indivíduo.
Num Dia da Independência que caiu no meio do julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), a presença de manifestantes pedindo sua liberdade foi 12% maior em relação ao último protesto bolsonarista realizado na cidade, no mês passado.
O ato deste domingo superou em muito o público da manifestação convocada pela esquerda, contra a proposta de anistia ao ex-presidente, que juntou 8,8 mil pessoas na Praça da República, no Centro de São Paulo.
Em comparação a outras manifestações bolsonaristas, o protesto de hoje foi o quarto maior dos oito promovidos na Paulista por apoiadores do ex-presidente desde que ele começou a questionar a confiabilidade das urnas e atacar mais o STF, quando era candidato em 2022.
O protesto com maior presença de lá até aqui foi o de fevereiro de 2024, que reuniu cerca de 185 mil pessoas poucas semanas depois de Bolsonaro passar a ser alvo da Polícia Federal, investigado por participar da tentativa de golpe de Estado.
A menor concentração de uma manifestação bolsonarista ali foi em junho deste mês, quando o ex-presidente já estava sendo interrogado pelo tribunal sobre a tentativa de golpe. Na ocasião, os bolsonaristas reunidos na Paulista fora cerca de 12,4 mil pessoas.
Sob o mote de anistia ampla e irrestrita para os réus e condenados pela trama golpista e pelos atos de 8 de janeiro de 2023, a manifestação na Avenida Paulista deste domingo foi marcada por discursos críticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes, e por cobranças direcionadas ao Congresso Nacional para aprovar o projeto de lei (PL) da anistia.
Em seu discurso mais forte contra o tribunal, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) falou em “tirania” de Moraes e pediu que o ex-presidente, inelegível, possa se candidatar em 2026. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez um discurso com tom religioso e disse, chorando, que o seus direitos têm sido violados e que o marido está “amordaçado em casa”. O pastor Silas Malafaia, responsável por convocar a manifestação, criticou as movimentações para escolha de um candidato para a eleição federal de 2026 que não seja Bolsonaro.
Morreu ontem (6), aos 106 anos de idade, Rosa Tarlovsky de Roisinblit, histórica vice-presidente das Avós da Praça de Maio, movimento criado durante a última ditadura militar argentina (1976-83) para procurar filhos e netos desaparecidos durante o regime.
O falecimento foi comunicado pela organização por meio de uma carta de despedida a Rosita, como era carinhosamente chamada pelas novas gerações de avós. Ela deixou a vice-presidência do grupo em 2021, devido à idade.
“Para mim, você é eterna”, escreveu sua neta Mariana em suas redes sociais como despedida, junto com uma foto que mostra as duas olhando nos olhos uma da outra e rindo.
De acordo com a organização Avós da Praça de Maio, ainda faltam encontrar cerca de 300 netos nascidos em cativeiro ou sequestrados junto com seus pais. No ano passado, Mirta Baravalle, fundadora das Avós da Praça de Maio, morreu aos 99 anos.
Sob o comando do prefeito Lula Cabral, o município do Cabo de Santo Agostinho viveu um final de de semana de muito patriotismo e alegria. Milhares de pessoas participaram dos desfiles cívicos no ontem (6), no distrito de Ponte dos Carvalhos, onde 26 apresentações de escolas, bandas marciais e outras instituições encantaram o público. Hoje, dia da Independência do Brasil, o Centro do Cabo parou para ver os desfiles de 48 grupos, reunindo cerca de 10 mil pessoas, entre desfilantes e espectadores.
“Celebrar a Semana da Pátria é reafirmar o nosso compromisso com a cidadania, com a história e com os valores que unem o nosso povo. Vivenciamos uma série de apresentações lindas. Todos estão de parabéns pela dedicação, em especial nossos estudantes”, enfatizou.
O tema trabalhado para a Semana da Pátria foi o mesmo do ano letivo 2025, “Saúde mental: práticas educativas e atenção psicossocial”, onde cada escola trouxe trabalhos relacionados para o desfile retratando a importância da temática. Pela primeira vez, a Semana da Pátria também contou com uma área de acessibilidade, onde pessoas com deficiência puderam ter mais conforto e visão privilegiada dos cortejos. Luciana Alves, moradora de Ponte dos Carvalhos, aprovou a iniciativa. “Foi a primeira vez que assisti um desfile e gostei muito desse espaço, confortável e livre de sol e chuva. Que o próximo ano tenha de novo”, comentou.
Ao todo, 34 escolas municipais ao todo vão participar da Semana da Pátria deste ano, que encerrará no próximo domingo (14), no distrito de Juçaral. “Todos os desfilantes estão de parabéns pelas belíssimas apresentações, fruto de muita dedicação e zelo das escolas”, destacou o secretário municipal de Educação, Isaltino Nascimento.
O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse em nota à imprensa neste domingo (7), feriado que celebra o Dia da Independência do Brasil, que não existem “dois lados” quando se trata da defesa da democracia e da soberania. O senador acrescentou que a data ocorre em contraste com os “movimentos caducos e delirantes que se prestam apenas a subjugar” o país.
“O 7 de Setembro enseja a união dos brasileiros em torno de temas essenciais, em contraponto a movimentos caducos e delirantes que se prestam apenas a subjugar o Brasil. Não há dois lados quando nos deparamos com tentativas de garrotear a nossa liberdade, o estado democrático e a vida plena em sociedade”, escreveu o político mineiro. Não há dois lados quando se trata da defesa da democracia e da soberania, causas sob as quais tenho a honra de servir, sem hesitação, sem temor”, pontuou.
Pacheco é apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026. Em entrevista à Itatiaia, o chefe do Executivo afirmou que uma chapa com Pacheco e a atual prefeita de Contagem (na Grande BH), Marília Campos (PT), seria “imbatível”.