Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Falar em guerra hoje é pleonasmo, é conjuntivite na vista, nesta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira Cruz. Até quando o coração deste reino de Pindorama aguentará tantas radicalizações, tantas facadas, tantas caboetagens, tantos bombardeios, tantos escândalos, tantas ingresias? perseguições, tantos lobisomens! As batalhas acontecem em todas as latitudes e longitudes, do alvorecer até a hora da onça beber água, do Planalto até as planícies.
Breaking News: a ONU ainda não decidiu se haverá cessar-tiroteios na Faixa de Gaza da Baixada Santista, na Faixa de Gaza da Baixada Fluminense, na Faixa de Gaza do CPX do Alemão e na Faixa de Gaza da Rocinha e na Faixinha de Gaza do Calçadão de Copacabana.
Leia maisEm 2023, ano de paz e amor nesta Pátria Mãe Gentil, morreram 39.492 viventes, de susto, de bala ou vício. O resultado foi considerado positivo em vista da redução de 4 % no comparativo com o ano anterior. Isto seria se houvesse uma tendência regressiva. Na guerra feroz de Israel contra os terroristas do Hamas (toda guerra é feroz), com bombardeios e mísseis, estima-se a morte de 30 mil palestinos desde outubro, além da destruição geral. Na guerra e na paz, a paz dos cemitérios, lá e cá, ocorre uma tragédia humanitária.
Nesta Capitania da Nova Lusitânia, ocorreram no ano passado 3.518 assassinatos, entre homicídios e latrocínios. Dizem que carnaval é festa de celebração popular. Durante as celebrações deste ano na cidade lendária de Maurício de Nassau, cuja padroeira é Nossa Senhora do Carmo, aconteceram 68 assassinatos, 12 estupros e 677 denúncias de violências contra mulheres. Os novos bárbaros das torcidas organizadas barbarizaram em campo e nas ruas, em nome da paixão pelo futebol.
Sob pressão da mídia globalista mundial, dos astros de Hollywood até o Vaticano, Israel reluta em acatar o cessar-fogo na Faixa de Gaza. A questão dos reféns e a sobrevivência do Hamas, inimigo implacável, são pontos cruciais, pois Netanyahu prometeu exterminar até a última molécula de sangue dos terroristas. Lá se vão 6 meses de guerra desde quando no fatídico 6 de março os terroristas assassinaram, estupraram, sequestraram e violentaram, no geral, 1.200 israelenses, numa festa rave em Tel Aviv.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia completou dois anos em fevereiro e prossegue na sua escalada de devastação e destruição. Os números estão numa cortina de fumaça, mas com certeza já são mais de 200 mil vítimas fatais. As mesmas vozes que clamam por um cessar-fogo em Gaza adotam uma atitude pusilânime diante das atrocidades do criminoso de guerra Vladimir Putin. Com seu poderio militar devastador, mais que exterminar seus irmãos soviéticos da Ucrânia, o novo czar da Rússia ameaça a Otan e o Ocidente sobre o uso de armas nucleares. O Papa globalista sugeriu o diálogo com os russos, equivale ao diálogo da guilhotina com o pescoço, uma rendição.
Putin ressuscita a guerra fria com o Ocidente.
*Periodista, escritor e quase poeta
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