Boulos e Nunes disputam termo frente ampla em estratégias opostas em SP

Da Folha de S. Paulo

Com o apoio do presidente Lula e do PT, Boulos quer replicar a lógica que elegeu o petista em 2022: a criação de uma aliança de partidos e personalidades unidos pelo objetivo de evitar a ameaça à democracia imposta por Jair Bolsonaro (PL). Até o MDB de Nunes integrou o movimento no segundo turno, com o apoio de Simone Tebet (MDB) ao líder petista.

A tática da esquerda se ancora no apoio declarado de Bolsonaro a Nunes e foi resumida por Lula no último dia 23, quando o petista declarou que em São Paulo haveria uma “confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente, é entre eu e a figura”. Para os petistas, a reeleição de Lula em 2026 seria impulsionada pela vitória na capital paulista.

Em reação à frente ampla de Boulos contra o bolsonarismo, os emedebistas pregam representar o que dizem ser a verdadeira frente ampla contra o que chamam de extrema esquerda e em defesa da cidade, já que eles têm a expectativa de reunir 12 partidos na coligação de Nunes.

São siglas da centro-esquerda à direita, incluindo algumas da base do governo Lula: MDB, PL, PP, Republicanos, União Brasil, PSD, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Podemos, Avante e PRD (fusão do PTB e do Patriota).

Boulos por sua vez tem uma coligação de centro-esquerda, com PSOL-Rede, PDT e PT-PV-PC do B.

Na cidade de São Paulo, Lula venceu Bolsonaro por 53,54% a 46,46% e, por isso, a pré-campanha de Boulos vê vantagem na repetição desse embate em outubro, apostando no domínio do eleitorado progressista e na alta rejeição ao ex-presidente na capital.

Por essa mesma razão, Nunes busca o contrário –descolar o pleito municipal da polarização nacional e colocar a gestão no centro do debate.

O desafio do emedebista é atrair o voto dos bolsonaristas anti-Boulos sem se tornar um representante da extrema direita, principalmente depois do desgaste de Bolsonaro como alvo da operação da PF que investiga uma tentativa de golpe.

Aliados do prefeito têm dito que Bolsonaro não é o dono da candidatura, e sim mais um apoiador entre outros, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-ministro Aldo Rebelo (que pediu licença do PDT) e o deputado Paulinho da Força (Solidariedade).

Nunes afirma que nem Lula nem Bolsonaro serão prefeito, evitando que o embate seja feito entre os padrinhos em vez dos candidatos. “Aqui em São Paulo não é ringue, aqui a preocupação é cuidar da cidade”, reagiu ao petista.

“Trazer a eleição municipal para uma discussão nacional é covarde, irresponsável e falta de amor pela cidade”, disse o prefeito a jornalistas, acrescentando que é desonesto replicar a polarização e colocar questões “ideológica e partidária acima dos interesses da cidade”.

Nas palavras de um articulador que apoia Boulos, o candidato que conseguir incorporar o espírito de união do centro democrático deve levar a melhor nas urnas, assim como ocorreu com a campanha de Bruno Covas (PSDB) em 2020 –com a diferença de que o tucano não se ligou a Bolsonaro nem a Lula.

O discurso de frente ampla se evidenciou na pré-campanha de Boulos com a adesão da ex-prefeita Marta Suplicy, que era secretária municipal de Nunes há um mês, mas migrou para o PT para ser vice na chapa do psolista a pedido de Lula.

Marta era, para o prefeito, um símbolo de que seu arco de apoiadores ia da esquerda a Bolsonaro. Defensora da estratégia de frente ampla, conceito que aplicou à candidatura de Covas que apoiou em 2020 e à de Lula que apoiou em 2022, Marta buscou transferir para Boulos, e não mais para Nunes, esse ativo da amplitude.

No almoço em que selou a chapa com Boulos, a ex-prefeita resgatou um manifesto por uma frente ampla que divulgou pela primeira vez em 2019. Em seu evento de refiliação, que reuniu Lula e Boulos, os discursos foram marcados pelo antagonismo com Bolsonaro.

Em reação, aliados de Nunes como Tarcísio, Fabio Wajngarten e Baleia Rossi, presidente do MDB, passaram a usar com frequência o termo “frente ampla” —que, segundo o dirigente, seria “sinônimo de MDB, partido de centro que nasceu como frente contra a ditadura”.

Aldo, que tem trajetória comunista, por sua vez, sucedeu Marta na Secretaria de Relações Internacionais da prefeitura e passou também a substituí-la como símbolo da frente ampla de Nunes.

Neste sábado (17), para se defender das acusações de golpismo, Bolsonaro compartilhou vídeo de Aldo e uma mensagem: “Até o ex-ministro da Dilma sabe que não teve golpe”.

Emedebistas pregam que, com Marta, Boulos só somou a esquerda com ela mesma, já que a ex-prefeita manteve a identidade com o PT —”estou de volta ao partido que nunca saiu de mim”, declarou ela.

Boulos, em seu canal no YouTube, respondeu à tese de que a frente ampla seria a de Nunes, com mais partidos. “Frente ampla não se constrói pelo número de partidos. Frente ampla se constrói por uma agregação da sociedade no sentido de valores democráticos”, disse ele, pregando derrotar o bolsonarismo.

Além da aliança com Marta, outros fatores reforçaram a estratégia de nacionalização de Boulos, como a operação da Polícia Federal que mirou Bolsonaro e deu munição para que o psolista ligasse Nunes ao golpismo.

Nesta sexta (16), o prefeito afirmou que deve comparecer à manifestação de apoio a Bolsonaro, marcada para o dia 25.

Como mostrou a Folha, Bolsonaro, que assumiu seu apoio a Nunes mais claramente em janeiro, subiu o tom contra Boulos, o que também serve ao propósito da campanha da esquerda de trazê-lo para o jogo como alvo.

Auxiliares de Nunes dizem que as suspeitas contra Bolsonaro não necessariamente vão colar no emedebista e que o eleitor, no pleito municipal, avalia as melhorias na cidade. Eles afirmam acreditar que, nesse quesito, o prefeito tem uma série de vitrines para apresentar.

Para eles, a reprodução da polarização nacional por Lula e Boulos é descrita como uma tentativa desesperada e a única tática que restou ao psolista, que não tem experiência em gestão pública para credenciá-lo.

O argumento de estrategistas de Nunes é o de que os partidos da base de Lula que integram a coligação do prefeito, a começar pelo MDB, e o apoio de parte do sindicalismo desmontam a tese de que a disputa seja entre lulismo e bolsonarismo.

Nos bastidores, porém, esses interlocutores esperam contar com a cooperação de Bolsonaro para que ele não responda às provocações de Lula e Boulos e evite protagonizar a disputa paulistana. O ex-presidente, no entanto, indicou um coronel da PM bolsonarista para a vice de Nunes, o que realça a ligação do prefeito e da extrema direita.

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Congresso já fez a sua parte 

Em tempo recorde, o Congresso fez a sua parte, aprovando e sancionando o Projeto de Decreto Legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro. O texto autoriza o Governo a excluir da meta fiscal as despesas realizadas via meio de crédito extraordinário para atender o povo gaúcho.

A bola agora é com o Executivo, com o presidente Lula, que ainda não decidiu o valor da ajuda federal que chegará ao Rio Grande do Sul. Tanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, quanto Arthur Lira, presidente da Câmara, pautaram a urgência da matéria pouco antes de votar o mérito, que foi aprovado de forma simbólica (sem contagem nominal dos votos) nas duas Casas.

Na prática, só os recursos destinados exclusivamente ao Rio Grande do Sul não serão computados no cumprimento da meta fiscal estabelecida pelo Ministério da Fazenda. Assim, o Executivo e o Legislativo não ficam à mercê da regra de controle de gastos para ajudar a população. Entretanto, o valor do auxílio não foi especificado pelo governo.

A expectativa é de que agora, depois de o Congresso fazer a sua parte, o Executivo apresente uma MP (medida provisória) com detalhes sobre as despesas. O presidente Lula (PT) anunciou o projeto em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, com os presidentes da Câmara e do Senado.

O petista afirmou que o texto será o primeiro de um grande número de atos que serão feitos para auxiliar o Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas que acometeram a região e deixaram 95 mortes, até o momento. A velocidade que o Congresso andou é muito louvável. O que se espera do Governo, a partir de agora, é que aja na mesma velocidade, porque o Rio Grande do Sul tem que passar por uma operação de guerra para ser restaurado. As imagens mostram uma tragédia que deixou o Estado completamente destruído.

Prejuízos acima de R$ 4 bi – Os municípios do Rio Grande do Sul já somam mais de R$ 4,6 bilhões em prejuízos por conta das fortes chuvas que atingem a região desde o dia 28 de abril. Os dados são do balanço divulgado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios). O levantamento foi feito com 388 cidades afetadas. Segundo o presidente da instituição, Paulo Ziulkoski, os gastos foram informados pelos próprios gestores municipais e representam uma parcial dos prejuízos e estão em atualização a todo momento. Do total, R$ 465,8 milhões são danos no setor público e R$ 756,5 milhões, no privado.

Foco nos abrigos – O ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, entende que os abrigos onde está a população atingida pelas chuvas serão o foco do governo federal no Rio Grande do Sul nos próximos dias. Segundo ele, a situação nos locais “tende a se estender”, porque o volume do rio Guaíba deve demorar cerca de 10 dias para baixar. “O que fazer com 50.000 pessoas em abrigos na Região Metropolitana [de Porto Alegre]? Três refeições por dia, são 150 mil refeições por dia, água, lixo, material de higiene, descarte de toda essa estrutura”, declarou o ministro.

Situação dramática – De acordo com Pimenta, parte dos abrigos não tem banheiro e nem água potável. O ministro da Secom disse que os helicópteros e a estrutura que estão sendo usados no resgate de pessoas desaparecidas terão “outra utilidade”, que será a de chegar nas cidades com suprimentos. No entanto, o ministro afirmou que ainda há cidadãos a serem resgatados. As pessoas afetadas pelas chuvas não têm como sair da região. A chuva destruiu estradas e, além disso, o aeroporto de Porto Alegre suspendeu os voos por tempo indeterminado.

Remanejamento de emendas – O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) revela que o governo federal vai abrir uma janela para que deputados e senadores possam remanejar parte de suas emendas individuais para ações emergenciais em municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes nos últimos dias. De acordo com o ministro, a bancada gaúcha sozinha tem como remanejar R$ 448 milhões que foram alocados em ações como compra de equipamentos ou estruturas de obras que levam tempo para serem executadas. Os recursos poderão agora ser destinados para ações de defesa civil, saúde e assistência social.

Dívida gaúcha rolada – O ministro Alexandre Padilha garante ainda que o governo trabalha com uma proposta para renegociar a dívida do Rio Grande do Sul com a União. A dívida do Estado é de R$ 92,8 bilhões até 2023, segundo dados da Secretaria da Fazenda gaúcha. O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB-RS), já havia solicitado a suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida do Estado com a União pelo período que durar a reconstrução dos danos causados pelas chuvas no Estado. A medida liberaria R$ 3,5 bilhões do caixa gaúcho, segundo estimativa estadual.

CURTAS

ROUBOS – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou, ontem, que irá adotar medidas para garantir a segurança da população e conter saques em alojamentos e roubos. Leite pediu ao Ministério da Justiça mais homens da Força Nacional e acionou governadores dos demais Estados do Sul para envio de efetivos policiais.

ATÉ OS CLUBES – Ao menos 8 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro disponibilizaram suas instalações – estádios, centros de treinos e lojas oficiais – para arrecadar doações para a população do Rio Grande do Sul. Outros disponibilizaram chaves Pix do governo gaúcho ou criaram contas próprias, a exemplo do Atlético Mineiro. De acordo com o Galo, o 1º depósito foi feito pelo próprio time.

APPLE AJUDA – O CEO da Apple, Tim Cook, disse que a empresa vai ajudar o Rio Grande do Sul. Em publicação no X (antigo Twitter), Cook declarou que a big tech “fará doações para esforços de socorro locais”, mas não especificou em que constituem essas doações.  “Nossos corações estão com as pessoas afetadas pelas enchentes devastadoras e trágicas no Brasil”, escreveu.

Perguntar não ofende: Quanto o Governo Lula vai mandar para ajudar o Rio Grande do Sul?

Paulista - No ZAP

Jaboatão dos Guararapes teve projetos importantes selecionados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que totalizam R$ 214,7 milhões em investimentos no município. Os setores a serem beneficiados são os de renovação de frota do Sistema Complementar de Transporte, obras de contenção em encostas, urbanização e regularização fundiária.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, hoje, pelo presidente Lula e os ministros das Cidades, Jader Filho, e da Casa Civil, Rui Costa. O prefeito Mano Medeiros participou da solenidade.

Um dos projetos é a renovação de toda a frota de 286 micro-ônibus do Sistema de Transporte Complementar, medida essencial para o processo de implantação da bilhetagem eletrônica, que está em andamento. Estão previstos R$ 140 milhões em financiamento, via Caixa Econômica Federal (CEF), para os permissionários adquirirem novos veículos, dentro dos padrões previstos para uso da bilhetagem.

“Submetemos R$ 448,7 milhões em projetos ao novo PAC e fico muito feliz que diversas das nossas propostas tenham sido selecionadas. São questões sociais de extrema importância para o município do Jaboatão, que vão proporcionar maior segurança, qualidade de vida e dignidade aos jaboatonenses”, comemorou Mano Medeiros.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Diante do caos instaurado no Rio Grande do Sul, por conta da grande enchente que atinge o Estado, o deputado federal Coronel Meira (PL/PE), buscando facilitar a ajuda e o socorro aos cidadãos atingidos, apresentou um Projeto de Lei que considera crime, a criação de obstáculo ou embaraço fiscal, sanitário, ambiental ou administrativo; o impedimento ou dificuldade ao serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento e a entrega de donativos; ou ainda, o resgate às vítimas, durante a vigência de estado de calamidade pública.

A tragédia climática que afeta o Estado Gaúcho já conta com grande número de mortos e desaparecidos, além de milhares de desabrigados e desalojados, somando prejuízos ambientais e destruição ao patrimônio e despertando na população, um momento de solidariedade e mobilização, para levar ajuda às vítimas.

“O que estamos vendo, no entanto, é uma série de casos em que voluntários, proprietários de barcos ou jet skis, na tentativa de entregar suprimentos ou oferecer o resgate às vítimas das enchentes, acabam sendo impedidos ou cobrados de autorização, documentação ou habilitação para transitar com os veículos. Caminhões com donativos sendo barrados nas entradas sob a exigência de nota fiscal ou por ultrapassarem o peso na balança rodoviária, até o fornecimento de medicamentos estão sofrendo dificuldades e embaraços para chegar a quem precisa”, completou o parlamentar.

O Projeto visa alterar o de Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal impondo uma pena de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa. “A decretação de calamidade pública acarreta diversos efeitos fiscais, tributários, financeiros e administrativos, tais como dispensa de licitação, antecipação de benefícios da previdência social, renegociação de dívidas rurais, entre outros. Nesse sentido, considerando a situação extraordinária, não é justo que sejam criados embaraços burocráticos que impeçam ou dificultem o atendimento às vítimas durante esse período”, concluiu Meira.

Ipojuca - Minha rua top

Reunindo uma série de temáticas envolvendo as nuances da legislação eleitoral, o Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP) lançou a segunda edição do Livro Estudos de Direito Eleitoral e Político. A obra, que foi coordenada pelos advogados Renato Hayashi, Pietro Duarte e Orlando Morais Neto, é uma coletânea de artigos de diversos especialistas da área. O lançamento foi realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

O volume tem prefácio do desembargador Adalberto de Oliveira Melo, presidente do TRE-PE.  Dentre os autores da obra estão os especialistas em Direito Eleitoral Diana Câmara, Walber Agra, Emanoel Messias, Felipe Moraes e Rosa Maria Freitas. O lançamento contou com a presença da presidente da OAB/PE em exercício, Ingrid Zanella, e o presidente do IAP, Gustavo Ventura.

Caruaru - Geracao de emprego

Por Edward Pena – repórter do Blog

Um grupo de professores e alunos da rede pública estadual protestou, hoje, no Recife, em repúdio a um suposto abandono das unidades de ensino. Em ato que ocorreu em frente da Escola Arthur da Costa e Silva, na Mustardinha, docentes e discentes elencaram como os principais problemas naquele local a ausência de climatização nas salas, infiltrações, presença de mofo, deficiências no abastecimento de água e acúmulo de lixo em frente ao colégio.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe), a unidade da Mustardinha é apenas um exemplo da situação que engloba toda rede. As condições das escolas e a valorização dos professores serão pautas de um novo ato, que ocorrerá amanhã, às 9h, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Camaragibe Agora é Led
Belo Jardim - Vivenciando Histórias
Vitória Reconstrução da Praça

Por Edward Pena – repórter do Blog

A produção de cerveja na cidade de Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, será suspensa e dará vez a uma operação emergencial de envasamento de água potável para ser doada às vítimas das chuvas no estado. De acordo com a Ambev, cerca de 850 mil latas, cada uma com 473 ml, serão produzidas diariamente na cervejaria.

“A companhia precisou levar de São Paulo alguns maquinários para viabilizar a adaptação de sua fábrica”, disse a empresa, em nota. Mais de 560 mil de litros de água, sendo 185 mil litros para a população de 11 municípios afetados e 375 mil em caminhões-pipa para suprir a necessidade de água de hospitais da grande Porto Alegre, já foram doados pela companhia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, hoje, o resultado de cinco modalidades do Novo PAC Seleções, dos eixos ‘Água para Todos’ e ‘Cidades Sustentáveis e Resilientes’. Palmares, na Zona da Mata Sul, foi um dos municípios pernambucanos contemplados.

As cinco modalidades são executadas pelos Ministério das Cidades e somam R$ 18,3 bilhões em investimentos. Estados e municípios tiveram participação ativa no Novo PAC Seleções, inscrevendo propostas em todas as modalidades. No total, 532 municípios foram contemplados, dos 26 estados e Distrito Federal, beneficiando a população com estruturas e equipamentos que ampliam os direitos.

Em visita a Expoagro Agreste, em Garanhuns, hoje, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou os instrumentos da Autarquia para a agropecuária e o agronegócio. Tanto os fundos regionais como os incentivos fiscais podem ser acessados por esses setores produtivos.

O FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e o FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste) têm taxas de juros diferenciadas nas linhas de crédito para e oferecem vantagens para empreendedores instalados nas áreas prioritárias, como o semiárido. O primeiro atende agricultores familiares, cooperativas e associações rurais, agroindústrias e indústrias, todos dos mais variados portes. E os recursos podem ser usados para aquisição de equipamentos, capital de giro, projetos de irrigação, construção, ampliação de benfeitorias, por exemplo.

Já o FDNE é indicado para agroindústrias e empreendimentos rurais de médio e grande porte. “O agro é uma grande oportunidade para o fortalecimento da economia da nossa área de atuação e é importante que a gente se aproxime do setor para divulgar nossos mecanismos de financiamento e de incentivos”, afirmou Danilo Cabral na abertura do evento.

Os benefícios fiscais da Sudene permitem a atração de investimentos para a região. Eles são calculados com base no Imposto de Renda Pessoa Jurídica, em duas modalidades: redução de 75% do IRPJ e reinvestimento de 30% do IRPJ. Os recursos devem ser utilizados para lançar um novo empreendimento, modernizar sua empresa, permitir uma ampliação ou diversificar uma nova linha de produtos.

A Expoagro Agreste teve início hoje (8) e segue até o próximo domingo. Reúne representantes do setor agropecuário de Pernambuco, com expositores de várias regiões do estado e também de Alagoas. A região de Garanhuns tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, 101 mil produtores rurais distribuídos em 50 municípios, e um PIB agrícola de R$ 3,2 bilhões, com destaque para a produção leiteira e a avicultura.

EXCLUSIVO

Um passarinho me contou que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), almoçou em Brasília com o deputado Mendonça Filho (UB) e o presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, para traçar um filé à parmegiana e acertar os ponteiros sobre as eleições municipais.

João Campos fez questão de pagar a conta. Ao final da degustação, os três disseram a uma só voz. “Tamos juntos”. Mas ainda não têm data para anunciar o pacto municipal.

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro (PT), foi recebido, hoje, em Brasília, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  O encontro ocorreu durante o evento de lançamento do Novo PAC – Seleções, do Ministério das Cidades.

A reunião do gestor municipal com Lula foi viabilizada com o apoio dos senadores petistas Humberto Costa e Teresa Leitão. A cidade do Paulista foi contemplada pelo PAC na área de proteção de encostas.