Coluna da segunda-feira

O modelo de Goiás que Raquel ignora

Enfim, no apagar das luzes do seu primeiro ano de gestão, a governadora Raquel Lyra (PSDB) anuncia hoje um plano de segurança para o Estado. A intenção é frear a violência crescente e preocupante, que voltou a colocar Pernambuco, mais uma vez, entre os Estados mais inseguros do País. O terror toma conta da sociedade e atinge a todos sem discriminar classes sociais.

Que o diga a deputada Débora Almeida, uma das parlamentares mais subservientes ao modelo de gestão de Raquel, que bate palmas todos os dias para a governadora, mesmo tendo sido preterida para a vaga de conselheira do Tribunal de Contas. No último fim de semana, ela teve seu carro roubado ao participar de uma festa em Lajedo.

Quanto ao plano de segurança, tão esperado pela população, está envolto em um grande mistério, tão entocado feito cabelo de freira, que ninguém vê. Ninguém sabe também qual experiência serviu de inspiração e modelo bem-sucedido, até porque estava sendo concebido pela ex-secretária de Defesa, Carla Patrícia, que caiu, e hoje está nas mãos de um delegado federal que serviu ao PSB e caiu por incompetência.

Se a governadora fosse mais humilde e tivesse a preocupação de visitar Estados que reduzem a violência com êxito, certamente teria vindo a Goiás, de onde voltei ontem. Trata-se do Estado mais seguro do País, hoje. Lá, a queda nos índices de violência está diretamente ligada às ações desenvolvidas pelo Governo de Ronaldo Caiado para valorização e reconhecimento das forças de segurança.

Uma das primeiras medidas tomadas por ele foi a extinção do ‘famigerado’ policial militar de terceira classe, uma subcategoria de policiais criada pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB). O ato do atual governador permitiu a elevação de cerca de 2,4 mil profissionais da segurança pública e a equiparação salarial da categoria. Hoje, os salários da Polícia Militar variam de R$ 6 mil a R$ 14 mil.

Caiado também criou o Batalhão Rural. Em parceria com a Delegacia de Repressão a Crimes Rurais, a atuação da Polícia Rural resultou na queda expressiva de 12,1% nos crimes de roubos no campo. Já as ações efetivas de retomada do controle dos presídios do Estado e a valorização da Polícia Penal evitaram ações de facções e culminaram com a redução abrupta de crimes contra o patrimônio que eram encomendados de dentro da cadeia.

Dos 246 municípios goianos, 160 não registraram nenhum homicídio nos últimos meses. “Por que a polícia é tão eficiente? Porque deixamos a polícia fazer a segurança. Eles são responsáveis por isso. Não inibo a polícia, deixo eles trabalharem. É por isso que a segurança de Goiás é a melhor do País, com o menor número de profissionais”, diz Caiado.

O mais seguro – Números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás apontam uma redução histórica nos índices de criminalidade e colocam o Estado no topo do ranking das unidades da federação que mais reduziram os índices de violência no Brasil. De terceiro Estado mais violento do País em 2015, Goiás hoje exibe números que o colocam entre os mais seguros, com taxas de criminalidade que remontam às estatísticas de 25 anos atrás.

Uma página virada – Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2017, apontava que entre 2005 e 2015 a taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes havia crescido 97,34% em Goiás, e alcançado 40,1 mortes por cada grupo de 100 mil moradores, índice que colocava o Estado na condição de terceiro mais violento do País, atrás apenas de Alagoas e Ceará. Desde que Ronaldo Caiado assumiu o governo, em janeiro de 2019, no entanto, esses índices vêm caindo ano a ano, e chegam ao final do primeiro trimestre de 2023 com uma redução de quase 50%, se comparados com o mesmo período de 2018, último ano da gestão do PSDB em Goiás.

Queda em todos os índices – Segundo relatório da Segurança Pública de Goiás, no período de janeiro a março de 2023, 270 homicídios dolosos foram registrados no Estado contra 536 no mesmo período de 2018, uma redução de 49,6%. Quanto aos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), a redução foi ainda maior: três ocorrências em 2023 contra 29 em 2018, uma queda de 89,7%. No primeiro trimestre de 2018, foram roubados 3.301 automóveis no Estado, uma média de 36 veículos por dia. Já nos seis primeiros meses de 2023, foram registrados 289 roubos de veículos, uma queda impressionante de 91,2%. Roubos de cargas caíram 90,2% no período e roubos em instituições financeiras simplesmente não tiveram ocorrência em Goiás neste ano, uma redução de 100%.

Bandido não dá ordem – De todos os crimes, a maior queda se observa no número de latrocínios (roubo seguido de morte), que reduziu 70%. Registros de lesão seguida de morte tiveram queda de 55,7% e o crime de homicídio doloso, que tem a intenção de matar, a diminuição ficou em 44,5%. No primeiro mandato de Caiado, foram investidos R$ 300 milhões na compra de viaturas, armamentos e obras. “A população goiana se sente encorajada para denunciar o bandido. Antes havia receio, pois sabiam que poderiam ser retaliados, nada acontecia ao bandido. Hoje bandido não dá ordem, cumpre pena”, afirma o governador.

Retrato da eficiência – Do delegado-chefe da Polícia Civil de Goiás, André Ganga: “O Estado remeteu mais de 30 mil inquéritos à Justiça e, deste total, mais de 27 mil tiveram autoria definida. Ou seja, nós temos hoje um índice de elucidação de 90,5%, o maior das polícias judiciárias do Brasil. Ampliamos o número de operações em 44%, aumentamos em 54% os mandados de busca e apreensão e quase 10% nas prisões. Além disso, neste primeiro semestre, R$ 150 milhões em sonegação foram recuperados aos cofres públicos.

CURTAS

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – Em seu segundo mandato, Caiado investe na aquisição da inteligência artificial, com metodologias cada vez mais modernas na parte preventiva, para desarticular cada vez mais a capacidade de ação dentro dos presídios, para que estes não sejam quartéis generais do crime.

FEMINICÍDIO – O secretário de Segurança Pública de Goiás, coronel Renato Brum, afirmou que seu maior desafio é o feminicídio. Para isso, está reforçando o trabalho executado pelo Batalhão Maria da Penha e delegacias especializadas em crimes contra a mulher, fechando o cerco contra agressores. “Vamos mostrar que não há impunidade. Agressores têm de ir para a cadeia”, afirmou.

Perguntar não ofende: O plano de segurança de Raquel valoriza os policiais como se dá em Goiás, onde o menor salário de um PM é de R$ 6 mil?

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Por Ricco Viana
Do Blog da Folha

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), demonstrou confiança na parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026. Com a recente filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao PSD, surgiram especulações sobre uma possível neutralidade do PT na disputa pelo governo estadual ou até mesmo um eventual apoio à pessedista.

No entanto, Campos afirmou estar seguro quanto à construção política com o petista.

“A gente tem uma relação que não é de hoje com o presidente Lula. O vice-presidente da República é do nosso partido. O PSB foi o maior partido dessa aliança que resultou na vitória do presidente Lula. Se você olhar a coligação, na época, o PSB era o maior partido depois do PT. A gente tem muita tranquilidade nessa construção e aliança política. Conjuntura eleitoral se define perto da eleição, mas nós fazemos parte do governo. Votei no presidente Lula, o apoio, tenho muita tranquilidade e, principalmente, gratidão pelo que ele tem feito pelo nosso estado e nossa cidade”, declarou.

Jaboatão - Combate Dengue

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Para tentar driblar o boicote do Governo do Estado ao Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), a prefeitura da cidade, localizada no Agreste pernambucano, vem antecipando a programação, faltando meses para o evento.

No início da noite desta quarta-feira (12), o prefeito Sivaldo Albino (PSB) fará o anúncio da programação nacional completa do FIG, a quatro meses do festival, que será realizado entre os dias 10 e 27 de julho deste ano.

Mas, desde fevereiro passado, já havia divulgado que haverá shows da dupla Bruno & Marrone, Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Joelma e Dilsinho.

Em 2024, a governadora Raquel Lyra (PSD) lançou um evento paralelo que promoveu shows pelo interior do Estado na mesma época do FIG: o Festival Pernambuco Meu País, o mesmo festival que rivalizou com o Carnaval do Recife este ano, com palco montado no Marco Zero da capital.

Estratégia

A estratégia da Prefeitura de Garanhuns é antecipar a divulgação dos nomes dos artistas para que público e cantores se programem com antecedência e priorizem o FIG. O deputado Cayo Albino (PSB), filho do prefeito Sivaldo Albino, abordou o assunto na Alepe, na tarde desta quarta.

“Até 2022, o Governo do Estado trabalhava em parceria com a prefeitura pelo FIG. Infelizmente, no governo Raquel Lyra, não houve diálogo suficiente”, afirmou. Segundo ele, a municipalização do FIG deu autonomia à cidade. “Neste ano, em especial, o evento completa 35 anos e poderemos divulgar a grade nacional com quatro meses de antecedência”, destacou.

Cayo Albino ainda disse: “Não é porque se tentou apequenar o FIG que irão conseguir. O povo de Garanhuns deu a resposta. Não é qualquer festival que tirará o brilho do FIG”.

A proposta é transformar a cidade em um verdadeiro caldeirão de cultura, arte e diversidade. Ao todo, são 17 dias de eventos gratuitos, espalhados em diversos polos culturais, que vão desde apresentações musicais a exposições de arte, cinema, teatro, dança e muito mais.

Conheça Petrolina

Em nota, o prefeito de Gravatá, padre Joselito, esclareceu que este ano, diferente do ano passado, o município recebeu apoio financeiro do Governo do Estado para o Carnaval, que garantiu 14 atrações musicais para o evento, totalizando um investimento superior a R$ 250 mil.

“Reforçamos nosso compromisso com a verdade e com a transparência na divulgação das ações que fortalecem a cultura e o turismo em nossa cidade. O Carnaval de Gravatá, reconhecido como polo oficial da folia, contou com uma programação diversificada e um grande público, evidenciando a importância dessa parceria para o desenvolvimento do município”, disse o gestor.

Dulino Sistema de ensino

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou um esquema especial de trânsito na BR-101 neste sábado (15) e domingo (16) para a escolta de um transformador de grande porte. Com 600 toneladas e 113 metros de comprimento, o equipamento será transportado entre o Cabo de Santo Agostinho e a divisa com a Paraíba, ocupando as duas faixas da rodovia das 6h às 18h. A operação contará com viaturas e motocicletas para garantir a segurança e orientar o trânsito. Confira:

Ipojuca No Grau

A vereadora de Olinda, Eugênia Lima (PT), utilizou as redes sociais para criticar a condução do Carnaval pela Prefeitura e relatar que não conseguiu expor suas críticas na sessão da Câmara Municipal de ontem (11). Segundo a parlamentar, apesar de estar inscrita no livro de oradores, a sessão foi encerrada antes que pudesse aprofundar sua fala sobre o tema.

Eugênia classificou a organização da festa como a pior que já presenciou. “Nunca vi um carnaval tão desorganizado na cidade de Olinda”, afirmou, destacando problemas como a presença excessiva de veículos no sítio histórico, falhas na iluminação pública, acúmulo de lixo e a precariedade da estrutura dos banheiros. A vereadora também questionou a destinação de recursos que foram retirados da Secretaria de Cultura para o evento. Assista:

Caruaru - IPTU 2025

Por Betânia Santana
Do Blog da Folha

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), que em maio deve assumir a presidência nacional do partido, considerou natural a movimentação partidária. A legenda perdeu, este ano, dois prefeitos: a de Lagoa Grande, no Sertão, Catharina Garziera, que foi para o MDB, e o de Flores, também no Sertão, Gilberto Ribeiro, que migrou para o PSD, legenda à qual a governadora Raquel Lyra se filiou na última segunda-feira. Ribeiro assinou a ficha de filiação no mesmo dia da gestora.

“Essa movimentação é absolutamente normal, de um prefeito ir para um partido ou para outro. A acomodação partidária é algo absolutamente natural. Isso acontece não só aqui, mas em todos os locais. É muito normal não só entre prefeitos, mas também nas janelas partidárias entre deputados e bancadas”, disse o prefeito logo depois de cortar o bolo dos 488 anos do Recife, no Restaurante Popular Naíde Teodósio, em Santo Amaro, área central da cidade.

Segundo o prefeito, o PSB teve um grande resultado na eleição municipal do ano passado. “Fomos o partido com a maior votação de Pernambuco. Tirando a cidade do Recife, a gente ainda fica com a maior votação, um número expressivo de prefeitos e de vereadores e a certeza de que o partido fez um trabalho bem-feito no Estado, um trabalho que nos coloca na condição de melhor resultado que uma oposição já teve em Pernambuco”, destacou.

O gestor garantiu não estar preocupado com a decisão de um dos eleitos no ano passado de seguir a adversária Raquel Lyra. Para ele, as pessoas conhecem a forma do PSB de governar e de cuidar das pessoas.

“As pessoas sabem de tudo o que a gente está fazendo aqui no Recife e de tudo que já foi feito em anos passados no Estado de Pernambuco. E têm a consciência de que nosso time trabalha para quem mais precisa”, pontuou. Citou como exemplo o lugar escolhido para cortar o bolo de aniversário do Recife.

“Eu poderia estar comemorando em qualquer local da cidade. Não à toa, escolhi cortar o bolo no restaurante popular, com as pessoas que mais precisam. Nossa história mostra isso. Nosso lado é estar do lado de quem mais precisa. Quem conhece e sabe da história sabe onde quer chegar e certamente não vai se perder no caminho”, enfatizou.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Maria Elizabeth Rocha, de 65 anos, se torna, nesta quarta-feira (12), a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM). Em 217 anos da Corte, apenas homens haviam liderado a instituição.

A nova presidente ficará no comando do tribunal até 2027, junto ao vice-presidente, o ministro tenente brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo.

Uma das bandeiras de Maria Elizabeth é a diversidade e maior inclusão das mulheres em espaços de poder. Ela fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela indicação de uma mulher na vaga que abrirá no STM em abril. Lula, então, recomendou a advogada Verônica Abdalla Sterman, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado para ocupar a cadeira no tribunal militar. As informações são da CNN Brasil.

Além disso, a nova presidente deseja avançar com a chamada “PEC dos militares” no Congresso Nacional. Pela proposta de emenda à Constituição, os militares da ativa estariam impedidos de concorrer ou aceitar cargos políticos.

No início do mês, em entrevista ao CNN Entrevistas, Maria Elizabeth afirmou nunca ter visto “com bons olhos” a participação de militares da ativa na política, com exceção de cargos no Ministério da Defesa e no comando das Forças Armadas. “Quando a política entra nos quarteis, a hierarquia sai”, reforçou.

Na entrevista, a nova presidente também comentou sobre a época da ditadura militar. Para ela, a “Justiça Militar carrega as mazelas do golpe de 1964”. “Enquanto houver torturadores e torturados vivos, e seus filhos, essa justiça vai ser sempre criticada, sobretudo por atuar em tempo de paz”, disse.

Maria Elizabeth ainda falou a respeito dos pedidos de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023: “Acho que ainda é precipitado falar sobre isso, algumas penas foram elevadas, mas falar de anistia quando nem todos os denunciados foram julgados, me parece estranho. Isso poderia ser cogitado, se fosse o caso, se todos os réus fossem julgados, mas vai anistiar o quê?”.

Ela se colocou de forma crítica a como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as Forças Armadas durante sua gestão.

“Marinha, Exército e Aeronáutica, acabaram sendo extremamente prejudicadas e a credibilidade solapada porque um chefe de Estado acabou se perdendo na condução do governo”.

Currículo
Maria Elizabeth já serviu como vice-presidente do STM de 2013 a 2015 e atua como ministra da Corte desde 2007, por indicação de Lula.

Natural de Belo Horizonte (MG), a presidente cursou direito na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e é doutora em direito constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Por Malu Gaspar
Do Jornal O Globo

Um julgamento marcado para esta quinta-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF) pode tirar o mandato de sete parlamentares e tensionar a relação da Câmara dos Deputados não só com a Corte, mas com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tem interesse direto no que será decidido pelos 11 integrantes do tribunal.

O assunto a ser discutido no plenário da Corte são as regras das chamadas sobras de vagas eleitorais. As sobras são uma espécie de repescagem realizada depois de preenchidas todas as vagas na Câmara, pelas quais 7 deputados assumiram seus mandatos depois da eleição de 2022.

As novas regras na divisão das vagas foram consideradas inconstitucionais pelo STF em fevereiro do ano passado. O que se discute agora é se esse entendimento recente deve ou não retroagir , ou seja, já ser aplicado agora e levar ao fim do mandato dos deputados.

Caso o Supremo decida por retroagir, perdem o mandato imediatamente os deputados Augusto Pupio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lázaro Botelho (PP-TO), Lebrão (União Brasil-RO), Professora Goreth (PDT-AP), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Sonize Barbosa (PL-AP). Quatro deles são do Amapá de Alcolumbre.

Nesse caso, eles seriam substituídos por aliados do presidente do Senado, que ampliaria seu domínio sobre a bancada e o tabuleiro político local.

A possibilidade de os parlamentares perderem o cargo preocupa o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem feito uma peregrinação pelos gabinetes dos ministros do STF para convencê-los a preservar o mandato dos colegas, e não interferir na composição da Câmara, definida em eleição ocorrida em 2022.

O cálculo da discórdia
A controvérsia no Supremo gira em torno das sobras eleitorais, que são as vagas que restam depois da divisão pelo quociente eleitoral — um índice que é calculado a partir do número de votos recebidos e das vagas disponíveis. Uma lei de 2021 estabeleceu que só pode disputar as sobras o partido que tiver ao menos 80% do quociente eleitoral, e os candidatos que tenham obtido votos de ao menos 20% desse quociente.

Em 2022, três partidos – Rede, PSB e Podemos – alegaram ao Supremo que a mudança na regra feriu o pluralismo político e a igualdade de chances. O STF concordou com o argumento das siglas e invalidou as regras, por 7 a 4, em julgamento concluído em fevereiro do ano passado. Para a Corte, todas as legendas podem participar da divisão das sobras.

Em uma segunda votação naquele mesmo julgamento, com placar mais apertado (6 a 5), a Corte decidiu que o entendimento só deveria valer a partir de 2024, o que preservaria o mandato dos atuais parlamentares. Ou seja: a regra que os beneficiou foi anulada, mas eles seriam “poupados” porque a decisão do STF não teria efeitos retroativos – esse ponto da decisão contrariou Alcolumbre.

O julgamento opôs a atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, e o seu antecessor no comando da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes – enquanto Cármen votou para preservar o mandato dos sete parlamentares ameaçados, Moraes defendeu a anulação da posse deles.

Reviravolta
Agora, o plenário do Supremo volta a se reunir para discutir um recurso dos partidos que moveram as ações, que tem o objetivo de garantir a aplicação imediata da decisão da Corte. Na prática, isso levaria à perda do mandato dos sete parlamentares beneficiados pela regra que já foi considerada inconstitucional pelo STF.

A peça-chave do novo julgamento é o ministro Cristiano Zanin Martins, indicado ao cargo pelo presidente Lula, que vai votar no lugar do antigo relator do caso, Ricardo Lewandowski.

Atual ministro da Justiça de Lula, Lewandowski votou a favor de a decisão do STF só valer a partir de 2024, posição que acabou prevalecendo por maioria apertada – mas, na análise do recurso, Zanin já sinalizou que defende a aplicação imediata do entendimento da Corte, o que abre caminho para uma reviravolta no caso.

Isso porque o julgamento do recurso das legendas foi iniciado em junho de 2024 no plenário virtual da Corte, uma plataforma digital que permite a análise de casos sem que os ministros precisem se reunir presencialmente – e longe das transmissões ao vivo da TV Justiça.

Na ocasião, Zanin e outros cinco ministros – Moraes, Flávio Dino e três integrantes da ala chamada “Centrão do STF”, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli – votaram a favor da aplicação imediata da decisão do STF e da anulação da eleição dos sete deputados federais, indicando uma maioria a favor da mudança na composição da Câmara.

Mas a análise acabou interrompida à época por um pedido de destaque de André Mendonça, que tirou o caso do ambiente online e trouxe a discussão para o plenário físico da Corte, onde o julgamento do recurso será reiniciado do zero. Mendonça foi indicado ao STF por Jair Bolsonaro, cujo partido, o PL, corre o risco de perder duas cadeiras.

‘Precedente perigoso’
No memorial entregue aos ministros do STF, obtido pelo blog, a equipe jurídica dos parlamentares ameaçados afirma que a aplicação imediata da decisão abre um “precedente perigoso” e alega que o recurso das legendas tem “a nítida pretensão de rediscutir o mérito” de uma questão já julgada pelo STF.

“Toda e qualquer alteração do processo eleitoral, ainda que, em tese, venha para aperfeiçoá-lo, está submetida à cláusula da anualidade, precisamente em atenção à segurança jurídica eleitoral qualificada e à proteção de legítimas expectativas dos participantes do pleito”, diz o texto.

Para um influente interlocutor de Motta ouvido reservadamente pela equipe da coluna, “não dá para mexer com a regra do jogo, com o jogo concluído pela Justiça Eleitoral”. “A regra é a de que toda alteração eleitoral só vale para o futuro, justamente para evitar alterações casuísticas.”

Do outro lado, o PSB sustenta que o Supremo, para preservar o mandato dos atuais parlamentares, seriam necessários, no mínimo, oito votos para “modular” os efeitos da decisão, ou seja, para não retroagir.

“Isso porque o art. 27 da Lei nº. 9.868/1999 (que trata do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade pelo STF) exige quórum qualificado de 2/3 (dois terços) para a modulação dos efeitos de decisões que declarem inconstitucionalidade em sede de controle concentrado, o que não foi observado”, sustenta a sigla, que seria diretamente beneficiada com a perda do mandato dos sete parlamentares.

Toritama - Prefeitura que faz

A governadora Raquel Lyra nomeou, nesta quarta-feira (12), o engenheiro civil André de Souza Fonseca como novo presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). Fonseca, que atuava como secretário executivo de Política Urbana e Habitação, assume o cargo em um momento de reestruturação da gestão metropolitana compartilhada, com a agência agora integrada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fonseca tem especializações em Gestão Pública, Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia, além de Gestão do Desenvolvimento Territorial com Ênfase em Política Habitacional. Com passagens pela Caixa Econômica Federal, onde atuou por mais de 15 anos em cargos estratégicos, ele também possui certificações em liderança e gestão estratégica, além de formação executiva pela HSM Educação Executiva.

Belo Jarfim - Cidade Limpa

Hoje, as “cidades-irmãs” Recife e Olinda celebram seus aniversários. Enquanto a capital comemora seus 488 anos, a Marim dos Caetés é um pouco mais velha, com 490 anos de fundação. Quem trabalha em Olinda pode curtir o feriado e participar das celebrações com blocos de Carnaval nas ruas, enquanto quem vive no Recife tem uma quarta-feira “comum”.

No Sítio Histórico de Olinda as comemorações começaram cedo e seguem até a noite. A primeira celebração foi pela manhã, com uma missa na Catedral do Alto da Sé. No Bonsucesso, das 9h às 16h, o segundo olindense mais famoso do mundo, o Homem da Meia-Noite, estará à disposição para fotos. As informações são do portal Brasil de Fato.

A tarde é de festa de rua na Cidade Alta, com o Menino da Tarde saindo às 15h, do Largo da Guadalupe, e encontrando a tradicional Pitombeira dos Quatro Cantos às 16h. Pouco depois, às 17h, as rabecas da Família Salustiano começam a tocar no Bonsucesso, saindo em cortejo pelo Sítio Histórico.

Um palco em frente à prefeitura terá programação de shows a partir das 17h30, com Zuza Miranda e Thaís, Mestra Ana Lúcia do Coco, Gangga Barreto, a Orquestra de Bolso e as Sambadeiras. Uma pausa acontece às 18h30 para a queima de fogos de artifício e o corte do bolo de aniversário. A poucos metros da festa, no Mosteiro de São Bento, acontece o lançamento do documentário Olinda Sacra, às 18h.

A agenda do prefeito do Recife, João Campos (PSB), começou com a entrega de uma creche na Mustardinha e a assinatura de uma ordem de serviço para uma obra na Ladeira da Cohab, no Ibura, ambos os bairros na zona sul do Recife. A comemoração, com os parabéns e o bolo compartilhado com os cidadãos, foi às 12h45, no Restaurante Popular Naíde Teodósio, no bairro de Santo Amaro.

À tarde, no Recife Antigo, a Praça do Arsenal recebe a oficina de dança Frevo Extramuros, promovida pelo museu Paço do Frevo. A professora Patrícia Fernandes ministrará aulas rápidas de frevo às 14h, 14h40, 15h20 e 16h. As atividades são gratuitas.

À noite, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife realiza um concerto gratuito no Teatro Santa Isabel, bairro de Santo Antônio. Os ingressos podem ser reservados gratuitamente e de maneira antecipada pelo site do teatro a partir das 10h do dia do evento. Também serão distribuídos ingressos a partir das 19h, na bilheteria do teatro. O concerto público se repete nesta quinta-feira (13).

Palmares - Outlet

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, deu uma boa notícia, hoje, para os sertanejos: o Governo de Pernambuco vai realizar investimentos para expandir a irrigação no Sertão.

A notícia foi compartilhada pelo presidente da ABRAFRUTAS, Guilherme Coelho, hoje, em suas redes sociais. A elaboração do projeto, necessário para captação de recursos para execução da obra do Canal do Sertão, está entre as ações previstas. Confira!

O Hospital Memorial Arcoverde irá retomar os atendimentos oncológicos pelo Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (SASSEPE), após um período de paralisação causado por atrasos nos repasses do órgão. Segundo informações da vereadora Célia Galindo (Pode), a presidência do SASSEPE começou a quitar os débitos.

A regularização dos pagamentos permitirá que dezenas de pacientes voltem a receber atendimento no Memorial Onco, setor especializado no tratamento de câncer dentro do hospital. As informações são do portal Folha das Cidades.

A suspensão dos atendimentos ganhou repercussão no Dia Internacional da Mulher (08 de março), quando a vereadora Célia divulgou um vídeo cobrando providências do SASSEPE. No material publicado nas redes sociais, a parlamentar denunciou o impacto da paralisação sobre os pacientes, muitos dos quais estavam sem acesso a quimioterapia e outros procedimentos essenciais.

A mobilização gerou forte repercussão e aumentou a pressão sobre o SASSEPE, que iniciou o processo de regularização dos débitos com o hospital. A volta dos atendimentos oncológicos representa um alívio para os pacientes e suas famílias, que enfrentavam incertezas sobre a continuidade do tratamento, tendo que se deslocar para outras cidades. Além disso, a situação reforça a necessidade de maior fiscalização e transparência na gestão dos recursos do SASSEPE, para evitar novos episódios de desassistência.

“A expectativa agora é que o fluxo de repasses seja normalizado, garantindo que o Hospital Memorial Arcoverde continue prestando esse serviço essencial para a população”, revela a vereadora Célia Galindo.