A atualidade do pensamento de Gilberto Freyre

Por Antônio Campos*

O que vemos na internet, nas redes sociais e nas mídias refletem os conflitos culturais, sendo a religião um dos pilares principais, numa guerra de narrativas que transcendem os próprios territórios físicos dos países. O seu livro ‘Insurgências e Ressurgências Atuais’, num mundo em transição, escrito em 1983, é um clássico livro de futurologia aplicado no tempo e no espaço. E como acertou, nuclearmente.

Usando o tempo tribio, conceito já criado em ‘Além do Apenas Moderno’, fala das idas e vindas dos ciclos culturais a depender das energias das civilizações ou culturas em se afirmarem. Em Insurgências e Ressurgências fala da ressurgência de velhas culturas, desafiar a hegemonia americana e europeia como o islamismo, a ascensão mundial do poder da China, a antevisão do Brasil como uma espécie de prefiguração da humanidade do futuro, ante a miscigenação e outros aspectos.

Conversei, hoje, com Gilberto Neto por telefone, que está na China fazendo um curso de Desenvolvimento Sustentável e ele falava da Nova Rota da Seda da China, gigante e estratégica. Fui levado ainda adolescente para conversar com Gilberto Freyre por meu pai, escritor Maximiano Campos. Na ocasião, Gilberto me presenteou com o livro Insurgências, tendo eu feito um livro sobre uma releitura desse livro, que cheguei a lançar na ONU Diálogos no Mundo Contemporâneo. Também perguntei a Gilberto Freyre o que ele achava mais inteligente no mundo, disse o paradoxo, uma espécie de antítese que pode virar síntese.

Um dos mais importantes centros de estudos do Brasil fica na Universidade de Salamanca, Espanha, onde esse livro é muito estudado. Em 2022, na nossa gestão na Fundaj, fizemos um seminário e um livro sobre estudos do iberotropicalismo.

O mundo carece de líderes que façam uma mediação dos conflitos, mas precisam reler homens como Gilberto Freyre e Habermas, na Alemanha, que está vivo, com 92 anos.

O terrorismo é uma ideia enlouquecida e não se vence só com armas, mas com ideias e esperança. Não podemos dinamitar todas as pontes, precisamos crer no diálogo e também em saídas negociadas num mundo que caminha fortemente para o conflito, gerando muitos riscos e prejuízos para milhares e lucros para poucos. Nessa era de incertezas, vamos resistir com o diálogo e tolerância, para garantir um futuro viável.

*Advogado e escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras e ex-presidente da Fundação Joaquim Nabuco.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais neste domingo (22) para manifestar solidariedade às vítimas da queda de um avião em Gramado (RS).

Uma aeronave de pequeno porte, que partiu de Canela (RS), caiu minutos após a decolagem, nesta manhã, na zona central de Gramado. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, nove pessoas estavam a bordo, e ninguém sobreviveu.

“Minha solidariedade aos familiares das vítimas fatais da queda de um avião no centro de Gramado, no Rio Grande do Sul. Espero que os feridos tenham uma rápida recuperação. A Aeronáutica investiga as causas do acidente e o governo federal está à disposição do governo do estado e autoridades locais para esclarecermos o mais breve possível”.

Até a útima atualização desta reportagem, as equipes de resgate ainda não haviam conseguido chegar ao corpo do avião, por conta do risco de explosões. A identidade das vítimas também não foi oficialmente confirmada.

Repercussão

Além de Lula, ministros do governo usaram as redes sociais para prestar solidariedade às vítimas e familiares.

O titular Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, escreveu:

“Acabo de receber a notícia da queda de um avião em Gramado. Estou acompanhando de perto os desdobramentos do acidente junto a autoridades locais. Envio minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas desta tragédia que acontece no nosso estado”.

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, afirmou que está em contato com o governador do Rio Grande do Sul e prestou solidariedade às famílias das vítimas.

“Recebemos com pesar a notícia do acidente aéreo em Gramado, no Rio Grande do Sul. Nossa solidariedade às famílias das vítimas neste momento de dor. Conversei com o governador Eduardo Leite e com as autoridades locais, colocando-me à disposição em nome do governo federal”.

“Neste momento, os órgãos responsáveis estão mobilizados para prestar todo o apoio necessário e iniciarão o processo de investigação”, seguiu.

Também em uma rede social, a ministra Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, comentou sobre o acidente.

“Infelizmente, duas tragédias neste final de semana antes do Natal. Ontem o acidente de ônibus em Teófilo Otoni e hoje a queda do avião em Gramado. Minhas orações e solidariedade às famílias atingidas”.

Acidente em Gramado

De acordo com a Brigada Militar, o avião de pequeno porte havia saído do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí (SP), quando às 9h13 caiu em Gramado.

No momento da queda, a aeronave atingiu a chaminé de um prédio, uma casa, uma loja de móveis e uma pousada. Uma turista que estava no local e presenciou a queda disse que as pessoas entraram em desespero.

A pousada foi atingida pelos destroços após a queda e houve um incêndio. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, 15 pessoas que estavam no local ficaram feridas e foram socorridas e levadas para o hospital.

O governo informou que a maior parte das vítimas precisou de atendimento por ter inalado fumaça. Duas delas estão em estado grave.

As informações preliminares são de que nove pessoas estavam no avião no momento da queda. Em nota, o governador do Rio Grande do Sul informou que não há sobreviventes. “Não se cogita sobreviventes”, disse o governador Eduardo Leite.

Do G1.

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O deputado estadual Antônio Moraes parabenizou a governadora Raquel Lyra pela iniciativa de refazer a licitação para as obras da ponte sobre o rio Paripe – parte da histórica Trilha dos Holandeses – que dá acesso ao povoado de Vila Velha, na Ilha de Itamaracá, tombado pela Fundarpe. A contratação de empresa responsável pela obra foi anunciada no final da semana, e contará com um investimento de R$ 1,3 milhão por parte do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

“A recuperação da ponte vinha sendo uma luta nossa há muito tempo. Infelizmente, a construtora que ganhou a licitação anterior estava fazendo um serviço sem nenhuma qualidade, e precisou ser desclassificada. Demorou muito para acontecer a nova licitação, mas agora que foi feita, a obra vai ser reiniciada. E é muito importante não apenas para fortalecer o turismo em Itamaracá, mas também para os moradores de Vila Velha, que vão poder se deslocar com facilidade até o Forte Orange, onde dispõem de um transporte público de melhor qualidade”, justificou o deputado.

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Ao que tudo indica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está próximo de iniciar mais uma reforma ministerial em seu governo. Apesar de manter o tom ameno, neste fim de ano, após cirurgia na cabeça, o chefe do Executivo tem assuntos com urgência de ajuste já no início de 2025. Alguns nomes podem, inclusive, deixar o governo ainda neste fim de ano.

Da equipe de 37 ministros que estreou o terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023, cinco deixaram o governo, mas, ao todo, seis trocas foram efetivadas. Márcio França foi retirado de Portos e Aeroportos para dar lugar a um representante do Centrão, mas recebeu a chefia de um 38º ministério, o do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Ana Moser (Esportes), Daniela Carneiro (Turismo), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional), e Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram as baixas nestes últimos dois anos.

Um dos mais cotados para mudar de função é o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. Como ressaltado pelo próprio presidente Lula, no encerramento de um seminário do PT, no último dia 6, antes de Lula passar por procedimentos na cabeça, “há um erro no governo na questão da comunicação, e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias”. Lula deixou explícito o descontentamento com a atuação de Pimenta, entre outros motivos, por não estar dando tantas entrevistas como gostaria.

O substituto tem nome certo: é Sidônio Palmeira, marqueteiro responsável pela campanha eleitoral de Lula em 2022. Convidado para a reunião ministerial da semana passada, ele deve ser o responsável pelo tradicional discurso à nação que Lula fará na noite da véspera de Natal. A substituição ainda não foi anunciada, segundo interlocutores, por causa do estado de saúde do presidente, que submeteu-se a uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça. Por isso, ficou em São Paulo por dez dias.

Pimenta, no entanto, não ficará desassistido, e é bem cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República. Atualmente, a pasta é chefiada por Márcio Macêdo que, caso concretizada a mudança, deixaria o governo e retornaria à direção nacional do PT, na qual ainda ocupa o cargo de vice-diretor, após passar cinco anos como tesoureiro da legenda.

Macêdo concretizou uma importante ação internacional do Brasil, o G20 Social, realizado em novembro deste ano, no Rio de Janeiro — a primeira inclusão de organizações da sociedade civil na cúpula do grupo das maiores economias do mundo. No entanto, foi algumas vezes criticado publicamente por Lula, como no ato de 1º de maio, Dia do Trabalhador, que o presidente chamou de “mal convocado”. Em café da manhã com jornalistas, na última semana, o ministro mostrou-se conformado com a possibilidade, dizendo que era um “direito” do presidente promover mudanças na equipe ministerial.

Outro ministro que deve deixar o cargo muito em breve, por vontade própria, é José Múcio Monteiro, titular da pasta da Defesa. Desde que foi convidado pelo presidente para ocupar a vaga, o ministro tinha avisado que não pretendia permanecer no governo até o final do mandato. Agora, ele tem confidenciado a interlocutores que está pronto para deixar o governo. Segundo o Correio apurou, ele costuma dizer que já “cumpriu a missão” dada por Lula de pacificar os quartéis e melhorar a relação das Forças Armadas com o governo, abalada pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A pessoa mais cotada para ocupar a vaga de José Múcio é o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. No entanto, há dúvidas se ele aceitaria o convite. Outra possibilidade, apontada por quem acompanha de perto a rotina do Planalto, é o atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowsky.

Um ponto adicional de atenção de Lula para o próximo ano deve ser a articulação política e econômica com os outros Poderes. Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais do governo, não teve sucesso em intermediar a relação do Executivo com o Legislativo, após fortes embates com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL). Padilha também estaria de olho em pastas com maior visibilidade e orçamento, como a da Saúde, que chefiou nos governos de Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014).

Do Correio Braziliense.

Camaragibe Avança 2024

 

Uma aeronave caiu na manhã deste domingo (22) em Gramado, Rio Grande do Sul. O Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Polícia Civil estão no local. Ao menos 15 pessoas foram socorridas a hospitais da região.

Segundo a Brigada, o avião de pequeno porte havia saído do aeroporto de Canela e caiu minutos depois da decolagem, por volta das 9h15, em Gramado. A aeronave seguia para Jundiaí, em São Paulo.

No momento da queda, a aeronave atingiu a chaminé de um prédio, uma loja de móveis e uma pousada.

Segundo os bombeiros, no prédio uma pessoa conseguiu sair sem ferimentos. Não havia ninguém na loja de móveis no momento da queda.

Na pousada, o prédio foi atingido pelos destroços após a queda e houve um incêndio. Ao todo, 15 pessoas que estavam no local ficaram feridas e foram socorridas para o hospital. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul informou que a maior parte das vítimas precisou de atendimento por ter inalado a fumaça do incêndio

As informações preliminares são de que 10 pessoas estavam no avião no momento da queda. Em nota, o governador do Rio Grande do Sul informou que não há sobreviventes.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou os dados da aeronave, que está em nome de Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, administrador de empresas, filho de Cláudio Galeazzi, ex-conselheiro do Pão de Açúcar. Ainda não há informação, no entanto, da identidade das vítimas do acidente.

Do G1.

Por Muciolo Ferreira*

Vinte e três anos de Bal Masquê e mais dezoito no Baile Municipal do Recife, organizando com maestria as duas principais e tradicionais prévias do Carnaval de salão do Recife, não é pra qualquer um. São muitos anos de serviços prestados.

Essa sempre foi a missão da socióloga Joseli Lacerda, que em 2025 estará exilada do mais antigo baile de máscaras do Carnaval brasileiro, iniciado em 1885, justamente no ano que completará 75 anos promovido pelo Clube Internacional do Recife.

A notícia publicada em primeira mão na coluna de Roberta Jungmann, na Folha de Pernambuco, pegou a todos de surpresa. Até porque o Bal Masquê sempre teve o DNA de Joseli no tocante à seleção criteriosa das melhores máscaras para participar no dia do baile, indicação de parte dos jurados, dos convidados e até da preparação dos camarins dos artistas que se apresentam na festa.

A decisão de deixar o Bal Masquê foi pessoal, pois ela acha que cumpriu a missão. Perfeccionista com tudo que faz, Jô, como é carinhosamente tratada pelos amigos, atuou no Bal Masquê de 2001 a 2024, e no Baile Municipal do Recife, de 1982 a 2001. Vem de uma época em que esses bailes eram disputadíssimos e serviam de vitrines para políticos selar parcerias, ter mídia espontânea em todos os veículos de comunicação e se aproximar mais da classe empresarial e dos espaços de poder.

Se fosse contar tudo que viu e ouviu nos bastidores dessas prévias, Joseli Lacerda poderia até escrever um livro. Uma coisa é certa: o Bal Masquê pode ser dividido em duas etapas: antes e depois de Joseli Lacerda.

*Jornalista

O ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sofreu um acidente de carro neste sábado (21). O veículo onde ele estava saiu da pista, caiu de uma ponte e capotou na BR-060, perto de Rio Verde, no Goiás.

Segundo informações do G1, haviam três pessoas no carro. O Hospital Municipal Universitário, onde o ministro está sendo atendido, informou que ele está “consciente, orientado, verbalizando, e com sinais vitais estáveis”.

As outras duas ocupantes do carro estão estáveis. Uma delas, de 52 anos, foi encontrada fora do veículo, com dores no abdômen e no tórax. A outra, de 48, estava dentro do carro, mas relatou dores no ombro esquerdo e precisou ser imobilizada antes de ser levada ao hospital.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou ao G1 que o veículo caiu sobre o Rio Bom Sucesso. O ministro, que conduzia o veículo, perdeu o controle da direção. O grupo retornava de Campo Grande para Brasília. As causas do acidente estão sendo investigadas.

Do Correio Braziliense.

“A obrigação moral é de resistir”: esta é a mensagem fixada no perfil do X, antigo Twitter, de Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da campanha de Maria Corina Machado e Edmundo González para as eleições presidenciais da Venezuela de 28 de julho.

Ele e outros opositores estão refugiados desde 20 de março na Embaixada da Argentina em Caracas, atualmente sob custódia do Brasil, após serem acusados pelo governo de Nicolás Maduro de conspiração e traição à pátria.

Entre os asilados estão Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da campanha de María Corina Machado; Magalli Meda, diretora de campanha; Omar González; Claudia Macero; e Humberto Villalobos, todos colaboradores do partido Vente Venezuela.

Recentemente, Fernando Martínez Mottola, ex-ministro dos Transportes e Comunicações, deixou a embaixada. O Ministério Público venezuelano afirma que ele se entregou voluntariamente e decidiu colaborar com a justiça, enquanto a oposição alega que ele foi detido após uma invasão armada à embaixada.

Os refugiados denunciam que, desde 23 de novembro, enfrentam um cerco das forças de segurança venezuelanas, com cortes no fornecimento de eletricidade e água, além de restrições para a entrega de suprimentos básicos.

A Argentina, juntamente com outros países e organizações internacionais, tem pressionado o governo venezuelano a conceder salvo-condutos que permitam a saída segura dos opositores asilados. O Ministério das Relações Exteriores argentino solicitou à ONU medidas urgentes para resolver a situação.

A situação dos refugiados se agravou após as eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor. A oposição denunciou fraude eleitoral, apresentando atas que indicariam a vitória de Edmundo González, que atualmente está exilado na Espanha.

A líder opositora María Corina Machado, impedida de concorrer nas eleições, encontra-se na clandestinidade. Tanto ela quanto outros opositores são acusados de traição à pátria e outros delitos pelo governo venezuelano.

A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a situação na Venezuela, com diversos países e organizações expressando preocupação com as violações de direitos humanos e a repressão contra opositores políticos no país.

Do g1.

A cidade de João Pessoa é apontada pela plataforma Booking.com como um dos destinos mais procurados do mundo para 2025. Neste momento, os hotéis da cidade estão com mais de 70% de ocupação, podendo chegar aos 100% na última semana do ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Paraíba (ABIH-PB).

O Norte Online teve a curiosidade de checar o preço do Réveillon no hotel mais luxuoso da cidade, o Ba’ra, que pertence ao jogador Hulk, do Atlético-MG. O Ba’ra é um hotel com 123 acomodações, todas com vista para o mar, parcial ou frontal. O nome Ba’ra significa ‘mar’ em tupi-guarani.

Ah, sim, estávamos falando sobre preços. Então se segura aí na cadeira porque você pode ter uma surpresa: para o período do Réveillon eles estão trabalhando com o mínimo de três noites de reserva, passando pelo dia 31. Então, para efeito de cálculo, pedimos preços de 30 de dezembro a 2 de janeiro. O preço, digamos, mais em conta para as três diárias é de R$ 12.379,75, com taxas, café da manhã e festa de Réveillon inclusos.

O valor de R$ 12 mil é válido para o apartamento Classic, o único disponível. A Suíte Prestige, considerada a mais luxuosa, estava sendo vendida R$ 27 mil pelos três dias, incluindo o Réveillon. Todas as suítes já foram vendidas.

Do O Norte Online.

Em meio às crescentes tensões no Oriente Médio, o renomado analista geopolítico Pepe Escobar compartilhou em seu programa Pepe Café uma análise contundente sobre os recentes acontecimentos na Síria e suas implicações para a Palestina. A partir de sua interpretação, Escobar argumenta que a destruição da Síria faz parte de um plano estratégico mais amplo para a erradicação da Palestina, envolvendo uma aliança complexa entre Estados Unidos, OTAN e aliados regionais.

Segundo Escobar, “o Império do Caos está apostando na anarquia total no oeste da Ásia”, destacando que a contínua desestabilização da Síria serve aos interesses das potências ocidentais em manter uma influência hegemônica na região. Ele aponta que a queda do regime de Bashar al-Assad não apenas fragmenta a estrutura social e política da Síria, mas também facilita a imposição de uma ordem caótica que beneficia interesses estratégicos específicos.

A análise de Escobar aprofunda-se ao revelar uma aliança espúria formada recentemente entre Estados Unidos, OTAN, Israel, Turquia e Qatar, que financiam e armam grupos jihadistas salafistas. “Essa coalizão nefasta tomou o poder em Damasco, impondo uma ordem caótica que beneficia os interesses hegemônicos ocidentais,” afirma o especialista. Ele também sugere que a retirada forçada de Assad foi resultado de corrupção interna e pressão militar externa, criando um vácuo de poder perigoso para a estabilidade regional.

Um dos pontos mais alarmantes abordados por Escobar é a manipulação das narrativas ocidentais sobre o conflito sírio. “A narrativa de Hollywood e dos think tanks ocidentais pinta a queda de Assad como o início de uma nova Síria próspera, similar a Dubai ou Singapura, mas a realidade é bem diferente,” alerta o analista. Ele enfatiza que, enquanto as potências ocidentais promovem uma imagem de reconstrução e progresso, a Síria enfrenta uma desagregação crescente, com a possível partição do país e a contínua exploração de seus recursos naturais por interesses estrangeiros.

Além disso, Escobar destaca a importância estratégica das bases russas e iranianas na Síria, mencionando que “a expulsão dessas influências é uma condição imposta pelo Ocidente para o fim das sanções, mas a resistência local e o apoio de aliados como Rússia e Irã tornam essa retirada improvável a curto prazo.” Essa dinâmica complexa contribui para a perpetuação do conflito e dificulta a construção de uma paz duradoura na região.

Outro aspecto crucial abordado é a interferência turca liderada por Erdogan, que busca controlar as zonas industriais da Síria e expandir sua influência. “O plano de Erdogan é dividir para reinar, estabelecendo um novo otomano que favorece seus interesses econômicos e políticos,” explica Escobar, evidenciando as múltiplas camadas de interesses que complicam ainda mais a resolução do conflito sírio.

Em conclusão, Pepe Escobar oferece uma perspectiva crítica sobre as ações dos Estados Unidos e da OTAN no Oriente Médio, sugerindo que essas potências visam manter um estado de caos e anarquia que lhes permita exercer controle e influência sobre a região. A complexidade das alianças e os múltiplos interesses em jogo tornam a situação na Síria e no Oriente Médio um dos desafios mais intrincados da geopolítica contemporânea.

Do Brasil247.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta sexta-feira (20) contra um recurso protocolado pela defesa do general Walter Braga Netto que pedia a liberdade do militar. 

O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, portanto, passará o Natal na prisão. Apontado como líder de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Braga Netto foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado no Brasil e foi preso preventivamente em 14 de dezembro por obstrução de Justiça.

Segundo a PF, Braga Netto teria obstruído a Justiça ao tentar obter detalhes da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

“Dada a permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático-probatório que embasou a medida, não há que se cogitar de sua revogação”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao se manifestar sobre o pedido de revogação da prisão preventiva protocolado pela defesa de Braga Netto.

A “cela de luxo” de Braga Netto

Preso no último sábado (14) pela Polícia Federal (PF) por supostamente ter planejado um golpe de Estado no Brasil, o general Walter Braga Netto não está detido em uma cela convencional, mas sim em um quarto com mordomias na 1ª Divisão do Exército, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro, além de candidato a vice do ex-presidente na eleição de 2022, Braga Netto, por ser general quatro estrelas, isto é, o posto mais alto na carreira das Forças Armadas, tem a prerrogativa de prisão especial no caso de prisão provisória, como é o seu caso.

Caso vá a julgamento e seja condenado, o militar deve ser encaminhar para um presídio comum.

Por ter direito à prisão especial, Braga Netto não está em uma cela convencional, mas sim no quarto do chefe do Estado Maior da 1ª Divisão do Exército.

O cômodo em que Braga Netto está detido tem uma série de mordomias: armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro privativo.

O general ainda tem o direito de fazer as refeições no restaurante do quartel, onde também se alimentam os oficiais de alta patente, e recebe quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, jantar e ceia.

Da Revista Fórum.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou as mortes decorrentes de acidente envolvendo três veículos em Minas Gerais na madrugada de ontem (21).

O acidente deixou 38 mortos na altura do km 285 da BR-116, no distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni (MG).

“Lamento imensamente e envio minhas orações aos familiares das mais de 30 vítimas fatais do acidente em Teófilo Otoni, Minas Gerais. Rezo pela recuperação dos sobreviventes dessa terrível tragédia. A Polícia Rodoviária Federal está no local do acidente, e o governo federal se coloca à disposição da prefeitura de Teófilo Otoni e do governo de Minas Gerais para tudo o que for necessário”, afirmou o presidente Lula.

De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), esta foi a maior tragédia em estradas federais pelo menos desde 2007, início da série histórica disponível para consulta.

A prefeitura Teófilo Otoni (MG) informou que treze feridos foram levados para dois hospitais e a uma UPA do município. As três pessoas que estavam no carro ficaram gravemente feridas.

Inicialmente, segundo informações repassadas ao Corpo de Bombeiros, o pneu do ônibus havia estourado e o motorista perdeu o controle da direção, batendo contra uma carreta. Um carro que vinha atrás também colidiu com o ônibus. Com a colisão, o ônibus pegou fogo.

Já de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito de soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, em sentido contrário. Logo após o impacto da pedra com o ônibus ocorreu um grande incêndio. A polícia ainda investiga as circunstâncias do acidente.

Segundo apuração do repórter Jerry Santos, da Inter TV, exatamente no trecho da rodovia onde ocorreu o acidente havia um radar que limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h. Este e outros radares foram removidos recentemente desta parte da BR-116 por estarem com a documentação vencida.

Do g1.

Ariano Suassuna poderia ter sucumbido na vida se a sua vida não tivesse um propósito. Perdeu seu pai aos três anos de idade, assassinado no exercício do mandato de governador da Paraíba. Que golpe mortal para qualquer ser humano! Mas ao invés de se perder para a vida, a dor fez do mestre do Reino da Pedra Encantada um gigante. Agarrou-se aos livros, lição que nunca esqueceu do pai político e intelectual.

“O livro sempre foi, para mim, uma fonte de encantamento”, ouvi dele numa entrevista. Num Nordeste enraizado pela cultura do cangaço, Ariano, felizmente, não perseguiu a vingança da morte do pai pelas próprias mãos. Quem visita a fantástica exposição imersiva sobre a vida e a obra de Ariano, no Riomar, se depara com uma declaração poética dele sobre a morte do pai, o maior drama da sua vida.

“Aqui morava um rei quando eu menino. Vestia ouro e castanho no gibão. Pedra da sorte sobre meu destino. Pulsava, junto ao meu, seu coração. Para mim, seu cantar era divino, quando ao som da viola e do bordão. Cantava com voz rouca o desatino, o sangue, o riso e as mortes do Sertão. Mas mataram meu pai. Desde esse dia eu me vi como cego sem seu guia. Que se foi para para o sol, transfigurado. Sua efígie me queima. Eu sou a presa. Ele, a brasa que impele ao fogo acesa. Espada de ouro em pasto ensanguentado”.

Que lindo e triste ao mesmo tempo. Acho que João Suassuna, o pai de Ariano, deve ter dado a ele muitos conselhos. Conselhos de pai nunca se esquecem. Ele deve ter pedido a ele para se lembrar sempre de olhar para as estrelas e não para baixo, para seus pés. Deve ter aconselhado a nunca desistir do trabalho, porque o trabalho dá significado e propósito, e a vida fica vazia sem o trabalho.

Por fim, deve ter ensinado, como meu velho Gastão me ensinou: perseguir a sorte, ter sorte o suficiente para encontrar o amor, e nunca deixar esse amor ir embora. A sorte deu a Ariano a sua Zélia, único e grande amor da sua vida, amor que está exposto para quem quiser testemunhar na mesma exposição o seu canto de amor pela amada.

O poema intitulado “A Mulher e o Reino” é belíssimo:

Ó! Romã do pomar, relva esmeralda
olhos de ouro e azul, minha Alazã!
Ária em forma de Sol, fruto de prata
meu chão, meu anel, Céu da manhã!

Ó meu sono, meu sangue, dom, coragem/ Água das pedras, rosa e belvedere! Meu candeeiro aceso da Miragem/ Meu mito e meu poder – minha Mulher!

Diz-se que tudo passa e o Tempo duro/ tudo esfarela: o Sangue há de morrer! Mas quando a luz me diz que esse Ouro puro se acaba por finar e corromper/ Meu sangue ferve contra a vão Razão/ E pulsa seu amor na escuridão!”.

Ariano Suassuna nos deixou em julho de 2014 aos 87 anos, vítima de uma parada cardíaca. Deve ter morrido de amor, está aí a viúva dona Zélia para confirmar. Foi tudo: Intelectual, escritor, teórico da arte, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, artista plástico, professor, advogado e palestrante. Mas foi, sobretudo, um romântico. Amou sua Zélia, seus filhos, netos, bisnetos. Amou a humanidade.

Suassuna foi um dos maiores pensadores da nossa história. Criado em uma família de intelectuais, desde cedo foi influenciado pelas artes e pela cultura popular do Nordeste. Seu pai, João Suassuna, foi governador do estado da Paraíba e seu avô, João Ribeiro de Suassuna, foi um importante escritor e político. Ariano estudou Direito na Universidade Federal de Pernambuco, onde também se envolveu com movimentos artísticos e culturais.

Durante sua juventude, foi um dos fundadores do Movimento Armorial, que buscava valorizar e difundir as manifestações culturais tradicionais do Nordeste, como a literatura de cordel, a música de viola e a xilogravura. Em 1956, Suassuna escreveu a sua peça mais famosa e importante, Auto da Compadecida. A obra mistura elementos da tradição da literatura de cordel com o teatro clássico e popular, criando um estilo único e inovador.

A peça se tornou um grande sucesso e é considerada uma das mais importantes do teatro brasileiro, tendo ganhado também uma versão para o cinema, em 2000. A partir daí, Ariano Suassuna consolidou sua carreira como escritor e dramaturgo, produzindo diversas peças teatrais, romances, ensaios e poemas. Suas obras frequentemente abordam temas ligados à cultura nordestina, à religiosidade popular e à crítica social.

Entre suas peças mais conhecidas estão O Santo e a Porca (1957); O Casamento Suspeitoso (1957); e Farsa da Boa Preguiça (1960). Além do teatro, ele também escreveu romances, como Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971). Ariano fazia algo encantador, além disso tudo: suas aulas espetáculos, que nos faziam rir sem parar de tão divertidas e bem-humoradas. Nelas, ouvi frases fantásticas, das quais selecionei as seguintes:

1- Os doidos perderam tudo, menos a razão. Têm uma (razão) particular. Os mentirosos são parecidos com os escritores que, inconformados com a realidade, inventam outras.

2 – Não troco o meu ‘oxente’ pelo ‘ok’ de ninguém!

3 – Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.

4 – Tudo que é bom de passar é ruim de contar. E tudo que é ruim de passar é bom de contar.

5 – Eu divido a humanidade em duas metades: de um lado os que gostam de mim e concordam comigo. Do outro, os equivocados.

6 – É tanta qualidade que exigem para dar emprego, que não conheço um patrão com condições de ser empregado.

7 – Ser poeta é muito bom porque eu não tenho nenhuma obrigação de veracidade. Eu posso mentir à vontade, cientista é que não pode.

8 – O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado.

9 – Quem gosta de ler não morre só.

10 – A tarefa de viver é dura, mas fascinante